Consumo
de bebidas alcoólicas por jovens chama a atenção e preocupa
2º
Lenad constatou que 26% dos jovens menores de idade consomem álcool
O jovem dependente do álcool exige um tratamento diferente do adulto que passa pelo mesmo problema. O 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constatou que 26% dos jovens menores de idade consomem álcool e, a bebida entra na vida deles já aos 15 anos de idade, quando ainda não conseguem - muitas vezes - perceber a dimensão do dano que o vício pode causar à saúde.
O estimulo a bebida vêm de todas as partes, dos comercias de televisão ao convívio com a família e os amigos, deixando o jovem mais vulnerável. "A bebida alcoólica é cada vez mais associada a felicidade, festas, prazer, alegria, gente bonita, praia. A bebida pode se tornar algo normal na vida deles, estão apenas seguindo os passos da sociedade, o exemplo que possuem perto", explica Ana Cristina Fraia, psicóloga e coordenadora terapêutica do Hospital Dia, da Clínica Maia.
"Admitir e lidar com a doença requer responsabilidade, maturidade e evitar alguns lugares. Precisa querer mesmo parar de beber. Outro agravante é que o álcool é uma droga que a pessoa bebe, mas as consequências só virão para alguns aos seus 40 ou 45 anos de idade", ressalta Mauro Carrelhas Junior, terapeuta holístico e conselheiro em dependência química da Clínica Maia.
A família deve considerar um sinal de alerta para a dependência quando começarem as mudanças de comportamento e a frequência com que o jovem bebe aumentar significativamente. De acordo com Mauro, "a pessoa é considerada alcoólatra quando bebe três vezes na semana (alcoolismo eventual). Existe também uma mudança de conduta: perda de apetite, agressividade, irresponsabilidade com as obrigações."
Para a psicóloga, "os pais devem conversar muito com seus filhos, pois, muitas vezes, o jovem não tem maturidade para beber de forma consciente. Ele pode se colocar em situações de risco por causa da bebida, como acidentes de carro, brigas, agressões, ou mesmo sexo sem camisinha."
Caso
o jovem e a família precisem de ajuda profissional, a Clínica Maia realiza terapias
em grupo que auxiliam o paciente com este tipo de dependência química. "As conversas em grupos anônimos,
assim como terapias individuais, de esporte e de motivação realizadas com o
acompanhamento da família ajudam a mostrar ao jovem que é possível se divertir
sem consumir álcool", completa Mauro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário