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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Nego do Borel x Eduarda Reis - julgamento social ou judicial?

Mais um dia normal entre os internautas: Nego do Borel é acusado por sua ex noiva, Eduarda Reis, de violência doméstica. Para tanto, a influenciadora digital expôs em sua rede social que sofreu diversas agressões físicas e psicológicas do cantor, que envolviam xingamentos e desrespeito, afirmando que se sentia ameaçada por ele.

Após ter ciência de uma traição, em vídeos claramente triste e com medo, Eduarda pede que nenhuma mulher se deixe abusar, mencionando que os abusadores tentam fazer com que elas sejam taxadas de "loucas", descredibilizando qualquer posicionamento delas. Por temer pela sua segurança, a influenciadora compareceu na delegacia da mulher, narrando as agressões físicas e psicológicas.

Infelizmente, esse é um episódio mais corriqueiro do que imagina-se, pois diversas mulheres passam uma vida inteira sendo alvo de agressões psicológicas e, na maioria das vezes, nem percebem o que isso significa. E isso traduz o medo, a insegurança, achar que sempre se é culpada de tudo, entre outros sentimentos.

Por sorte, com o passar dos anos, diversas corajosas mulheres passaram a denunciar as agressões sofridas, sendo que uma das histórias mais conhecidas e emblemáticas foi a da Sra. Maria da Penha, que, em 1983, sofreu uma tentativa de homicídio, oportunidade em que seu marido lhe deu um tiro de espingarda. Apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica e, ao retornar para a sua casa, ele tentou eletrocutá-la.

Após sobreviver ao seu marido, e não ter qualquer posicionamento da justiça brasileira, a Sra. Maria da Penha acionou o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), que levaram o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998. Lá, o Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo que se comprometer a reformular suas leis e políticas em relação à violência doméstica.

A partir deste momento criou-se a chamada "Lei Maria da Penha", que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, tendo em seu artigo 5º definido que violência doméstica e familiar contra a mulher é composta de qualquer ação que resulte em sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial a ela. A nova legislação possibilitou, ainda, a criação das Varas Especializadas de Violências Domésticas e Familiares, que possuem competência exclusiva para processar e julgar estes crimes.

Triste perceber que muitas mulheres tiveram que passar por tanta violência e humilhação, grande parte por seus companheiros, no interior de suas casas, durante muito tempo, com muito pouca, ou nenhuma, possibilidade de resistência. Por outro lado, é esperançoso observar que existe uma significativa melhora, claro que ainda há muito para se evoluir, porém já é possível visualizar algum avanço no combate à violência doméstica. Seja na polícia, que possui, nas grandes cidades, delegacias especializadas, Delegacias de Defesa das Mulheres - DDM, aparelhadas e, na maioria, atendidas por mulheres, com tratamento adequado. Já foi o tempo em que a mulher ouvia na delegacia: "se apanhou deve saber o motivo".

Da mesma forma se observa o repúdio da sociedade que já não aceita mais esses tipos de crime. O ditado popular "em briga de homem e mulher não se mete a colher", hoje é desacreditado e, por sorte, desconhecido pelas novas gerações, especialmente nas redes sociais. Inclusive, é possível observar que os autores de violências domésticas frequentemente são repreendidos, condenados e muitas vezes excluídos, antes mesmo da investigação ser iniciada, pelas mídias sociais, sendo certo que ali o julgamento é imediato, sem a possibilidade de contraditório ou direito de defesa.

Igualmente, os patrocinadores e apoiadores não perdoam ao verem seus nomes associados aos autores de violências e, na maioria das vezes, os excluem sumariamente, simplesmente por se envolverem em notícias depreciativas, independentemente terem ou não praticado os fatos noticiados, através de cláusulas contratuais neste sentido.

Conforme se observa, atualmente não basta parecer sério, é preciso realmente ter essa postura, constantemente. Claro que não se pode confundir os julgamentos sociais, ou os realizados nas redes sociais, com o judicial. Na justiça o processo deve seguir a lei, as diretrizes impostas pela Constituição Federal - entre elas o devido processo legal, a legalidade das provas e o direito de defesa. Já nas redes sociais, a cada pauta cria-se uma régua própria do que parece aceitável ou não e, mesmo sendo muito cruel algumas vezes, dessa dinâmica têm saído diversas discussões que ajudam, e muito, muitas mulheres.



Felipe Mello de Almeida - advogado criminalista, especialista em Processo Penal, Pós-Graduado em Direito Penal Econômico e Europeu.


Luiza Pitta - advogada, Pós-Graduada em Direito Penal Econômico e associada do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM.

 

FM Almeida Advogados


Inteligência artificial ajuda marca na identificação de tendências do mercado erótico

Multinacional Kantar aposta na tecnologia para suas ferramentas analíticas. O TikTok, por exemplo, virou uma ferramenta multiuso, principalmente no mercado LGBTQ+

 

Mesmo antes da pandemia da Covid-19, empresas precisavam inovar de forma rápida e ágil, utilizando dados ao seu favor para responder diferentes perguntas: Quais são as novas tendências? O que a sociedade e os consumidores precisam e exigem? Quais são os novos desafios e problemas a serem enfrentados? O que veio para ficar e o que são apenas “bolhas”?

