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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Após o colapso econômico, vem aí o caos social

Foz do Iguaçu - Foto Marcos Labanca
Três meses atrás, o Sindhotéis divulgou um artigo a respeito da crise econômica provocada pela inércia dos governos diante da pandemia, intitulado “Turismo de Foz do Iguaçu à beira do colapso”. Infelizmente todas as nossas previsões, feitas em 23 de abril, foram concretizadas. Para ser exato, foram superadas negativamente.

À época, concluímos o alerta afirmando: “O turismo reivindica soluções para hoje a fim de evitar o caos logo ali adiante. Do contrário, levaremos ainda mais tempo para sairmos dessa crise sem precedentes na Terra das Cataratas”. O pior aconteceu. O caos econômico que atinge empresas e trabalhadores hoje é uma realidade em nossa cidade. A próxima cena é sabida: caos social!

Sim, distúrbios tais como os enfrentados por nossos vizinhos. Estamos acompanhando, tristemente, uma multidão de trabalhadores ocuparem ruas e avenidas de Ciudad del Este para protestar contra as medidas dos governos de restrição ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Boa parte, mães e pais em desespero pela falta de renda para comprar comida e pagar contas básicas de água, luz e moradia.

Pela falta de ação concreta, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, empurram deliberadamente ao precipício milhares de profissionais do turismo – principal indústria motriz da nossa economia. Hoje, ambos os gestores estão ali, à beira do abismo, olhando inertes as pessoas agonizando ao falir sem dignidade alguma.

Para refrescar a memória dos dois governantes: entre as 60 cidades com mais emprego formal no Paraná, Foz do Iguaçu foi a mais impactada pela perda de vagas com carteira assinada, nos primeiros seis meses deste ano, como mostram os números divulgados pelo novo Caged. O saldo negativo de 5.691 postos de trabalho (maioria do turismo) representa 9,49% dos quase 60 mil empregos formais que existiam no início do ano.

E mais: dos atuais 54 mil trabalhadores com carteira assinada, 18 mil tiveram redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato. Considerando o movimento praticamente zero do turismo, as fronteiras fechadas e o comércio desaquecido, qual será o destino dessa legião laboral após o período temporário de proteção de emprego? Falidas, as empresas não terão outra alternativa a não ser demitir em massa.

Dessa forma, caminhamos para fechar o ano com o pior saldo na balança de empregos. Em 2002, registramos saldo negativo de 1.147 vagas. Portanto o saldo negativo parcial de 5,6 mil postos de trabalhos a menos já é cinco vezes pior que o registrado nas duas últimas décadas. Ao mesmo tempo, temos vários municípios vizinhos e do estado com saldo positivo na geração de emprego. Por que Foz, mesmo sendo terrivelmente castigada, não tem tratamento diferenciado dos governantes?

Além dos funcionários do turismo com carteira assinada, o turismo tem um universo de trabalhadores como autônomos, profissionais liberais e MEIs, como guias de turismo, transportadores e motoristas, além daqueles que vivem de freelas para hotelaria e gastronomia. Com os atrativos turísticos fechados e sem movimento de turistas na cidade, essa é outra categoria diretamente afetada pela pandemia.

Mesmo diante desse cenário, as reivindicações em defesa da hotelaria e gastronomia ao prefeito Chico Brasileiro e ao governador Ratinho Junior são ignoradas em sua maioria. Sequer foram atendidos os pedidos de ampliação do horário de atendimento de gastronomia, extensão do transporte coletivo para a locomoção dos profissionais ou suspensão das faturas da Copel e Sanepar cobradas na forma de valor fixo.

Como alertamos em abril, o turismo foi o primeiro setor a sofrer com a covid-19. Na ocasião, escrevemos que seria o último a sair da crise. Hoje podemos dizer, com dor, que muitos não sobreviveram à crise. Faliram ou caminham para a falência. Na melhor das hipóteses fecham as portas agora para reabrir no próximo ano. Tudo sem uma resposta à altura dos governantes para ao menos amenizar o caos econômico e social.

 



Neuso Rafagnin - presidente do Sindhotéis (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu e Região).


Como trabalhar home office?

 A modalidade pode ser desafiadora para profissionais


Mudar de ambiente de trabalho ou de emprego, pode ser realmente estressante e de difícil adaptação. Infelizmente, no momento que estamos presenciando, vivendo em quarentena para evitar a propagação da Covid-19, é preciso se adequar, ou deixará de ter ótimas oportunidades.

“Para quem começou a trabalhar em casa agora, é muito importante pesquisar sobre o assunto e começar a mudar seu pensamento, afinal, trabalho em casa ainda é trabalho, mas tem diferenças e dificuldades que enfrentamos no começo”, afirma Madalena Feliciano, CEO da Outliers Careers e IPCoaching.

O Home Office é uma modalidade para quem tem disciplina – ou aprende a ter, que pode ser extremamente produtiva àqueles que conseguem tirar o melhor de si num ambiente mais flexível. Madalena conta algumas dicas sobre como conseguir se adaptar e ser produtivo ao trabalhar home office:

Faça um horário fixo: Com um pouco de autoconhecimento, é possível saber qual horário você se sente mais produtivo, então use a seu favor. Se o trabalho possibilita você trabalhar às 5h da manhã ou até 23h da noite, use sua maior energia para trabalhar!

Determine o local de trabalho: Um cômodo ou espaço determinado para ser seu escritório é muito importante, para que você se acostume que, ali, é o local de trabalhar, apesar de ser a sua casa.

Não deixe questões pessoais interferirem: Seja o seu filho, bichinho de estimação ou família, muitas vezes é preciso deixar claro que você não está de férias por estar em casa. É muito fácil se distrair, foque no que precisa fazer e não se disperse facilmente.

Lembre-se de sair do trabalho: Os maiores problemas para quem trabalha dessa forma são o isolamento e a dificuldade de deixar o trabalho de lado nos momentos dedicados a lazer. Com um horário fixo, se dedique totalmente e depois saia, afinal, se trabalhasse em uma empresa, não estaria trabalhando 24 horas por dia.

