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quarta-feira, 16 de março de 2016

Quebrar comprimidos prejudica tratamento





Ato de quebrar o comprimido pode levar a alterações na dosagem do mesmo, desde a superconcentração do remédio até uma subdose, sem o efeito desejado

A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico faz parte da rotina de milhares de brasileiros, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos.

Segundo o farmacêutico e presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o segmento das farmácias de manipulação, Ademir Valério, estudos feitos em laboratórios mostram que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados, resultando em “significativa diferença” de massa entre as partes e perda de partículas.

Muitas vezes, explica Valério, os comprimidos são de liberação sustentada, ou seja, após a ingestão, são absorvidos pouco a pouco pelo organismo.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de medicamento não deve ser partido em nenhuma condição. “A quebra é desaconselhável em qualquer caso, mesmo quando o medicamento for fabricado com um sulco para facilitar a partição. Vimos que a posologia (indicação de doses) acaba comprometida no momento da quebra”, diz.

Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o medicamento pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. 

A farmácia de manipulação tem um papel importante nesse caso de evitar quebras de comprimidos, pois abre o leque de opções para o médico prescritor que irá adequar a dose para cada paciente” diz. “Além disso, o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras de medicamento, gerando economia e segurança (evitando a automedicação no futuro)”.

Valério explica que a quebra de comprimidos virou prática comum porque, em alguns casos, uma caixa de comprimidos de 20 mg custa o mesmo que uma de 40 mg. O paciente, então, "economiza" comprando o de 40mg e partindo em dois, o que não acontece na manipulação, em que a dose é feita de acordo com a necessidade do paciente.

Outro alerta que deve ser observado e que tem acontecido com frequência são os casos de pacientes que compraram comprimidos em concentrações inadequadas, tiveram de parti-los e comprometeram o tratamento. Exemplo são aqueles pacientes que sofrem de hipertensão (pressão alta) e, como partem o medicamento, não conseguem o controle adequado da pressão.


Anfarmag - www.anfarmag.org.br.
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quarta-feira, 9 de março de 2016

Quebrar comprimidos prejudica tratamento





Ato de quebrar o comprimido pode levar a alterações na dosagem do mesmo, desde a superconcentração do remédio até uma subdose, sem o efeito desejado

A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico faz parte da rotina de milhares de brasileiros, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos.

Segundo o farmacêutico e presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o segmento das farmácias de manipulação, Ademir Valério, estudos feitos em laboratórios mostram que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados, resultando em “significativa diferença” de massa entre as partes e perda de partículas.

Muitas vezes, explica Valério, os comprimidos são de liberação sustentada, ou seja, após a ingestão, são absorvidos pouco a pouco pelo organismo.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de medicamento não deve ser partido em nenhuma condição. “A quebra é desaconselhável em qualquer caso, mesmo quando o medicamento for fabricado com um sulco para facilitar a partição. Vimos que a posologia (indicação de doses) acaba comprometida no momento da quebra”, diz.

Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o medicamento pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. 

A farmácia de manipulação tem um papel importante nesse caso de evitar quebras de comprimidos, pois abre o leque de opções para o médico prescritor que irá adequar a dose para cada paciente” diz. “Além disso, o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras de medicamento, gerando economia e segurança (evitando a automedicação no futuro)”.

Valério explica que a quebra de comprimidos virou prática comum porque, em alguns casos, uma caixa de comprimidos de 20 mg custa o mesmo que uma de 40 mg. O paciente, então, "economiza" comprando o de 40mg e partindo em dois, o que não acontece na manipulação, em que a dose é feita de acordo com a necessidade do paciente.

Outro alerta que deve ser observado e que tem acontecido com frequência são os casos de pacientes que compraram comprimidos em concentrações inadequadas, tiveram de parti-los e comprometeram o tratamento. Exemplo são aqueles pacientes que sofrem de hipertensão (pressão alta) e, como partem o medicamento, não conseguem o controle adequado da pressão.


segunda-feira, 6 de março de 2023

9 mitos e verdades sobre medicamentos manipulados


Na forma manipulada, o paciente recebe uma dose individualizada e um preparo exclusivo para sua necessidade

 

As farmácias de manipulação vêm registrando aumento na demanda, inclusive por suprir a falta de medicamentos nas drogarias. Segundo a ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), o segmento magistral utiliza os mesmos insumos farmacêuticos que as grandes indústrias, mas não vem convivendo com os mesmos problemas de fornecimento de matéria-prima. 

