Redução da
Mortalidade Materna
O número de mulheres que morrem por motivos relacionados à gravidez
diminuiu nos últimos anos, mas o índice continua elevado. Cerca de 69 mães vão
a óbito para cada 100 mil nascidos vivos.
Com o objetivo de reforçar a importância de estratégias para
diminuir o índice de mulheres que morrem por causas relacionadas à gravidez ou
ao parto, em 28 de maio passado foi celebrado do Dia Nacional da redução da
Mortalidade Materna. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em
2013, ocorreram 289 mil mortes por estas razões. A última revisão da
Classificação Internacional de Doenças classificou morte materna quando o óbito
da mulher acontece durante a gestação ou 42 dias após o termino da gravidez.
De acordo com Fabiano Reis Bazzoli, ginecologista do
Instituto Corpore em Araçoiaba da Serra (SP) - entidade que atua na promoção da
qualidade de vida do cidadão, as principais causas de óbito são síndromes
hipertensivas, hemorragias, doenças do aparelho circulatório complicadas pela
gravidez, parto, puerpério (após o parto) e aborto. Para ele, iniciativas como
a valorização dos profissionais de saúde que atendem a mulher ao longo da vida,
campanhas de planejamento familiar e captação para início precoce do pré-natal
são estratégias que viabilizarão a diminuição da mortalidade materna.
"Além disso, a vinculação da gestante à unidade de referência e ao
transporte gratuito, a garantia na internação de bom atendimento antes, durante
e depois do parto e o acompanhamento precoce de puerpério são medidas
fundamentais para diminuir o número de mulheres que morrem por estes motivos",
avalia.
Um relatório da OMS mostra que, em 1990, o Brasil teve uma
média de 120 óbitos de mães para 100 mil nascidos, e hoje há uma média de 69
mães para 100 mil nascidos vivos. "Apesar da melhora, é inaceitável que um
país com o poderio econômico do Brasil ainda tenha um índice tão grande de
mortes nesta situação", diz o ginecologista.
Na opinião de Fabiano, enquanto não houver a integração
ideal entre poder público, funcionários da saúde e comunidade, não será
possível diminuir (através da prevenção) as causas da mortalidade materna que
são evitáveis.
O Instituto Corpore realiza mensalmente, com o apoio dos
profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), encontros com as gestantes
dos municípios que atende. O objetivo das reuniões é promover a educação em
saúde, abordando temas sugeridos pelas áreas participantes, como: a importância
do pré-natal, exames realizados, vacinação para as gestantes, alterações
fisiológicas durante a gestação, direitos da gestante, tipos de parto,
anestesia, cuidados no pós-parto, amamentação e cuidados com o recém-nascido.
Além disso, realiza atividades físicas para melhorar a postura e prevenir dores
osteomusculares. A entidade também fornece materiais complementares sobre os
assuntos abordados nas reuniões, contendo dicas e orientações para as
gestantes. São encontros que possibilitam mais qualidade de vida para a mulher,
prevenindo-a de diversas doenças que podem acontecer no período gestacional,
ajudando a diminuir a mortalidade materna.
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