“Eu posso afirmar que o profissional que trabalha bem em home office consegue trabalhar também em qualquer lugar, como cafés ou coworkings, além de ter sua disciplina e foco provadas por experiência, se tornando mais interessantes para outras vagas”, finaliza a especialista.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Sistema usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em áreas urbanas

 Pesquisadores do CeMEAI estão desenvolvendo ferramentas baseadas em ciências de dados que permitem identificar padrões de criminalidade em São Paulo e outras cidades do país (imagem: CeMEAI)

 

Na região central da cidade de São Paulo há 1.522 esquinas com maior probabilidade de ocorrência de assalto a transeuntes, além de outros pontos com alto risco de furtos e roubo de veículos ou de carga. Juntos, esses locais são responsáveis por quase metade dos registros desses tipos de crimes no centro da capital paulista.

A identificação dessas regiões na cidade, que devem merecer maior atenção dos agentes de segurança pública, tem sido feita por meio de ferramentas baseadas em ciências de dados e inteligência artificial, desenvolvidas nos últimos anos por pesquisadores vinculados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

As ferramentas computacionais despertaram o interesse de órgãos e secretarias de segurança pública de cidades como São Carlos, no interior paulista, afirma Luis Gustavo Nonato, pesquisador responsável pelo projeto.

“O objetivo é que essas ferramentas possam ajudar esses órgãos a predizer regiões das cidades com maior probabilidade de ocorrência de crimes, visando a implementação de ações preventivas”, diz Nonato.

Uma das linhas de pesquisa do CeMEAI, sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos, é a aplicação de técnicas de ciência de dados para compreender o impacto de fatores como a infraestrutura urbana, o fluxo de pessoas e até mesmo o clima em problemas como, por exemplo, o da criminalidade.

Para realizar os estudos, são empregadas ferramentas da área de computação, matemática e estatística, mesclando técnicas de ciência de dados e de inteligência artificial, em especial, de aprendizado de máquina.

Os resultados dessas análises complexas são apresentados por meio de plataformas de visualização computacional, de modo a facilitar a interação dos gestores públicos com os dados disponibilizados.

“A ideia é ajudar os gestores a entender como esses fatores se correlacionam com ocorrências criminais, por exemplo, para auxiliar na criação de políticas públicas de baixo custo e com grande impacto econômico e social nas cidades”, diz Nonato.


Criminalidade no entorno de escolas

O projeto foi iniciado em 2015 por meio de uma colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV), outro CEPID financiado pela FAPESP.

No âmbito dessa parceria, os pesquisadores do CeMEAI puderam ter acesso a uma grande quantidade de dados sobres crimes na cidade de São Paulo reunidos pelo NEV e empregar ferramentas de ciência de dados e inteligência artificial para identificar padrões de criminalidade e suas relações com variáveis externas associadas à infraestrutura urbana.

A primeira ferramenta desenvolvida por meio da parceria foi o CrimAnalyzer – uma plataforma que possibilita identificar padrões de criminalidade ao longo do tempo em regiões da cidade e, dessa forma, verificar quais são os mais prevalentes em termos quantitativos, por exemplo.

Por meio da plataforma, os pesquisadores realizaram estudo para avaliar a relação entre a criminalidade e a infraestrutura no entorno de escolas públicas na cidade de São Paulo. Reuniram dados de indicadores socioeconômicos, informações sobre a infraestrutura urbana, como pontos de ônibus e bares, além do fluxo de pessoas e histórico de crimes, como assalto a pedestres, de estabelecimentos comerciais e roubo de carros, durante o dia, à tarde, à noite e de madrugada, em um raio de 200 metros no entorno de 6 mil escolas públicas em São Paulo.

Constataram que as escolas localizadas em regiões da cidade com melhores indicadores socioeconômicos e cercadas por um grande número de pontos de ônibus tendem a apresentar um maior número de crimes, principalmente roubo de carros e assalto a transeuntes – este último concentrado no período da tarde.

O intenso fluxo de pessoas devido ao grande número de pontos de ônibus pode ser o fator a explicar o volume de assaltos de pedestres, diz Nonato. “Existe uma forte correlação entre pontos de ônibus e crimes no entorno dessas escolas”, afirma o pesquisador. “Isso mostra a efetividade dessa metodologia de ciências de dados para revelar padrões”, avalia Nonato.

Resultado de uma colaboração, além do NEV-USP, com a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e de Alagoas (UFAL) e a New York University, dos Estados Unidos, o projeto está sendo implementado em São Carlos por meio de convênio da Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura Municipal com o ICMC/USP para utilizar as ferramentas.

“A prefeitura de São Carlos tem viabilizado o acesso a diversos dados, possibilitando um grande avanço no projeto”, diz Nonato.


Séries temporais

Uma das limitações do CrimAnalyzer é que os dados dos crimes estavam agregados por setor censitário – unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formada por área contínua e situada em um único quadro urbano ou rural. Essa forma de apresentação de dados prejudicava a captura de padrões de criminalidade.

Em razão dos resultados alcançados com o projeto, os pesquisadores começaram a ter acesso a dados georreferenciados sobre crimes na cidade de São Paulo e desenvolveram uma nova ferramenta, batizada de Mirante.

“O acesso aos dados georreferenciados fez uma diferença enorme no poder de análise e também na forma como passamos a apresentar e obter os padrões de criminalidade”, afirma Nonato.

Por meio de tratamentos estatísticos, a plataforma faz o geoprocessamento em mapas de rua e, dessa forma, permite avaliar mudanças no padrão de criminalidade em locais da cidade ao longo do tempo.

Ao analisar uma esquina em São Paulo que em 2010 não registrava roubos de veículos e que, a partir de 2017, começou a registrar, os pesquisadores observaram que um dos fatores que contribuíram para essa mudança foi a alteração no lado da via liberada para estacionamento..