Após ser contratada por uma marca que queria entender os diferentes momentos da jornada sexual dos consumidores para identificar oportunidades para desenvolvimento de produtos, distribuição e comunicação, e ao mesmo tempo enxergar como o tema sexualidade vem evoluindo, a multinacional Kantar, líder em dados, insights e consultoria, lançou mão de seu kit de ferramentas analíticas STAN, que utiliza inteligência artificial. Com isso, conseguiu alavancar a inteligência humana e a vasta experiência da companhia para ajudar a identificar percepções qualitativas em grande escala, tendências atitudinais, preocupações, emoções e necessidades sociais.

Foram três as principais constatações. Para começar, ainda há muito o que fazer para normalizar o ato da masturbação, que até hoje gera ansiedade entre os consumidores. Em segundo lugar, o TikTok tem sido usado como app de relacionamentos e educação sexual, crescendo nesse mercado, especialmente na comunidade LGBTQ+.

Por fim, a falta de customização de camisinhas gera um crescente interesse por produtos de luxo e com designs diferentes e benefícios especiais.

“Nós usamos palavras-chave de pesquisa e uma taxonomia baseada em categorias como camisinhas, saúde sexual e fertilidade e o STAN como principal ferramenta de análise”, afirma Edvaldo Araújo, líder de analytics da Kantar Brasil. Segundo ele, a marca que solicitou a análise ficou animada em saber de todas essas oportunidades que complementaram um estudo de demanda, ajudando o time a entender quanto cada uma dessas novas oportunidades se manifesta e se encaixa no mundo de hoje.

 

Kantar


TENDÊNCIAS 2021

 "Recomércio", um conceito que deve impactar negócios no varejo


O conceito de brechós de luxo ganhou um novo significado, inspirando uma tendência que ao longo de 2021 pode impactar negócios de diferentes vertentes, sobretudo, o varejo. O “Recomércio” – do inglês, recommerce – pode ser visto, pontuando novas em plataformas de revenda e estratégias de fidelização. Para falar um pouco sobre a origem dessa tendência, lembro que o desafio imposto pela pandemia trouxe uma realidade de recessão para o planeta, impulsionando um mercado de venda de itens usados. De acordo com análises da GlobalData e da WGSN, esse modelo deve crescer 69% até 2021. Vale destacar que não somente a crise econômica potencializou o modelo, mas a reflexão dos clientes sobre a importância de cultivar novos valores de consumo.

Estamos diante de um comportamental – que envolve diversas gerações, não somente os millennials – de valorização da sustentabilidade; há um senso de urgência em formar comunidades mais conscientes do poder e do impacto do consumo. Antes que pensem que essa tendência é algo que tem atingido marcas e produtos mais jovens, alerto para o engano dessa percepção. A Levis, antenada com o crescimento do comércio reverso, lançou uma plataforma própria (Levi’s SecondHand), associada a um programa de recompra que oferece aos consumidores a opção de comprar jeans usados da grife ou trocar itens por pontos que podem ser usados tanto na compra de novos produtos, quanto de seminovos. E, nessa estratégia de fidelização, há oportunidades de adquirir itens vintage. Quer um outro exemplo? O grupo H&M deu start a uma ação similar, no qual os clientes é que comercializam os produtos da marca, que ganha 10% em cima da negociação. Grifes de luxo como Richard Mille e Mark Cross encamparam iniciativas inovadoras alinhadas ao recommerce.

Essa ideia de sustentabilidade e de enxergar os itens de maneira atemporal e com uma vida útil longeva impacta, também, o mercado de aluguel. A entrada de marcas de luxo nesse cenário – Gucci, Burberry e Stella McCartney – tem contribuído para combater o preconceito. Claro que muitas resistem! A Chanel processo a TheRealReal, acusando o site de vender falsificações. Em contrapartida, dados apontam que o recommerce contribui para tornar a marca mais desejada à medida que mais pessoas acessam.

No Brasil, têm surgido exemplos interessantes – em especial, quando pensamos na fidelização. Destaco, ainda, a Marisol – cliente da SKS CX Customer – que está desenvolvendo o projeto Re-conta. A premissa é que “roupas paradas não contam histórias”. A iniciativa incentiva o consumidor a escolher, no guarda-roupa, peças que estão prontas para novas histórias; levar as peças nas lojas Lilica & Tigor para trocar por créditos em novas compras. Em uma parceria com a plataforma Enjoei, as peças doadas vão para uma lojinha online, alimentando a proposta de economia circular. Um outro exemplo vem do mercado livreiro, que tem lançado mão dessa estratégia;  livrarias como a Cultura transforma livros seminovos, levados pelos clientes às unidades, em créditos para novas aquisições; no Sebo Cultura, na plataforma, as obras usadas podem ser compradas com descontos.

Esses novos modelos influenciados por movimentos que impactam nos diferentes perfis de consumo devem levar em consideração novas formas de atendimento ao consumidor. A relação entre gestores de marca e os clientes precisam estar no centro de um processo estratégico de atendimento e fidelização. O varejo – assim como o mundo – está em profunda transformação. As novas relações de consumo demandam um olhar especializado para entender as aspirações de consumo. Há mais de 30 anos tenho acompanhado as transformações e pesquisado, sobretudo com o apoio de clientes ocultos, essas ondas sociais que impactam nas relações de consumo. Recentemente, em um paper do Fórum Econômico Mundial, líderes do mundo alertavam para ser 2021 um ano crucial para reconstruir a confiança das pessoas diante dos impactos econômicos, sociais, tecnológicos e ambientais pós-Covid-19. Eles apontam a relevância de reformular os sistemas e redefinir prioridades. A minha recomendação aos gestores de marcas e produtos é ter máxima atenção às mudanças que a Quarta Revolução Industrial já trouxe e que devem ser consolidadas na próxima década.