De acordo com a Associação, a contratação de funcionários no setor aumentou 6% nos últimos 12 meses, e o faturamento em 2022 também deve seguir a curva positiva de 2021, com crescimento de 10,5% frente ao ano anterior. 

Diante deste cenário, torna-se fundamental conhecer os processos das farmácias de manipulação. Sendo assim, Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da Formularium e membro da ANFARMAG; cita 9 mitos e verdades sobre os medicamentos manipulados:

 

Qualquer medicamento pode ser manipulado

Depende: Hoje, a farmácia magistral, também chamada de farmácia de manipulação, conta com tecnologias capazes de produzir uma gama de produtos. No entanto, existem aspectos técnicos que nem sempre a farmácia consegue atender, como o drageamento, por exemplo. 

Outro aspecto importante são as patentes e os produtos já disponíveis em determinada dosagem. “Via de regra, não se manipula um produto que você pode encontrar exatamente igual na drogaria e que seja economicamente mais vantajoso”, diz Paula Molari, que também é especialista em Atenção Farmacêutica pela USP.

 

O medicamento manipulado é igual ao de drogaria

Mito: Os medicamentos vendidos na drogaria são industrializados, fabricados em grandes lotes e distribuídos para uma grande população. Já os manipulados são feitos individualmente. Em geral, são dosagens e formas farmacêuticas que não se encontram prontas.

 

Eles têm alguma vantagem em relação aos industrializados

Verdade: Na forma manipulada, o paciente recebe uma dose individualizada e um preparo exclusivo para sua necessidade. “Se pensarmos que a pessoa irá tomar um medicamento feito sob medida para sua enfermidade, certamente o manipulado terá maior eficácia e adesão ao tratamento”, pontua a farmacêutica.

 

Qualquer pessoa pode fazer uso de medicamento manipulado

Verdade: Mas somente se ele for prescrito por um profissional habilitado, que siga as indicações técnicas rigorosamente.

 

Ele não necessita de receita

Mito: Todo medicamento manipulado precisa de receita prescrita por um médico. “No entanto, na sua farmácia de confiança, há determinados produtos que podem ser preparados mediante receita do próprio farmacêutico”, orienta Paula Molari Abdo.

 

É possível escolher o tamanho/formato da cápsula

Verdade: É possível escolher tamanho, cor e tipo de cápsula, de acordo com a necessidade de cada paciente. “As farmácias de manipulação passaram a produzir microcápsulas, cápsulas de fácil abertura, cápsulas hidrossolúveis, entre outros tipos, principalmente para atender crianças, idosos ou pessoas com problemas de deglutição”.

 

O medicamento manipulado pode ser desenvolvido em outras formas farmacêuticas, como xarope, gel ou creme

Verdade: Segundo Paula Molari, essa é outra vantagem da farmácia de manipulação. “Muitas vezes, um produto industrializado só existe na forma de comprimidos. Já a farmácia de manipulação pode preparar a mesma substância em um xarope com sabor agradável para crianças, por exemplo”.

 

Ele é mais indicado para pessoas com intolerâncias a aromatizantes, conservantes, corantes, glúten ou lactose

Verdade: O medicamento manipulado pode ser preparado sem nenhum aditivo, conforme restrições, alergias ou intolerâncias do paciente.

 

Farmácias de manipulação precisam de controle de qualidade e certificação

Verdade: Toda farmácia de manipulação deve ter um controle de qualidade, com auditorias internas que analisam todos os insumos e embalagens que farão parte do medicamento, e também do produto final, para averiguar se está com o peso correto e testar a sua eficácia. 

“Não é permitido pela ANVISA funcionar sem seguir inúmeras normas, como controle da água, qualificação de fornecedores, treinamento contínuo dos técnicos, entre outros quesitos. As farmácias de destaque no mercado possuem certificações de qualidade extras, como ISO 9001, SQM e o monitoramento da ANFARMAG, requisitos essenciais para atendimento a hospitais, por exemplo”, finaliza Paula Molari Abdo.

 

sábado, 31 de outubro de 2020

IMPACTO DA PANDEMIA NOS NEGÓCIOS DAS FARMÁCIAS DE MANIPULAÇÃO

A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais - Anfarmag vem realizando levantamentos mensais junto aos proprietários das farmácias de manipulação associadas entre março e setembro deste ano, tendo recebido cerca de 2.000 respostas no total. Os resultados não só reforçam o perfil resiliente do setor frente às crises, como demonstram o papel fundamental do segmento dentro do contexto de prestação de serviços de saúde essenciais.