Antes de 2010 era proibido estacionar no lado da via de mão dupla que dá acesso a uma avenida principal com ligação a uma via marginal. Com a liberação para estacionamento, aumentou o roubo de carros na região.

“Isso pode ter facilitado aos criminosos roubar carros e sair rapidamente para a marginal, enquanto anteriormente eles teriam que dar uma volta dentro do bairro para poder ter acesso à marginal”, explica Nonato.


Padrões de criminalidade

Ao começar a aplicar a ferramenta, perceberam que ela não permitia identificar regiões da cidade com padrões semelhantes de criminalidade.

Desenvolveram então uma metodologia que permite comparar séries temporais de crimes em diferentes regiões da cidade. O modelo matemático e estatístico indicou que em um conjunto de 20 mil esquinas com maior registro de assaltos a pedestres no centro de São Paulo, 1.535 (7,65%) concentram quase a metade dessas ocorrências.

Utilizando técnicas de deep learning – tecnologia de aprendizado de máquina que propicia o reconhecimento de padrões –, eles também criaram uma ferramenta que permite agrupar regiões da cidade que apresentam séries temporais de crimes semelhantes e, dessa forma, identificar padrões e eventuais mudanças.

Essa ferramenta permitiu observar que, entre as esquinas na cidade de São Paulo onde não havia registros de crimes até 2012, uma delas começou a ter ocorrências a partir de 2017. As análises indicaram que, até 2012, a infraestrutura urbana dessa região era bem preservada e que, a partir de 2017, o local ficou completamente abandonado.

Noutro conjunto de esquinas com alta criminalidade, foi identificada uma que começou a ter redução de crimes a partir de 2017, quando seu entorno ganhou a filial de uma rede de drogarias. “Isso pode ter sido uma das causas para a redução de crimes”, diz Nonato.

A meta, agora, é desenvolver ferramentas que possibilitem predizer a probabilidade de ocorrências de crimes em regiões da cidade com base na identificação e análise de padrões espaço-temporais.
 

 


Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/sistema-usa-inteligencia-artificial-para-prever-ocorrencias-de-crimes-em-areas-urbanas/33768/



A polêmica nota de R$200,00

No dia 29 de julho de 2020, foi anunciado pelo Banco Central (BACEN) que, em agosto, será colocada em circulação a nota de R$200,00, que incorporará a imagem do lobo-guará. Se antes, a nota de maior valor era a de R$100,00, agora, essa será substituída e o maior valor nominativo de dinheiro vivo em circulação será de R$200,00.

Segundo a diretora de administração do BACEN, essa nova nota é necessária para reduzir os custos de impressão, pois neste momento, aumentou a demanda por papel-moeda (dinheiro vivo ou em espécie). Esse aumento foi causado pelo cenário de incerteza que vivemos, diante da pandemia instalada e pelo saque do auxílio emergencial, já que, muitos beneficiários, além de preferirem dinheiro em espécie, não possuem conta em bancos.

Entretanto, existem incoerências nesta argumentação, uma vez que, segundo o próprio departamento de estatística do BACEN, este aumento é temporário. Empresas fechando as portas, trabalhadores sendo demitidos, colocar em circulação uma nova nota monetária não irá resolver os problemas que assolam nossa economia. Pelo contrário, pode corroborar para a perda da confiança social, já que a estabilidade da nossa moeda, assume um papel social relevante. E, diga-se de passagem, vivemos um momento de estabilidade inflacionária, não justificando mais uma vez, a criação da nota de R$200,00.

Para além desses argumentos, estamos indo na contramão mundial no que diz respeito ao combate a lavagem de dinheiro. A União Europeia, por exemplo, estuda tirar de circulação a nota de US$500,00 para dificultar atividades ilícitas. Outra questão é que cada vez mais, a internet tem sido utilizada para realizar pagamentos virtuais, não justificando, mais uma vez, a emissão dessa moeda.

Neste momento, criar a nota de R$200,00 não irá resolver nossos problemas, que, diga-se de passagem, são grandes: alto número de mortes devido a Covid-19, metade da população brasileira sem acesso a esgoto tratado, empresas falindo, pessoas ficando desempregadas e poucos recursos destinados para combater à pandemia. Quais são, de fato, nossas prioridades?

 


Pollyanna Rodrigues Gondin - tutora do curso superior de Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.


É preciso olhar a base da pirâmide na recuperação do mercado de entretenimento pós-pandemia

Nos últimos meses, a pandemia do novo coronavírus tomou conta de todo o mundo. Milhares de empresas colocaram seus funcionários em home office, o comércio fechou, os restaurantes se fortaleceram com os deliverys, muito negócios se reinventaram, migrando para o online,  mas, um setor em especial, tem sofrido absurdamente com os efeitos da crise de saúde: o de entretenimento. 

O setor foi o primeiro a parar e certamente será o último a retornar. Leio muitos críticos de internet comentando que os líderes do segmento são milionários, que são artistas que vendem seus shows a preço de ouro, ganham em cima de publicidade, entre outros produtos. De fato, isso não é mentira, mas esses analistas se esquecem da base do setor, aqueles que trabalham nos bastidores para que tudo aconteça. 

Estamos falando dos produtores de eventos, do vendedor de pipoca, do fornecedor do som, do barman, do músico que sobrevive com o couvert. Esses profissionais não estão tendo opção de criar lives e faturar com patrocínios, conforme boa parte dos artistas do mainstream têm feito. A crise nos pede para olhar para a base da pirâmide.

Um fato positivo trazido pelo momento é o exercício da empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro. Isso nos fez levantar cestas básicas, casas, ajudas de custo, mas, ainda precisaremos de mais. É necessário pensar em não pedir o ingresso de volta para salvar o produtor de eventos e considerar o enorme impacto que essa devolução tem neste ecossistema.  

Precisaremos adotar artistas locais e regionais como forma de manter o seu negócio. Não deixemos de consumir a arte do pequeno, assim como as campanhas falam dos estabelecimentos comerciais. Existem, no setor, milhares de chefes de família, mães, pais e filhos que tiram dali  o seu único sustento.   

