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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Diabetes gestacional exige cuidados

No Dia da Gestante, Sociedade Brasileira de Diabetes alerta sobre riscos para mãe e o bebê se a doença não for controlada

 

Hoje, 15 de agosto, é comemorado o Dia da Gestante, data criada para fortalecer os cuidados que as grávidas precisam para uma gestação saudável e sem preocupações. Neste sentido, a Sociedade Brasileira de Diabetes alerta para o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), que pode causar complicações, a curto e a longo prazo, tanto para a mãe quanto para o bebê. As complicações obstétricas variam desde parto prematuro até pré-eclâmpsia; o bebê pode nascer grande e ter complicações como hipoglicemia e desconforto respiratório. É importante salientar também que as mulheres que tiveram diagnóstico de DMG têm maior risco de progredir para Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e os seus filhos, maior chance de ficarem obesos e com DM2 ao longo da vida.


Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Há algumas características que elevam o risco de a gestante ter essa complicação, como história familiar de diabetes mellitus; já ter exames de sangue com glicose alterada em algum momento antes da gravidez; excesso de peso antes ou durante a gravidez; gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 kg; histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida; ter hipertensão arterial; ter ou já ter tido em gestação anterior pré-eclâmpsia ou eclâmpsia; ter síndrome dos ovários policísticos e usar corticoides.


A prevalência de DMG é muito variável, dependendo da região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência é de 18%. De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o DMG afeta aproximadamente 15% das gestações em todo o mundo, representando cerca de 18 milhões de nascimentos por ano. O DMG é uma das complicações médicas mais comuns da gravidez.


“É importante alertar que mulheres diabéticas (Tipo 1 ou Tipo 2) que engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional, que só aparece somente após iniciada a gravidez”, explica dra. Patricia Dualib, endocrinologista e coordenadora do Departamento de Diabetes Gestacional da Sociedade Brasileira de Diabetes.


O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância à glicose. “O pré-natal é essencial para a mãe e para o bebê”, afirma dra. Patricia. “Nas consultas, o obstetra pode detectar a doença e iniciar o tratamento.”


A base do tratamento do DMG é uma alimentação saudável, atividade física e controle das glicemias capilares. As refeições, por exemplo, devem ser fracionadas ao longo do dia e as gorduras dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina. Se, apesar de todos esses cuidados os níveis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar insulina para manter a glicose no nível desejado (no jejum < 95 mg/dl e 1 hora após a refeição < 140 mg/dl). 


Se não for tratada, a diabetes gestacional pode acarretar problemas à gestação e ao bebê. O excesso de glicose no sangue da mãe atravessa a placenta e chega ao feto. O pâncreas do feto passa a produzir grande quantidade de insulina, na tentativa de controlar a hiperglicemia. Como a insulina é um hormônio que estimula o crescimento e o ganho de peso, o feto cresce excessivamente e habitualmente nascem com mais de 4 kg, necessitando ser submetido a parto por cesariana.

Normalmente o problema acaba logo após o parto, mas é importante que mulheres que tiveram altas taxas de glicemia na gravidez façam um novo teste de sobrecarga de glicose após 6 semanas do parto.


Mais de 6 mil estomizados já baixaram o app EstomAtiva, aplicativo exclusivo e gratuito para rotinas diárias no uso da bolsa de colostomia, informações e dicas para uma vida melhor

Aplicativo completa um ano de lançamento e está disponível na Apple Store e no Google Play


Aplicativo auxilia na rotina e no conhecimento de como usar a bolsa de estomia

 

Quem usa uma bolsa de colostomia, sabe o quanto é essencial estar bem-informado e cuidar bem da saúde para ter a melhor qualidade de vida possível. Por isso, ao atingir a marca de mais de 6 mil downloads, o app Estomativa, da Coloplast, que completa um ano neste mês de agosto de 2022, cumpre o seu papel de atender a uma demanda importante desse público. Disponível tanto para aparelhos Android quanto iOS, ele permite traçar objetivos, tirar dúvidas, criar uma rotina de cuidados e ter acesso a conteúdos inspiradores para o seu dia a dia, como dicas de atividades físicas, nutrição, dietas e muito mais. 

Além disso, o usuário pode utilizar o app para acompanhar mudanças em seu estoma, por meio de fotos, inserir quantas trocas realizou na semana, se houve vazamentos e fazer do aplicativo um aliado nas consultas médicas. Ele permite ainda estabelecer objetivos de, por exemplo, se informar melhor sobre seu estoma e acompanhar essa evolução. 

Quem tiver dúvidas sobre seu estoma e quiser aprender como usar, como impedir vazamentos, qual modelo comprar, basta reportar isso no app, que, em cinco dias, uma atendente da Central do Programa Coloplast Ativa fará contato para dar todas as orientações. 

“O app EstomAtiva vem consolidar o nosso propósito de oferecer qualidade de vida aos estomizados. Simples de usar, eficiente na consolidação das informações e um recurso a mais para quem deseja reunir dados e objetivos em um só lugar”, reforça Luiz Tavares, diretor geral da Coloplast. 

Para saber mais sobre o aplicativo EstomAtiva, acesse o Link para detalhes e download.

