Pesquisar no Blog

terça-feira, 2 de maio de 2023

Trabalho entre pessoas jurídicas: contrato assertivo é essencial

A terceirização de serviços por meio da contratação de pessoas jurídicas (PJ) foi regularizada no Brasil em 2017 com a publicação da Lei n. 13.429, e, sem sombra de dúvidas, um de seus principais benefícios é a redução de custos operacionais e obrigações trabalhistas de uma empresa, visto que esse tipo de contratação não vem agregada ao pagamento das obrigações impostas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sendo essa contratação uma modalidade permitida nas chamadas atividades-fim.

A formalização desse tipo de prestação de serviço pode ser benéfica no que tange a atividades pontuais, considerando que essa contratação não agrega pagamento das obrigações impostas pela CLT. Só no ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo IBGE, foram 2,2 milhões de pessoas inseridas na condição de contrato PJ, uma alta de 20,8%. Contudo, é necessário que a empresa e a terceirizada estejam atentas ao estipulado no contrato celebrado entre as partes.

Com a contratação de prestadores de serviço como pessoa jurídica, é importante que a empresa contratante disponha de especial atenção a eventual presença de elementos que caracterizem um vínculo empregatício, tais como subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. Essas características não podem existir na relação entre pessoas jurídicas, exatamente por configurarem uma relação de emprego.

O ordenamento jurídico proíbe a celebração de contratos de prestação de serviços entre pessoas jurídicas com a finalidade de mascarar vínculo empregatício, podendo a empresa contratante ser penalizada.

A perspectiva que se deve ter nesse tipo de contratação é a de que o prestador de serviços contratado como PJ também é uma empresa, de modo que a prestação de serviços ocorre na prática de pessoa jurídica para pessoa jurídica.

Outro ponto importante a ser observado é o detalhamento legal do contrato que regerá essa prestação de serviço, posto que as regras e aplicações práticas da contratação são regidas por este, não mais pela CLT.

Diante disso é importante que as partes organizem previamente os aspectos da contratação firmada, descrevendo especificações do serviço, definindo prazos, objetivos e questões estratégicas que considerarem pertinentes.

Tendo em vista que nessa espécie de contratação não há o elemento de subordinação, em razão da ausência de vínculo empregatício, aspectos como a eventual exclusividade do contratado podem ser pactuados, desde que não afronte nenhuma norma legal.

 Diante disso, é extremamente importante que o contrato de prestação de serviços seja celebrado com assistência jurídica especializada, o que assegura a estipulação de direitos e obrigações que de fato sejam aplicáveis à individualidade da empresa contratante e do prestador de serviços.


Mas, afinal, qual a melhor forma de estabelecer uma relação boa para ambos os lados?

A melhor forma de estabelecer uma boa relação entre a empresa contratante e o prestador de serviços pessoa jurídica é o estabelecimento prévio das condições e termos do serviço a ser prestado no contrato.

É importante que as expectativas sejam alinhadas antes da celebração do contrato, o que assegura que as intenções práticas sejam formalizadas legalmente e possuam eficácia no mundo jurídico. 



Deolamara Bonfá - advogada trabalhista, sócia-fundadora do escritório Machiavelli, Bonfá e Totino (MBT) Advogados.

Nitiele Genelhu - advogada associada do Escritório Machiavelli, Bonfá e Totino (MBT), pós graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Faculdade Legale Educacional.

MBT Advogados Associados

Estudo da ESPM mapeia como a inteligência artificial pode influenciar no futuro da música

Pesquisa inédita analisa mais de 3.400 faixas de música do Spotify e Deezer, para entender quais características são necessárias para se chegar ao Top 200 das mais ouvidas

Simulador pode auxiliar gravadoras, produtores musicais e artistas na decisão de produção de um determinado gênero 

 

O segmento cultural, que já operava no meio digital quando no início da pandemia, passou a adaptar suas atividades e serviços exclusivamente para este meio. A música ganhou com seus intérpretes lives, novos modelos de inserções nas mídias sociais e um forte consumo nas plataformas especializadas.

Dentro desse contexto, a ESPM, escolas de negócios, por meio do Núcleo de Transformação Digital da ESPM (DIGI), realizou mais um estudo inédito, dentro do projeto de pesquisa “Transformação Digital da Comunicação” que é patrocinado pelo CNPq e pela Fapesp e coordenada pelo Centro de Gestão e Transformação de Negócios do curso de Administração da instituição. Em dezembro de 2022, o DIGI apresentou um estudo sobre bancos, e até o final do ano, serão lançados estudos em diversos segmentos como Food Service e Cosméticos. O estudo atual, possui o objetivo de mapear como a inteligência artificial pode influenciar no futuro da música. A pesquisa analisou 3.446 faixas de música do Spotify e Deezer, para entender quais características são necessárias e como a melodia pode chegar ao Top 200 das mais ouvidas.

Claudio Luiz Cruz de Oliveira, coordenador da pesquisa e professor de Business Technology e Marketing Science da ESPM e sócio da Cognitive Inteligência de Marketing, explica que a análise está sendo realizada em mais de seis anos de histórico de canções disponíveis nas plataformas. “Nosso objetivo foi criar um simulador que possa prever o sucesso das músicas. Por exemplo, baseada em algumas características das músicas como artista, gênero, níveis de dançabilidade, energia e tempo da música, o simulador estima a probabilidade de a canção fazer sucesso. Isso pode influenciar o mercado, melhorando a tomada de decisão sobre a escolha de qual música deve ser mais divulgada”, diz.