Um povo sem cultura e entretenimento é um povo pobre e caberá a todos os consumidores do setor pensar no pequeno. Olhar a base da pirâmide. Que tal começar adotando um artista local? A ideia aqui não é o incentivo financeiro, mas que tal divulgá-lo diariamente nas redes sociais, apresentar para um amigo, para que ele não desanime e continue crescendo? 

O seu artista nacional preferido, um dia já foi local, valorize-o desde já. Enfim, sairemos mais fortes e, em breve, estaremos contemplando a arte em conjunto.

 



Alex Monteiro - sócio da Non Stop, maior agência de talentos digitais do Brasil

 

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Como curar a sua compulsão por agradar?

Você tem dificuldade de dizer não? Um dos grandes desafios que temos enquanto mulheres é buscar constantemente a validação externa dos outros. Nos preocupamos muito com o que os outros pensam de nós, ou seja, com o julgamento alheio. Não tem como dizer que isso não tem a ver com gênero porque infelizmente tem. O homem tem mais facilidade em precificar seus projetos e se autopromover.

Essa compulsão por agradar, a dificuldade de dizer não e a necessidade de se desculpar frequentemente tem a ver com o Complexo da Boazinha. Esse complexo tem como efeito o medo de não querer brilhar muito, de não querer aparecer tanto, em se sentir desconfortável em dar uma opinião contrária. É aquela sensação de não querer ou não saber cobrar pelo seu trabalho. O sentimento de desconforto em falar sobre promoção e aumento de salário também é característico. Não espere a sua promoção chegar até você, porque isso dificilmente acontecerá. Nós mulheres temos que pedir a coroa porque receber uma promoção ou um aumento salarial é fruto do excelente trabalho que você desempenha e não um favor. Aqui eu indico um livro que se chama "A Síndrome da Boazinha: como curar a sua compulsão por agradar" da psicóloga Harriet Braiker.

Mas qual a relação que isso tem com gênero? Nosso grande desafio é que ainda educamos meninos e meninas de maneiras diferentes. Educamos meninos para liderar, arriscar; já as meninas para cuidar da casa, dos filhos, para serem mães. Pelo menos é essa expectativa que ainda recai a nós mulheres. Tem todo um movimento da indústria para fazer nos sentirmos insuficientes: com o nosso corpo, com as nossas roupas, com a nossa beleza. Sem falar do excesso de cobrança externa em relação de como a mulher tem que performar nessa sociedade. Em função do machismo e dessa diferença de criação, é notório que a autoestima e a autoconfiança da mulher nessa sociedade seriam abaladas.

E, claro, se você se posicionar, negociar o seu salário, as pessoas te julgarão como aquela que é ambiciosa, mandona, agressiva demais. Entretanto seremos julgadas de qualquer maneira. Meu conselho é que você tome decisões baseadas naquilo que verdadeiramente faz sentido para você e não para suprir expectativas alheias.

Estamos sempre no papel de backstage, de não brilhar tanto. A primeira missão para acabar com essa história toda é ouvir nossa voz interna, não a de autocrítica e desvalorização, mas pensar: se tivesse outra pessoa ouvindo seus próprios julgamentos, o que ela pensaria de você? Teria dó, uma certa pena? Então, ouça a sua voz interna, reduzindo o volume de autocrítica que nos desvaloriza. Aqui é importante se olhar de maneira mais generosa e gentil.

A segunda missão é aprender a dizer não. Mas como? Primeiramente, tenha em mente que nunca vamos agradar todo mundo. A minha sugestão é começar aos poucos. Se para você existe um desconforto emocional de se posicionar de maneira contrária, comece a exercitar aos poucos.

Na prática, a questão é como se posicionar. O problema não é se posicionar, mas sim a forma como eu me posiciono. Todos nós estamos com excesso de trabalho durante a quarentena. Então, vamos imaginar que seu horário de trabalho seja das 8h às 18h e às 17h30 você recebe um relatório do seu chefe que você precisa entregar, e que seja algo difícil de fazer de maneira rápida.

Em um primeiro momento, você diria sim e passaria 3 a 4 horas extras fazendo esse trabalho para agradar o seu chefe, não é verdade? Outra coisa comum é assumir responsabilidades e trabalhos externos que não são seus. Esses exemplos são clássicos da compulsão por agradar e pela dificuldade de dizer não. Aqui é preciso nomear os seus sentimentos e necessidades que você possui e que não estão sendo atendidos.

O primeiro passo é expor fatos e evidências daquilo que te desagradou. O segundo passo é acolher os seus sentimentos e expô-los. Normalmente, as pessoas pensam o contrário, que se mostrar vulnerável é sinal de fraqueza ou fragilidade, mas a vulnerabilidade traz a conexão e a confiança necessárias para avançarmos em qualquer relação. O terceiro é expor as suas necessidades. Por exemplo, você precisaria de um dia a mais para entregar a tarefa que lhe foi dada? Por que não expor essa necessidade para que o outro tenha em mente quanto tempo você leva para executá-la? O último e quarto passo tem a ver com o pedido, que é diferente de uma exigência. Aqui é legal perguntar ao gestor se isso pode ser feito de uma outra maneira. "Para eu te entregar o relatório com qualidade, eu preciso de um dia a mais. Podemos combinar que da proxima vez voce me entrega essa atividade com mais antecedência?" Nesse momento você está estabelecendo limites saudáveis para essa relação. Esses 4 passos são utilizados nos estudos de Comunicacao Nao Violenta (CNV) de Marshall Rosenberg. É importante mencionar aqui que o estudo da CNV não é um estudo de como ser passiva, mas como eu nomeio as minhas emoções e as expresso de maneira adequada.

Agora vamos para a terceira missão: valorizar o seu repertório. Os traumas e dilemas que você passou na sua vida, os desafios da sua história que são somente seus, isso ninguém te tira porque é o que te faz ser quem você é hoje. Aqui a dica principal é não se comparar com os outros. Isso é injusto porque além das pessoas terem realidades diferentes, você se diminui quando se compara com a realidade do outro.