 

Sobre o Programa Coloplast Ativa

A iniciativa oferece suporte gratuito e humanizado a pessoas que utilizam bolsas coletoras para fezes e urina e cateteres urinários. O programa Coloplast Ativa conta com uma central de atendimento (0800 285 8687) composta por um time multidisciplinar de profissionais: enfermeiros estomaterapeutas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, além de visitas residências para atendimento personalizado aos cadastrados no programa. Presente em 140 países, o Coloplast Ativa foi lançado em 2002 no Brasil e, nesses 19 anos, já atendeu mais de 100 mil pessoas.

 

VOCÊ SABE O QUE É ÁGUA NO JOELHO?

Sente um desconforto na região do joelho e não sabe o que é? Fique ligado, pode ser um derrame articular, mais conhecido como água no joelho.

 

Dentro do nosso joelho, existem várias células especiais chamadas sinoviócitos, elas produzem o líquido sinovial, que tem diversas funções como auxiliar na “lubrificação” do joelho, transportar nutrientes para outras células e transportar proteínas que auxiliam na defesa do corpo contra agentes agressores, exemplo as bactérias e fungos. 

Quando o joelho está “doente”, essas células produzem muito líquido sinovial. Com isso, o joelho fica inchado, cheio de “água”. O nome técnico para esse aumento exagerado de líquido sinovial é derrame articular. 

“Após sofrer uma pancada ou uma lesão, ocorre um acúmulo de líquido na região. Normalmente, o paciente percebe o problema quando retorna de algum treino e o seu joelho parece maior, com um volume anormal e ele sente bastante dificuldade para dobra-lo”, explica a fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata de Guarulhos, Raquel Silvério.   

Ainda segundo a fisioterapeuta, o paciente pode até imaginar que os sintomas são de um excesso de treino, por exemplo, que ocasionou esse inchaço.  Mas o problema pode ser a popular “água no joelho”. Por conta disso, abaixo você fica sabendo quais são os sintomas reais mais comuns para ficar alerta. 

  • Dor no joelho;
  • Dificuldade em caminhar e em esticar totalmente a perna;
  • Inchaço no joelho;
  • Fraqueza dos músculos da coxa e da perna.

“Se estes sintomas forem identificados a pessoa deve ir ao especialista, fisioterapeuta ou médico ortopedista para fazer uma avaliação. O médico poderá fazer uma punção do líquido sinovial retirando uma parte dessa água do joelho e assim avaliar qual será o tratamento, se será os remédios, fisioterapia e em alguns casos cirurgia”, conclui Raquel Silvério. 

 

Raquel Silvério - fisioterapeuta (Crefito: 116746-F) e Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland, Mulligan e Mckenzie e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.

www.institutotrata.com.br


Sintomas de TDAH podem ser confundidos com problemas de saúde bucal

Ao perceber que a criança se mostra um tanto quanto inquieta, às vezes até mais agitada que o normal, ou então com uma certa falta de atenção, para muitos leigos o primeiro diagnóstico que vem à cabeça é de que ela sofra de TDAH -- Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Mas a ortodontista pediátrica Vivian Farfel, de São Paulo, conta que não é raro se equivocar quanto às possíveis causas desse comportamento entre os pequenos. 

"De alguns anos para cá, essa falta de concentração e de foco, com certa frequência, tem sido erroneamente diagnosticada como TDAH entre muitas crianças, como se essa fosse a única possibilidade, sendo que a real causa pode estar localizada na boca, mais precisamente na postura da língua. Mas, naturalmente, muitas pessoas desconhecem que a boca tem alguma relação com esse tipo de transtorno", afirma a especialista em ortodontia integrativa.

Ela explica que, devido a uma má postura da língua, a criança mantém a boca aberta e passa a respirar pela boca ao invés de respirar pelo nariz, prejudicando o sono e, consequentemente, desencadeando esses tipos de comportamento como falta de atenção, inquietação ou hiperatividade. "A literatura médica tem mostrado uma conexão muito forte entre crianças diagnosticadas com TDAH e problemas de sono", afirma a especialista.

De acordo com a dra. Vivian, um número crescente de pesquisadores está propondo que, hoje em dia, muitas crianças não estão dormindo o que precisam, levando a comportamentos desafiadores que imitam o TDAH. "Na verdade, sofrem de sono insuficiente, insônia, respiração bucal. Se esta ideia estiver correta, pode mudar fundamentalmente a maneira como o TDAH é estudado e tratado", explica a ortodontista pediátrica.

Não se deve ignorar o fato de crianças não dormirem bem. Ou seja, se as crianças roncam, babam no travesseiro, rangem os dentes e apresentam sintomas semelhantes aos de TDAH, é preciso investigar a postura de língua, o desenvolvimento da arcada dentária, as vias aéreas e o sono. Por isso, é importante que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados por uma equipe multidisciplinar, para que todas as possibilidades sejam analisadas e nenhuma delas descartada.

“Dessa forma, cada especialista trará sua contribuição para oferecer aos pequenos pacientes o tratamento mais adequado e, assim, garantir uma melhor qualidade de vida para eles", conclui a dra. Vivian.


Cirurgia de correção das orelhas não é apenas estética, mas também reparadora

Médico referência em cirurgia plástica no Brasil, Wandemberg Barbosa, destaca a necessidade de uma boa consulta antes da operação para fazer com que o paciente compreenda o problema, a solução proposta, os riscos e os benefícios da intervenção

 

Lidar com a pressão social por um corpo esteticamente bonito é muito difícil. Para crianças, que ainda estão em processo de formação física e mental, é quase impossível. Uma criança que apresenta alguma parte do corpo que destoa das dos demais não raramente sofre bullying que pode levar a transtornos emocionais e dificuldades de relacionamento. Durante a infância, as orelhas de abano costumam ser o alvo preferido da implicância de colegas. Buscando paz e estarem satisfeitas com esta parte do corpo muitos optam por passar pelo procedimento cirúrgico denominado otoplastia.

