Mulheres com idade entre 30 e 40 anos podem ser até
três vezes mais vulneráveis do que homens
Dores de cabeça agudas, náusea, vômitos, tontura e
fadiga. Estes são alguns sintomas comuns da enxaqueca, também conhecida como
migrânea, uma condição bastante comum que afeta milhões de pessoas todos os
anos no Brasil. Apesar de qualquer pessoa estar suscetível ao aparecimento da
doença, dados apontam que as mulheres, após a puberdade, são duas a três vezes
mais afetadas do que os homens.
Segundo o dr. Marcus Tulius Silva, neurologista e
pesquisador do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), a explicação dessa
proporção desigual está ligada à menstruação. “As crises de enxaqueca costumam
acontecer pouco antes e durante a menstruação, quando são mais frequentes e mais
agudas. Durante a gravidez, quando os níveis hormonais são estabilizados, a
frequência das crises é bastante reduzida. Além disso, as estatísticas apontam
que as mulheres mais afetadas estão na faixa etária de 30 a 40 anos. Dessa
forma, é possível concluir que os níveis hormonais, especialmente do
estrogênio, tem forte influência no aparecimento da doença”, explica o
especialista.
Apesar de não haver cura para a doença, há
tratamentos eficazes tanto para abortar uma crise quanto para prevenir o
surgimento de novas crises. Uma diversidade de tratamentos podem auxiliar nos
primeiros sinais da crise. Em muitos casos, analgésicos comuns, em conjunto com
cafeína e antieméticos podem ser eficazes contra os sintomas. Para outros
casos, no entanto, pode ser necessário o uso de medicamentos conhecidos como
triptanos, que podem, também, vir acompanhados do uso de antiinflamatórios.
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