Já Diego Oliveira, professor de Mídias e Inovação da ESPM e CEO do Grupo Youpper Consumer & Media Insight, explica que a indústria da música vem agregando inovação ao longo do tempo, com o uso de algoritmos e maiores taxas de precisão métrica como modelo antes de lançar uma nova canção no mercado. “Isso traz uma alta precisão, o que significa correr menos riscos numa decisão comercial e campanhas de marketing muito mais assertivas”.


A pesquisa

O estudo selecionou músicas que fizeram parte da playlist Top 200 do Spotify entre 2017 e 2023; as de playlist Virais que não entraram para a lista das Top 200; e as músicas de artistas populares que não fizeram sucesso que foram buscadas nas playlists do Deezer, para complemento de amostragem. Ao todo, foram 1.723 músicas de sucesso e a mesma quantidade daquelas que não entraram em nenhuma lista de mais ouvidas, perfazendo uma amostra final de 3.446 canções analisadas. “A amostra de dados foi construída dessa forma para que o machine learning pudesse aprender o padrão das músicas que fazem sucesso e das que não fazem”, relata Oliveira.

A metodologia utilizada considera variáveis de áudio, numéricas de tempo e faixa, artistas e o total de seguidores do artista no Spotify e Deezer. Para descobrir as necessidades que tornam a música um sucesso, a utilização de abordagem machine learning (entrada de dados e respostas) propiciou 97% de acurácia no treino (nível de exatidão dos resultados obtidos), já no simulador (entrada de dados e regras) as respostas tiveram 83% de acurácia no teste (nível de exatidão dos resultados). “Essa acurácia é derivada do total de acertos dividida pelo total da amostragem”, explica Oliveira.

No período, quatro gravadoras concentraram 43% dos sucessos de um total de 376 pesquisadas. Sony (14%), Som Livre (14%), Universal (9%) e Warner (7%) tiveram lançamento com alta taxa de sucesso. As gravadoras menores lançaram a maioria das músicas no período, mas possuem taxa de sucesso com menos de 1%.

Os artistas sertanejos predominaram no ranking de quem mais lançou sucessos. Para se ter uma ideia, Marília Mendonça lançou 45 músicas e foi a primeira colocada no Top 200 da Spotify, seguida por Henrique & Juliano (42), Gusttavo Lima (39), Matheus & Kauan (33), Zé Neto & Cristiano (27).

Na análise por gênero, os Pops e Funks têm maior número de canções lançadas com 42% e 17%, respectivamente. Os sertanejos lançaram menos músicas, mas 94% desses lançamentos musicais foram músicas de sucesso. Mas o gênero não é suficiente para determinar o sucesso, por exemplo, o maior sucesso do Carnaval, foi Zona de Perigo do Luan Santana, que é um arrocha (gênero musical e dança brasileira originário da cidade de Candeias, na Bahia), proveniente da seresta, influenciado pela música romântica e o estilo romântico, modificada com pagode, funk e um toque de axé que a tornam, segundos seus adeptos, mais sensual e eufórica. A música não era considerada promissora nem pelo próprio artista que tinha escolhido como música de trabalho a faixa “Não se vá”. Mas se tornou um sucesso, de acordo com o simulador de sucesso de músicas feito na pesquisa, a probabilidade de a música ser sucesso seria de 88% conforme pode ser visto na imagem.

Num caso prático, o simulador pode orientar se vale ou não o investimento e contribui no ecossistema da música a prever maior probabilidade de sucesso. A atribuição de variáveis áudio features – dançante, energética, falada, acústica, instrumental, ao vivo, positividade, conteúdo explícito; gêneros; áudio; numéricas como tempo (tempo geral estimado de uma faixa em batidas por minuto (BPM)); a duração da faixa; o número de artista na mesma música e o total de seguidores do artista nas plataformas; levará a gravadora ou um produtor musical a entender se a canção abre uma perspectiva de lançamento e investimento em marketing na sua divulgação.

A versão beta do simulador está disponível no link http://www.adsimulator.com.br/music até 15 de maio.


No Dia da Matemática entenda o que é a discalculia

 

Quem nunca teve dificuldade para entender conceitos matemáticos, lógica, realizar operações mentais e decifrar símbolos matemáticos? 

A habilidade de operacionalizar a matemática – seja nos primeiros anos de vida ou na fase adulta, nem sempre é uma apitidão natural, mas sua ausência ou não familiaridade completa pode significar um diagnóstico mais complexo ou até mesmo o que os especialistas entendem como discalculia. 

 

O que é discalculia? 

A discalculia é uma dificuldade de aprendizado numérico resultante de uma má formação neurológica, que não tem relação com o QI, deficiência mental, problemas de audição ou visão ou falta de instrução adequada. Crianças com discalculia têm dificuldade em identificar símbolos matemáticos, fazer cálculos, classificar números, compreender conceitos matemáticos, entender princípios de medida, seguir sequências e relacionar o valor das moedas, entre outras habilidades matemáticas. O tratamento da discalculia envolve terapia específica e estratégias de ensino adaptadas às necessidades individuais da criança. 

