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domingo, 31 de julho de 2016

MUCOSITE: 80% dos pacientes desenvolvem o efeito colateral mais temido no tratamento do Câncer



 Cirurgiã dentista do IBCC recebe prêmio de Profissional do Ano pelo procedimento odontológico especializado que previne e cura inflamação na mucosa em pacientes oncológicos

O tratamento do câncer tem por sua finalidade a cura e o alívio dos sintomas da doença, porém alguns dos procedimentos realizados, como o cirúrgico, quimioterápico e radioterápico causam, em sua grande maioria, efeitos colaterais que variam de acordo com a intensidade do tratamento e com cada paciente. Um dos efeitos colaterais mais severos é o aparecimento da mucosite oral, reação tóxica inflamatória que atinge hoje cerca de 80% dos pacientes em tratamento oncológico para os diferentes tipos de tumores de cabeça e pescoço (boca, garganta, língua, tireoide, etc.).

Segundo a cirurgiã dentista do IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer -, Sandra Bastos Rezende, 89% dos pacientes que fazem tratamento de quimioradioterapia acabam desenvolvendo , como por exemplo, pessoas submetidas a transplante de células-tronco hematopoiéticas. No Hospital, o tratamento mais indicado e mais eficiente é a fototerapia com laser de baixa potência em toda mucosa oral. Premiada como Melhor do Ano pela Excelência e Qualidade na área de Laserterapia na Odontologia Hospitalar pela Associação Brasileira de Liderança (Braslider), a Dra. Sandra enfatiza que o laser é efetivo em vários aspectos, porque além de ser anti-inflamatório, analgésico e diminuir a severidade das lesões, ajuda na reconstrução do tecido da mucosa, ou seja, auxilia na regeneração celular.

A terapia preventiva e curativa reduz a incidência da mucosite oral, otimiza o tratamento proposto pelo médico-oncoclínico e oferece mais qualidade de vida aos pacientes. A indicação sempre é médica, portanto a equipe multidisciplinar tem que estar alinhada, pois a Laserterapia deve ser iniciada junto com o tratamento oncológico, seja radioterapia de cabeça e pescoço ou quimioterapia em altas doses. Esse processo será realizado até que as funções orais do paciente estejam restabelecidas e ele volte a se alimentar e a falar normalmente. “É essencial também que o paciente também mantenha uma boa higiene bucal, pois assim ele vai reduzir as infecções e prevenir a severidade da mucosite.” – adverte a dentista.

O hematologista e chefe da Unidade de Transplante do IBCC, Roberto Luiz da Silva, acredita ser fundamental junto da equipe oncológica ter o apoio da dentista. “Investir na terapia preventiva é investir no paciente. Ter um diagnóstico precoce das doenças bucais, como a mucosite, e iniciar o procedimento necessário com rapidez, é garantir o sucesso do tratamento oncológico multidisciplinar do paciente. ” – comentou o hematologista.

LESÕES DA MUCOSITE
A mucosite oral consiste no aparecimento de lesões na mucosa oral que começam com eritema (vermelhidão), evoluindo para um edema (inchaço) e ulcerações (feridas) com sangramento que acarretam em dificuldade da mastigação, deglutição e fala.

Essas lesões aumentam o risco de infecções locais, o que exige um uso maior de antibióticos pelo paciente, aumentando seu período de internação e o uso de nutrição parenteral. 

“A mucosite severa pode até justificar a interrupção da quimioterapia e ou radioterapia, servindo como um fator dose-limitante ao tratamento médico-proposto para o combate da doença.” – enfatiza a dentista Sandra Rezende da Unidade de Transplante de Células-Tronco do IBCC.



01 DE AGOSTO: DIA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO – VC SABIA QUE BEBÊS TAMBÉM DEVEM RECEBER HIGIENIZAÇÃO BUCAL?



Vc sabia que segunda-feira, dia 01 de agosto, é o Dia Mundial da Amamentação? A data foi criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action - WABA) com a finalidade de promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo. A data é comemorada dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países anualmente entre os dias 1º e 07 de agosto.

Muitas mães, especialmente as de primeira viagem, não sabem, mas é importante cuidar da saúde bucal dos pequenos desde as primeiras mamadas. Os cuidados são simples e ajudam a evitar, por exemplo, o surgimento de cáries, a chamada “cárie de mamadeira”, condição é causada pela exposição frequente e constante a bebidas açucaradas que podem danificar seriamente os dentes do bebê e a saúde bucal como um todo.

