Pets devem ser transportados de forma adequada para
não colocarem em risco a vida de humanos e animais
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Adobe Stock
Transporte
inadequado coloca em risco a vida de humanos e animais
O movimento internacional Maio Amarelo, criado há
cerca de cinco anos com o objetivo de estimular a reflexão sobre segurança no
trânsito, utiliza da cor para simbolizar a atenção pela vida. Anualmente, são
criadas campanhas com foco em educação, conscientização e medidas mais seguras
para o trânsito, mas despertar a atenção para o transporte adequado de animais,
cada vez mais presentes nas atividades diárias das famílias, também é
fundamental.
Opções de acessórios para o transporte de pets não
faltam no mercado. O que falta, muitas vezes, é o bom senso dos tutores: muitos
levam os animais no colo de um passageiro, achando que desta forma estarão
seguros, ou deixam seus cães soltos dentro do carro para que possam colocar o
rosto para fora da janela. “Os cachorros costumam apreciar o vento no rosto e
os cheiros que captam durante o passeio, porém, se estiverem soltos, além de
distrair o motorista, podem pular para fora do carro ao observar algo que os
atraia. Ação que provavelmente terá consequências graves ou óbito”, alerta o
médico veterinário e responsável técnico o HiperZoo, Adolfo Sasaki.
O risco, porém, não se restringe aos animais e nem
tampouco a um acidente: basta uma freada brusca para um pet ser arremessado
dentro do carro, se ferindo ou podendo machucar alguém. Segundo informações da
Sleepypod, se um veículo sofrer uma colisão a uma velocidade de apenas 48 km/h,
por exemplo, um cão de 35 kg projeta mais de uma tonelada de força durante o
impacto.
Confira algumas dicas para evitar acidentes:
1 – Caixas de transporte
Caixas de transporte devem ter o tamanho ideal para o pet e serem fixadas com cinto de segurança divulgação |
A opção mais segura para gatos, aves, roedores e
pequenos mamíferos são as caixas de transporte. “A primeira medida é verificar
o tamanho ideal. A caixa deve possibilitar que o animal fique em pé e que possa
rotacionar dentro da caixa”, explica Adolfo. É fundamental que a caixa de
transporte seja presa ao cinto de segurança, caso contrário, também pode ser
arremessada em caso de acidentes ou freadas.
Também não é recomendado levar a caixa de transporte
no porta-malas. Mesmo que ela possa ser fixada, a má ventilação é perigosa e
gera estresse para o animal. Quando não houver alternativa, deve-se colocar a
caixa sem o tampão do porta-malas e refrescar a temperatura interna do veículo.
2 – Cinto de segurança
O cinto de segurança é uma ótima opção para
transportar cães, pois além de seguro, o cachorro pode visualizar o tutor e a
paisagem externa, ficando mais calmo e sofrendo menos com temperaturas mais
altas. “É importante frisar que o cinto de segurança deve ser usado com um
peitoral, pois este distribui os pontos de impacto. Se o cinto for usado com
uma coleira ou enforcador pode gerar asfixia e lesões na coluna cervical
durante um impacto”, ressalta o veterinário.
3 – Cadeirinha para pet
Cadeirinha para pet é uma opção para transportar cães de pequeno porte de forma segura divulgação |
Para cães de pequeno e médio porte (até 15 kg),
também existe a opção de cadeirinha, que restringe a área de circulação do pet,
mas permite que ele interaja com o ambiente. O importante é seguir as
recomendações do fabricante quanto à fixação da cadeirinha no banco traseiro e
prender o gancho de segurança no peitoral do animal.
4 – Riscos e cuidados extras
Os animais não devem ser transportados na caçamba
de pick
ups. Além de não possuir o suporte adequado para o transporte, o
animal seria facilmente arremessado em freadas bruscas, curvas ou acidentes.
Além disso, ele pode ficar exposto ao frio ou sol, chuva, vento em excesso e
poluição.
Em viagens ou passeios mais demorados é necessário
realizar uma parada a cada duas horas para que o animal possa se movimentar,
fazer as necessidades, beber água e se alimentar em pequenas quantidades. “Para
animais que sentem náuseas ou ficam muito estressados com viagens é possível
administrar medicamentos que reduzam os sinais. No entanto, isso deve ser feito
com orientação de um veterinário”, completa Adolfo.
Além de todos esses cuidados também vale lembrar do
bolso: de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não é permitido
conduzir animais nas partes externas do veículo (exceto em casos devidamente
autorizados) ou com a cabeça para fora do veículo, o que caracteriza uma
infração grave (multa e cinco pontos na carteira). Dirigir com animais no colo,
no meio das pernas ou do lado esquerdo do motorista é considerada infração
média (multa e quatro pontos na carteira). E, por fim, animais soltos dentro do
carro, multa e três pontos na carteira do motorista.
HiperZoo
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