Médico referência em cirurgia plástica no Brasil, Wandemberg Barbosa destaca a delicadeza da situação e a necessidade de uma boa consulta antes da operação. “Nesta conversa, além de preparar o paciente para a cirurgia, o médico faz com que ele compreenda o problema, a solução proposta, os riscos e os benefícios do procedimento, alinhando a expectativa ideal com as possibilidades de tratamento e que tipo de resultado poderá ser alcançado”, explica.

Engana-se quem pensa que a otoplastia é um procedimento meramente estético, buscando harmonia de forma, volume e posição das orelhas. Conforme Wandemberg, a cirurgia também é considerada reparadora, quando busca corrigir um defeito, como, por exemplo, orelhas malformadas de nascença ou que sofreram deformidades após um traumatismo.  Além de ser empregada para corrigir orelhas de abano, a otoplastia é indicada para casos de macrotia, em que a pessoa tem as orelhas de tamanho acima do normal. Tanto em um caso como no outro, segundo o médico, a recomendação pela cirurgia é feita baseada não na quantidade de alterações presentes na orelha, mas no grau de incômodo que o paciente apresenta.

A otoplastia pode ser considerada simples. “Começa com uma incisão atrás da orelha, retira-se o excesso de pele e posteriormente faz-se o ligamento da cartilagem, para deixá-la mais flexível. Por fim, o cirurgião faz os pontos de fixação, realizando o fechamento da pele. Em geral os pontos são internos e absorvíveis”, diz Wandemberg. A realização do procedimento leva em média uma hora e o paciente fica internado por, no máximo, um período de 12 horas.

Logo depois de finalizada a cirurgia são realizados curativos (com pomada cicatrizante e gaze) que normalmente são retirados, no consultório médico, até 28 horas depois do procedimento. “Pacientes que passaram por cirurgia para correção das orelhas de abano devem utilizar uma faixa de tecido compressiva específica, que deve ser utilizada 24 horas por dia, durante um mês, e retirada apenas para o banho”, diz o médico.

Segundo Wandemberg, apesar de serem prescritos analgésicos, a região operada não costuma doer. Contudo, um incômodo pode ser sentido, assim como inchaço e vermelhidão, que normalmente melhoram com o tempo. Caso haja coceira na região operada, a recomendação é evitar cocá-la. “Por causa do inchaço, a sensibilidade da pele está diminuída, e um simples arranhão pode rasgar a pele, fazer sangrar, ou levar bactérias à pele em cicatrização, provocando infecção”, explica.

A volta às atividades normais é recomendada após dois dias da cirurgia, para adultos. Para crianças, conforme Wandemberg, a recomendação é que aguardem uma semana até voltarem à escola, por exemplo, caso o inchaço na região estiver muito grande. Se a recuperação for mais simples, a criança pode retornar à rotina depois de três dias. O uso de óculos só é liberado por cima do curativo, preso com esparadrapo na faixa, desde que não aperte demais a cabeça.

Uma das contraindicações à otoplastia é o paciente estar com infecção de ouvido. “A proximidade com o local que será operado aumenta o risco de infeção na ferida ou na cartilagem da orelha, o que pode comprometer o resultado final”, afirma Wandemberg. A otoplastia apresenta riscos, tais como qualquer outra cirurgia ou anestesia. “O que um bom preparo pré-operatório, um especialista em cirurgia plástica e um local com recursos adequados podem minimizar”, diz.

Conforme Wandemberg, grande parcela do resultado final do procedimento cirúrgico (cerca de 60%) pode ser observada assim que o curativo é retirado da região. “Não é percebido totalmente por causa da vermelhidão e do inchaço, que são consequências normais para o pós-operatório imediato e que costumam diminuir após quinze dias do procedimento”, comenta. No caso da cirurgia de correção das orelhas de abano, assim que o curativo é retirado, já se percebe a correção da posição das orelhas., mas o resultado definitivo só é detectado após seis meses da intervenção.

O médico destaca, porém, que cirurgias não são uma ciência exata e seus resultados não são matemáticos, até mesmo porque a cicatrização depende de cada paciente. “Mas indicação cirúrgica adequada, a técnica operatória precisa, e o bom cuidado pós-operatório, diminuirão muito a chance de complicações”, assegura.


Transplante de Medula Óssea precisa da compatibilidade HLA

Médico hematologista explica porque TMO não leva em conta o tipo sanguíneo

 

O tipo sanguíneo (dentre outros fatores) é o que determina a possibilidade de um transplante de órgãos, mas com o Transplante de Medula Óssea não é assim. Segundo  o Redome ( Registro Nacional de Doares Voluntários de Medula Óssea), o  transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante de medula.

No Transplante de Medula Óssea (TMO) é a compatibilidade HLA que indica ser possível (ou não) o procedimento. HLA é a sigla em inglês para “Antígenos Leucocitários Humanos”, uma marca biológica presente em cada uma de nossas células. Cada indivíduo tem vários tipos de HLA, e os principais são: A, B, C, DR, DQ.