 



Stella Kochen Susskind - Pioneira na América Latina na metodologia de pesquisa mystery shopping(cliente secreto), Stella é considerada uma das mais importantes experts da temática no mundo. Autora do livro Cliente Secreto, a metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor (Primavera Editorial), a especialista é palestrante internacional, tendo ministrado palestras em Barcelona, Estocolmo, Amsterdã, Londres, Atenas, San Diego, Chicago, Las Vegas, Malta, Belgrado, Algarve, Split e Buenos Aires. Empreendedora desde a década de 1980, fundou em 2019 a SKS CX Customer Experience Consultancy; a consultoria é focada em experiência e satisfação do consumidor, parceria da Checker Software – uma startup israelense de tecnologia da informação que integra metodologias de pesquisa em tempo real. A empresa – premiada em 2020 com o MSPA Elite Member, que a coloca entre as 12 melhores do mundo no segmento – representa uma revolução nas pesquisas de satisfação e experiência do consumidor brasileiro. https://skscx.com.br


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Como evitar que os pets sejam atacados por animais peçonhentos

 Casos de picadas de serpente e aranha são comuns em cães e gatos e devem ser tratados por um médico-veterinário


Com a chegada do verão, o número de acidentes com animais peçonhentos sobe e os pets estão entre as vítimas dos ataques de cobras, aranhas e escorpiões. Os fatores que contribuem para aumentar o aparecimento destes animais nesta estação do ano estão relacionados ao clima quente e úmido, propício para a reprodução. 

Segundo a médica-veterinária, Elma Pereira dos Santos Polegato, presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), é importante monitorar os pets e evitar que se aproximem de locais próximos a rios, matas, lixões, terrenos abandonados ou sem limpeza adequada, e construções. 

“Animais peçonhentos costumam encontrar abrigo e alimentos mais facilmente nesses locais. Por isso, é importante manter a higiene e limpeza de residências, quintais e jardins, evitando a presença destes animais nocivos no entorno das habitações humanas”, diz.

A médica-veterinária e gestora ambiental Hélia Maria Piedade, integrante da Comissão Técnica de Animais Selvagens do CRMV-SP, reforça que a prevenção de acidentes está baseada no cuidado com os locais onde os pets permanecem ou passeiam. “É importante ter em mente que resíduos orgânicos atraem baratas e ratos, que por sua vez são as presas preferidas de muitas espécies de animais peçonhentos, e que a presença de entulhos aumenta o risco do aparecimento de aranhas, escorpiões e lacraias, pois são abrigos para essa fauna sinantrópica”, explica. 

Além da limpeza dos ambientes, Hélia Maria também sugere a utilização de guias ao frequentar áreas naturais com os cães, como parques e beiras de lagos. 


COMO OS TUTORES DEVEM AGIR EM CASO DE PICADAS

A curiosidade do pet pode levá-lo a se aproximar de um animal peçonhento, aumentando os riscos de levar uma picada. A médica-veterinária Hélia Maria Piedade, orienta que, em caso de suspeita ou constatação de um acidente com animal peçonhento envolvendo animais domésticos, principalmente quando há sinais clínicos, como inchaço, sinais de muita dor, sangramentos e alteração de comportamento, deve-se procurar atendimento médico-veterinário com urgência. “As chances de recuperação do animal dependem do tratamento adequado e feito o mais rápido possível”, alerta.

De acordo com Elma Polegato, o tutor não deve, em hipótese alguma, tentar perfurar, cortar, espremer ou fazer torniquete para remover o veneno, pois são ações contra-indicadas, que podem causar mais prejuízo do que beneficiar a saúde do animal picado. “Se for possível, deve-se olhar atentamente o ambiente onde o pet esteve para tentar verificar qual é o animal peçonhento envolvido no acidente. O ideal é passar o maior número de informações possíveis sobre as características desse animal para o médico-veterinário. É ainda melhor se o tutor conseguir tirar uma fotografia do animal agressor, tomando os devidos cuidados, para mostrar ao profissional que fará o atendimento”, explica. 


ACIDENTES MAIS COMUNS

Os animais peçonhentos com os quais mais ocorrem acidentes com pets, de acordo com a médica-veterinária Elma Polegato, são: escorpiões (o preto e o amarelo); serpentes (coral, jararaca, cascavel, surucucu); abelhas (africana, européia, africanizada); e aranhas (armadeira, caranguejeira, aranha marrom, tarântula). 

Segundo Hélia Maria, o perfil dos acidentes depende muito das condições das áreas onde os pets frequentam e são mantidos. “Os acidentes com cobras costumam ocorrer com maior frequência com os cães que tendem a expressar comportamento de caça ou de proteção no seu território, mas gatos também são vítimas. Já os acidentes com aranhas e escorpiões podem ocorrer com qualquer espécie, pois muitas vezes o pet entra em contato com o animal peçonhento de forma acidental, causando a lesão”, diz.


FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS

O tutor deve estar atento a qualquer perfuração ou corte na pele do pet, assim como inchaço, sensibilidade dolorosa local e sangramento. Os membros, o abdômen e a face são os locais mais afetados, indica Elma Polegato. “Outros sintomas que podem ocorrer são sangramento no subcutâneo - gengivas, narinas ou pela urina - e vômito. Além de fraqueza, depressão, distrição respiratória, aumento na frequência cardíaca, edema pulmonar e diminuição da pressão arterial do animal afetado”, acrescenta.