Você precisa sempre se comparar com o seu repertório: como eu era em relação a essa habilidade a um ano atrás? Como era a Carine há 2 anos sem a experiência da Escola ELAS? A sua história te faz ser única no ambiente que você está hoje e a valorização do seu próprio repertório te permite autorizar seu brilho para que você possa ser inspiração para outras mulheres. Ou seja, a autorização do seu brilho faz com que você permita outras mulheres a brilharem também.

Se estamos falando de um ambiente de união entre as mulheres, nós precisamos nos apoiar e alguém precisa ter a confiança necessária para se expor. É comum outras mulheres se reconhecerem quando uma delas emite uma opinião, levanta a mão em uma reunião com a maioria masculina, porque elas se sentem representadas. Então, a partir do momento que você autoriza o seu brilho, outras pessoas brilham ao seu redor. Não se apequene para caber em um espaço que não é do seu tamanho. Muitas vezes não queremos mostrar nossas conquistas para o ambiente com medo de sermos taxadas de ambiciosas, mas definitivamente não vale você pagar o preço de mudar você, a sua essência para caber em um espaço que é muito menor do que a sua luz. É exatamente o oposto: se você for maior do que esse espaço vá embora!

É preciso proteger os seus valores para lidar com o ambiente, mas você não precisa fazer da mesma forma que as outras pessoas fazem. Conflitos vão existir no ambiente de trabalho, mas não deixe seus inegociáveis de lado. Qual é o máximo que pode acontecer ao se posicionar? Se você é uma boa profissional e gera excelentes resultados, ninguém irá te demitir por você respeitar o seu horário de trabalho e colocar os seus limites.

Ao invés de pensar: será que meu gestor vai gostar do meu trabalho? Pense: será que EU vou deixar de fazer um compromisso pessoal importante que tenho para entregar esse relatório? Nesse ponto, precisamos de uma inversão de jogo no sentido de valorizar o seu repertório e entender que quanto mais eu me posicionar no ambiente de trabalho estabelecendo limites, mais as pessoas irão me respeitar. E para isso, o autoconhecimento é essencial para saber nomear seus sentimentos e suas necessidades. Se você não souber, terá dificuldade de lidar com as pessoas.

Por fim, não se esqueça: seu repertório te faz ser única! Brilhe!

 



Carine Roos - cofundadora da ELAS e especialista em Desenvolvimento de Mulheres


Pesquisa aponta que 30% dos moradores da região Sudeste mudaram planos de viagens para julho devido à pandemia

Levantamento do iq mostrou ainda que 48% pretendiam ou têm hábito de usar milhas no planejamento das férias

 


A pandemia de covid-19 obrigou 30% dos moradores da região Sudeste a cancelar ou adiar planos de viagem para as férias de julho. É o que aponta uma pesquisa recente do iq, startup de serviços financeiros digitais, sobre o comportamento dos consumidores em relação ao turismo neste mês, período típico das férias escolares. A pesquisa revela ainda que, entre os que tinham planos de viajar, 48% pretendiam ou têm hábito de usar milhas no planejamento das férias. Outros 22% declararam não ter feito planos de viagem para julho.

De acordo com o especialista em finanças pessoais e cofundador do iq, Fernando Iodice, os dados demonstram a importância do planejamento das férias de julho por parte dos consumidores. Para explicar esse raciocínio, ele cita o estudo “10 Tendências Globais de Consumo”, publicado em 2019 pela consultoria de inteligência estratégica global Euromonitor International[1], que apontou mudanças significativas nas expectativas dos viajantes. “Os estudos mostram que hoje é mais comum que as pessoas procurem viagens que sejam experiências transformadoras e imersivas e não apenas um roteiro de pontos turísticos. Portanto, é natural que, diante de todas as limitações e medidas de distanciamento social impostas pelo contexto da pandemia, os planos sejam adiados até que o momento seja mais adequado e seguro para realizar uma viagem que atenda a todas as expectativas”, analisa.

Iodice aponta, ainda, que o uso de milhas também é sinal da valorização do turismo entre os hábitos de consumo. “O fato de quase metade dos respondentes ter declarado utilizar milhas para comprar viagens demonstra que o planejamento das férias é um item importante para as finanças pessoais dos consumidores”, ressalta.

Em relação aos destinos nacionais mais cobiçados, os estados da região Nordeste e o interior de São Paulo permanecem entre os favoritos para as férias de julho, repetindo a tendência apontada no levantamento da Associação Brasileira de Agência de Viagens (ABAV) de 2019[2]. Já para viagens internacionais, os países da América do Sul e do Norte continuam entre os destinos mais citados, seguidos de perto pela Europa.

A pesquisa do iq sobre o comportamento do brasileiro em relação ao turismo no mês de julho teve 1030 respondentes, em todo o país, dos gêneros masculino (63%) e feminino (37%), entre 18 e 55 anos. Do total de respondentes, 59% são residentes da região Sudeste. A pesquisa ouviu, ainda, residentes de outros 22 estados, como Bahia (5,6%); Paraná (4,2%); Distrito Federal (4%); Ceará (3,8%); Piauí (3,8%); Santa Catarina (2,5%); Goiás (2,3%); e demais estados (14,8%).



A inclusão da criança com Síndrome de Down, desde o nascimento até a velhice


Quando o meu filho mais velho, o Chico, nasceu, transformou a minha vida, a do pai e a de todos os familiares. Tudo começou com a descoberta da cardiopatia, logo na gravidez e, depois de um exame, veio a confirmação da Síndrome de Down. Foi um grande impacto. Ninguém espera uma notícia assim. Mas do susto nasceu a vontade de ajudar, de compartilhar a experiência e mostrar como a descoberta pode trazer vivências incríveis. Conforme fomos aprendendo e descobrindo aquele universo cheio de dúvidas e incertezas, criamos um portal de conteúdo, com o objetivo de transformar as realidades das famílias, acolher e informar a população sobre a síndrome de Down (Trissomia 21).

