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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Assédio moral "ao contrário": e quando a liderança adoece?

Especialistas em gestão de comportamento de risco apontam situações em que os desvios éticos surgem dos colaboradores em relação à chefia

 

Histórias sobre assédio moral, infelizmente, não são incomuns. Só nos últimos três anos, a Justiça do Trabalho recebeu mais de 330 mil novas ações sobre o tema. Essa quantidade expressiva corrobora outros dados; por exemplo, segundo o Índice PIR de 2020, do Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC Brasil), mais da metade dos brasileiros praticam ou toleram assédio moral no ambiente profissional. Ou seja, todo ano ocorrem milhares de casos, e toda empresa com valores humanizados deve buscar evitar situações do tipo, seja com práticas de prevenção ou com ações investigativas e resolutivas após um caso.

Apesar deste ser o padrão, poucos negócios estão preparados para ocasiões em que o problema acontece na direção contrária — de baixo para cima na hierarquia. Apesar de não ocorrer o tempo todo, é uma realidade que merece atenção e tem até nome: assédio moral vertical ascendente, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Trata-se de cenários em que colaboradores agem de má-fé, ameaçam, chantageiam ou se comportam de qualquer outra maneira abusiva em relação às lideranças. 

No geral, é de se esperar que esse tipo de ação seja cortada rapidamente com advertências ou demissão, mas não é o que sempre acontece. Em determinadas circunstâncias, o líder pode se ver sem saída, incapaz de resolver ou de escapar do transtorno. “Há uma variedade de situações em que o assédio moral inverso, ou ‘vertical ascendente’ em termos jurídicos, pode acontecer. Alguém pode ter razões pessoais para desgostar de determinado superior, querer boicotar seu trabalho, realizar chantagens, questionar decisões e dificultar seu trabalho de forma geral”, explica Alessandra Costa, psicóloga e sócia da S2 Consultoria, referência brasileira em gestão de comportamentos de risco.

Na prática, isso pode acontecer a partir de humilhações e críticas exageradas e infundadas, ou mesmo coerção. Uma pessoa subordinada pode influenciar outras a maltratarem o líder, inclusive com mentiras ou manipulações. Também é possível ameaçar — até mesmo com o próprio assédio moral. Conflitos de gerações ou de modos de atuação podem levar a discordâncias sobre o que consiste um comportamento inadequado, o que eventualmente pode progredir e intoxicar toda a relação.

Segundo Alessandra, é importante perceber que os diferentes cargos enfrentam dilemas éticos variados. Isso é reconhecido no PIR (Potencial de Integridade Resiliente), um Teste de Integridade desenvolvido pela S2 que usa uma metodologia própria, cientificamente validada pelo Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC Brasil) e outros estudos. O teste identifica quais são os gatilhos que levariam profissionais a adotarem determinados comportamentos e conta com análise de vários especialistas da Psicologia e do Direito.

“Trabalhamos com quatro tipos de PIR: o Operacional, o Tático, o Especialista e o Estratégico. O nível de decisão ou o cargo podem influenciar no nível de exposição e nos tipos de dilemas éticos que cada profissional vai encarar em seu dia a dia. Alguns estão mais presentes no trabalho de gerentes e diretores, outros dizem respeito ao cotidiano de estagiários e analistas”, explica a psicóloga.

O teste de integridade funciona principalmente como prevenção para que as empresas conheçam melhor os candidatos antes mesmo de os contratarem, descobrindo com antecedência se os valores estão alinhados. Além de identificar os gatilhos de cada pessoa que poderiam levar a situações de assédio, o PIR também analisa o potencial para fraude, conflito de interesses, discriminação e outros desvios comportamentais.

Nos casos em que o assédio já ocorreu, é fundamental garantir uma investigação séria, sem desvalorizar o sofrimento da vítima por conta de sua posição na empresa. Como em toda situação desse tipo, os efeitos podem ser prolongados e causar o adoecimento mental do profissional envolvido.

“O assunto requer seriedade em todas as suas instâncias. Por mais que exista uma relação de poder preestabelecida pela hierarquia, humanos são complexos e cada ambiente traz desafios específicos no dia a dia. É preciso levar denúncias a sério, investigar e identificar a origem do problema. Assédio moral não deve acontecer nunca, não importa de onde parta”, conclui Alessandra.