Os sinais e manifestações da discalculia variam em cada indivíduo, como também ocorre na dislexia. Além disso, a discalculia pode afetar uma pessoa de diversas maneiras durante toda a sua vida. É crucial destacar que as dificuldades enfrentadas por pessoas com discalculia não estão limitadas somente à disciplina de matemática na escola, mas podem afetar suas atividades diárias também. 

 

Existem três tipos principais de discalculia:

·        A discalculia gráfica, que se refere à dificuldade em escrever símbolos matemáticos;

·        A discalculia ideognóstica, que se refere à dificuldade em realizar operações mentais e compreender conceitos matemáticos;

·        A discalculia operacional, que se refere à dificuldade em utilizar números e símbolos matemáticos no processo de cálculo.

 

Sintomas gerais associados a discalculia:

Identificar a discalculia em uma pessoa pode ser difícil, já que ela pode se manifestar de várias formas. Algumas das dificuldades mais comuns incluem:

·        O senso numérico fraco e a dificuldade para estimar quantidades;

·        Além disso, muitas pessoas com discalculia têm dificuldade para contar de trás para a frente, lembrar fatos matemáticos básicos, entender o valor posicional de algarismos e compreender a função do número zero no sistema numérico hindu-arábico.

·        Outros sintomas da discalculia incluem esquecimento de estratégias matemáticas, lentidão para fazer cálculos e habilidade de aritmética mental fraca em relação à idade ou nível de escolaridade.

·        Algumas pessoas com discalculia também têm dificuldade para guardar números na memória de trabalho enquanto resolvem problemas matemáticos e podem sentir ansiedade relacionada à matemática e outras atividades que envolvam números.

·        A discalculia pode ter um impacto significativo no dia a dia, como dificuldades para aprender a ler as horas ou calcular o tempo. À medida que as habilidades matemáticas se desenvolvem ao longo dos anos, é importante identificar a discalculia precocemente e tomar medidas para lidar com ela antes que as dificuldades se tornem mais graves.

 

Discalculia em crianças: 

Na educação infantil, é comum observar sinais de discalculia que podem ser indicativos de uma dificuldade mais séria no aprendizado matemático. Alguns desses sinais incluem a dificuldade para aprender a contar, reconhecer padrões simples e entender o significado dos numerais, como associar o numeral 3 a um conjunto de três objetos ou à palavra oral três. Outro sinal comum é a dificuldade para entender o conceito de enumeração, ou seja, associar um número a uma quantidade de objetos. Identificar esses sinais precocemente é essencial para que se possa agir com intervenções adequadas e minimizar os efeitos negativos da discalculia no desenvolvimento da criança. 

“Estamos falando de uma condição neurológica, ou seja, a pessoa com esta condição não tem controle sobre ela. No entanto, uma vez que que há a identificação de forma precoce – e por isso estar atento a estes sinais é tão importante, os pais podem intervir com práticas como o treino cerebral ou ginástica para o cérebro que certamente vão oferecer ganhos e médio e longo prazo”, concluiu a neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci.


Afinal, o ChatGPT consegue entender nossas gírias e regionalismos?

Das 100 expressões testadas pela Preply, apenas três não foram  reconhecidas pelo chatbot, que titubeou diante do significado  popular de 19% dos termos

 

Entende, mas nem tanto assim. Após um teste conduzido no ChatGPT, a plataforma de e-learning Preply concluiu que o bot que virou sucesso mundial consegue reconhecer muitas das principais gírias e expressões populares brasileiras, mas ainda superestima sua própria capacidade de entendê-las. Isso porque, ao ser apresentada a um conjunto de 100 jargões típicos de todas as regiões do Brasil, a ferramenta deu um significado alternativo — não necessariamente incorreto, mas diferente de seu sentido mais comum — a 19% dos regionalismos testados. 


Entre os termos mal “explicados” estão “queixar”, que, ao contrário do que parece, quer dizer flertar ou chamar para sair no vocabulário popular baiano. A tecnologia criada pelo estadunidense Sam Altman, no entanto, se rendeu inicialmente ao significado padrão usado para quando alguém expõe aborrecimento. 

Algo similar também aconteceu com o significado de “peidado”, termo bastante utilizado em Alagoas, quando a ferramenta afirmou se tratar de uma pessoa muito bêbada. O sentido proposto, tal como o anterior, foi de encontro ao seu uso mais conhecido na região: na verdade, a expressão é comumente evocada pelos alagoanos para descrever alguém que está indignado ou furioso. 

De forma curiosa, quando realmente foi indagado sobre uma gíria usada para nomear quem passou do ponto na bebida – a expressão baiana “cheio de pau” – o chat disse que esta se referia a uma pessoa que inventa desculpas ou que está à flor da pele.   

Para a maioria das palavras, contudo, bastou ser questionado “qual o significado da gíria x?” que o bot retornou uma resposta satisfatória. Em outros casos, foi necessário fornecer um pouco mais de contexto, como de que estado a palavra deriva ou em qual é mais utilizada. Em situações como essas, duas ou três perguntas complementares foram suficientes.

 

Como o ChatGPT chegou nos significados das gírias? 

A resposta para esta pergunta foi consultada na própria ferramenta, que compartilhou ter sido treinada com uma grande quantidade de textos e dados de linguagem natural para captar múltiplos diálogos e contextos.  

