Especialista aponta tendência de piora
no impacto das mudanças climáticas na saúde dos trabalhadores
Nesta semana, a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
divulgou um relatório em que diz que as mudanças climáticas já afetam a saúde
de 70% dos trabalhadores do mundo: mais de 2,4 bilhões de pessoas estão,
provavelmente, expostas ao calor excessivo em algum momento da sua jornada de
trabalho.
De acordo com o documento, inúmeras condições de saúde dos
trabalhadores estão associadas às mudanças climáticas, incluindo câncer,
doenças cardiovasculares, respiratórias, disfunções renais e problemas de saúde
mental. Segundo Carlos Magno, sócio fundador do Climate Change Channel (C3 TV),
o primeiro canal de TV por assinatura dedicado exclusivamente às mudanças
climáticas, a tendência é de piora.
“As mudanças climáticas já são uma realidade e, com certeza,
afetam a saúde dos trabalhadores, impactando, assim, sua produtividade. As
empresas precisam estar preparadas para lidar com esse problema, que só tende a
crescer”, pontua Magno.
O documento da OIT diz que atualmente 1,6 bilhão de trabalhadores
são expostos à radiação ultravioleta (UV), sendo que mais de 18 mil morrem
anualmente devido ao câncer de pele não melanoma. Também 1,6 bilhão estão
expostos à poluição atmosférica, sendo que 860 mil morrem devido a essa
exposição.
A organização cita alguns exemplos do que pode ser feito na
mitigação do problema: observação de limites máximos de temperatura e
diretrizes para medidas adaptativas, exigência de proteção extra, alteração nas
listas de doenças ocupacionais, limites de exposição ocupacional, treinamento e
informação, avaliação de riscos e medidas preventivas no local de trabalho.
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