Entenda
as barreiras a essa arma decisiva no controle da Aids.
O
dia 1º de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de
Combate à Aids e é uma data na qual o mundo une forças para a
conscientização sobre a doença. Desde o início da epidemia de Aids, em 1980,
até junho de 2012, o Brasil teve 656.701 casos registrados da
doença, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado
pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Em 2011, foram
notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência de
Aids no Brasil foi de aproximadamente 20 casos por 100 mil habitantes.
Apesar da importância
do diagnóstico precoce, alguns fatores ainda atrapalham a identificação da
doença, como o medo da morte e do sofrimento físico e emocional e o preconceito
que relaciona o HIV à promiscuidade e ao uso de drogas ilícitas.
A
seguir, Alberto Chebabo, infectologista do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica,
responde às principais dúvidas que cercam a doença.
O
que fazer após uma situação arriscada?
Se
você fez sexo sem camisinha e está preocupado, a recomendação é aguardar até
três semanas para se submeter ao exame. Esse é o tempo que o sistema imune leva
para criar anticorpos contra o HIV. Mas se o risco de infecção for extremamente
alto, procure o serviço de saúde em até 72 horas. “A prescrição de drogas
nesse período pode evitar que o vírus invada as células de defesa. Quanto mais
precoce é o início da medicação, melhor a eficácia em prevenir a infecção.”
Onde
posso fazer os exames?
Os
testes anti-HIV estão disponíveis no Sistema Único de Saúde e nos Centros de
Testagem e Aconselhamento de todo o país. Esses locais disponibilizam serviço
psicológico antes e depois do diagnóstico. “O apoio de psicólogos e
assistentes sociais é essencial, principalmente para passar informações
corretas e confiáveis sobre a doença. Para saber o posto mais perto de sua
casa, acesse o site do Ministério da Saúde ou ligue para 156.”
Como
funciona o teste chamado Elisa?
Foi
um dos primeiros a serem lançados, lá na década de 1980. Ele flagra os
anticorpos produzidos pelo sistema imune no combate ao vírus do HIV.. É preciso
retirar uma amostra de sangue e esperar alguns dias para saber se deu positivo
ou negativo. Ele tem 99,7% de sensibilidade e possibilidade mínima de erro.
O que vem a
ser exame confirmatório?
Se o exame preliminar
der positivo, o protocolo é pedir um teste confirmatório, que costuma ser o
Western Blot ou PCR. Por ser mais caro, só é indicado para as situações em
que o risco de soropositividade é elevado. Seu nível de precisão é ainda maior
que o Elisa. A resposta também demora um tempinho, pois o sangue passa
por uma segunda análise no laboratório.
Como funcionam os testes rápidos?
Como funcionam os testes rápidos?
Basta
furar o dedo e colher uma gotinha de sangue, que é colocada numa fita reagente.
O resultado sai em 20 minutos, uma estratégia promissora para aqueles que não
têm coragem de voltar para pegar o resultado. Se der positivo, o paciente deve
ser encaminhado para tratamento no sistema público de saúde.
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