Na verdade, sabemos que os dados que constroem o chat vêm de livros, artigos de notícias, páginas da web, mídias sociais e fontes afins, algo que o permite entender e reconhecer muitas palavras comuns em diferentes contextos, incluindo gírias e expressões informais. 

Logo, quando alguém pergunta sobre o significado de uma gíria, ele rapidamente recorre ao conhecimento adquirido por meio do seu “treinamento” para responder. Em último caso, há uma espécie de nova varredura em fontes confiáveis ​​como dicionários, enciclopédias e outras referências online. 

Vale lembrar que a tecnologia criada pelo laboratório de pesquisa estadunidense OpenAI é semelhante à de assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, e o Google Assistant. Segundo o site da organização, seu desenvolvimento é pautado em redes neurais e machine learning com foco em diálogos virtuais. 

Entretanto, é importante ressaltar que, por ser uma inteligência artificial, o chat está passível de cometer erros, como demonstrou a pesquisa da Preply. “Embora eu possa entender muitas gírias e expressões informais, minha capacidade de processar linguagem natural é limitada em relação à de um ser humano. Isso significa que posso não entender totalmente certas nuances culturais importantes para interpretar adequadamente a gíria”, respondeu o chat após ser questionado sobre sua assertividade. 

 

As palavras desconhecidas 

Durante o experimento, curiosamente, a ferramenta afirmou "não saber" com menos frequência do que forneceu respostas tidas como “alternativas” a seus usuários. Apenas três palavras entre as 100 não foram reconhecidas por ela ao longo da ocasião: “olada”, “moage” e “despombalecido”.  

A primeira é originária do Rio Grande do Sul e, de modo geral, significa ocasião oportuna. Quando alguém está com muita sorte em jogos, por exemplo, diz-se que está “de olada”. Já “moage” não tem uma origem específica, mas é popularmente conhecida para chamar pessoas que estão de enrolação ou criando complicações. “Deixa de moage e vamos trabalhar”, é possível dizer para quem está fazendo corpo mole. Por fim, a gíria paraense “despombalecido” serve para se referir ao sujeito que está triste, com preguiça ou doente. 

“Nosso estudo sugere que dois tipos de regionalismos parecem suscitar imprecisões no ChatGPT: os que exigem um pouco mais de contexto e aqueles derivados de palavras formais da língua, ressignificadas depois em alguns locais”, avalia Yolanda Del Peso, especialista em Outreach da Preply. “Isso nos ajuda a pensar até onde a tecnologia é capaz de ir, bem como certas nuances da linguagem que ela ainda não alcança… e nem tão cedo será capaz de alcançar.



Preply
https://preply.com/pt/blog/chatgpt-girias-brasileiras/

Como mitigar os efeitos da sobrecarga digital?

Existem diferentes formas de identificar os sinais de um profissional sobrecarregado, algo que merece atenção tanto do colaborador quanto da empresa; 

 

O mundo está cada vez mais digital. Atividades que antes aconteciam presencialmente, como reuniões semanais, começaram a ser realizadas por meio de uma tela de computador ou celular. Tudo isso pode causar o que se chama de sobrecarga digital. Sentir-se sobrecarregado também pode fazer com que os colaboradores fiquem desengajados, ou seja, tudo se torna um efeito manada que pode prejudicar a vida profissional e pessoal. Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pelo grupo Adecco, que realiza consultoria de talentos, revelou que 71% dos profissionais se sentem desengajados na empresa onde trabalham.  

De acordo com Hugo Godinho, CEO da Dialog, startup que lidera o setor de Comunicação Interna no Brasil com uma plataforma multicanal, em uma era digital todos estão sujeitos a essa sobrecarga. “Sobrecarga digital é o que acontece quando uma pessoa recebe com regularidade um grande volume de informações, que podem chegar de diferentes canais ou não. Essa quantidade de conteúdo costuma ser muito superior à possibilidade de assimilação - ou seja, nem tudo aquilo que é recebido por alguém consegue ser, de fato, absorvido e compreendido. O uso das redes sociais, o consumo de notícias on-line e o recebimento de centenas de notificações fazem com que as pessoas percam completamente o controle da quantidade de informações visualizadas por dia”, explica. 

Entretanto, ele destaca que a tecnologia não deve ser vista como uma inimiga. “Nas empresas, a sobrecarga digital acontece quando a Comunicação Interna não é estruturada de forma estratégica nem conta com ferramentas adequadas. Se a empresa enviar dezenas de e-mails por dia e acionar os grupos de WhatsApp a todo momento, por exemplo, a informação perderá seu propósito e se tornará apenas mais uma distração. Isso tudo é resultado de uma Comunicação Interna descentralizada. Essa alternância entre os canais de comunicação representa um processo desarticulado que, em vez de informar, sobrecarrega aquele que precisa consumir a mensagem”, complementa.  

Isso leva à conclusão de que centralizar a Comunicação Interna em um canal exclusivo é uma das formas de evitar a sobrecarga digital. Poder acessar apenas uma única plataforma para interagir com gestores, consumir conteúdo ou consultar informações importantes faz com que os colaboradores não sintam tão intensamente os efeitos desse esgotamento. Implementar uma ferramenta com esse potencial nas empresas pode aprimorar o fluxo da informação na jornada de trabalho.

