08 de Maio – Dia Mundial
do Câncer de Ovário
Ginecologista
Dr. Marcelo Steiner fala sobre a doença e as modalidades que afetam a saúde da
mulher
No
dia 08 de maio acontece a segunda edição do 'Dia Mundial do Câncer de Ovário',
uma campanha que envolve organizações de diversas partes do mundo, que se
uniram para conscientizar a população feminina a respeito da doença. O site
oficial da campanha, em inglês, é o http://ovariancancerday.org.
Diferentemente do câncer de mama, que
já é um assunto mais conhecido, o câncer de ovário ainda é muito pouco
discutido. Menos frequente, ele é mais difícil de ser diagnosticado, pois
geralmente não apresenta sintomas na fase inicial.
À medida que o tumor cresce, pode
provocar dor ou inchaço no abdômen, náusea e cansaço constante. Perda de
apetite, menstruação irregular, mudança nos hábitos intestinais, dores
abdominais persistentes e complicações intestinais são sintomas importantes
para a detecção da doença. “Diante de qualquer alteração ou sintoma suspeito, a
orientação é sempre buscar o auxílio médico” reforça o ginecologista Dr.
Marcelo Steiner.
Os diversos tipos de
câncer femininos
Para a mulher, a visita anual ao
ginecologista é fundamental para prevenção e detecção precoce de problemas que
afetam exclusivamente as mulheres. O Câncer de Mama é o tipo o mais
comum entre elas. Aparece principalmente em mulheres após a quinta década de
vida, mas mulheres jovens com fatores de risco presentes devem ser monitoradas.
Para a detecção precoce da doença, é necessária a realização de um exame
clínico e a mamografia. O autoexame também é muito importante e a qualquer
sinal de nódulo é necessário procurar o médico para diagnóstico. Segundo Dr.
Marcelo Steiner, todas estas orientações são fornecidas durante a consulta.
“Além do exame clínico que pode detectar eventuais problemas, a consulta com o
médico é o momento do esclarecimento de dúvidas e de receber orientações sobre
cuidados preventivos”.
Atrás do câncer de mama, o câncer
de colo de útero é outro que acomete um grande número de mulheres. O
Papilomavirus Humano (HPV) é um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento da doença. “O HPV é um vírus bastante comum e recorrente. Em
alguns casos, pode provocar o aparecimento de verrugas indolores na pele, mas
na maioria das vezes não apresenta sintomas. Justamente por isso, ele acaba
sendo muito perigoso se não acompanhado. Há alguns subtipos deste vírus que
provocam alterações celulares no colo do útero que, por sua vez, podem levar ao
câncer. O ginecologista, nos exames de rotina, fará avaliação adequada”,
orienta o médico.
O câncer de endométrio (camada
interna do útero) está relacionado a desequilíbrios hormonais, obesidade,
diabetes e pressão alta. Tem como principal sintoma o sangramento anormal,
principalmente após a menopausa. “A doença é identificada através de exames,
como ecografia transvaginal e, quando necessário, é realizada também biópsia”,
explica o especialista, professor afiliado do departamento de ginecologia da
Faculdade de Medicina do ABC.
Um tipo mais raro, o câncer
de vulva, é mais frequente nas mulheres após a menopausa, mas alguns
fatores podem ocasionar o surgimento da doença em mulheres mais jovens. Depois
do exame clínico, o diagnóstico é confirmado através de biópsia. O tipo mais comum
é o carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele que surge como uma
mancha ou ferida que não cicatriza e vai aumentando de tamanho.
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