Passamos a compartilhar as nossas experiências com médicos, terapias e, mais tarde, as que adquirimos com a escola. Já faço isso há quase quatro anos. A ideia foi crescendo, muitas famílias foram se identificando, mandando suas dúvidas, pedindo indicações, contando suas histórias e acompanhando o desenvolvimento do Chico e das irmãs, Maria Clara e Maria Antonia.

Hoje esse trabalho foi ampliado por meio da ONG Nosso Olhar, que trabalha para mobilizar e educar a sociedade para um mundo mais inclusivo. Os projetos idealizados visam garantir a capacitação, inserção no mercado de trabalho, a independência financeira e autonomia das pessoas com deficiência. Acredito na inclusão dessas pessoas na sociedade durante toda a vida, desde a infância até o envelhecimento. Nossos projetos refletem isso.

Trabalhamos com alguns pilares que movem nossos projetos e ações: acolhimento das famílias, oferecer acesso à educação, capacitar as pessoas com deficiência, inseri-las no mercado de trabalho, promover ações para garantir a participação da terceira idade e informar a sociedade, para tornar a inclusão uma realidade.

Quando o assunto é acolhimento, pensamos no momento da notícia. A família descobre a chegada de uma criança com deficiência. É importante para os pais trabalharem a vinda desse bebê, entenderem o que a deficiência intelectual pode trazer em relação aos cuidados, o que pode vir atrelado à alteração cromossômica e o que deve ser feito.

Essa criança pode ter uma comorbidade associada, como uma cardiopatia, por exemplo. A ideia é mostrar caminhos e possibilidades. Apresentar profissionais que possam ajudar a entender a deficiência, mostrar as especificidades e investigar se podem ter mais coisas atreladas, de acordo com cada uma. No caso da Síndrome de Down (Trissomia do 21), há maior incidência em relação a algumas doenças, como as cardiopatias, doenças respiratórias, problemas na tireoide, perdas auditivas, problemas de visão e outras.

O acolhimento básico da família núcleo é uma importante etapa. Se a descoberta for durante a gestação, esse acolhimento será fundamental para a família se preparar psicologicamente e entender quais cuidados devem ser tomados, para que essa criança viva bem como qualquer outro ser humano, com todos os direitos assegurados.

Esse acolhimento é para que se chegue a esse entendimento, seja na gravidez, como foi no meu caso, ou na hora do parto. O objetivo é trabalhar essa notícia emocionalmente e acolher essa criança com amor e confiança. Isso, junto aos estímulos, é que vai fazer com que esse ser humano ultrapasse os desafios atrelados à Síndrome de Down. Sempre pensando que cada um é único, tem as próprias características.

Outro papel importante do acolhimento é aprender a lidar com frustações. Os pais costumam idealizar um filho e podem criar um mito em seus pensamentos. É preciso trabalhar essa notícia com a mãe, o pai, os irmãos e familiares. Quando são acolhidas, essas famílias aprendem, recebem informações e entendem o que é a deficiência intelectual.

A ideia é educar a sociedade, levar informação, mostrar os direitos e buscar a inclusão, por meio de trocas de experiências. Para acabar com rótulos precisamos levar informação a todas as famílias, com ou sem filhos com deficiência.

Pessoas com Síndrome de Down podem tudo o que quiserem, dentro de seus próprios tempos e limites. Elas podem estudar, trabalhar, serem produtivas e participar da construção de uma sociedade para todos. Acredito que a sociedade precisa ter acesso à informação, para que ocorra a verdadeira inclusão.

Meu propósito junto à ONG Nosso Olhar é trabalhar pela a aceitação da diversidade; a inovação na descoberta de novas possibilidades; o acolhimento das famílias de forma estendida; a conscientização; a educação cidadã; a informação de qualidade; as legislações e políticas públicas inclusivas.

Nossa missão é transformar o mundo em um lugar mais inclusivo, para que todas as crianças e jovens tenham oportunidades iguais”.

 



Thaissa Alvarenga - fundadora da Associação Nosso Olhar



Quarentena no Brasil: Buscas sobre ansiedade crescem durante a pandemia


Especialistas explicam os sintomas mais comuns e ensinam como lidar com a doença

 

A crise de ansiedade tem sintomas físicos característicos que fazem com que a pessoa perceba que algo diferente está acontecendo. Taquicardia, respiração ofegante, sudorese excessiva, tremores, alterações intestinais, insônia, formigamento, falta de ar, alterações alimentares, dores de estômago, entre outros sintomas são comuns. O comportamento online das pessoas também tem servido como base para mostrar como a ansiedade cresceu desde o início da pandemia e como ela preocupa a população.  Uma pesquisa recente do Google, revela que a procura dos brasileiros pela frase “como é ter crise de ansiedade” teve uma alta superior a 5.000% entre janeiro a julho e a busca pelo tema ansiedade como um todo aumentou três vezes mais do que a média dos últimos 16 anos.

Um outro estudo realizado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a ansiedade tem afetado mais a população adulta do Estado de São Paulo, segundo dados coletados entre os dias 24 de abril a 24 de maio.

Para entender melhor os sintomas, como tratar e para que as condições dos pacientes não se agravem, a psiquiatra do São Cristóvão Saúde, Dra. Daniela Gava e a psicóloga do CAIS - Centro de Atenção Integral à Saúde, Aline Melo, abordam informações sobre a crise de ansiedade e como lidar com o distúrbio.

“A ansiedade como emoção humana é autolimitada e nos ajuda a criar saídas, soluções para o que está por vir. Ela passa a ser um transtorno mental quando é persistente, de difícil controle, desproporcional às situações que estão mobilizando o sofrimento, invariavelmente acometendo o padrão funcional dessas pessoas. O transtorno de ansiedade pode se manifestar de diversas formas clínicas, como transtorno do Pânico, TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo, Fobias, Transtorno de Ansiedade Generalizado e Transtorno de Estresse pós-traumático, e exigem tratamentos específicos.”, afirmou a psiquiatra, Dra. Daniela Gava.