 

Os sinais da sobrecarga: é possível superar o cansaço da digitalização? 

São muitos os sinais que, inicialmente, podem indicar de forma bastante sutil que o colaborador está enfrentando um momento de sobrecarga. Além do número de vezes que checamos os aplicativos, também precisamos estar atentos a sintomas como cansaço mental, dificuldade de concentração, ansiedade e impaciência.  

Hugo destaca a importância do que hoje já é chamado de Workplace Experience (WX), um espaço de trabalho digital onde se concentra a comunicação entre os colaboradores. Essa transformação da Comunicação Interna reduz os impactos do ruído digital e auxilia a empresa a conquistar o tão desejado bem-estar dos colaboradores  que deve ser vivenciado, inclusive, na esfera digital.  

Uma pesquisa da Qualtrics, publicada em 2022, mostrou que processos ruins e sistemas ineficientes aumentam o risco de Burnout. Fabiana Mendes, psicóloga, Doutora e Mestra em Pesquisa/Epistemologia pela UFRJ, vai além e afirma o quanto a sobrecarga digital pode culminar no Burnout diante da ausência da estruturação dos processos na jornada do colaborador. Ela ressalta que avaliar a experiência do colaborador deve ser uma bússola para mitigar os efeitos dessa sobrecarga. 

Segundo ela, desconcentração, baixa produtividade e ausência de engajamento podem ser indícios desse mal-estar contemporâneo, causado pela era digital. A transformação digital precisa estar atrelada a uma Comunicação Interna estratégica, que deve oferecer ferramentas que facilitem o dia a dia do colaborador. A ineficiência nas atividades é um reflexo de trabalho improdutivo, decorrente do excesso de informações – algo difícil de lidar quando a empresa não adota plataformas que contribuam para a produtividade das equipes”, afirma Fabiana. 

Dentro das empresas, o setor de RH tem um papel essencial nesse sentido. “A sobrecarga digital só é superada se os responsáveis pela Comunicação Interna estiverem cientes e atentos a essa realidade. A informação precisa ser gerenciada de forma estratégica, mas para isso é necessário contar com ferramentas que, além de eficientes, também possam sustentar boas práticas de comunicação. O RH, nesse sentido, deve ser um setor aliado. Para isso, a tecnologia precisa ser usada de forma inteligente e mensurável a fim de monitorar o bem-estar do colaborador”, finaliza Hugo Godinho. 

 

Fabiana Mendes - Graduada em Psicologia, Doutora e Mestra em Pesquisa/Epistemologia pela UFRJ. Possui experiência na aplicabilidade da pesquisa ao ambiente corporativo com foco em EX e HPEX. 

 


Inadimplência cresce e atinge 5,76 milhões de micro e pequenas empresas no país, revela Serasa Experian

5 em cada 10 desses empreendimentos negativados fazem parte do setor de Serviços; Serasa Experian apoia saúde financeira das empresas com materiais gratuitos 



O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, dentre as 6,5 milhões de companhias inadimplentes em março, a maior parcela (5,76 milhões) era composta por micro e pequenos negócios (MPEs). Na relação anual, que compara março deste ano com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 4,5% na negativação dos empreendimentos desses portes. Veja no gráfico abaixo os dados completos sobre a evolução mensal:




O segmento que estava mais presente na inadimplência de micro e pequenas empresas foi o de “Serviços”, que representou 52,7% do total. Os negócios do “Comércio” também tiveram uma participação significativa, equivalendo a 38,9% das MPEs negativadas. Em seguida, estava a “Indústria” (7,8%) e a categoria “Demais” (0,5%), que contempla empreendimentos “Primários”, “Financeiros” e do “Terceiro Setor”.

De acordo com o vice-presidente de pequenas e médias empresas, Cleber Genero, “atrelados a um cenário econômico ainda instável, os empreendimentos de portes menores são mais suscetíveis à inadimplência. Isso porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras reduzidas para arcar com emergências”.

“Essas empresas também contam com muitos empreendedores de primeira viagem, que ainda não possuem um quadro financeiro totalmente estável dentro do mercado e acabam se endividando. Dessa forma, entendemos que cultivar o controle econômico é fundamental para os donos de negócios e que, para isso, é necessário adequar-se de tempos em tempos, utilizando boas estratégias de planejamento, educação financeira e renegociação de dívidas quando for o caso”, finaliza Cleber Genero.

A análise regional mostrou que o Sudeste foi a região registrada com o maior número de MPEs inadimplentes (3.051.029). O Nordeste ficou em segundo lugar (966.236), seguido pelo Sul (937.695), Centro-Oeste (502.879) e Norte (307.391). Confira no gráfico a seguir a quantidade de empreendimentos negativados por Unidade Federativa (UF):





10 dicas da Serasa Experian para passar o ano no azul

Para auxiliar na trajetória de cuidar da saúde financeira de seus negócios, a Serasa Experian separou 10 dicas para os empreendedores se organizarem como parte da playlist Bora Empreender no YouTube e que estão disponíveis abaixo. Confira:


1. Mapeie todas as dívidas da empresa para ter uma visão realista da situação financeira;


2. Defina seus gastos mensais e veja o que pode ser reduzido ou eliminado. Quando a situação envolve dívidas, o primeiro passo é apertar os cintos e enxugar os gastos. A Serasa Experian dispõe de uma série de conteúdos sobre planejamento financeiro no blog que podem auxiliar no processo;


