Os nutracêuticos podem ser manipulados em formato de biscoitos medicamentosos, no sabor que o pet gosta Divulgação DrogaVET |
O ritmo de vida mais saudável praticado pelos humanos está sendo adotado,
reflexamente, pelos pets. Segundo uma pesquisa divulgada em setembro de 2019
pela Associação Brasileira de Indústria de Alimentos (ABIAD), de 2015
para cá o consumo de suplementos alimentares no Brasil aumentou 10% e há, no
mínimo, uma pessoa consumindo esse tipo de produto em 59% dos lares
brasileiros.
Paralelamente a essa pesquisa, o IBGE divulgou, no mesmo período, os dados da
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), dando conta que cães e gatos estão presentes
em 47,9 milhões de domicílios no Brasil, sendo que em 46,1% há, pelo menos, um
cachorro e em 19,3%, ao menos, um gato.
Diante dos dados apresentados, é possível inferir que o uso da suplementação
alimentar está, consequentemente, cada vez mais comum também entre os pets e,
segundo a médica veterinária parceira da DrogaVET, Bruna Saponi, assim como nos
humanos, ela serve para complementar a alimentação e ajudar no metabolismo do
organismo. “Vivemos uma era em que há uma maior preocupação das pessoas com a
saúde e com o esporte, e isso faz com que os tutores também pensem com mais
assiduidade na saúde, bem-estar e qualidade de vida de seus animais de
estimação”, explica Bruna.
Nesse sentido, a veterinária informa que é importante diferenciar o que são
suplementos alimentares e o que são nutracêuticos. “A suplementação alimentar é
o gênero, da qual fazem parte os nutracêuticos, os complementos alimentares, os
suplementos de vitaminas e minerais e os alimentos funcionais. Já os
nutracêuticos são manipulados e contêm um ou mais ingredientes biologicamente
ativos oriundos de alimentos naturais, que foram isolados ou purificados, tais
como: vitaminas, minerais e ômega 3, reunidos e comercializados sob forma de
medicamento”, explica.
Para os pets, a profissional explica que os nutracêuticos podem conter diversos
compostos importantes que melhoram o sistema digestivo, pelagem e ativação do
sistema imunológico, contribuindo para a melhora do quadro geral da saúde do
pet, além de minimizar a incidência do aparecimento de doenças. “Todos os
tipos de pets podem fazer uso de suplementações para aprimorar o funcionamento
orgânico e estimular o sistema imunológico, como é o caso, por exemplo, do
ômega 3, que deve ser fornecido à todos os cães e gatos desde filhotes”,
orienta.
Assim como nos produtos industrializados consumidos por humanos, Bruna explica
que mesmo com um critério rígido no processo de qualidade, pode ocorrer a
dificuldade do organismo em absorver os nutrientes importantes ao
fortalecimento da pele e pelos. “Aliar o uso dos nutracêuticos à alimentação
pode auxiliar na digestão dos alimentos, como é o caso da Bromelina, enzima presente
no abacaxi que auxilia na digestão, ou o uso da planta espinheira santa, que
atua como antiácido, mas vale informar que não são todos que possuem essa
função digestiva”, aponta a especialista.
A veterinária alerta que há algumas raças com maior disposição a determinadas
doenças. “Um exemplo é a Daschund,
de cães, que tem propensão a apresentar problemas ortopédicos e, neste caso, é
recomendado suplementar com colágeno. Porém, somente deve ser ministrado, após
a avaliação do médico veterinário do pet, que poderá determinar a
matéria-prima, compostos bioativos e posologia adequada para o animal”, pondera
Bruna, lembrando que os nutracêuticos não são alimentos completos e que não são
capazes de nutrir o organismo com todos os nutrientes essenciais, assim como
também não possuem quantidades suficientes de calorias para suprir a
necessidade energética de um animal.
Atualmente, Bruna explica que já se reconhece a importância do manejo alimentar
para combater algumas doenças que induzem alterações metabólicas e funcionais,
mas o uso dos nutracêuticos é recomendado se combinado com a alimentação
natural. “A prescrição de substâncias benéficas, associadas em manipulado
específico para cada caso, terá um resultado melhor se a alimentação for de
qualidade e adequada às necessidades nutricionais do animal, promovendo um
funcionamento orgânico melhor e, consequentemente, aprimorando a saúde”,
informa Bruna.
DrogaVET
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