As principais causas do
problema nos bichos são a mudança de rotina
A
depressão nos animais pode se manifestar de várias maneiras, assim como nos
humanos. As principais causas são as mudanças de rotina e ambiente, solidão e
falta de atividades físicas.
Segundo
a Médica Veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da
Universidade UNIVERITAS/UNG, Karina D'Elia Albuquerque, todos
os animais domésticos podem sofrer de depressão,
principalmente cães e gatos. "Atualmente com a humanização
dos animais domésticos, temos nos deparado com recorrentes
manifestações de depressão, ansiedade e outros distúrbios psicológicos que
afetam diretamente a personalidade destes animais, como por exemplo:
irritabilidade, destruição de móveis e objetos pessoais, e urinar e defecar
fora dos locais pré-estabelecidos", explica.
Saiba
mais o que a Dra. Karina D'Elia Albuquerque, tem a dizer sobre o assunto.
Os cães são seres mais dependentes, como os sintomas de
depressão se manifestam?
Há
diversas formas de aparecimento da depressão. Nos cães, podem manifestar a
perda do apetite, apatia acentuada, lambedura excessiva nas patas e no corpo,
tristeza profunda, rejeição ao toque e isolamento.
Os gatos têm depressão? Como identificá-las?
Os
gatos são ainda mais propensos a desencadear a patologia, pois a mudança de
rotina pode levar a depressão e, com isso, o aparecimento de doenças, como a
Síndrome da Pandora (cistite idiopática no felino), e principalmente as fêmeas,
que iniciam com sintomas de cistite e hematúria (sangue na urina).
Outros animais se escondem e param de se alimentar.
Por que a depressão aparece?
Os
cães e os felinos são muito resistentes às mudanças de rotina, como a
introdução de um novo animal na casa, a morte de uma pessoa próxima, o
afastamento de um animal companheiro. Devido à correria do mundo moderno os
donos dos pets passam muito tempo no trabalho e os animais se sentem sozinhos e
abandonados.
Existe tratamento? Quais alternativas existem
para reverter o quadro de depressão?
Em
primeiro lugar, precisamos minimizar ao máximo as mudanças de rotina, levar ao
veterinário para realizar exames laboratoriais e de imagem, e ter certeza que
não há doenças primárias, tentar manter uma rotina diária com os animais,
como passeios e brincadeiras. Manter um acompanhante sempre que possível na
ausência do proprietário. Há casos que são recomendados o uso de antidepressivos
e sessões terapêuticas caninas.
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