3. Organize todas as informações financeiras do negócio e ajuste o orçamento para a realidade e capacidade de pagamento da empresa;


4. Separe as contas pessoais das contas empresariais. Por impulso ou despreparo, muitas pessoas tendem a misturar as finanças próprias com as do negócio, o que é um erro, pois pode complicar para os dois lados;


5. Renegocie suas dívidas! A Serasa possui o Limpa Nome, programa que oferece condições especiais para as pessoas regularizarem sua situação financeira com mais de 200 parceiros. Saiba mais clicando aqui;


6. Acompanhe e monitore seu CNPJ e o CPF com o Saúde do Seu Negócio, ferramenta que envia alertas em tempo real sobre consultas e negativação, além de oferecer visibilidade do diagnóstico da empresa;


7. Acompanhe o Score CNPJ, pois tudo que será feito a partir do planejamento, pode afetá-lo. Ele serve como um termômetro para a situação financeira da empresa;


8. Faça um planejamento e defina as metas da companhia por meio da tecnologia SMART: específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais. Trata-se de um conceito aplicável para qualquer segmento de negócio em todas as situações;


9. Monitore o fluxo de caixa do empreendimento com o novo plano financeiro em andamento e certifique-se que tudo está ocorrendo bem. Caso seja necessário, reajuste a rota para atingir os objetivos;


10. Fique de olho no CNPJ da sua empresa! Isso reduz a incidência de fraude e insegurança ao mercado, facilita a contratação de crédito. A Serasa Experian pode ajudar!



Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.



Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.



Soluções da Serasa Experian para CNPJs

É muito importante, para a saúde do negócio, ter insumos que auxiliem nas tomadas de decisão e na conquista de melhores resultados. Por isso, a Serasa Experian desenvolveu um enxoval de soluções para que os empreendedores tenham sempre a melhor ferramenta ao alcance. Existe a possibilidade de consultar o CNPJ próprio e de fornecedores, contar com uma inteligência para recuperação de dívidas que negocia de forma saudável com os clientes devedores, emissão de certificado digital para realizar processos menos burocráticos e mais seguros e muitas outras possibilidades. Clique aqui e fique por dentro!

 


Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Acelere sua recolocação no mercado de trabalho com estas 6 estratégias infalíveis de networking

A busca por uma nova oportunidade profissional pode ser um momento desafiador. O mercado de trabalho está em constante mudança, e a pandemia da COVID-19 trouxe ainda mais incertezas e desafios para quem busca uma recolocação.  

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn em janeiro deste ano mostrou que mais de 18 milhões de usuários adicionaram o selo #OpenToWork em seus perfis, demonstrando que estão abertos a oportunidades profissionais. Se você faz parte desse grupo e está procurando uma forma de se recolocar no mercado de trabalho, saiba que cerca de 70% das vagas não são anunciadas publicamente, são preenchidas por meio de indicações. E, portanto, se você busca uma nova oportunidade, precisa fortalecer seu networking. 

Mas não se engane, o networking não é apenas trocar cartões de visita ou adicionar pessoas aleatórias no LinkedIn. É preciso construir relacionamentos genuínos e duradouros. 

A gestora de carreira, especialista em RH e CEO, Madalena Feliciano, explica que o networking é importante em qualquer carreira e momento profissional, mas é ainda mais necessário quando o objetivo não é construir uma rede a longo prazo, e sim buscar logo um novo emprego. Conseguir emprego via networking não é driblar o processo seletivo ou furar a fila de candidatos, mas sim saber jogar de acordo com as regras colocadas. 

Então, como construir uma boa rede de contatos e aumentar suas chances de se recolocar no mercado de trabalho? Veja as dicas abaixo:

 

   1. Comece pelos mais próximos

Especialmente se você não esperava ser demitido, pode levar um tempo para esfriar a cabeça e conseguir pensar em fazer networking e se recolocar. Mas se observar que existe essa possibilidade, já comece a acionar sua rede. Nesse momento pós-demissão, converse com pessoas em quem você confia – família e amigos próximos. Permita-se ficar mal, mas não deixe que esse período se alongue demais. Se não conseguir seguir em frente sozinho, busque ajuda profissional, tanto de um gestor de carreira bem como um terapeuta, alguém que possa te ajudar nesse momento e com sua recolocação.

 

   2. Reflita sobre o que você quer e precisa

Você tem a possibilidade de refletir sobre os motivos da demissão – motivos financeiros da empresa ou seu desempenho? – e sobre suas necessidades e vontades pessoais e profissionais. É preciso saber exatamente o que você quer nesse momento – seja uma recolocação rápida em uma área específica, fazer um curso, buscar uma especialização ou frequentar eventos para fazer contatos – e dizer isso para as pessoas. Elas precisam saber que você está disponível e o que exatamente procura, ou com o que exatamente elas podem contribuir. Muitas pessoas não deixam isso claro e, portanto, não são lembradas quando surge uma oportunidade.