Herdamos o HLA dos nossos pais (metade da mãe, metade do pai), e é provável que, havendo um irmão, esse tenha 25% da mesma compatibilidade. Quando não há, procura-se essa compatibilidade nos bancos de doação de medula óssea, por isso é tão importante que mais e mais pessoas se tornem doadoras.
 

Para falar sobre o tema, eu indico o Dr. Roberto Magalhães, médico especialista em hematologia e transplante de medula óssea com formação internacional em Pesquisa Clínica e Translacional, com mestrado e doutorado e Médico Hematologista da UFRJ pelo Ministério da Educação.

Participou ao lado do Dr. Leandro Pataro da fundação e implementação do programa de Transplante de Medula Óssea do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), da Fundação da Unidade de Transplante Autologo de Medula Óssea do Hospital Icaraí e posteriormente do GHTN, Grupo especializado em tratamentos de hematologia de alta complexidade hospitalar (Tratamento das Leucemias Agudas, Transplante Autólogo e Alogênico de Medula).

Desde 2007, vem atuando na linha de frente e em pesquisas científicas para o tratamento de doenças hematológicas e transplante de medula óssea buscando as melhores práticas e tratamentos para seus pacientes.


Correção de cicatriz: como saber se o caso é cirúrgico

As cicatrizes são sinais de machucados, lesões ou de cirurgias. Porém, a cicatrização é um processo individual, ou seja, para alguns, uma simples ferida pode resultar numa aparência incômoda e até constrangedora. Nestes casos, pode haver a necessidade de recorrer à correção cicatricial, que é a cirurgia plástica realizada para melhorar a condição de uma cicatriz em qualquer parte do corpo. De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2019, foram registradas quase 60 mil revisões de cicatrizes, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. 

As cicatrizes que mais passam por cirurgias têm as seguintes características:

 

Descoloração, irregularidades da superfície e demais cicatrizes mais sutis podem ser esteticamente melhoradas por cirurgia ou demais tratamentos recomendados pelo cirurgião plástico. Estes tipos de cicatrizes não prejudicam a função ou causam desconforto físico e incluem cicatrizes de acne, bem como cicatrizes decorrentes de ferimentos leves e de incisões cirúrgicas anteriores.

 

Cicatrizes hipertróficas são aglomerados espessos de tecido cicatricial que se desenvolvem diretamente no local da cicatrização. Estas cicatrizes são, na maioria das vezes, altas, vermelhas e/ou desconfortáveis, e podem se tornar maiores ao longo do tempo. Elas podem ser hiperpigmentadas (de cor mais escura) ou hipopigmentadas (de cor mais clara).

 

Queloides são maiores que as cicatrizes hipertróficas. Estas cicatrizes podem ser dolorosas ou com prurido, e também podem enrugar. Elas se estendem para além das bordas de uma ferida ou incisão inicial, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo, mas desenvolvem-se mais comumente onde há pouco tecido subjacente de gordura, como na face, no pescoço, nas orelhas, no peito e nos ombros.

 

Contraturas são cicatrizes que restringem o movimento devido à junção da pele e do tecido subjacente durante a cicatrização. As contraturas ocorrem quando há uma grande quantidade de perda de tecido, por exemplo, após uma queimadura. As contraturas também podem se formar onde a ferida se junta com a articulação, restringindo o movimento dos dedos, cotovelos, joelhos e pescoço.

 

Segundo Luís Felipe Maatz, cirurgião plástico, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; o reparo cirúrgico das cicatrizes inestéticas (alargadas, elevadas, queloidianas ou hipertróficas) é recomendado por motivos estéticos ou quando há sintomas (coceira, dor, queimação). 

“Também é necessário quando a cicatriz impede movimentação das regiões próximas (chamada contratura ou brida cicatricial) ou quando há formação de escoriações ou úlceras sobre a cicatriz”, reforça Maatz. O médico diz ainda que para saber se o procedimento é realmente necessário ou indicado para o paciente, é necessária a avaliação de um cirurgião plástico para avaliar adequadamente os aspectos da cicatriz e se há sintomas associados. 

No pré-operatório, são necessários exames básicos como hemograma e coagulograma. Maatz conta que se houver sedação, há necessidade de exames complementares como eletrocardiograma e radiografia de tórax. De acordo com ele, as correções de cicatrizes costumam ter baixo risco de eventos graves. Dentre as complicações mais comuns estão: deiscências (abertura de pontos), acúmulo de líquidos (hematoma ou sétima) e infecção local. 

Dependendo do tamanho da cicatriz, o procedimento pode ser realizado em consultório, clínica ou hospital, desde que haja estrutura adequada, com equipamentos e equipe treinada para qualquer intercorrência. Já o resultado, segundo Maatz, varia conforme a importância da cirurgia. “O paciente costuma retornar às suas atividades habituais em torno de 2 a 7 dias. Cirurgias maiores, em que houve necessidade de retalhos, por exemplo, podem requerer um período de repouso mais prolongado”, confirma o cirurgião. 

“O paciente deve seguir atentamente todas as recomendações pós-operatórias dadas pelo seu cirurgião plástico, como evitar que as incisões cirúrgicas não estejam sujeitas à força excessiva, ao inchaço, à escoriação ou ao movimento durante o período de cicatrização. O paciente também deve evitar a exposição ao sol e, claro, tomar as medicações prescritas. Seguir as recomendações à risca é fundamental para garantir um melhor resultado final”, aconselha Luís Felipe Maatz.