Os bons cuidados bucais começam cedo na vida. Mesmo antes dos dentes do bebê nascerem, existem alguns fatores que podem afetar sua futura aparência e saúde. Por exemplo, a tetraciclina, um antibiótico comum, pode causar a descoloração ou manchas nos dentes. Por esta razão, não deve ser usada por mães que estão amamentando ou mulheres na segunda metade da gravidez.

Como os dentes do bebê geralmente nascem por volta dos seis meses de idade, não há razão para usar os procedimentos padrão da higiene bucal, ou seja, a escovação e o uso do fio dental. Mas, os bebês têm necessidade de cuidados bucais especiais que todos os pais devem conhecer. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda umedecida em água limpa para remover os resíduos de leite. Com o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos 6 meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira. Aos 14 meses, com o nascimento dos primeiros molares decíduos, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil utilizando creme dental com flúor, mas a quantidade de creme dental deverá ser do tamanho de um grão de arroz cru. Ao final da escovação limpe a boca do bebê com uma gaze para tentar retirar o excesso. A partir dos 3 anos aproximadamente a criança será capaz de cuspir, então a partir do momento que ela consiga cuspir, já poderá utilizar o creme dental com flúor em quantidade normal, mas sempre deverá ser supervisionado para que não engula. É a ingestão do creme com flúor que poderá gerar problemas de saúde.

A primeira visita do bebê ao dentista deve ser feita por volta dos 6 meses, coincidindo com o nascimento do primeiro dente decíduo. Preferencialmente, a consulta deve ser realizada com o odontopediatra, pois é ele o profissional habilitado a fazer esse primeiro atendimento.



  ORTOPLAN – Especialidades Odontológicas

Dez anos de agressões contra a mulher






Aniversário da Lei Maria da Penha evidencia grave cenário de violência doméstica


A necessidade de falar sobre empoderamento feminino ficou muito mais forte nos últimos anos. Mulheres, antes conhecidas por sexo frágil e nítida submissão, ganharam visibilidade e direitos perante a desigualdade que existia com o sexo masculino.

Um dos avanços veio com a Lei Maria da Penha, que completa 11 anos no próximo dia 7 de agosto. Desde sua criação (2005) até o ano passado (2015), foram registrados mais de 4,7 milhões de denúncias, segundo a Central de Atendimento à Mulher. Desses 550 mil foram relatos de violência, prevaleceram os de agressão física (56,72%), seguidos por violência psicológica (27,74%). 

A especialista em direito de família, Regina Beatriz Tavares da Silva, ressalta a importância de que a denúncia seja feita o mais rápido possível, pois situações antigas de agressão tornam-se cada vez mais difíceis de ser comprovadas com o passar do tempo.

“Hoje, a mulher tem a Lei Maria da Penha a seu favor. Por mais difícil que seja, ela precisa denunciar e impor se diante das agressões. A Lei Maria da Penha prevê uma série de medidas protetivas e de urgência em favor da mulher e contra o agressor, assim como medidas assistenciais”, afirma.

Ainda de acordo com os dados, 2015 registrou aumento de 54% em denúncias, em comparação com 2014.  “Poucos sabem, mas a Lei Maria da Penha protege além da violência física. Considera-se violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, além de dano moral ou patrimonial”, informa a especialista.

Para Regina Beatriz, diversos fatores podem ser apontados para explicar a relutância de muitas mulheres em denunciarem seus agressores, tais como o medo do agressor, a dependência financeira, a dependência afetiva, o desconhecimento de seus direitos, o sentimento de impunidade, a preocupação com a criação dos filhos, entre outros que se enquadrem no chamado “ciclo da violência doméstica”. A advogada ressalta que todos estes fatores evidenciam a já mencionada situação de vulnerabilidade da mulher nesses casos de violência doméstica. 

Conforme números do Núcleo de Gênero do MP-SP (obtidos através do disque 180) cerca de  37% dos casos relatados são fruto de relação agressiva há mais de dez anos. Das mulheres que procuraram ajuda, 11% revelaram que o relacionamento tinha menos de um ano. Para agravar os casos, 65% das agressões acontecem na presença dos filhos, sendo que em 17% desses casos, as crianças também acabam apanhando.  Para a advogada e especialista em direito de família, a violência doméstica contra a mulher envolve questões emocionais profundas, educacionais e econômicas, o que dificulta, muitas vezes, a denúncia.



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