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quarta-feira, 7 de maio de 2014


 

08 de Maio – Dia Mundial do Câncer de Ovário

Ginecologista Dr. Marcelo Steiner fala sobre a doença e as modalidades que afetam a saúde da mulher

No dia 08 de maio acontece a segunda edição do 'Dia Mundial do Câncer de Ovário', uma campanha que envolve organizações de diversas partes do mundo, que se uniram para conscientizar a população feminina a respeito da doença. O site oficial da campanha, em inglês, é o http://ovariancancerday.org.

Diferentemente do câncer de mama, que já é um assunto mais conhecido, o câncer de ovário ainda é muito pouco discutido. Menos frequente, ele é mais difícil de ser diagnosticado, pois geralmente não apresenta sintomas na fase inicial.

À medida que o tumor cresce, pode provocar dor ou inchaço no abdômen, náusea e cansaço constante. Perda de apetite, menstruação irregular, mudança nos hábitos intestinais, dores abdominais persistentes e complicações intestinais são sintomas importantes para a detecção da doença. “Diante de qualquer alteração ou sintoma suspeito, a orientação é sempre buscar o auxílio médico” reforça o ginecologista Dr. Marcelo Steiner.

Os diversos tipos de câncer femininos

Para a mulher, a visita anual ao ginecologista é fundamental para prevenção e detecção precoce de problemas que afetam exclusivamente as mulheres. O Câncer de Mama é o tipo o mais comum entre elas. Aparece principalmente em mulheres após a quinta década de vida, mas mulheres jovens com fatores de risco presentes devem ser monitoradas. Para a detecção precoce da doença, é necessária a realização de um exame clínico e a mamografia. O autoexame também é muito importante e a qualquer sinal de nódulo é necessário procurar o médico para diagnóstico. Segundo Dr. Marcelo Steiner, todas estas orientações são fornecidas durante a consulta. “Além do exame clínico que pode detectar eventuais problemas, a consulta com o médico é o momento do esclarecimento de dúvidas e de receber orientações sobre cuidados preventivos”.

Atrás do câncer de mama, o câncer de colo de útero é outro que acomete um grande número de mulheres. O Papilomavirus Humano (HPV) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. “O HPV é um vírus bastante comum e recorrente. Em alguns casos, pode provocar o aparecimento de verrugas indolores na pele, mas na maioria das vezes não apresenta sintomas. Justamente por isso, ele acaba sendo muito perigoso se não acompanhado. Há alguns subtipos deste vírus que provocam alterações celulares no colo do útero que, por sua vez, podem levar ao câncer. O ginecologista, nos exames de rotina, fará avaliação adequada”, orienta o médico.

O câncer de endométrio (camada interna do útero) está relacionado a desequilíbrios hormonais, obesidade, diabetes e pressão alta. Tem como principal sintoma o sangramento anormal, principalmente após a menopausa. “A doença é identificada através de exames, como ecografia transvaginal e, quando necessário, é realizada também biópsia”, explica o especialista, professor afiliado do departamento de ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Um tipo mais raro, o câncer de vulva, é mais frequente nas mulheres após a menopausa, mas alguns fatores podem ocasionar o surgimento da doença em mulheres mais jovens. Depois do exame clínico, o diagnóstico é confirmado através de biópsia. O tipo mais comum é o carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele que surge como uma mancha ou ferida que não cicatriza e vai aumentando de tamanho.

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