Hélia Maria diz que os sinais clínicos podem variar dependendo da espécie de animal peçonhento envolvido, além da espécie do pet. “Acidentes com cobras tendem a apresentar lesões na pele originadas pela inoculação do veneno, com inchaço local, que se expande para áreas adjacentes, provocando muita dor, podendo também ocasionar diarreia e vômito, sangramentos na lesão ou via nasal. Algumas aranhas podem provocar lesões severas na área da picada, que podem surgir imediatamente após a inoculação do veneno ou demorar dias para aparecerem”, afirma. 


CASOS ATENDIDOS

Elma Polegato recorda de alguns casos de animais que sofreram acidentes com animais peçonhentos e reitera a importância de procurar atendimento veterinário o mais rápido possível. “Recordo de alguns casos de cães de propriedades rurais que foram envenenados por serpentes e infelizmente vieram a óbito devido à demora para chegar ao médico-veterinário. Também recordo de um equino que foi acometido por veneno de serpente em um dos membros, mas foi atendido a tempo com tratamento de suporte e se recuperou”, conta. 

Nestes exemplos fica claro que o tempo é fator decisivo para salvar a vida do animal. Outros fatores também podem ser determinantes, como o local acometido, tamanho do paciente, idade e quantidade de peçonha inoculada, enfatiza Elma. 

Já a médica-veterinária Hélia Maria conta da experiência clínica de atendimento de muitos casos de acidentes com animais peçonhentos, na maioria das vezes, entre cães e cobras peçonhentas. “O prognóstico depende de quanto tempo decorreu do acidente até o início do tratamento, a evolução dos sinais clínicos após este instituído, além da utilização de soros disponíveis e indicados para cada tipo de animal peçonhento, o que torna fundamental a documentação, por meio de foto, por exemplo, do animal suspeito ou causador do acidente”, explica.

“O objetivo é neutralizar o máximo da peçonha no menor tempo possível, evitando assim os efeitos sistêmicos produzidos no animal, os quais podem levá-lo à morte se não for tratado em tempo hábil”, completa Elma.

As médicas-veterinárias também ressaltam a importância do acompanhamento do animal por um tempo após o tratamento e remissão dos sinais clínicos apresentados na fase aguda. “A realização de exames para averiguar as funções dos órgãos vitais pode ser indicada, de acordo com a avaliação do profissional que atendeu o animal acidentado”, complementa Hélia.


Principais cuidados que se deve ter para evitar acidentes com animais peçonhentos.

  • Manter a higiene da casa, incluindo quintais e jardins; 
  • Não acumular entulhos e materiais de construção;
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
  • Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
  • Manter limpos os locais próximos das casas, jardins, quintais, paióis e celeiros;
  • Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
  • Limpar terrenos baldios, pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas;
  • Utilizar guias durante os passeios;
  • Evitar o acesso dos animais domésticos a áreas de risco.




Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 42 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

 

Cuidados com os pets em dias quentes

Especialista fala sobre horários de passeios, proteção solar, insolação e alimentação
Dica de receita de sorvete para cachorro que o tutor pode fazer em casa

   

Com a chegada da nova estação, o cuidado com as altas temperaturas também deve ser considerado para quem é pai ou mãe de pet. Sentimos que a cada ano o verão fica mais quente, porém isso não é motivo para desanimar de curtir a temporada mais esperada do ano com o seu animalzinho de estimação.

A médica médica veterinária Thaís Matos, que atua na área de Confiança & Segurança da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, faz algumas recomendações para os pets nos dias quentes, pois assim como nós, eles também podem passar mal, então a saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

"Cãezinhos com pelagem branca ou que têm pouco pelo na ponta das orelhas, no focinho, no rabo e nas patas precisam de protetor solar antes de serem expostos ao sol. Vale usar tanto protetor solar próprio para animais ou os de uso humano, de acordo com a recomendação do fabricante e de um veterinário. Em dias muito quentes, vale até colocar pedrinhas de gelo dentro do pote para manter a temperatura da água agradável por mais tempo".

Os horários de passeios também precisam de ajustes, é importante manter essa rotina mesmo no verão e levá-los em horários diferenciados, quando a incidência do sol é menor, antes das 10h da manhã e após as 17h. Escolha passear com o pet em locais mais gramados, pois a grama é bem mais fresca que o asfalto e não causará possíveis queimaduras nas patinhas.

O tutor de pet precisa saber que a insolação é algo comum aos cães. A especialista menciona que alguns sinais que o pet pode apresentar são: respiração ofegante, gengivas vermelhas ou pálidas, saliva espessa, fraqueza, excitação, vômitos e convulsão. "Se ao perceber que o cãozinho apresenta esses sintomas, o tutor deve retirá-lo do sol ou do local abafado, tentar resfriá-lo com água fresca e, logo em seguida, levá-lo ao veterinário", explica Thaís.

Por causa do calor excessivo pode ser que o pet não sinta vontade de comer nos horários habituais, então o tutor precisa oferecer comida nos horários em que a temperatura está mais amena, preferencialmente logo de manhã ou ao anoitecer. Hoje em dia já existe até sorvete dentro das opções de snacks para cachorros, que pode ser encontrado em lojas de produtos especializados para pets.