 

   3. Amplie sua rede de contatos

Depois de refletir sobre o que você quer e precisa, é hora de ampliar sua rede de contatos. As redes sociais são excelentes ferramentas para isso. “Utilize o LinkedIn para se conectar com pessoas da sua área e de outras áreas de interesse. Participe de grupos e eventos virtuais, compartilhe informações relevantes e se envolva nas discussões. Além disso, não se esqueça de manter contato com seus antigos colegas de trabalho, professores, mentores e outras pessoas que podem te ajudar a se recolocar.” indica Madalena Feliciano.

 

   4. Aprenda a se comunicar de forma eficiente

Ao se comunicar com sua rede de contatos, seja claro e objetivo sobre suas necessidades e objetivos. É importante elaborar uma mensagem clara e direta, que permita que as pessoas entendam o que você procura e possam te ajudar. Além disso, é importante manter um tom profissional e cordial, sem ser invasivo ou insistente.

 

5. Mantenha sua rede de contatos aquecida

Não basta construir uma rede de contatos, é preciso mantê-la aquecida. Isso significa manter contato regularmente com as pessoas da sua rede, seja enviando um e-mail, fazendo uma ligação ou marcando um café virtual. Mantenha-se atualizado sobre as atividades e projetos de sua rede e esteja pronto para ajudá-los quando necessário.

 

    6. Comece cedo e construa sua rede durante a carreira

É muito importante começar a construir sua rede de contatos cedo. Não espere estar desempregado ou precisar de uma recomendação para começar a cultivar relacionamentos profissionais. Converse com pessoas de diferentes áreas, participe de eventos e atividades relacionadas à sua área de atuação e esteja aberto a novas conexões.

 

    5. Agradeça seus contatos

Quando alguém abre agenda para você, é importante agradecer. Pague um almoço ou café, mande um e-mail ou uma lembrança posteriormente. A gratidão é uma das chaves para manter suas conexões profissionais saudáveis.

 

    6. Atualize seu currículo e LinkedIn

Antes de contatar suas conexões, atualize seu currículo e LinkedIn. Certifique-se de que as informações estão atualizadas e que seu perfil está completo. Um parágrafo de apresentação também pode ser útil para destacar suas habilidades e experiências.    

    “Lembre-se que tudo pode ser networking. Não é necessário fazer networking apenas com pessoas em cargos ou empresas em que você gostaria de estar. Transitar em diversos espaços, ter uma boa relação e comunicação com todo o tipo de pessoa também pode te abrir portas. De repente, uma conversa despretensiosa com a mãe do melhor amigo do seu filho pode render uma indicação valiosa. Devemos investir tempo e esforço para desenvolver relacionamentos diariamente e lembrar que networking é uma troca.” Finaliza Madalena Feliciano.

  

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, deepressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.

 

 Ricardo Martins, especialista em marketing digital, compartilha estratégias e tendências para alavancar as vendas no Dia das Mães deste ano.

 

O Dia das Mães é uma das datas comemorativas mais importantes para o comércio, e em 2023 não será diferente. Ricardo Martins, especialista em marketing digital e CEO da TRIWI, revela as principais tendências e estratégias para ajudar empreendedores e empresas a aumentarem suas vendas nesta data especial. 

Segundo Ricardo, a primeira tendência é a importância do omnichannel. “As marcas devem oferecer uma experiência de compra integrada e consistente em todos os canais de venda, tanto online quanto offline. Isso significa garantir que o cliente possa comprar em qualquer dispositivo, com uma experiência de usuário otimizada e coerente, além de facilitar o atendimento e o suporte pós-venda”, afirma Martins. 

O especialista também destaca a relevância das redes sociais na estratégia de vendas. “As mídias sociais são essenciais para promover seus produtos e se comunicar com os clientes. Invista em anúncios segmentados e conteúdos relevantes para atrair a atenção do público-alvo e gerar engajamento”, ressalta. 

A personalização das ofertas e a criação de experiências exclusivas para o consumidor são outras tendências mencionadas por Ricardo Martins. “As mães são únicas, e os consumidores buscam presentes que reflitam essa singularidade. Por isso, é fundamental investir em produtos personalizáveis e em estratégias de marketing que valorizem essa exclusividade”, acrescenta. 

Outra tendência apontada por Martins é a importância da sustentabilidade. “Os consumidores estão cada vez mais conscientes das questões ambientais e sociais. As marcas que se posicionarem como sustentáveis e demonstrarem compromisso com práticas éticas e ecológicas terão vantagem competitiva no mercado”, destaca. 

Por fim, Ricardo Martins enfatiza a necessidade de um atendimento excepcional ao cliente. “O sucesso nas vendas do Dia das Mães depende, em grande parte, de um atendimento de excelência e um suporte eficiente. Treine sua equipe para fornecer soluções rápidas e precisas, sempre com um toque pessoal e empático”, conclui o especialista. 

Com essas tendências e estratégias, empresas e empreendedores têm a oportunidade de se destacar no mercado e alavancar suas vendas no Dia das Mães de 2023. Ao seguir as dicas de Ricardo Martins, é possível entregar uma experiência de compra excepcional e conquistar a fidelidade dos consumidores.

