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sábado, 26 de setembro de 2015

Para APAS, aumento de impostos expõe gestão ineficiente





Ajuste fiscal por meio de um expressivo corte de gastos é essencial para combater a crise
 
"Somos totalmente contra a CPMF e qualquer aumento da carga tributária, baseado no histórico do Brasil. Não adianta arrecadar mais se não teremos controle para uma gestão pública eficiente", declarou Pedro Celso Gonçalves, presidente da APAS - Associação Paulista de Supermercados.

A afirmação foi feita na mesma semana em que a presidente Dilma Roussef encaminhou ao Congresso proposta de emenda à Constituição visando recriar o tributo incidente sobre movimentação financeira.

Pedro Celso pontuou que o país tem uma das maiores cargas tributárias do mundo (cerca de 35%) e que apenas uma pequena parte desses tributos retorna em forma de benefícios à população. Para ele, antes da criação de qualquer imposto na busca por um equilíbrio das contas públicas, o governo deveria dar o exemplo e cortar suas despesas. "Esta medida sinalizaria ao mercado a busca por uma solução mais realista para a crise econômica que o Brasil enfrenta, diante do caos instalado nas contas do país", diz.

Como líder de uma entidade que representa cerca de 1.260 associados, entre eles as maiores redes supermercadistas do país, Pedro enfatiza que o mais correto a se fazer nesse tempo de crise é desburocratizar processos, cortar e controlar despesas e investir com inteligência para que a economia volte a crescer.

Alta carga tributária

De acordo com o departamento de Economia e Pesquisa da Associação, a carga tributária, que era de 24% do PIB em 1991, passou para 34% em 2014. "Isso demonstra a ineficiência no gasto público brasileiro em equilibrar suas contas, pois sempre recorre ao aumento de impostos para fazer frente à sua elevação de gastos", diz o presidente da APAS.

Pedro Celso ressalta que, hoje, um brasileiro paga em média 34% de sua renda em impostos diretos e indiretos ao longo do ano e os serviços públicos ainda não correspondem ao valor pago pela população. "Deveríamos ter serviços públicos de qualidade tanto na saúde, quanto na educação e na segurança pública" afirma.

Para ele, o retorno da CPMF apenas pioraria o desempenho da atividade econômica e, em consequência, prejudicaria ainda mais o setor supermercadista, que já enfrenta desaceleração das vendas, diante de um quadro econômico em que o desemprego e a queda da renda, somados à inflação elevada e persistente, afetam o poder de compra da população.


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