 

S2 Consultoria
https://s2consultoria.com.br
S2 Consultoria


Retorno do trabalho presencial impulsiona cesta de Higiene e Beleza no segundo trimestre de 2024

Estudo da Kantar aponta que categoria de maquiagem é principal responsável pela alta e que 79% dos usuários dessa categoria fazem algum procedimento estético ao longo do ano. 

 

Cada vez mais empresas e colaboradores brasileiros de diversos mercados fazem o movimento de retornar às atividades presenciais – uma mudança que impacta o comércio como um todo. A cesta de Higiene e Beleza, por exemplo, saiu de 28% para 29,2% em ocasiões de uso fora de casa. A comparação é entre os últimos 12 meses terminados em junho de 2024 e o mesmo período do ano anterior. 

O levantamento Consumer Insights Q2 2024, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria, também aponta que a categoria que mais cresce neste contexto é maquiagem. Os brasileiros apresentam uma frequência média de 11 usos na semana (alta de 6,7% no período estudado). Os principais momentos para o cuidado são ao ir à escola ou ao trabalho (+143%) e ao sair para socializar (+123%). 

“Os dados mostram um uso intensificado de maquiagem pelas pessoas, o que nos leva a crer que a categoria seguirá com alto crescimento de penetração de compra no próximo ano”, comenta Juliana Kohler, Gerente de Contas da Divisão Worldpanel da Kantar.

Ainda vale destacar que 79% dos usuários de maquiagem afirmam que fazem algum tipo de procedimento estético ao longo do ano. As opções vão desde tratamentos mais simples, a exemplo de limpeza facial, massagem, manicure e pedicure, até processos mais complexos, como bronzeamento artificial e botox. 

O movimento de retorno ao presencial também influencia nos cuidados pessoais dentro dos domicílios. Nesse contexto, a cesta de Higiene e Beleza cresceu 3,5% em unidades no primeiro semestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Aqui, mais do que maquiagem, o consumidor prioriza os gastos com sabonetes. A categoria apresentou ascensão de 2,9% em unidades. 

Uma dinâmica interessante relacionada ao consumo de sabonetes é vista nas Classes D e E. O grupo está balanceando e até reduzindo o gasto em algumas cestas, como perecíveis e commodities, para investir mais na cesta de higiene e beleza. No segundo trimestre de 2024, a preferência por marcas premium por esta classe cresceu 11%, com a busca por exemplo de banhos mais sofisticados que impulsionam a categoria de sabonetes mais premium. 

Independentemente do público, é possível ver um aumento de 4,9% em categorias presentes na rotina semanal de personal care dos brasileiros e um acréscimo de 5,8% nos minutos dedicados a estes preparos. Em números, há uma média de consumo de nove categorias e de sete minutos de cuidados para cada produto no período estudado. 

“Ainda é importante ressaltar que os brasileiros estão usando mais produtos de Higiene e Beleza do que adquirindo itens. Enquanto a cesta apresentou alta de 12% na penetração de compra entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período do ano anterior, a repetição de uso saltou 17%”, conclui a executiva da Kantar. 

Os dados acima são do Painel de Uso e Consumo da Kantar, que acompanha o comportamento de consumo dos brasileiros em bens de consumo massivo – alimentos, bebidas, artigos de limpeza do lar e itens de higiene e beleza pessoal, de maneira contínua. O estudo reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.



Kantar
www.kantar.com/brazil


Como sabotar a busca por emprego

7 erros mais cometidos, segundo especialista

 

Na busca por um novo emprego, muitos candidatos acabam cometendo erros que poderiam ser facilmente evitados. Em vez de abrir portas, esses deslizes podem colocar tudo a perder em relação à ocupação dos sonhos. A gerente de Pessoas & Cultura da Tecnobank, Patrícia Rios, aponta os principais equívocos e orienta como evitá-los para aumentar as chances de sucesso no mercado de trabalho.



E-mail profissional

Segundo Patrícia, um dos erros mais comuns é a falta de um e-mail profissional. “Misturar contatos pessoais com os profissionais pode resultar na perda de informações importantes”, alerta. Ela recomenda criar um e-mail com nome e sobrenome, evitando apelidos ou diminutivos, como “patricinha@provedor.com.br”, que podem transmitir uma imagem pouco profissional.