 

 Ricardo Martins - CEO e principal estrategista da TRIWI. Especialista em marketing digital, é graduado em Marketing pela Escola Superior Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e concluiu o Master em Marketing pela ESPM, em São Paulo. Durante os 20 anos de trajetória na área, atuou em companhias que se destacam no mercado, como Polishop, XP Investimentos, TOTVS e CNA Idiomas. Como profissional de marketing, Ricardo ganhou reconhecimento em diversos projetos, em destaque está Cannes (10 Leões), 3 Ouro (2 Promo & Activation e 1 Direct), 3 Prata (2 Cyber e 1 Direct), 4 Bronze (2 Cyber, 1 Direct e 1 Branded Content & Entertainment). Além de seu reconhecimento internacional, o profissional atua como professor e palestrante por todo o país.


Qual a importância de gerar cadeias de suprimentos sustentáveis?

Falar em sustentabilidade já deixou há muito tempo de ser um diferencial. Hoje, se trata de uma obrigação. Vemos cada vez mais empresas empenhadas em fazer jus ao comprometimento com a causa ambiental impulsionadas pelo ESG (Environmental, Social and Governance), que ganha cada vez mais relevância. Por sua vez, mais do que entender e apoiar o conceito, é fundamental aplicá-lo em todos os aspectos organizacionais, sobretudo nas cadeias de suprimentos, uma vez que são elas que indicam o desempenho da empresa.

Antes de tudo, é importante destacar que o conceito de sustentabilidade no que condiz a cadeia de suprimentos vai muito além do aspecto fiscal e ambiental, tendo em vista que é necessário abranger todo o seu processo. E, justamente, esse é o ponto que gera dificuldades para líderes e gestores, no ato de aplicar novas metodologias e sistemas na execução dos trabalhos de forma eficiente.

Como prova disso, uma pesquisa realizada pela EY, que contou com 525 grandes empresas oriundas da Argentina, Brasil, Canadá, México e Estados Unidos, acerca das abordagens da cadeia de suprimentos sustentáveis, apontou que mesmo que os executivos tenham metas de sustentabilidade intrínsecas, poucos detém de visibilidade e tecnologia para mensurar os processos na prática.

Não à toa, esse é o principal desafio a ser superado nas organizações. Afinal, mais do que ter em mente a importância desses aspectos, é crucial que, para que uma empresa obtenha uma cadeia de suprimentos sustentável, é preciso ter em mente a importância de conhecer a fundo todo o seu processo logístico desde a produção até a distribuição, para que, assim, possam ser identificados pontos críticos que inibem a aquisição da inovação no processo produtivo.

Contudo, para que esse objetivo seja conquistado, é fundamental que haja ações internas antes de partir para o externo. Ou seja, enfatizar a importância de uma comunicação clara com o time e o envolver em todo o processo e abordagem. Até porque, são os colaboradores que irão ajudar no monitoramento e mapeamento do processo produtivo, com o intuito de localizar pontos de erros e falhas para saná-los.

Mas, a pergunta que não quer calar é: por que é tão importante gerar cadeias de suprimentos sustentáveis? A resposta é simples: a sociedade vem mudando a velocidade da luz. Se antes havia apenas a preocupação de se manter competitivo no mercado focando na melhor entrega, atualmente, as empresas devem se preocupar também com a ampla fiscalização do público que busca averiguar se, de fato, a organização está cumprindo aquilo que afirma estar realizando.

Sendo assim, além da melhor reputação perante o público em relação a sua conduta, as organizações que instauram uma cadeia de suprimentos sustentável também obtém benefícios como a otimização de tempo, redução de custos e processos, e a mitigação de perdas e desperdícios. E o resultado disso tudo? Aumento da produtividade, engajamento e maior vantagem competitiva.

Obviamente, esses ganhos brilham os olhos de líderes e gestores da área que buscam constantemente tais resultados. Porém, essa não é uma jornada fácil, considerando que o seu sucesso dependerá exclusivamente da mentalidade dos responsáveis pela organização estarem dispostos a mudarem a sua forma de gestão, de forma que não se moldem apenas no rápido retorno, mas nos trunfos a longo prazo.

E, considerando que a cadeia de suprimentos engloba toda a gestão produtiva da empresa, logo o seu uso abre margem para a importância da utilização de ferramentas que auxiliem na jornada rumo a sustentabilidade. Nesse aspecto, a tecnologia pode ser considerada a principal aliada, por gerenciar dados e registros importantes da companhia a fim de dar um melhor direcionamento nas tomadas de decisões.

Mas, ninguém faz nada sozinho, e nenhum resultado aparece da noite para o dia. Por isso, para a empresa que busca transformar o processo logístico, ter a ajuda de uma consultoria especializada que guie as etapas de transição também é um ponto favorável, de forma que tenha respaldo de uma equipe que já está imersa nesses pilares e que poderá agregar em muito no desenvolvimento da organização.

Assim, podemos fazer mais um questionamento importante: por que aderir a cadeia de suprimentos sustentáveis agora? A resposta será com outra pergunta: por que não aderir? Os impactos da pandemia revelaram o quão essencial é olhar a fundo e administrar os processos logísticos para sobreviver em meio à uma crise. Hoje, mais do que produzir em larga escala, as organizações precisam estar atentas acerca de suas condutas e quais os impactos irá causa. E, para isso, implementar desde já a sustentabilidade nos processos é o que vai garantir o sucesso de amanhã.

 


Alêssa Ramos - gerente de negócios da SPS, uma das principais consultorias do mercado SAP Business One.

SPS Group
https://spsconsultoria.com.br/


Posts mais acessados