Para ajudar os pets nos dias quentes, elaboramos uma receita de sorvete para cachorro, que o tutor pode fazer em casa. Confira:


Receita de sorvete para cachorro

Ingredientes:
Meia melancia sem caroço
Folhas de hortelã

Modo de Preparo:
Bata a melancia sem caroço no liquidificador até formar um suco. Pique as folhinhas de hortelã e misture com ele. Então, despeje o conteúdo em uma forma (forminhas de gelo ou de sorvete) e leve ao freezer. O sorvete pode ser servido sozinho como "petisco", colocado para derreter na água do cão ou, se feito em uma forma grande (como num pote de sorvete de massa, por exemplo), colocado no chão para que o cachorro se entretenha fazendo ele derreter.


Se o seu cãozinho mostrar que não gostou muito da fruta indicada, pode-se tentar outras opções. Por exemplo, suco de maçã natural sem caroço ou suco de cenoura. Mas, caso o tutor queira variar a receita do sorvete para seu pet, não se esqueça de que nem todas as frutas ele pode comer.

É importante ter cuidado com os alimentos que oferecemos ao pet. Saber quais frutas que não pode dar para cachorro é muito importante para evitar intoxicação, como: maracujá, uva, açaí, carambola, figo e tomate estão na lista proibida para os cãezinhos. De qualquer maneira, os pais e mães de pets devem sempre consultar o médico veterinário de confiança.



DogHero


Adoção de cães e gatos cresce durante a pandemia

O ano de 2020 foi um marco para os pets que tem ajudado na saúde mental de famílias e tutores durante o isolamento social

 

As fotos de final de ano de muitas famílias tiveram um novo integrante: os animais de estimação. Durante a pandemia, ONGs e protetores de animais afirmam que a procura por adoção de cães e gatos aumentou em quase 50%. Em Brasília, a Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses do Distrito Federal (GVAZ) e entidades parceiras registrou que o número de adoções de animais, entre janeiro e setembro de 2020, foi maior do que o dobro do ano de 2019, quando a pandemia ainda não havia chegado ao país. A busca por companhia é o principal motivo para o crescimento das adoções.

Em paralelo, estudo recente conduzido pelo canal especializado Journal of Veterinary Behavior com 1.300 respostas coletadas em três semanas de distanciamento constatou que os animais de estimação trazem benefícios para saúde mental e ajudam a enfrentar as consequências do confinamento, que incluem a solidão como principal sintoma. A pesquisa, conduzida na Espanha, traz resultados relevantes, pois pela primeira vez toda população estava na mesma circunstância ambiental.

Nesse contexto, o contato com pets se destaca como uma fonte significativa de suporte e bem-estar para pessoas de todas as idades. Mas, não é de hoje que a interação humano-animal rende bons resultados. Os animais vêm sendo um componente central da vida humana há milhares de anos e hoje, as configurações familiares e o crescimento do mercado pet evidenciam a importância do papel desempenhado por esses animais.

"Nos últimos anos, observamos uma mudança expressiva no comportamento dos consumidores em relação a seus pets - e como o mercado vem respondendo a isso. A tendência é que o desenvolvimento de produtos caminhe para soluções mais integrativas, que contribuam ainda mais para fortalecer a relação humano-animal", comenta Roberto Valdrighi, gerente de Marketing LatAm da Mars Pet Nutrition, uma divisão da Mars Petcare. Recentemente, a marca OPTIMUM™, parte do portfólio de alimentos para pets, criou uma campanha com foco nos tutores, reforçando o conceito de pet parenting, que se refere aos cuidados e informação para cuidar bem dos peludos.

O vínculo com cães e gatos se estreitou à medida que houve a flexibilização do conceito de família. Em relatório divulgado pelo Instituto WALTHAM™, maior referência em pesquisa científica sobre animais, crianças e pais, descrevem seus pets como membros da família. Os entrevistados ainda relatam que seus cães e gatos são como confidentes e fontes de suporte e consolo. Paralelamente, outro estudo dirigido pela Universidade de Michigan, aponta que 75% das crianças entre 10 e 14 anos buscam seus animais quando estão chateadas.

O WALTHAM™ comprovou ainda que relacionamentos próximos com pets são frequentemente associados ao desenvolvimento de empatia em crianças e o suporte social sem julgamentos provido pelos animais produz efeito calmante sobre pessoas de todas as idades. Após um ano com tantos desafios, um ouvinte como esse cai bem, não é mesmo?

 


Mars Petcare


Verão – A estação que pode prejudicar a saúde do seu Pet

O excesso de calor exige cuidados extras para preservar o bem-estar do seu amigo


Estação queridinha para muitas pessoas pelos dias de sol e calor, o verão pode ser um grande inimigo para o seu cãozinho. Algumas raças, como o Pug, sofrem ainda mais com as altas temperaturas, como destaca Francine Ther, criadora de conteúdo e autora do canal Amigo Pug. “O verão para seu Pug é complicado. Eles ficam com a respiração mais acelerada, mais quietos e alguns perdem até o apetite”.

 

Para auxiliar nesses cuidados especiais com seu amiguinho, a Francine preparou uma lista de dicas para o verão, independente da raça do seu cãozinho. 