Estudos apontam que os homens são mais suscetíveis ao câncer de pulmão

Neste ano, de acordo com estimativas, estão previstos cerca de 30 mil novos diagnósticos de câncer de pulmão, sendo o mais comum entre os homens e o terceiro entre as mulheres. Segundo o pneumologista Valter Eduardo Kusnir do hospital Santa Casa de Mauá, o mês de agosto alerta para a conscientização e saúde dos pulmões, além dos malefícios causados pelo tabagismo, responsável por cerca de 85% dos casos. 

É importante destacar que embora o tabagismo seja o principal causador do câncer de pulmão outras situações também podem levar à doença como as infecções pulmonares, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Pulmonar, a hereditariedade, a poluição e a exposição a produtos químicos e à radiação.  

Os principais sintomas são a tosse crônica e persistente, que muitas vezes pode vir acompanhada de sangue, dor no peito ou nas costas, perda de peso, cansaço e muita falta de ar. Infelizmente, na maioria dos casos, os sintomas apenas são associados à doença quando o quadro já está instalado, já que eles são parecidos com os de outras doenças. 

Em menos de 20% dos casos, os diagnósticos são realizados em estágio inicial, que pode ser feito por meio de exames de imagem como raio-x, tomografia de tórax e pet-scan, com confirmação por biópsia, além de um mapeamento para avaliar se houve metástase.  

“Caso não haja metástase, o tratamento indicado é a cirurgia, porém nos casos mais avançados há a associação de quimioterapia e radioterapia. A imunoterapia tem sido de grande ajuda para a melhoria dos resultados, pois retira a camuflagem que as células cancerosas usam, aumentando a eficácia do tratamento. Ainda a melhor forma de prevenir a doença é não fumar e não se expor ao tabagismo passivo”, explica o pneumologista Valter Eduardo Kusnir.

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.

 https://santacasamaua.org.br/

 

Baixa umidade contribui para o aumento de casos de conjuntivite

As crianças podem ser as mais afetadas, pois ainda não têm a imunidade formada


Sol forte, muita poeira e secura. Brasília está há cerca de 100 dias sem chover e a umidade do ar tem chegado a 20%. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ideal para o bem-estar dos seres humanos é entre 50% e 60%. Além das doenças respiratórias e de pele, os olhos também sofrem nesta época do ano. Especialistas alertam que locais muito secos contribuem para o aumento de casos de conjuntivite. 

De acordo com a médica oftalmologista Fabíola Marazato, do CBV-Hospital de Olhos, os casos mais recorrentes são de conjuntivite alérgica. "Crianças por não terem a imunidade formada são mais propensas às alergias em geral. Porém a conjuntivite alérgica, diferentemente da viral e bacteriana, não é contagiosa ”, explica a especialistas. 

Marazato ressalta, ainda, os sintomas: “É preciso ficar alerta quando a pessoa apresenta olhos inchados, coceira, vermelhidão, olhos marejados, sensação de areia e sensibilidade à luz”, afirma a médica. Segundo Fabíola, a conjuntivite alérgica pode ser causada por vários fatores na seca. Entre eles, poeira e ácaros no ar. 

“O tratamento ocorre de acordo com a necessidade de cada paciente. Geralmente, usamos lágrima artificial, medicamentos anti-histamínicos, compressa de água fria e os pacientes que fazem uso de lentes precisam suspender. Mas, não é recomendado tratar em casa, é imprescindível procurar um especialista”, alerta. Segundo a especialista, ao verificar o primeiro sintoma, é importante buscar atendimento médico.


Impacto socioeconômico - um diagnóstico de Esclerose Múltipla

"A quebra do preconceito é uma questão de informação", explica neurologista. Apenas o diagnóstico de esclerose múltipla não pode determinar o futuro de uma pessoa que deseja se manter no mercado de trabalho 

 

Agosto Laranja é a campanha que marca o Dia Nacional da Conscientização da Esclerose Múltipla (30 de agosto). Pesquisas do Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional, em 2019, afirmam que 40% dos brasileiros portadores de Esclerose Múltipla (EM) estão fora do mercado de trabalho formal. Mas a doença pode determinar o futuro profissional dos pacientes?

Segundo a especialista doutora Renata Faria Simm, neurologista do grupo Imuno Brasil, apesar da EM ser considerada uma doença rara apresenta um grande impacto social e financeiro no mundo. No Brasil é a segunda causa de incapacidade neurológica permanente em pessoas com menos de 50 anos de idade.

Além dos sintomas como fadiga e cansaço, os portadores sofrem o preconceito. Afinal, como entender o impacto da esclerose múltipla no ambiente de trabalho? Primeiramente, os gestores precisam se conscientizar que nem todos os pacientes estão no estágio incapacitante da doença, o que depende muito do diagnóstico precoce e de um tratamento adequado.

Segundo a Dra. Renata, algumas simples adaptações poderiam fazer com que grandes talentos não estivessem fora das empresas, como flexibilidade de horário, pausas durante o expediente e uma carga de horário consolidada.

