A
médica pneumologista do Instituto do Sono, Luciane Fujita, palestrou, hoje,
no 5º FÓRUM DA SAÚDE E BEM-ESTAR, em São Paulo, e falou sobre a importância
do sono. Segundo a especialista, “ele é um dos 14 fatores para a longevidade
e sua qualidade se altera com o envelhecimento, especialmente em frequência e
com o aumento de despertares. Perdem-se 27 minutos de sono por década até os
80 anos”. O evento foi realizado no Hotel Grand Hyatt, e teve a presença de
mais de 400 autoridades, médicos e empresários do setor.
Algumas
das reclamações mais frequentes após o envelhecimento são maior frequência de
cochilos, sono com mais oscilação, além de menos efetividade no sono, que
pode causar insônia, diminuir o desempenho físico e cognitivo, e levar a um
aumento de acidentes e ao aparecimento de outras doenças, como apneia. “A
insônia é mais prevalente em idosos, e chega a 25% de casos em maiores de 60
anos, principalmente em mulheres. Entre algumas de suas causas, estão
depressão, dor, desconforto respiratório ou a perda de algum ente querido”.
Por isso, entre os idosos, há mais uso de sedativos e hipnóticos, em mais de
50% dos casos.
Fernando
Morgadinho, neurologista e especialista em medicina do sono, debateu o tema.
“O ideal são seis ou sete horas por dia. Caso contrário, há aumento de
mortalidade, riscos cardiovasculares e diminuição de efeito de vacinas. A
média do brasileiro é muito baixa. O profissional que dorme mal trabalha mal,
e há uma queda de produtividade”.
A
outra debatedora, Tatiana Vidigal, otorrinolaringologista e especialista em
medicina do sono, falou sobre apneia, que afeta 33% da população de São Paulo
e causa um aumento de mortalidade, especialmente por questões
cardiovasculares. “Pensando em longevidade, precisamos envelhecer com
qualidade, e isso está diretamente relacionado ao dormir bem”.
A
apresentação seguinte, com o tema “como devemos preparar o nosso corpo e
mente para uma vida longeva”, contou com Moisés Cohen, professor titular e
chefe de departamento de Ortopedia, Traumatologia e Medicina do Esporte da
Escola de Medicina da Universidade de São Paulo. “Nas décadas de 1970 e 1980,
houve um aumento de lesões pelo excesso de exercícios. Do outro lado, a vida
sedentária mata aproximadamente dois milhões de pessoas por ano”. Ele
destacou um estudo da Unicamp que revelou que 71% dos idosos não fazem
nenhuma atividade física. “É um ponto de atenção e conscientização, já que em
2030 teremos muito mais pessoas com mais de 60 anos do que com menos de 10
anos”.
Na
sequência, Paulo de Tarso, cirurgião e especialista de medicina integrada,
falou sobre a importância da conscientização dos pacientes sobre a própria
saúde. “O médico deve ser um auxílio, mas a pessoa tem suas próprias
responsabilidades. Do outro lado, o próprio profissional muitas vezes não sabe
se cuidar”. Ana Maria Diniz, conselheira do Instituto Península, contou que
“não existe fórmula para conseguir equilíbrio, cada um tem que desenvolver
seu método”. Finalizando o painel, o rabino da Congregação Israelita
Paulista, Ruben Schernstein, contou que “na tradição judaica, cuidar e
melhorar são os maiores princípios. Corpo, mente e emoções são uma só
entidade, e devem caminhar juntos”.
A
última apresentação, ministrada por Claudio Lottenberg, presidente do LIDE
SAÚDE e do Hospital Albert Einstein, apresentou o tema “A tecnologia a
serviço do homem e da sua mente”. Ele ressaltou a importância de identificar
tecnologias que, de fato, sejam efetivas para o paciente, pois todas geram
custos adicionais, e também das bases de dados, para que as informações sejam
mais bem aproveitadas. “O resultado é a diminuição do tempo de internação”.
Participou
do debate Dirceu Barbano, sócio da B2Cd Consultoria Empresarial e
ex-presidente da Anvisa, que vê a tecnologia na saúde indo em direção à
prevenção, conscientização e em fornecer autonomia às pessoas limitadas por
doenças. “Ações como essas podem exigir menos do sistema de saúde. A opção
por tecnologias efetivas, que não substituam vacinas ou o teste de HIV, por
exemplo, podem ser mais assertivas”.
Para
Giovanni Guido Cerri, presidente do conselho diretor do Instituto de
Radiologia do Hospital das Clínicas, que participou da discussão, “conservar
a saúde é a melhor forma de evitar tratamentos futuros”. Daniel Mazon,
vice-presidente da Philips na América Latina, também participou do debate.
As
palestras tiveram a moderação de Claudio Lottenberg, Presidente do Hospital
Israelita Albert Einstein e do LIDE SAÚDE, e de Gustavo Ene, CEO do LIDE.
O
Fórum conta com a chancela de importantes marcas. O patrocínio é da EMS e
apoio da PHILIPS e SANOFI. Participação do HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEIN, com a colaboração de 3M, HOSPITAL BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA, NESTLÉ
e RV ÍMOLA. São fornecedores oficiais ANTILHAS, CORPORATE FILMS, ECCAPLAN,
NBS, GRUPO CDI, NESCAFÉ DOLCE GUSTO e NESTLÉ. As rádios BAND AM, BAND NEWS
FM, BRADESCO ESPORTE, as revistas ISTOÉ, ISTOÉ DINHEIRO, PENSE LEVE, o jornal
PROPMARK e a PR NEWSWIRE, são os mídia partners.
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