Durante a crise sanitária, apesar de enfrentarem inúmeras adversidades como outros segmentos da economia, as farmácias de manipulação vêm sendo muito demandadas pela sociedade. “Ao longo dos últimos meses, as farmácias de manipulação tanto atuaram para suprir a população de produtos e medicamentos que ficaram mais escassos no mercado, como tiveram participação ativa junto a médicos e outros profissionais de saúde no desenvolvimento de fórmulas sob medida para pacientes entubados e na atenção a pacientes crônicos ou agudos que não podiam ser desassistidos”, explica o diretor executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti.

O mês mais difícil para o setor foi abril, quando 63% dos empresários relataram uma redução no volume de fórmulas vendidas. Houve, entretanto, uma rápida reação das empresas, que, de maio em diante, passaram a relatar crescimento desse indicador.

O melhor mês foi julho, quando 75% apontaram aumento no volume de venda, seguido por flutuações em agosto e setembro.

A maioria das empresas manteve estável o quadro de funcionários ao longo de todo esse período, sendo que, no pior mês (março), 20,4% precisaram demitir ao menos um colaborador. No entanto, de maio em diante começaram a ganhar destaque as empresas que contrataram novos funcionários. Em julho, as empresas que afirmavam ter realizado uma ou mais contratações somavam 31%.

Para evitar as demissões e minimizar os riscos de contaminação da equipe, principalmente no início da pandemia, parte das farmácias adotaram medidas especiais, a exemplo de concessão de férias, redução da jornada de trabalho, suspensão temporária de parte ou toda a equipe e adoção de turnos de 12h por 36h.

Se nos dois primeiros meses do levantamento a “queda de vendas e do faturamento” dividia espaço com “disponibilidade e preço dos insumos” na disputa pelo posto de principal desafio enfrentado pelo setor, este último fator rapidamente se tornou predominante, preocupando 61,7% dos empresários em setembro.

 

Principais dados do setor de farmácias de manipulação

levantados pelo Panorama Setorial Anfarmag 2020

 

  • O Brasil tem cerca de 8000 farmácias de manipulação (7939 em dezembro de 2019 e 8.057 no levantamento parcial de 2020)
  • 96,6% das farmácias de manipulação faturam menos de R$ 3,6 milhões ao ano – dado que confirma a predominância de empresas de pequeno porte
  • 79,8% dos estabelecimentos são matrizes e 20,3% são filiais.
  • O faturamento médio das farmácias de manipulação é de R$ 876 mil ao ano.
  • A idade média das empresas do setor é de 16 anos e 11 meses, dado muito relevante quando comparado à idade média das empresas brasileiras, que atualmente está entre 5 e 7 anos.
  • Verifica-se que o valor do salário médio em todas as regiões, em valores corrigidos pelo IPCA-IBGE, obteve ganho real de 8,7% acima da inflação
  • Houve queda no número de funcionários de menor escolaridade e, quanto maior a formação, maior foi o crescimento de vagas nos últimos 24 meses. O número de funcionários com mestrado ou doutorado subiu quase 50%.
  • O maior crescimento em número de funcionários foi o da região Norte, com aumento de 11%, seguido do Centro-oeste, com 10,4%.”
  • A faixa etária predominante dos funcionários encontra-se entre 30 e 39 anos, o que corresponde a 33,3% do número total de carteiras assinadas.
  • Apenas 11,6% encontram-se registrados em organizações com mais de 100 funcionários. Quase um terço dos empregos do setor são oferecidos por empresas que têm entre 20 e 49 funcionários.
  • Mais de 70% do segmento de farmácias de manipulação é ocupado pelo sexo feminino.
  • De todo faturamento anual, 27,4% do faturamento estão distribuídos em 66% dos CNPJ do setor, com receita bruta de até R$ 700 mil. Já as empresas com receita bruta anual entre R$ 701 mil e R$ 3,6 milhões, que representam 30,6% dos CNPJ ativos, concentram 40,2% do faturamento.
  • O setor faturou R$ 6,96 bilhões em 2019.
  • O número de farmácias de manipulação aumentou em 6% nos últimos dois anos e 14,5% desde 2014.
  • A margem de crescimento relativo do setor foi de 5,8% acima da inflação, enquanto a evolução do PIB brasileiro foi de apenas 2,2%.
  • O setor conta com 57.827 postos de trabalho com carteira assinada.
  • O setor arrecada R$ 492 milhões ao ano em impostos.

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