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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Estudo identifica os novos valores dos brasileiros em tempos de crise



Levantamento feito pela agência Dim&Canzian cria termo “Transparencidade” (junção de “transparência” e “cumplicidade”) para definir os valores mais importantes nesse momento de Brasil


Olhar os brasileiros de perto e perceber como a crise está influenciando as suas vidas. Com este objetivo, a agência Dim&Canzian realizou um estudo nacional para entender os novos valores dos brasileiros em novos tempos, novas tecnologias e mudanças sociais.

O levantamento foi feito nas cinco regiões do Brasil e entrevistou, em profundidade, dezenas de brasileiros, somado à metodologia de etnografia. Foram 16 mil quilômetros percorridos, mais de 40 horas de voo e mais de 50 horas de entrevistas gravadas pela equipe da Dim&Canzian.

Os resultados trouxeram 10 big insights em áreas como saúde, alimentação, redes sociais, relacionamentos, consumo, mobilidade, além dos principais valores que vêm ganhando força e que movem as pessoas.

“Essa pesquisa veio com a missão de decifrar o que estão pensando os brasileiros desses muitos ‘Brasis’ que há no Brasil e nos trazer uma leitura contemporânea desse momento tão singular que estamos vivendo, globalmente”, explica Samantha Barbieri, Diretora de Planejamento e Pesquisa da
Dim&Canzian e também curadora do estudo.

O retrato desta nova sociedade pode ser definido em 10 “big insights”:


1 - Relações: Em tempos de incerteza econômica, os brasileiros estão estreitando os laços e apertando o nó. Sair de casa ficou mais caro, mas nem por isso as pessoas pararam de se ver ou celebrar suas conquistas. As reuniões em casa, em torno da mesa para comer e beber com amigos e parentes, ganham força; assim como as relações familiares. “Menos consumo se traduz em mais relações”, conta Samantha.


2- Consumo consciente: Em tempos de crise, quem comprava por impulso passou a pensar duas vezes antes de adquirir supérfluos. A preferência é pelos itens básicos para casa. A recessão criou uma alavanca para o consumo mais consciente. Outra tendência é a procura maior por produtos usados e a venda direta entre amigos e vizinhos. A internet também impulsionou esta tendência, com sites que oferecem produtos de segunda mão com preço convidativo. A tendência da cultura maker, do faça-você-mesmo, ganha força. O mercado de assistência técnica aumenta porque as pessoas têm interesse em consertar ou reformar os produtos. “As marcas começam a ser responsáveis pelo ciclo de vida dos aparelhos. Elas terão de lidar com o um novo ciclo do produto: o pós vida útil”, ressalta Samantha. A questão da mobilidade também ganha destaque: os carros estão sendo deixados de lado porque as pessoas não podem mantê-los, em um primeiro momento. Depois, as pessoas aderem a esse novo mindset de mobilidade e encontram outras maneiras de se locomover pelas cidades.


3 - Saúde: o investimento em saúde é o último gasto que o brasileiro considera cortar ou reduzir. Ter um plano de saúde se mantém como prioridade, já que a rede pública continua não transmitindo confiança para os usuários. Como alternativa, começa a surgir um segmento de atendimento express em clínicas e consultórios com preços populares.


4 - Alimentação: produtos industrializados estão perdendo espaço para comida feita em casa com alimentos mais saudáveis. Este crescimento vem promovendo um boom na demanda por conteúdo culinário na TV e no YouTube.


5 – Redes sociais: Em um mundo onde as pessoas não são ouvidas e se sentem cada vez mais sem voz, as redes sociais ganham status de palanque e militância, gerando empoderamento. Com a crise, as mídias sociais também viram alternativa de entretenimento possível.


6 - Marcas: os consumidores dependem cada vez menos das marcas para formar sua identidade e têm paixão por empresas que entreguem um serviço além do seu business. A crise tem gerado oportunidades para marcas novas, sem histórico. “Não se aplica só a produtos de consumo. Startups em todos os segmentos vêm ganhando espaço. Até mesmo no setor financeiro, onde conquista principalmente, os jovens”, complementa Marcio Canzian, Chief Media Officer da Dim & Canzian.


7 - Geração de renda: a segunda e até terceira fonte de renda estão se tornando comuns em tempos de recessão. As pessoas estão transformando hobbies e expertises em negócio, com versatilidade e criatividade.


8 – Sonhos e medos: o maior medo é o de FRACASSAR. Ainda assim, o maior sonho é ter tempo e, consequentemente, tranquilidade. O brasileiro quer “ser”, mesmo que para isso precise “ter” menos. “As pessoas têm aderido ao home office, elas querem ter mais flexibilidade no trabalho”, destaca Samantha.


9- Futuro do Brasil: se pudessem mudar um único aspecto do País seria a educação. A resposta foi unânime: 100% dos entrevistados destacaram este quesito quando falam e pensam em novos valores para o futuro.


10 - Valores: Transparência e Cumplicidade foram os dois valores que mais se destacaram entre os entrevistados. Este novo brasileiro quer transparência dos partidos políticos, das operadoras de telefonia, do síndico; e cumplicidade de quem está ao seu lado e das marcas com as quais se relaciona. Para definir a importância destes valores e do exercício deles, foi criada a palavra “Transparencidade”. “A palavra não existe no dicionário, mas já está no coração do brasileiro. Só tomamos a liberdade de criar um nome”, reforça Michele Dim Dippolito, Chief Creative Officer da Dim & Canzian.





Um comentário:

  1. Artigo muito interessante! Falando sobre renda extra, o mercado das vendas diretas também atrai tradicionalmente muita gente. Alguns números em relação disso tem aqui: http://aulaplus.com.br/o-que-e-venda-direta-historico-e-fatos

    Sucesso a todos!

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