Currículo defasado

Outro erro frequente é não atualizar o currículo regularmente. Patrícia destaca que ele é o “cartão de visitas” do candidato e deve sempre refletir as habilidades e experiências mais recentes. "Muitas pessoas esquecem de incluir cursos ou experiências que podem ser relevantes. Além disso, o visual do currículo é importante. Usar fontes consistentes, revisar a gramática e evitar erros de ortografia são cuidados essenciais que demonstram organização e atenção aos detalhes”, explica.

Não ser objetivo também prejudica. Um currículo confuso, que não deixa clara a área de interesse do candidato, pode afastar recrutadores. “Inclua apenas as informações pessoais necessárias, como nome, e-mail e telefone. Não é recomendável adicionar a pretensão salarial no currículo”, orienta Patrícia. Ser específico sobre o que se busca e destacar habilidades relevantes é fundamental para atrair a atenção dos empregadores certos.



Perfis nas redes sociais

Nas redes sociais, a busca por emprego pode ser prejudicada por perfis desatualizados ou com imagens pouco profissionais. "Hoje, as redes sociais são ferramentas poderosas para divulgar oportunidades. Um perfil bem cuidado no LinkedIn, com uma foto profissional e informações atualizadas, pode ser decisivo. A maioria dos recrutadores verifica o perfil do candidato antes de uma entrevista”, destaca Patrícia. Além disso, usar as redes a seu favor, participando de grupos e seguindo empresas de interesse, pode ampliar consideravelmente as chances de ser notado.



Esquecer o off-line

O networking, muitas vezes subestimado, é outro pilar essencial. “A internet facilita a busca, mas não podemos esquecer dos nossos contatos pessoais e profissionais. Informar amigos e colegas sobre a disponibilidade para novas oportunidades pode gerar indicações valiosas”, observa Patrícia. Manter e expandir a rede de contatos, seja em eventos ou nas redes sociais, é uma estratégia que nunca perde relevância.



Atirar para todos os lados

Buscar vagas indiscriminadamente é outro erro que Patrícia Rios destaca. “Muitas vezes, na pressa de conseguir um emprego, o candidato envia currículos para qualquer vaga disponível. Isso transmite a impressão de desespero. O ideal é focar em vagas alinhadas com as habilidades e os objetivos de carreira”, aconselha. As empresas buscam profissionais que compartilhem seus valores e cultura, e essa sintonia aumenta as chances de sucesso.



Não se preparar para a entrevista

Preparar-se adequadamente para as entrevistas é uma etapa crucial. Nesse contexto, Patrícia recomenda uma abordagem investigativa. “Pesquise sobre a empresa, sua missão, valores e principais produtos. Isso demonstra interesse e preparo. Respeitar o horário do entrevistador, vestir-se de maneira adequada e cuidar da postura são detalhes que fazem a diferença”. Autenticidade também é fundamental. “Seja sincero sobre suas habilidades e experiências. Mentir ou exagerar pode se voltar contra você durante a entrevista, especialmente em perguntas mais detalhadas”, alerta.



Não respeitar o tempo do processo

A persistência é uma qualidade valiosa na busca por um emprego, mas é importante manter o equilíbrio. "Encontrar o trabalho ideal pode demorar e exigir várias tentativas. Se você já enviou seu currículo, confirmou que ele foi recebido pelo recrutador e ainda não obteve uma resposta, é melhor não insistir. O processo pode estar em andamento ou o recrutador está conduzindo mais de um processo seletivo, e ser insistente demais pode prejudicar suas chances", orienta a especialista.

Por fim, Patrícia recomenda paciência e motivação constantes. "Não desista por conta de algumas negativas. Cada experiência deve ser vista como uma oportunidade de aprendizado”, conclui. Segundo a gerente, é essencial continuar enviando currículos e participando de processos seletivos até ter uma proposta concreta, pois imprevistos podem acontecer – e nada é garantido até a assinatura do contrato.


O papel das redes sociais na formação de opiniões políticas: um espelho da nova era de consumo e poder

Lucas Atanazio Vetorasso - empresário serial e líder do segmento de franquias com mais de 3.000 franquias na conta


Vivemos em uma era em que a informação é fluida, dinâmica e, sobretudo, influenciável. Se outrora os grandes palcos da política se desenrolavam nas ruas e nos comícios, hoje, as redes sociais tomaram esse papel e se converteram no principal veículo de formação de opiniões políticas. Nesse contexto, figuras como Pablo Marçal no Brasil tornam-se expoentes dessa transformação, utilizando as mesmas ferramentas que uma marca usaria para vender um produto a fim de propagar uma ideia política.

