A pouco menos de um ano do evento, especialista
recomenda atualização da carteira de
vacinação
A
medicina do viajante é um tema em ascensão no Brasil nos últimos anos,
principalmente pelo fato do país receber os dois maiores eventos esportivos do
planeta: a Copa do Mundo, no ano passado, e as Olimpíadas, em 2016. Com essas
duas atrações, o assunto se torna prioritário e cada vez mais presente na pauta
de discussões das autoridades em saúde. Afinal, quais são os cuidados
preventivos que os brasileiros deverão ter com a realização dos jogos olímpicos
no Rio de Janeiro, em 2016?
Uma das respostas mais importantes para
esta pergunta é a necessidade de todos os envolvidos na realização dos jogos –
atletas, público e profissionais, atualizarem a carteira de vacinação antes do
evento. Atenção especial para alguns grupos que terão contato com os estrangeiros
antes, durante e depois das Olimpíadas - comissários de bordo, taxistas, guias
turísticos, garçons etc.
“Pela época e localização do evento, as
pessoas precisam estar imunizadas para prevenir, principalmente, a transmissão
de doenças respiratórias, como a gripe, e as que podem ser disseminadas pela
água, como a hepatite A, uma vez que nem sempre as condições sanitárias estarão
ideais, entre outras doenças preveniveis por meio das vacinas A vacinação
em dia, incluindo as doses de reforço, mesmo contra doenças erradicadas aqui no
Brasil, como o sarampo, por exemplo, também é muito importante. Isso porque, em
outros lugares do mundo, não há essa erradicação” alerta o infectologista Jessé Reis, coordenador
do Ambulatório de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emílio
Ribas (SP).
Orientação sobre as
principais vacinas recomendadas antes das Olimpíadas
Doença
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Público-alvo para vacinação
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Gripe Sazonal (vírus influenza A e B) )
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Todos os públicos. A vacinação é anual, principalmente para profissionais
de saúde, crianças com menos de 5 anos, crianças ou adultos com doenças que
afetem o sistema imunológico, doenças cardíacas ou pulmonares crônicas e
pessoas acima dos 60 anos.
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Hepatites A e B
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A
hepatite A pode afetar todos os públicos. A imunização ocorre a partir de um
ano, com duas vacinas, sendo a primeira aplicada em duas doses com intervalo
de seis meses, e a outra em três doses administradas durante o mesmo período.
A hepatite B também impacta todas as faixas etárias. Três doses, começando
pelo recém-nascido, sendo duas em um intervalo de 30 dias e a última, seis
meses depois.
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Sarampo
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Todos os públicos. A vacinação deve ser feita a partir dos 12 meses e
em adultos que não foram imunizados. Na infância e não tiveram sarampo.
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