A
disfunção erétil atinge aproximadamente 6 milhões de homens no Brasil, segundo
levantamento da Sociedade
Brasileira de Urologia
Disfunção erétil
é um tema tabu! Pouco se fala a respeito e quando o assunto vem à tona, dependo
do lugar e ocasião, morre ainda no nascedouro. Dificilmente alguém “estica” a
conversa. Infelizmente, este quadro se observa em todos os estratos da
sociedade. E a razão para este “silêncio” pode ser atribuído basicamente a
quatro fatores: medo, vergonha, desinformação e erro de percepção.
Individualmente ou somados, estes fatores formam uma barreira que, não raro,
impede o homem de buscar logo no aparecimento dos primeiros sintomas o tratamento
adequado para conhecer a existência, a causa e a extensão do problema e, da
mesma forma, saber das suas possíveis soluções.
É um equivoco
pensar que a disfunção erétil é apenas uma questão psicológica ou que afeta
somente os homens em idade avançada. Não! O problema pode ter um componente
físico e também atingir os jovens. As causas vão muito além das psicológicas.
“São várias as causas que levam à disfunção erétil e cada uma pode exigir um
tipo específico de tratamento”, explica o urologista Wagner Raiter José, membro
titular da Sociedade Brasileira de Urologia e especialista no tratamento da
disfunção erétil. “O tratamento da disfunção erétil avançou muito nos últimos
anos, não apenas com a chegada ao mercado de novos fármacos, mas, sobretudo,
com o surgimento de novas tecnologias”, acrescenta.
O médico usa
dados da Sociedade Brasileira de Urologia para enfatizar as dificuldades dos
homens em lidar com o problema. Segundo ele, 95% dos indivíduos com disfunção
erétil demoram até 3,5 anos para buscar ajuda médica “São anos de sofrimento
desnecessários, pois hoje existe tratamento médico para a maioria dos casos”,
afirma. “Quanto mais cedo o homem detectar o problema e buscar ajuda médica
especializada, mais rápido vai encontrar a solução”, assegura.
Além da origem
psicológica, a disfunção erétil pode também ser causada por doenças como o
diabetes, queda dos níveis de testosterona, doenças vasculares com
entupimento das artérias (aterosclerose), doenças neurológicas como
Parkinson, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica, AVC, lesões
traumáticas da medula, além de uso de medicamentos para tratamento de
enfermidades como os anti-hipertensivos, antidepressivos, anticonvulsivantes ,
antipsicóticos, antiandrogênicos, e claro, alcoolismo, tabagismo e drogas.
Outras causas também devem ser levadas em consideração, como tratamentos de
câncer de próstata em que se pode ter lesão da inervação do pênis ou decorrente
de fratura de pênis, ou até doença de Peyronie, uma curvatura acentuada do
membro. “Como se observa, são várias as causas que podem levar à
disfunção erétil e para cada uma delas há um tratamento específico para sanar
ou pelo menos contornar o problema”, afirma o urologista.
De acordo com a Sociedade Brasileira
de Urologia, existe hoje no País aproximadamente 6 milhões de homens com
disfunção erétil. No mundo, o número pode chegar a 300 milhões. “Os homens
precisam superar os obstáculos e buscar ajuda médica para fazerem o tratamento
adequado. Não há razão para sofrimento e nem demora. Os tratamentos disponíveis
são verdadeiramente eficazes”, enfatiza o urologista.
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