Durante uma crise de ansiedade, os pensamentos da pessoa ficam muito confusos e desordenados, por isso, a dica é tentar manter a atenção no que realmente está ocorrendo e não nos pensamentos ruins. Isso pode ajudar a pessoa a se conectar com a realidade e tirar o foco da ansiedade. É importante tentar trabalhar a respiração de maneira pausada e profunda, para acalmar tanto os sintomas físicos como emocionais, ajudando na recuperação de controle e relaxamento. Se aproximar de alguém de confiança, também ajuda a sentir-se mais seguro nesse momento.

Quem nunca teve uma crise de ansiedade pode não entender o que o outro está passando, não saber como ajudar ou até mesmo atrapalhar. A doutora Daniela diz que basta agir de forma empática, se mostrar preocupado, ouvir o que a pessoa tem a dizer e sugerir atividades que desviem o foco da crise. A psicóloga Aline reforça ainda a importância da respiração nesse momento. “Tente focar a atenção da pessoa em outros pontos em vez de querer compreender o motivo ou o que a pessoa está sentindo, como em um exercício de respiração mais pausada e profunda ou outras possibilidades de relaxamento, sempre visando acalmar, de maneira gradativa a pessoa.” disse.

Caso a pessoa não esteja conseguindo dormir há dias ou esteja com uma gastrite, por exemplo, que não melhora nem com medicamentos para o estômago por conta da ansiedade, é necessário procurar um serviço especializado para entender o grau dos sintomas e indicarem o melhor tratamento. “A medicação é um fator extremamente importante para o controle da ansiedade quando a pessoa não consegue mais controlar sozinha, porém, existem outras formas que pareadas a medicação, podem potencializar seu efeito e contribuir de uma maneira efetiva na melhoria dos pacientes. A psicoterapia é uma delas: aprender sobre si, seus gatilhos associados a ansiedade, desenvolver reflexões para melhoria de comportamentos e crenças colaboram para uma evolução positiva. Técnicas de relaxamentos, meditação e exercícios físicos também podem ajudar nesse processo de recuperação, porém, sempre é importante em paralelo a tudo isso o acompanhamento médico no que diz respeito adaptação desse paciente em relação a medicação, dosagem e tratamento.”, afirmou a psicóloga, Aline Melo.

E o principal, faça atividades prazerosas, como pintar, costurar, cozinhar, entre outras. “Tudo que lhe gera prazer te confere uma sensação de bem-estar, melhorando seu quadro emocional, por isso, encontre momentos em seu dia para realizar atividades que te tragam alegria. Nosso corpo precisa de momentos de relaxamento para aliviar o estresse e os momentos de tensão. A meditação, os exercícios físicos e o relaxamento são ótimos para trabalhar o controle da ansiedade.”, finaliza Aline Melo.



Educadora parental explica os efeitos de uma educação abusiva no desenvolvimento emocional dos filhos

 Telma Abrahão reforça que compreender as consequências fisiológicas e emocionais de uma educação autoritária e sem afeto é fundamental para os pais mudarem a forma de agir com seus filhos


Formada em biomedicina, a Educadora Parental Telma Abrahão tem transformado a vida de milhares de famílias ao redor do mundo, com a proposta de re-educar os pais para educarem seus filhos de forma mais respeitosa e assertiva, efetivamente, produzindo excelentes resultados a curto, médio e longo prazo.

Num mundo em constante transformação, onde queremos tudo cada vez mais rápido, muito se fala a respeito da “falta de limites” que vemos nas crianças, porém a maioria dos pais se sentem perdidos quando o assunto é a educação dos filhos. Uma das dúvidas mais frequentes é: “Como educar crianças para se tornarem adultos responsáveis, capazes, bem resolvidos e com boa autoestima, sem bater, punir ou castigar?” Seria possível?

 De acordo com a especialista Telma Abrahão, a resposta é sim! Certamente não é o caminho mais fácil, pois exige tempo e dedicação, porém possível se os pais se dedicarem a estudar e a aprender mais sobre o que motiva determinados comportamentos indesejados nos filhos.

 “Gerar um filho, amamentar e proteger é instintivo, mas educar não. Se você educar no modo automático ou por instinto, vai errar e muito. Precisamos aprender novas formas de reagir aos desafios comportamentais das crianças e compreender de uma vez por todas, a responsabilidade que o papel de pais nos impõe. Não é a escola, nem as babás ou os familiares que possuem o dever de educar uma criança. Esse dever é dos pais e a construção de um ser humano responsável e emocionalmente saudável precisa começar dentro de casa, no dia a dia, na transmissão de importantes valores, através de um modelo que inspire respeito, de um ambiente que proporcione afeto, segurança e limites claros ”, afirma Telma.

 A Educadora Parental reforça que compreender as bases de uma educação respeitosa é fundamental para os pais mudarem a forma de agir com seus filhos. “Crianças não são pequenos adultos, elas possuem o cérebro imaturo, são dominadas pelas emoções e ainda não aprenderam a lidar com o que sentem. Elas vão aprendendo conforme se desenvolvem e também de acordo com o ambiente onde vivem.”

 O problema é que quando os pais não compreendem isso, acabam esperando um comportamento que elas não possuem condições de ter. A maioria das “birras”, por exemplo, não são um ataque contra os pais, elas são a manifestação dessa imaturidade cerebral para lidarem com o que sentem. Podem ser ainda, necessidades físicas não atendidas como cansaço, fome, sono ou necessidades emocionais não atendidas como falta de afeto ou acolhimento emocional.

Pais rígidos e autoritários criam filhos ansiosos, desconectados e nervosos. Tudo isso porque o medo e o estresse constante liberam grandes quantidades de cortisol no corpo dessa criança em desenvolvimento e podem trazer problemas como, dificuldade de concentração, de aprendizado e até mesmo de socialização. O estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa e que desencadeia mudanças químicas, que afetam os mais diversos sistemas do nosso corpo e quando constantes, podem trazer problemas para a criança, como dificuldade no aprendizado ou de concentração. 