Nesse sentido, segundo a neurologista, o que os empregadores e colaboradores precisam saber é:

- Apenas 30% dos portadores de esclerose múltipla precisam de cuidados de terceiros;

- Com o tratamento adequado, as chances de o paciente desenvolver as formas mais graves da doença caem significativamente;

- O direito ao sigilo quanto sua condição é constitucional;

- Um ambiente de trabalho ergométrico e com temperatura adequada (evitar excesso de calor) auxiliam a diminuição dos sintomas de dores e cansaço;

- Organização, planejamento e tratamento adequado contribuem para que os sintomas depressivos não se agravem, permitindo que as tarefas sejam concluídas com efetividade;

- Praticar exercícios físicos com regularidade reduz a fadiga além de auxiliar no tratamento da doença;

- Manter uma rotina de sono é essencial.

Se adequar a algumas práticas é determinante para o sucesso das atividades profissionais para os portadores de EM, e para combater o preconceito que gera impacto econômico na vida dessas pessoas.

  

Renata Faria Simm - coordenadora da área de Neurologia da Imuno Brasil. Graduada em medicina com residência em neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Mini Fellowship and Observership em Esclerose Múltipla pela Stony Brook University (NY, 2013), Universidade Colonia (2016), Mont Sinai Hospital (NY, 2017), e Toronto University (2019). Atualmente é coordenadora do Departamento de Neurologia do Hospital Santa Paula, e responsável pelo Ambulatório de Neuroimunologia/Terapias Imunobiológicas do Hospital Santa Paula.


Entenda a varíola dos macacos, principais sintomas e formas de prevenção

Número de casos no Brasil ultrapassa os 2 mil; sintomas incluem febre, dor no corpo e de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele 

 

Embora não seja uma doença nova – o primeiro caso em humanos tem registro na década de 70 –, a varíola dos macacos tem avançado em todo o mundo, colocando as autoridades de saúde em alerta. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos da doença já ultrapassa 26 mil em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde registra mais de 2 mil pessoas contaminadas. 

“Ao longo do tempo, a transmissão da doença ocorreu apenas de forma endêmica em regiões da África. Atualmente, o surto é diferente, chegando a países sem histórico de casos e com avanço rápido”, afirma a infectologista Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

Transmitida pelo vírus monkeypox, a doença possui tempo de incubação médio de 10 dias, podendo chegar a 21 dias, causando febre, dor no corpo, dor de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele.

Cecille Gribell, médica clínica da unidade CER Ilha, do Hospital Municipal Evandro Freire, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, explica que, enquanto as lesões não se fecham, a doença pode ser transmitida entre pessoas, mas também há estudos atuais em andamento que investigam uma possível transmissão por portadores assintomáticos.

Portanto, para evitar que o surto atual avance ainda mais no país, é fundamental investir em informação e métodos preventivos. A especialista destaca que a transmissão acontece principalmente por meio do contato com lesões de pele, secreções respiratórias e compartilhamento de objetos contaminados.

Dessa forma, é importante não ter contato, como abraçar ou beijar pessoas que apresentem sintomatologia viral aguda, sobretudo quando apresentam essas lesões. Além disso, deve-se evitar compartilhar toalhas, roupas, talheres e objetos pessoais.

“São cuidados básicos que devem ser incorporados ao nosso dia a dia, pois evitam a transmissão de qualquer doença viral, nos ajudando a combater surtos como o que estamos vivendo agora”, frisa.

A infectologista ressalta que embora, atualmente, o meio de transmissão predominante identificado pelos especialistas seja por relações sexuais, a varíola dos macacos não pode ser classificada como uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), uma vez que não foi comprovada a transmissão por fluídos sexuais. “O vírus monkeypox é transmitido por qualquer forma de contato próximo, isso inclui a relação sexual, mas não somente ela.”

A médica do Hospital Evandro Freire ainda orienta o uso de máscara para evitar contato com gotículas e saliva, bem como a frequente higienização das mãos, hábitos propagados durante a pandemia de Covid-19 e que também têm importante eficácia no controle da transmissão da varíola dos macacos.

As especialistas reforçam que, em casos suspeitos e positivos da doença, deve-se fazer o isolamento evitando contato com outras pessoas e compartilhamento de objetos, medida que contribui para reduzir a propagação do vírus.

“A doença tem baixa letalidade, cerca de 1%, acometendo, em sua maioria     , pacientes imunossuprimidos e idosos. No entanto, quando a doença leva a infecções secundárias, é necessário avaliação médica e acompanhamento com especialista, incluindo uso de antibióticos”, reitera Dra. Cecille.

Sem uma vacina específica, pesquisadores identificaram três imunizantes contra a varíola humana que podem também atuar no combate à varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, as tratativas para aquisição da vacina monkeypox estão em andamento junto à OMS.

“Para evitar que o cenário se agrave, mais uma vez vivemos um momento no mundo em que se torna decisivo investir em ações de conscientização sobre a doença e seus meios de prevenção”, finaliza a infectologista.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos.

 

Língua Presa? Conheça a Cirurgia de Frenectomia

O freio lingual é uma estrutura anatômica, uma membrana ou tecido fibroso embaixo da língua, sendo uma prega fina e triangular responsável por unir a língua ao assoalho da boca, da qual possui um papel importante para a mastigação, respiração, sucção e fala. Um freio curto pode impedir o movimento da língua e com isso impactar nas estruturas funcionais e anatômicas do paciente, causando também, como conhecemos, a “língua presa”.

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, explica que, as complicações da língua presa quando não é tratada com cirurgia, variam conforme a idade e com a gravidade do problema, e que normalmente o diagnóstico precisa ser feito logo após o nascimento do bebê, por meio do Teste da Linguinha, lei que entrou em vigor no final de 2014.