 

  1. Não deixe seu cão sozinho no carro: mesmo que por uns minutinhos, não faça isso nunca! O excesso de calor no ambiente interno do veículo pode ser fatal para o animal.
  2. Atenção aos horários de passeio! Assim como acontece com os bebês e idosos, o ideal é que as saídas aconteçam no início da manhã ou final da tarde. Com isso, os processos de insolação e desidratação são evitados.
  3. Verifique a temperatura do solo antes de sair. Da mesma forma que um chão quente é prejudicial à nossa pele, as patinhas do cachorro podem se queimar em um calor excessivo. Para garantir que o local está adequado ao passeio, coloque seu pé antes no chão, para averiguar se o seu amiguinho aguentará caminhar por ali sem se machucar.
  4. Evite vestir roupas no seu pet durante o verão! Com a temperatura já elevada, o uso de qualquer peça pode deixar o animal com ainda mais calor e ofegante. A dica, caso queira deixar seu cãozinho estiloso, é usar uma bandana no lugar de uma roupa no corpo todo. Assim, ele fica fashion, sem correr o risco de se sentir mal pelo calor excessivo. 
  5. Ofereça água com frequência! Da mesma maneira que nós, humanos, precisamos ficar atentos à hidratação no verão, o seu pet também deve estar constantemente hidratado. Lembre-se sempre de manter o potinho de água dele limpo e com troca constante de água. Pode também adicionar um cubo de gelo nos dias mais quentes. Mantendo a bebida sempre fresquinha e em ambiente limpo, ele se manterá hidratado, saudável e feliz!



 

AMIGO PUG

Francine Ther - Criadora do Conteúdo

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Peixe-elétrico da Amazônia se organiza em grupos para caçar

 Comportamento conhecido como predação social é raro entre peixes e foi descrito pela primeira vez em uma espécie de poraquê que dispara descarga elétrica de até 860 volts; pesquisadores investigam agora se membros do grupo são aparentados, se respeitam hierarquia e se há comunicação para coordenar as ações (poraquês reunidos em área de caça; foto: Douglas Bastos/Inpa)

Um comportamento raro em peixes, embora conhecido em baleias, lobos, golfinhos e outros poucos mamíferos, foi registrado pela primeira vez nos poraquês, peixes-elétricos da Amazônia que podem dar descargas elétricas de até 860 volts. A tática, chamada de predação social, consiste em realizar busca e ataques coordenados, a fim de capturar presas e beneficiar todo o grupo. O estudo – financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Smithsonian’s Global Genome Initiative, National Geographic Society e FAPESP – foi publicado na revista Ecology and Evolution.

Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, e da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, descreveram o comportamento em um lago da Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará. Conhecida por caçar solitariamente à noite, a espécie de poraquê Electrophorus voltai foi registrada em um grupo de cerca de cem indivíduos, cada um com até 1,8 metro de comprimento.

Ao amanhecer e no pôr do sol, os poraquês migram para uma parte mais rasa do lago, cercam cardumes de pequenos peixes, conhecidos como piabas ou lambaris, e emitem fortes descargas elétricas. As presas saltam para fora e são devoradas quando voltam atordoadas para a água.

“Eu estava em campo, realizando outro trabalho, quando vi aquela enorme concentração de poraquês. De tempos em tempos, eles davam descargas e as piabas pulavam. Aquilo foi, literalmente, chocante. Nos mais de 250 anos desde que esse animal foi descrito pela primeira vez, esse comportamento nunca havia sido registrado”, conta à Agência FAPESP Douglas Bastos, primeiro autor do trabalho e doutorando no Inpa.

Bastos faz parte do grupo liderado por Carlos David de Santana, pesquisador associado do National Museum of Natural History, da Smithsonian Institution, em Washington. Em 2019, a equipe descreveu duas novas espécies de poraquê. Uma delas é justamente a E. Voltai, que realiza a predação social e tem a maior descarga elétrica já registrada em um animal, 860 volts (leia mais em: agencia.fapesp.br/31422).

Os trabalhos integram o projeto “Diversidade e evolução de Gymnotiformes”, financiado pela FAPESP e coordenado por Naércio Menezes, professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP).

“Nossa hipótese inicial é que locais como esse, com grande abundância de presas e abrigo para dezenas de poraquês, favoreçam a caça em grupo e o desenvolvimento da estratégia de predação social. Por isso, é possível que o fenômeno ocorra em outros locais e até mesmo com outras espécies de poraquê. Só não foi registrado ainda”, explica Santana.

Os pesquisadores trabalham na criação de uma plataforma on-line, nomeada Projeto Poraquê, em que moradores dos nove países da Amazônia possam submeter vídeos de outros casos de predação social por poraquês. A iniciativa deve guiar novas idas do grupo a campo.

Predadores crepusculares

Bastos observou o fenômeno pela primeira vez em 2012, quando fez os primeiros registros com uma câmera. Demorou mais dois anos para que conseguisse organizar a logística para ir novamente ao local, a cerca de 500 quilômetros de Altamira, no Pará, percurso que leva aproximadamente cinco dias para ser feito de barco, pelo rio Iriri. Pegando carona num pequeno avião que passou pelo local, ele conseguiu observar e filmar o grupo em diversos momentos ao longo de 72 horas.

Na maior parte do dia (entre 7h30 e 17h) e durante toda a noite (19h30 às 5h), os animais repousam na parte mais funda do lago (três a quatro metros de profundidade). No alvorecer e no crepúsculo, porém, eles migram para uma área mais rasa, com menos de um metro de profundidade. Nesses horários, as piabas estão indo para o leito se alimentar ou voltando para a margem para descansar. É o momento em que os poraquês atacam.

“Enquanto a espécie normalmente caça solitariamente durante a noite, aproveitando que as presas estão repousando, esse grupo é de predadores crepusculares: caçam nos horários de sol nascendo ou se pondo, quando as presas estão começando o dia ou encerrando as atividades”, afirma Bastos.

