Médico da Rede Mater Dei de Saúde alerta para gatilhos que podem desencadear crises
O Dia Mundial da Asma, lembrado na primeira
terça-feira do mês de maio (7/5), é uma data de conscientização mundial sobre o
controle da doença, prevenção de crises e mortes. A campanha, proposta pela
Iniciativa Global pela Asma (GINA), é muito importante, principalmente no
Brasil, onde a prevalência de asma é de 20% entre os adolescentes. E tem o
objetivo de alertar para o reconhecimento da doença e seus riscos, além de
permitir à população procurar o cuidado de saúde antecipado antes de
repercussões ruins para sua saúde. De acordo com Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia, apenas 12,3% dos asmáticos estão com a doença bem
controlada.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que causa falta de ar, chiado na respiração, sensação de aperto no peito e tosse. Segundo o médico pneumologista Bruno Horta Andrade, coordenador do Serviço de Pneumologia da Rede Mater Dei de Saúde em Belo Horizonte, os sintomas do paciente asmático, são, geralmente, desencadeados por contato com alérgenos, como poeira, mofo, produtos químicos, alguns medicamentos, fumaça de cigarro e animais, como cães e gatos. “Há outros gatilhos que podem desencadear uma crise, como o estresse, infecções respiratórias, gripe, infecção viral ou frio”, enumera.
Quem conhece os asmáticos, sabe que eles geralmente
apresentam crises da doença. “As crises surgem a partir dos gatilhos, e
geralmente podem ter melhora espontânea. Isso faz com que o paciente se
reconheça resolvido e não atente para a importância do tratamento. A asma pode
ser ameaçadora da vida e os sintomas, mesmo que temporários, são um alerta
importante do problema”, alerta o pneumologista.
Horta assinala ainda que “a asma é uma doença da
humanidade de muitos anos e seu conceito e seu cuidado médico evoluíram
enormemente no último século”. “A doença hoje já não é mais reconhecida apenas
pelo desconforto do seu sintoma, mas pela repercussão da doença nos momentos de
crise e no longo prazo. O objetivo do tratamento é que o paciente leve uma vida
normal apesar da doença”, observa.
Na maior parte dos casos, de acordo com o especialista, a doença é controlada por meio de um plano de ação definido pelo médico juntamente com o paciente, e uso de medicamentos preventivos, como os corticoides inalatórios, isolados ou associados a broncodilatadores. “Nascemos com a predisposição para a asma, e geralmente ela se repete numa mesma família, mas a doença também pode se desenvolver em outras fases da vida, como na adulta, estimulada por fatores do ambiente (extrínsecos)”, acrescenta o médico.
Para evitar desenvolver a doença tardiamente ou as crises, quem já tem o problema deve manter seu tratamento de forma regular e com visitas regulares ao médico de sua confiança. Para isso, é importante evitar o contato com alérgenos, se prevenindo de infecções e se mantendo longe dos gatilhos. “Todas essas são ações de grande importância que ajudam na prevenção das crises”, conclui o pneumologista.
Rede Mater
Dei de Saúde
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