Marçal não é apenas um coach ou empresário, ele é um produto. Ascendeu ao cenário público inicialmente como mentor de desenvolvimento pessoal e rapidamente percebeu que o caminho para o crescimento político estava diretamente ligado ao domínio do ambiente digital. Seu discurso, ora motivacional, ora político, mas sempre destoante dos demais, encontra eco em uma audiência vasta. Essa fusão entre influenciador e político reflete um fenômeno que, por mais bizarro que pareça, se tornou corriqueiro. No fim das contas, o público (eleitor ou consumidor) responde sempre a um item principal: sensação de pertencimento.

Esse fenômeno não é exclusividade brasileira. Na verdade, as redes sociais vêm moldando o discurso político em escala global há anos. E é aqui que vemos a tênue, mas poderosa, ligação entre a política e o consumo. Donald Trump é provavelmente o caso mais notório de como as redes sociais podem moldar um destino político. Ao utilizar o Twitter como sua principal plataforma, ele não apenas contornou a mídia tradicional, como a subjugou, ditando o ritmo da cobertura jornalística através de uma série de tuítes muitas vezes polêmicos, por vezes curtos e aforísticos, refletindo a lógica de mercado: simples, impactantes e memoráveis, como slogans publicitários.

Outro exemplo emblemático é o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que de ator de televisão tornou-se um líder mundial em tempos de crise. Zelensky não utiliza as redes apenas para comunicar decisões políticas; ele cria histórias, gera empatia, constrói uma imagem de resiliência que transcende a política tradicional. Seus discursos, muitas vezes transmitidos ao vivo e compartilhados milhões de vezes, ressoam como uma marca que busca ser “comprada” – neste caso, não por consumidores, mas por aliados políticos ao redor do globo.

Esse cruzamento entre política e marketing não deveria surpreender ninguém. As técnicas que Marçal, Trump, Zelensky e vários outros utilizam para angariar apoio não são diferentes das utilizadas pelas maiores marcas do mundo. As redes sociais derrubaram as barreiras entre esses dois universos, transformando eleitores em consumidores e consumidores em eleitores. As estratégias de marketing político são as mesmas que promovem um novo tênis ou um smartphone: alcance, engajamento e, claro, uma boa dose de storytelling.

Hoje, as campanhas políticas se baseiam mais na psicologia do consumo do que no debate ideológico. O que importa é como a narrativa é apresentada. O eleitor não está apenas votando; ele está comprando uma ideia, investindo em uma visão de mundo. O processo de escolha entre marcas e candidatos, por mais paradoxal que pareça, segue as mesmas lógicas de mercado.

O comportamento do eleitor foi transformado da mesma forma que o do consumidor. Antes, decisões políticas e de compra eram feitas com base em informações provenientes de fontes mais “oficiais” – televisão, rádio, jornais. Hoje, essas decisões são moldadas pelas redes sociais, por influenciadores e por algoritmos que ditam o que você verá no seu feed. Repito. A busca dos dois lados desta mesma moeda é pertencimento, é a procura de uma narrativa que o faça sentir parte de algo maior.

E é justamente isso que as figuras públicas modernas – sejam elas políticos ou marcas – entendem tão bem. Em vez de apenas vender ideias ou produtos, elas vendem estilos de vida. Pablo Marçal, por exemplo, não oferece apenas uma visão política; ele oferece um caminho para o desenvolvimento pessoal, uma “marca” que seus seguidores desejam consumir.

No fim das contas, a linha entre política e consumo foi completamente apagada. O que resta é uma narrativa única, onde marcas e ideais políticos competem pelo mesmo ativo: a atenção do público. Quem domina as redes sociais controla a narrativa, e quem controla a narrativa, controla o voto e a compra.

Se antes política e consumo se mostravam distintos, hoje se encontram amalgamados em um único espaço digital, onde cada post, cada like e cada compartilhamento podem significar tanto um novo cliente quanto um novo eleitor. O futuro? Bem, se há algo que podemos aprender com esses casos é que, para influenciar, é preciso contar uma boa história e que, no fim, todos nós estamos, de certa forma, comprando algo.


Entenda como o Banking as a Service (BaaS) entra na mira da PF

No fim de agosto, a Polícia Federal identificou uma quadrilha que movimentou R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs ilegais usando "contas bolsão". Essas contas são usadas pelos bancos para armazenar e transacionar fundos de clientes finais, dificultando a rastreabilidade da origem dos valores. 