Os poraquês nadam em círculos em volta de um cardume, concentrando o maior número possível de piabas. Aos poucos, pequenos subgrupos de dois a dez indivíduos separam parte do cardume e conduzem as presas para a margem. Então, um ou mais poraquês desse subgrupo disparam uma forte descarga elétrica, fazendo com que as piabas saltem, atordoadas pelo choque.

“Disparados simultaneamente por dez indivíduos, em teoria esses choques podem gerar uma descarga de 8.600 volts!”, diz Santana.

Os peixes-elétricos então abrem a boca e engolem o máximo de presas que conseguem. Outras espécies de peixes carnívoros, como o tucunaré (Cichla melaniae), podem se aproveitar das presas atordoadas. Após cinco a sete ataques em uma hora, o grupo inteiro retorna para o fundo do lago.

Os pesquisadores agora pretendem coletar alguns animais e implantar um pequeno transmissor sob a pele, que emitirá sinais de rádio, por sua vez captados por uma antena em terra firme. Assim, a movimentação dos poraquês poderá ser monitorada de forma contínua, permitindo determinar padrões e mesmo possíveis hierarquias dentro do grupo.

Além disso, o grupo planeja medir a potência das descargas elétricas emitidas, a fim de saber tanto a voltagem daquelas disparadas para atordoar as piabas quanto se há também emissão de descargas fracas, que os peixes-elétricos de modo geral usam para se comunicar. Assim, será possível saber se os animais se comunicam para coordenar os ataques.

Por fim, a coleta de amostras genéticas permitirá verificar se os indivíduos são parentes ou não. Entre os mamíferos que caçam em conjunto, é comum que sejam irmãos liderados por um genitor mais velho.

“Esse achado é mais um exemplo das oportunidades quase ilimitadas que se tem na Amazônia para descobertas, seja de espécies, componentes químicos derivados de plantas para medicamentos, entre outros. Sem falar de uma série de organismos e suas histórias de vida únicas, ainda esperando para serem identificados, e da umidade do ar produzida pela floresta, responsável pela maior parte da chuva que alimenta o Brasil. Estudos como esse são uma oportunidade de relembrar a importância da Amazônia e de tudo que podemos perder se não a preservarmos”, conclui Santana.

O artigo Social predation in electric eels, de Douglas A. Bastos, Jansen Zuanon, Lúcia Rapp Py-Daniel e Carlos David de Santana, pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ece3.7121.

 

 


https://www.youtube.com/watch?v=AlV8mrFZxJ4&feature=emb_logo

 



André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/peixe-eletrico-da-amazonia-se-organiza-em-grupos-para-cacar/34996/

 

Saúde é que interessa: pets seguem prática saudável dos tutores e passam a fazer uso de suplementos alimentares

Os nutracêuticos podem ser manipulados em   formato de biscoitos medicamentosos, no sabor que o pet gosta

 Divulgação DrogaVET



Os nutracêuticos podem conter compostos que melhoram o sistema digestivo, a pelagem e o sistema imunológico, melhorando o quadro geral da saúde do pet e minimizando a incidência de doenças

 
O ritmo de vida mais saudável praticado pelos humanos está sendo adotado, reflexamente, pelos pets. Segundo uma pesquisa divulgada em setembro de 2019 pela Associação Brasileira de Indústria  de Alimentos (ABIAD), de 2015 para cá o consumo de suplementos alimentares no Brasil aumentou 10% e há, no mínimo, uma pessoa consumindo esse tipo de produto em 59% dos lares brasileiros.
 
Paralelamente a essa pesquisa, o IBGE divulgou, no mesmo período, os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), dando conta que cães e gatos estão presentes em 47,9 milhões de domicílios no Brasil, sendo que em 46,1% há, pelo menos, um cachorro e em 19,3%, ao menos, um gato.
 
Diante dos dados apresentados, é possível inferir que o uso da suplementação alimentar está, consequentemente, cada vez mais comum também entre os pets e, segundo a médica veterinária parceira da DrogaVET, Bruna Saponi, assim como nos humanos, ela serve para complementar a alimentação e ajudar no metabolismo do organismo. “Vivemos uma era em que há uma maior preocupação das pessoas com a saúde e com o esporte, e isso faz com que os tutores também pensem com mais assiduidade na saúde, bem-estar e qualidade de vida de seus animais de estimação”, explica Bruna.
 
Nesse sentido, a veterinária informa que é importante diferenciar o que são suplementos alimentares e o que são nutracêuticos. “A suplementação alimentar é o gênero, da qual fazem parte os nutracêuticos, os complementos alimentares, os suplementos de vitaminas e minerais e os alimentos funcionais. Já os nutracêuticos são manipulados e contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos oriundos de alimentos naturais, que foram isolados ou purificados, tais como: vitaminas, minerais e ômega 3, reunidos e comercializados sob forma de medicamento”, explica.
 
Para os pets, a profissional explica que os nutracêuticos podem conter diversos compostos importantes que melhoram o sistema digestivo, pelagem e ativação do sistema imunológico, contribuindo para a melhora do quadro geral da saúde do pet, além de minimizar a incidência do aparecimento de doenças.  “Todos os tipos de pets podem fazer uso de suplementações para aprimorar o funcionamento orgânico e estimular o sistema imunológico, como é o caso, por exemplo, do ômega 3, que deve ser fornecido à todos os cães e gatos desde filhotes”, orienta.
 
