Perspectiva de queda da
Selic deve estimular procura pela modalidade
Com a perspectiva de continuidade de queda da Selic –
atualmente em 8,25% e com projeção para fechar o ano em 7,5% – os títulos que
pagam rendimentos atrelados à taxa devem permanecer atrativos. Entre os papéis
que começam a se tornar mais interessantes para investidores que buscam um
rendimento complementar estão os fundos de investimentos imobiliários.
Isso porque os fundos da categoria
distribuem no mínimo 95% do resultado financeiro via rendimentos mensais e livre
de imposto de renda para pessoas físicas. Em média, os FIIs têm distribuído
0,75% nos últimos meses, frente ao CDI líquido de 0,68% (considerando a
alíquota de 15% do IR) e mais de 400 pontos comparados ao cupom da NTNB-26.
De acordo com o Boletim do Mercado Imobiliário divulgado pela B3
referente ao mês de julho de 2017, a maior fatia de investidores nos FIIs é de
pessoa física, com 84,90%. O volume de estoque também acompanha o mesmo tipo de
investidor, com 77,69%. “Os fundos imobiliários se destacam para este público
por serem bastante acessíveis (negociado em bolsa) e apresentarem vantagens em
relação ao aluguel de um imóvel, como a possibilidade de diversificação por
tipo e região”, afirma o gerente de investimentos da Concórdia Corretora, Mauro
Mattes.
O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário – IFIX, indicador
do desempenho médio das cotações de 74 fundos, aponta uma alta de 24,21% nos últimos 12 meses.
De acordo com o relatório da B3, em 2013, quando a taxa de juros registrou o
menor patamar da história – 7,25% –, a procura pelos FIIs aumentou
consideravelmente. Mas em 2014, com o aumento da Selic, a demanda diminuiu
(custo oportunidade renda fixa). Entretanto, desde o 2º semestre de 2016, com a
queda da taxa, a procura vem aumentando novamente.
Segundo Mattes, este é um momento de oportunidade para os
investidores “Com a tendência de mais queda de juros, os fundos imobiliários se
tornam mais atraentes. Participamos de uma oferta pública de cotas da 5ª
emissão de um fundo, o Fator Veritá Fundo de Investimento Imobiliário (VRTA11).
Os investidores estão atentos a esta movimentação. Tanto é que a demanda
superou a oferta. O volume da captação chegou a R$ 60 milhões, bem superior ao
da 4ª emissão, de R$ 47 milhões” – completa.
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