A cirurgiã-dentista Dra. Bruna cita algumas das complicações mais frequentes causadas pela língua presa para o bebê:

- Dificuldade para mamar;

- Atraso no desenvolvimento ou crescimento;

- Problemas na fala ou atraso no desenvolvimento da linguagem;

- Risco de engasgamento;

- Problemas nos dentes relacionados com a dificuldade para manter a higiene bucal.


Entretanto, no geral, o diagnóstico não é exclusivo somente em bebês ou crianças, muitos adultos também possuem essa condição, são pacientes que apresentam:

- Limitações nos movimentos da língua;

- Alterações da fala (fonética);

- Lesões traumáticas, devido à proximidade da prega lingual com os incisivos inferiores;

- Problemas na saúde bucal devido à dificuldade de higienização.


“O tratamento para a língua presa (encurtamento do frênulo labial), é uma cirurgia chamada de frenectomia lingual, que consiste na remoção total ou parcial do freio lingual, para que a língua possa voltar às suas funções normais ou o mais próximo possível.” esclarece Dra. Bruna Conde. “A frenectomia é eficiente para melhorar a mobilidade e a postura da língua, assim como melhora da fala e na alimentação.” completa a cirurgiã-dentista.

A especialista Dra. Bruna Conde destaca que, não existe idade ideal para realizar a frenectomia, a indicação dependerá da perturbação que o problema está provocando. Quando a limitação prejudica os movimentos linguais, a intervenção deve ser feita quanto antes.

A cirurgia de frenectomia lingual pode ser diagnosticada e realizada por um cirurgião-dentista e pode ser feita por duas formas, cirurgia convencional realizada com bisturi e com pontos que devem ser removidos depois de 7 a 10 dias, ou cirurgia com bisturi elétrico ou laser de alta potência que não implica pontos.

Independente do método, a cirurgia não ocasiona dor, pois a operação é realizada com anestesia local, e o pós-operatório não implica qualquer sintomatologia relevante e com índice reduzido de riscos e complicações.


Indicações para o pós-operatório

- Evitar alimentos duros nos primeiros dias;

- Evitar alimentos muito quentes nos primeiros dois dias;

- Redobrar os cuidados de higiene oral;

- Seguir devidamente as orientações de medicamentos prescritos pelo cirurgião-dentista.
 

O fonoaudiólogo e consultoras de amamentação podem ser solicitados para auxiliar no tratamento multisciplinar. 

“Caso você apresente essa condição e tenha dificuldades na mastigação e fala, não hesite em procurar o cirurgião-dentista para avaliar o que é possível ser feito para resolver o problema.” finaliza a Dra. Bruna Conde.


Dra. Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


Amamentação auxilia na prevenção do câncer de mama

Mastologista explica como esse ato pode favorecer positivamente também a saúde da mãe



Neste mês que se celebra o Agosto Dourado, ou seja, de incentivo ao aleitamento materno, muito se é falado sobre todos os benefícios para a saúde do bebê, porém o que muitos ainda não sabem é que o ato também contribui para diminuir o desenvolvimento do câncer de mama. A mensagem é da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) que considera fundamental disseminar essa informação. Segundo a entidade, estudo epidemiológico realizado por um grupo de médicos da Universidade de Curtin, na Austrália, revelou que há uma queda de 4,3% nas chances de a mulher ter a doença no período de 12 meses de amamentação e também há diminuição de desenvolver a doença na sua forma mais agressiva.

Para o doutor Anastasio Berrettini Junior, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, a amamentação é extremamente benéfica na prevenção da doença, já que substitui o tecido glandular por gorduras nas mamas, gerando assim uma proteção contra os tipos mais agressivos do tumor. "Nesse período, ocorrem trocas de substâncias em que os hormônios agem como fator de proteção em relação ao câncer de mama. Esse mecanismo hormonal acontece a partir da estimulação do seio da mãe pela criança e, por isso, quanto mais a mãe amamentar, mais protegida ela está", afirma o mastologista.

O médico ressalta que quando falamos de risco ou de proteção, não estamos falando de blindagem, ou seja, é preciso estar sempre atenta com a saúde das mamas. "No período da amamentação - em que os peitos ficam cheios de leite - pode surgir, em alguns casos, um nódulo ou até mesmo um câncer, os quais acabam sendo mascarados pelo volume das mamas e podem ainda obstruir a saída do leite", afirma o mastologista, acrescentando que é essencial o acompanhamento médico durante toda a gestação.



Amamentação x Mastite

Outro ponto importante que merece atenção é o risco de inflamações e doenças mamárias, como a mastite. Dr. Anastasio explica que a mastite da mulher que está amamentando ocorre quando o leite fica empedrado e o seio se torna uma porta de entrada para infecção. Isso ocorre porque o leite que fica estagnado fornece um ambiente propício para o aumento das bactérias e, se a mastite não for tratada precocemente, pode evoluir para um abscesso (pus). "Nesses casos mais graves, a mulher necessita de internação para realizar um procedimento cirúrgico, além de ser necessário interromper a amamentação", diz.

O médico reitera que o aleitamento materno é um processo longo e desafiador, por isso é importante a realização das consultas e o acompanhamento médico. "Recomendamos o exame clínico das mamas ao menos uma vez por trimestre. A amamentação ofusca o diagnóstico precoce do câncer de mama, portanto o exame delas no período da gravidez é de extrema importância", conclui o mastologista.