Existem três tipos diferentes de respostas ao estresse

O Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, cita três tipos diferentes de resposta ao estresse: positiva, tolerável e tóxica, dependendo da intensidade desse estresse. O que mais preocupa é a terceira opção, que é chamado de estresse tóxico.

Ele pode ocorrer quando uma criança vivencia dificuldades, que são constantes e prolongadas, sem o apoio emocional adequado dos pais ou cuidadores. Entre os exemplos mais comuns, estão: violência doméstica, abusos físico ou emocional, negligência, falta de cuidados, pais viciados em álcool ou drogas, pais depressivos ou ainda casos de pobreza extrema.

Pais que não conseguem cuidar do filho, que brigam o tempo todo, que não se dedicam a amar e se conectar com os filhos, podem fazer com que a criança entre em um estado permanente de estresse, considerado tóxico. Isso pode gerar consequências por toda a vida. Esse fator aumenta a probabilidade da criança apresentar atrasos no desenvolvimento e problemas de saúde mais tarde, como abusos de drogas e depressão, além de dificuldade de socialização e aprendizado.

Diante do estresse, o corpo e o cérebro entram em estado de alerta, aumentam a frequência cardíaca e liberam mais hormônios, como adrenalina e cortisol. Depois de um certo tempo, é esperado que e o corpo volte ao estado natural, mas se o apoio emocional e o acolhimento dos pais não ocorrer, essa resposta se mantem ativa, inclusive quando já não existe mais um perigo evidente.

As pesquisas feitas até agora demonstram que estabelecer uma relação emocional estável, com adultos que se preocupam com o bem-estar da criança, pode prevenir e até mesmo reverter os danos do estresse tóxico.

Com a experiência de ter atendido e ajudado inúmeros pais, Telma deixa alguns questionamentos para refletirmos e assim entendermos as necessidades emocionais de pais e filhos. “Como esperar que uma criança aprenda a se autocontrolar, se muitos pais até hoje não aprenderam a fazer isso? Como desejar ter filhos seguros se tantos pais têm dúvidas sobre seu próprio valor e se sentem perdidos na vida porque são fruto de uma infância cheia de punição e pouca conexão emocional?”.

Realmente precisamos nos Re-educar para estarmos aptos a educar com o amor e o respeito que toda criança merece.


Lançamento do livro “Pais que Evoluem”

Com o objetivo de auxiliar ainda mais os pais na árdua tarefa de educar os filhos para se tornarem adultos responsáveis e realizados, Telma Abrahão lançará seu primeiro livro, intitulado “Pais que evoluem: Um novo olhar para a infância”, pela editora Literare Books. O lançamento oficial no Brasil acontece dia 10 de julho.

Na obra a autora faz um convite a uma profunda reflexão sobre a importância do papel dos pais na formação de seres humanos mais equilibrados e apresenta uma verdadeira revolução na forma de educar os filhos.

O livro, que está sendo aguardada ansiosamente pelos quase 150 mil seguidores que a Educadora Parental, palestrante e agora também escritora, contabiliza em suas redes sociais, estará à venda nas principais livrarias do país. A pré-venda já está disponível na editora através do link: https://landing.literarebooksinternational.com.br/paisqueevoluem. Nos Estados Unidos o livro poderá ser adquirido através do Amazon.com.

 

Os benefícios do exercício físico para o cérebro

 Depois do exercício físico, ficamos mais calmos, menos irrequietos, mais motivados e animados.

 


Pensar em maior produtividade é pensar em cuidar da saúde. O trabalho enobrece, mas desgasta, ele suga a energia e nos deixa estafados, enquanto cuidar da saúde, praticar exercício físico e cuidar da alimentação, aumenta a sua energia vital.

O cérebro reage como um músculo, atrofia com o desuso. Aí você pode dizer: "Quem falou que eu não uso meu cérebro?". Sim, Ok. Se isso é fato em sua vida, mas você não pratica exercício físico, então a pessoa está muito provavelmente sob os efeitos do estresse, que desgasta as conexões das bilhões de células nervosas, um desgaste que pode levar a depressão, que ao contrário da expansão, contrai certas áreas cerebrais.

Para Personal Trainer Giulliano Esperança, o exercício físico, ele expande suas áreas cerebrais, ele promove de uma forma singular, alterações biológicas que aumentam as conexões entre as células neuronais. Aumenta também os níveis de adrenalina, dopamina, serotonina e endorfina.

Quando os neurocientistas começaram a estudar os efeitos do exercício nas células cerebrais, identificaram melhora nas habilidades cognitivas, na saúde mental, devido a fatores de crescimento neuronais, com uma condição: "O movimento físico, é a única forma de promover o aumento dos fatores de crescimentos neurais." Giulliano ainda questiona"Entende que antes de emagrecer, muita coisa vai acontecer em seu metabolismo?" Pode ser que você não ligue para questões estéticas e nem goste de fazer exercício físico, mas praticar atividade física faz com que o indivíduo se torne mais inteligente.




Giulliano Esperança - Personal Trainer e Diretor Executivo do Instituto do Bem-Estar em Rio Claro/SP, Bacharel em Educação Física UNESP/Rio Claro, Especialistas em Fisiologia do Exercício Unifesp/SP, Especialista em Marketing - Madia Marketing School, Master Coach Sociedade Latino Americana de Coaching, Diretor tecnico da Sociedade Brasileira de Personal Trainers, Premiado pela Sociedade Brasileira de Personal Trainers em Excelência pelos serviços prestados como Personal Trainer, Homenageado pelo CREF4/SP pelo Comprometimento e Ética Profissional em 2016. Eleito do Profissional do Ano na Categoria Emagrecimento pela USP de Ribeirão Preto em 2016, Criador do Método Storm12 com mais de 6000 alunos espalhados pelo Brasil e Exterior, Mestrando do Laboratório de Nutrição e cirurgia metabólica da FMUSP, na área de oncologia.


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