Essas “contas bolsão” são abertas em nomes de empresas que utilizam soluções de banking as a service (BaaS) de instituições financeiras ou de pagamento reguladas; essas contas ainda não são regulamentadas, mas devem seguir as normas existentes para instituições de pagamento.

 

Sob uma perspectiva de cibersegurança e prevenção a fraudes, a adoção de Banking as a Service (BaaS) por fintechs e corretoras de câmbio intensifica a necessidade de uma estratégia robusta para mitigação de riscos. Ao integrar parceiros externos, esses players se tornam alvos preferenciais para ataques cibernéticos, fraudes e exploração de vulnerabilidades.


Além disso, as diretrizes do COAF desempenham um papel crucial na identificação e prevenção de atividades suspeitas, reforçando a importância de monitorar transações e implementar controles rigorosos para prevenir a lavagem de dinheiro.

 

Para enfrentar esses desafios, a regulamentação — principalmente as diretrizes do BACEN — exige controles rigorosos alinhados aos padrões de mercado, como a ISO 27001, SOC 2 e PCI-DSS. No entanto, apenas atender à regulamentação não é suficiente. É necessário construir uma gestão de confiança, onde o controle preventivo e proativo esteja no centro da operação, com processos contínuos de auditoria e verificação. A regulamentação serve como base, mas deve ser complementada por uma infraestrutura cibernética que antecipe ataques e responda com eficiência.

 

A ABRACAM (Associação Brasileira de Câmbio) desempenha um papel fundamental ao criar orientações e promover boas práticas de compliance e segurança para corretoras associadas. Ao fornecer diretrizes sobre a importância de controles robustos contra fraudes e prevenção à lavagem de dinheiro, a ABRACAM se alinha às diretrizes do COAF e Banco Central do Brasil, fortalecendo o ecossistema de fintechs e câmbio e garantindo que as corretoras atuem com maior segurança e confiabilidade.

 

Adotar o BaaS sem a devida atenção à blindagem digital e à prevenção de fraudes é arriscar expor dados sensíveis e comprometer a integridade das transações financeiras. Isso significa que a segurança não deve ser vista apenas como um custo operacional, mas como um elemento estratégico para proteger a reputação da empresa e garantir a confiança de clientes e parceiros.

 

A regulamentação constrói a base de uma cultura de segurança digital ativa, com foco na antecipação e mitigação de ameaças. Governança em segurança combinada com uso de tecnologias práticas, como tokens de de acesso tornam-se indispensáveis nesse momento, fortalecendo a identificação, autenticação, não repúdio e a rastreabilidade dos acessos e transações digitais.

 

Diante de um cenário onde as ameaças são contínuas, devemos antecipar os riscos, cercando-os com estratégias de segurança onde o imprevisível é constante e a única certeza é a mudança




Lucas Galvão - especialista em Cibersegurança, Governança Corporativa e Desenvolvimento e Lideranças e CEO da Open Cybersecurity.

 

Experiência de compra influencia 60% das decisões dos consumidores para o Dia do Cliente

Dados da Ecglobal mostram que uma experiência positiva com a marca aumenta as chances de compra para o Dia do Cliente, celebrado no próximo domingo, 15

 

Uma pesquisa realizada pela Ecglobal, empresa de consumer insights da Haus, o ecossistema de marketing do Grupo Stefanini, destaca as preferências e comportamentos de 926 consumidores para o Dia do Cliente, que será comemorado no próximo domingo (15). O estudo revelou, entre outros dados, que mais de 60% dos consumidores afirmam que a experiência de compra impacta diretamente suas decisões, além de destacar as marcas mais lembradas, os fatores que influenciam as escolhas de compra e as categorias de produtos mais desejadas.

De acordo com dados, as categorias de produtos mais procuradas para o Dia do Cliente incluem roupas (53%), eletrônicos e tecnologia (45%), seguidas por alimentos e bebidas (40%), sapatos (36%) e serviços de beleza e cuidados pessoais (36%). Produtos para o corpo (35%), cabelo (34%) e acessórios (34%) também aparecem entre os itens mais desejados. Acessórios são os preferidos de 53% dos jovens de 18 a 24 anos, enquanto serviços de beleza têm 24 pontos percentuais a mais entre mulheres do que homens. Já entre o público masculino, eletrônicos e tecnologia lideram com 15 pontos percentuais a mais.