12 sinais de alerta sobre Burnout

Doença que afeta milhões de pessoas pelo mundo será um os temas do evento CONARH SAÚDE, que será realizado no dia 23 de agosto, em São Paulo (SP)


A síndrome do esgotamento profissional, mais conhecida como Burnout, afeta milhões de pessoas pelo mundo e é reconhecida como doença ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Para os gestores de empresas, é fundamental entender e saber identificar essa enfermidade para garantir um melhor ambiente de trabalho e o bem-estar dos funcionários. Esse é um dos temas que será abordado no CONARH SAÚDE (Congresso Nacional de Recursos Humanos, com foco em Saúde), promovido pela ABRH-Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e ASAP (Aliança para a Saúde Populacional) no próximo dia 23 de agosto.

 

“Será que podemos contribuir para evitar o Burnout? A boa notícia é que podemos aprender os sinais mais sensíveis dessa doença, muito antes que o quadro se agrave. Dessa forma, temos a chance de alertar líderes na empresa, familiares e amigos para encaminhar o caso, quando necessário, a especialistas como psicólogos e psiquiatras”, afirma psicólogo Luiz Edmundo Rosa, diretor da ABRH Brasil, com foco em Saúde Corporativa, e coordenador do CONARH SAÚDE.

 

Para Luiz Edmundo, o Burnout é uma forma de desequilíbrio mental grave, cada vez mais comum. Ele ocorre pela incapacidade de uma pessoa perceber e reagir corretamente às alterações em seu estado mental. Contudo, é possível afirmar que também pode haver inaptidão de sua família, amigos e colegas, uma vez que não foram capazes de ver ou de agir a tempo, para evitar que essa síndrome se agravasse.

 

O Burnout pode causar sérios danos psíquicos e sociais, difíceis de serem resolvidos, tanto pela pessoa, como por todos de sua convivência. Depois que a crise eclodir, o tratamento pode ser longo e com um elevado custo emocional e financeiro. Os sinais que antecedem a uma crise podem ser identificados numa escala de gravidade, medida pelo aprofundamento do quadro, que vai agregando sintomas cada vez mais sérios.

 

“Alguns sinais são mais fáceis de serem percebidos. Outros, entretanto, são mais difíceis de detectar e a pessoa afetada pode não ter consciência do que está acontecendo, exigindo uma observação mais refinada, o que inclui desde um diálogo amigável a uma consulta com um profissional”, explica Luiz Edmundo.

 

São muitos os indícios de alerta. Confira, abaixo, 12 pontos que são muito comuns e podem ser suficientes para indicar a necessidade de um processo de ajuda. O risco do Burnout cresce com a persistência, progressão e combinação desses indicativos.  Os sinais foram colocados numa escala de risco, divididos nas cores amarelo (leve), laranja (moderado) e vermelho (grave).

 

Zona Amarela

 

1.      Elevação da ansiedade

Viver em ansiedade é algo normal em nossas vidas, mas quando ela cresce em demasia, e assim permanece, é um sinal de que algo não vai bem.

 

2.      Aumento da irritabilidade

A forma alterada das pessoas reagirem, fora do esperado, com respostas bruscas e agressivas.

  

3.      Alteração do nível de energia

Alguns passam a chamar a atenção pelo excesso de energia e agitação. Outros vivem o oposto, demonstrando cansaço e pouca motivação. Ficam mais quietos e isolados, rejeitando convites de amigos e colegas.

 

4.      Falhas de memória

É o caso de pessoas que começam a se esquecer de horários e compromissos anteriormente assumidos.

 

Zona Laranja

 

5.      Transpiração excessiva

Quando a transpiração ocorre acima do normal, e se torna frequente, isto pode indicar que o colaborador está sob tensão. Ou seja, pode indicar um nível elevado de estresse e dificuldade para relaxar.

 

6.      Insônia crônica

A perda regular do sono é uma séria ameaça à saúde e precisa ser logo corrigida. Podemos perceber pelos sinais cansaço, olheiras, olhos avermelhados, bocejos frequentes e irritabilidade.

 

7.      Alteração de Peso

Alguns sob estresse elevado, passam a comer descontroladamente e logo ganham peso. Contudo, há outros que perdem o apetite e emagrecem.

 

8.      Taquicardia e pressão

Sob forte tensão, os batimentos cardíacos e a pressão arterial se elevam a ponto de alguns registrarem taquicardias abruptas e desconfortáveis. Um dos sinais é se sentir cansado e suar em demasia.

 

Zona Vermelha

 

9.      Angústia profunda

Indica desconforto generalizado e indefinido com a sensação de vazio ou de que algo grave vai acontecer, respiração ofegante, falta de ar e calor.

 

10.  Sentimento de desesperança

Acontece quando alguém sofre de um conjunto de fatores negativos e persistentes, como angústia, insônia, estresse, sensação de cansaço e a desesperança se aprofunda.

 

11.  Perda do sentido da vida

Quando o nível de estresse se agrava e a autoestima cai, tudo pode parecer difícil e sem sentido. Em meio ao desânimo e depressão, a pessoa muitas vezes verbaliza que sua vida não tem mais sentido.

12.  Vontade de morrer

Se a depressão atingir um grau máximo, aprofunda a sensação de que não há saída, a não ser morrer. É um momento que exige ajuda urgente, pois o sofrimento pode ser insuportável, com alto risco de vida. 

 

ABRH Brasil


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