Assim como nos produtos industrializados consumidos por humanos, Bruna explica que mesmo com um critério rígido no processo de qualidade, pode ocorrer a dificuldade do organismo em absorver os nutrientes importantes ao fortalecimento da pele e pelos. “Aliar o uso dos nutracêuticos à alimentação pode auxiliar na digestão dos alimentos, como é o caso da Bromelina, enzima presente no abacaxi que auxilia na digestão, ou o uso da planta espinheira santa, que atua como antiácido, mas vale informar que não são todos que possuem essa função digestiva”, aponta a especialista.
 
A veterinária alerta que há algumas raças com maior disposição a determinadas doenças. “Um exemplo é a Daschund, de cães, que tem propensão a apresentar problemas ortopédicos e, neste caso, é recomendado suplementar com colágeno. Porém, somente deve ser ministrado, após a avaliação do médico veterinário do pet, que poderá determinar a matéria-prima, compostos bioativos e posologia adequada para o animal”, pondera Bruna, lembrando que os nutracêuticos não são alimentos completos e que não são capazes de nutrir o organismo com todos os nutrientes essenciais, assim como também não possuem quantidades suficientes de calorias para suprir a necessidade energética de um animal.
 
Atualmente, Bruna explica que já se reconhece a importância do manejo alimentar para combater algumas doenças que induzem alterações metabólicas e funcionais, mas o uso dos nutracêuticos é recomendado se combinado com a alimentação natural. “A prescrição de substâncias benéficas, associadas em manipulado específico para cada caso, terá um resultado melhor se a alimentação for de qualidade e adequada às necessidades nutricionais do animal, promovendo um funcionamento orgânico melhor e, consequentemente, aprimorando a saúde”, informa Bruna.

 Segundo a farmacêutica responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento da DrogaVET, Thereza Denes, entre os nutracêuticos mais demandados na empresa estão aqueles que tratam a obesidade ou anemia, distúrbios gastrointestinais, problemas dermatológicos e locomotores, disfunções hepáticas e renais, doenças neurológicas, imunidade, diabetes e até câncer, elenca a porta-voz.

 


DrogaVET

www.drogavet.com.br
 

Gato idoso exige atenção redobrada com a alimentação

Bichanos com idade avançada apresentam mudanças no organismo, entre elas a redução na capacidade de digerir e absorver nutrientes

 

Os tutores de gatos já estão acostumados com o paladar exigente de seus bichanos. Mas é preciso redobrar a atenção quando eles se tornam idosos, aproximadamente aos 12 anos. Nessa fase, os gatos costumam apresentar alterações no organismo, principalmente em relação à alimentação.

 

A PremieRpet®, empresa especialista em nutrição de alta qualidade para cães e gatos, listou os principais pontos de atenção que os tutores precisam ter com a alimentação e o manejo alimentar de gatos idosos. Confira abaixo:

 

Redução na capacidade de digerir e absorver nutrientes

Uma das mudanças mais significativas é a redução na capacidade de digerir e absorver nutrientes. Por isso, o gato idoso precisa de um alimento específico de alta qualidade, que contenha fontes de proteínas de alto valor biológico, com alta concentração de aminoácidos essenciais e que sejam de fácil digestão. Além disso, é importante que o alimento contenha fontes de gorduras saudáveis para promover energia para o gato.

“Gato idoso tem tendência a perder peso, por isso é muito importante adotar um alimento Super Premium, que vai contribuir para uma boa absorção e melhor aproveitamento do alimento”, explica o médico-veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®.

Flavio ressalta que a mudança para um alimento específico deve ser feita de maneira gradual e cuidadosa, seguindo as orientações da embalagem do produto. “Uma alimentação específica, voltada a esta fase da vida e que leve em conta essas necessidades especiais é um cuidado preventivo de saúde, que colabora para a promoção do bem-estar, longevidade e qualidade de vida dos felinos”, afirma o médico-veterinário.

 

Apetite seletivo

Os tutores também devem dar uma atenção especial para gatos idosos com apetite seletivo, sintoma que pode inclusive indicar a presença de alguma enfermidade. Um exemplo é a doença renal crônica, que tende a deixar o gato com náuseas, desestimulando a alimentação. Nesses casos, a orientação é procurar um médico-veterinário.

“Um profissional especializado poderá detectar a causa do apetite seletivo e, com base no diagnóstico, indicar um tratamento adequado”, afirma Flavio.

 

Paladar exigente

Assim como em outras fases da vida, o gato tende a permanecer com o paladar exigente quando idoso. No entanto, em alguns casos, isso pode se acentuar e causar perda de peso. Se o bichano estiver saudável e, ainda assim, rejeitar alimentos, uma alternativa é acrescentar alimento úmido ou mesmo umedecer o alimento seco com água morna. Isso deixará o alimento mais macio, com mais aroma e, portanto, menos desconfortável para a dentição do idoso.

 

Perda de peso

Os exemplos acima, em especial o aparecimento de doenças, são fatores que podem causar perda de peso no gato idoso. Em muitos casos, as doenças causam alteração corporal sem que outros sintomas tenham se manifestado. Por isso, é importante pesá-los e avaliar seus escore de condição corporal regularmente, a fim de se antecipar na detecção de um eventual problema e na busca pelo diagnóstico.

“Essa recomendação é importante para que pequenas mudanças no comportamento e padrão alimentar possam ser detectadas rapidamente e, se necessário, providenciados cuidados especiais”, conclui o profissional. 




PremieRpet®

www.premierpet.com.br

PremieR Responde: 0800 055 6666


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