Quase metade dos entrevistados (48%) afirmou que planeja com antecedência as ofertas do Dia do Cliente, e 28% ajustam seu orçamento especificamente para essa data. Para atrair esses consumidores, as marcas podem oferecer ferramentas como listas de desejos e calculadoras de orçamento, facilitando o planejamento das compras. No quesito lembrança de marca, a Americanas lidera o Top of Mind com 12%, seguida de Samsung e Amazon, ambas com 9%. Shopee e Mercado Livre aparecem logo atrás, com 6% cada.



Experiência de compra

Mais de 60% dos consumidores afirmaram que a experiência de compra impacta diretamente suas decisões. Para 66%, uma experiência positiva aumenta a propensão a comprar, enquanto 14% relataram que uma experiência negativa reduz suas chances de consumir. Para reverter esse quadro e destacar-se na visão do comprador, é interessante oferecer experiências exclusivas, como acesso antecipado a novos produtos, convites para eventos e amostras grátis, para fortalecer o relacionamento com o cliente.

Outro dado relevante é que 82% dos entrevistados aproveitam as promoções da data para experimentar novas marcas ou produtos, percentual que chega a 96% entre jovens de 18 a 24 anos, demonstrando uma maior abertura para novidades entre as gerações mais novas.

"O Dia do Cliente oferece uma oportunidade valiosa para as empresas se conectarem com seus públicos, especialmente os mais jovens, que demonstram maior interesse em experimentar novidades. A transparência nas promoções e o uso estratégico das redes sociais são elementos-chave para fortalecer o relacionamento com os consumidores. Além disso, uma experiência de compra positiva é fundamental para garantir a fidelidade e o engajamento, com a personalização das ofertas e o planejamento antecipado se destacando como diferenciais competitivos", afirma Adriana Rocha, CEO e fundadora da Ecglobal.

 


Stefanini
Para mais informações, clique aqui

 

Top Malware – Agosto de 2024

 AgentTesla é disparado o malware que mais rouba dados e senhas no Brasil 

No campo dos ransomwares, os pesquisadores da Check Point Research também observaram o domínio contínuo do RansomHub e a ascensão do ransomware Meow com novo método de monetização e alto impacto

 

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software, publicou o Índice Global de Ameaças referente a agosto de 2024.  

O destaque global no índice refere-se ao ransomware que continua sendo uma força dominante, com o RansomHub sustentando sua posição como o principal grupo de ransomware. Esta operação de Ransomware-as-a-Service (RaaS) expandiu-se rapidamente desde sua mudança de marca do ransomware Knight, violando mais de 210 vítimas em todo o mundo. Enquanto isso, o ransomware Meow surge com novas táticas, mudando da criptografia para a venda de dados roubados em vazamentos nos marketplaces. 

Em agosto passado, o RansomHub solidificou sua posição como a principal ameaça de ransomware, conforme detalhado em um comunicado conjunto das instituições Federal Bureau of Investigation (FBI), Agência de Infraestrutura e Segurança Cibernética (CISA), o Centro Multiestadual de Compartilhamento e Análise de Informações (MS-ISAC) e Departamento de Saúde e Serviço Social (HHS) dos Estados Unidos. Esta operação RaaS tem sistemas agressivamente direcionados em ambientes Windows, macOS, Linux e especialmente VMware ESXi, usando técnicas de criptografia sofisticadas. 

No mês passado, os pesquisadores também observaram a ascensão do ransomware Meow, que garantiu o segundo lugar na lista dos principais ransomwares pela primeira vez. Originado como uma variante do ransomware Conti vazado, o Meow mudou seu foco de criptografia para extração de dados, transformando seu site de extorsão em um mercado de vazamento de dados. Neste modelo, os dados roubados são vendidos ao maior lance, divergindo das táticas tradicionais de extorsão de ransomware. 

"O surgimento do RansomHub como a principal ameaça de ransomware em agosto ressalta a crescente sofisticação das operações de Ransomware-as-a-Service", aponta Maya Horowitz, vice-presidente de pesquisa da Check Point Software. "As organizações precisam estar mais atentas que nunca. A ascensão do ransomware Meow destaca a mudança para mercados de vazamento de dados, sinalizando um novo método de monetização para operadores de ransomware, em que dados roubados são cada vez mais vendidos a terceiros, em vez de simplesmente publicados online. À medida que essas ameaças evoluem, as empresas devem permanecer alertas, adotar medidas de segurança proativas e aprimorar continuamente suas defesas contra ataques cada vez mais sofisticados."

 

Principais famílias de malware

* As setas referem-se à mudança na classificação em comparação com o mês anterior. 

O FakeUpdates foi o malware mais prevalente na lista global em agosto de 2024 com um impacto de 8% nas organizações mundiais, seguido pelo Androxgh0st com um impacto global de 5% e do Phorpiex com um impacto global de 5%. 

O AgentTesla caiu para a quinta posição na lista global no mês passado, no entanto, este malware persiste na liderança do índice Top Malware do Brasil com impacto cada vez maior: em agosto registrou índice próximo a 40%.

 

3 Top Malware Global

 

FakeUpdates - FakeUpdates (também conhecido como SocGholish) é um downloader escrito em JavaScript. Ele grava as cargas no disco antes de iniciá-las. FakeUpdates levou a comprometimentos adicionais por meio de muitos malwares adicionais, incluindo GootLoader, Dridex, NetSupport, DoppelPaymer e AZORult.

 

Androxgh0st - Androxgh0st é um botnet direcionado às plataformas Windows, Mac e Linux. Para a infecção inicial, o Androxgh0st explora múltiplas vulnerabilidades, visando especificamente o PHPUnit, o Laravel Framework e o Apache Web Server. O malware rouba informações confidenciais, como dados da conta Twilio, credenciais SMTP, chave AWS, entre outros. Ele usa arquivos Laravel para coletar as informações necessárias. Possui diferentes variantes que procuram informações diferentes.

 

Phorpiex - Phorpiex é um botnet conhecido por distribuir outras famílias de malware por meio de campanhas de spam, além de alimentar campanhas de “sextorsão” em larga escala.

 

A lista global completa das dez principais famílias de malware em agosto de 2024 pode ser encontrada no blog da Check Point Software.

 

Principais vulnerabilidades exploradas em agosto

 

Top 3 global

 

Command Injection Over HTTP (CVE-2021-43936,CVE-2022-24086) - Uma vulnerabilidade de injeção de comando sobre HTTP foi relatada. Um atacante remoto pode explorar esse problema enviando uma solicitação especialmente criada para a vítima. A exploração bem-sucedida permitiria que um atacante executasse código arbitrário na máquina alvo.

 

Zyxel ZyWALL Command Injection (CVE-2023-28771) - Existe uma vulnerabilidade de injeção de comando no Zyxel ZyWALL. A exploração bem-sucedida dessa vulnerabilidade permitiria que atacantes remotos executassem comandos arbitrários do sistema operacional no sistema afetado.

 

HTTP Headers Remote Code Execution (CVE-2020-10826,CVE-2020-10827,CVE-2020-10828,CVE-2020-1375) - Os cabeçalhos HTTP permitem que o cliente e o servidor passem informações adicionais com uma solicitação HTTP. Um atacante remoto pode usar um cabeçalho HTTP vulnerável para executar um código arbitrário na máquina da vítima.

 

Principais malwares móveis

 

Joker – É um spyware Android no Google Play, projetado para roubar mensagens SMS, listas de contatos e informações de dispositivos. Além disso, o malware contrata a vítima silenciosamente para serviços premium em sites de publicidade.

 

Anubis - O Anubis é um malware de Trojan bancário projetado para telefones celulares Android. Desde que foi detectado inicialmente, ele ganhou funções adicionais, incluindo a funcionalidade de Trojan de Acesso Remoto (RAT), keylogger, recursos de gravação de áudio e vários recursos de ransomware. Ele foi detectado em centenas de aplicativos diferentes disponíveis na Google Store.

 

Hydra - Hydra é um Trojan bancário projetado para roubar credenciais bancárias solicitando que as vítimas habilitem permissões e acessos perigosos sempre que entrarem em qualquer aplicativo bancário.

 

Principais setores atacados no mundo e no Brasil

 

Em agosto de 2024, a Educação/Pesquisa prosseguiu como o setor mais atacado a nível mundial, seguido pelo Governo/Forças Armadas e por Saúde.

 

1.Educação/Pesquisa

2.Governo/Forças Armadas

3.Saúde

 

No Brasil, os três setores no ranking nacional mais visados por ciberataques durante o mês de agosto foram:

 

1.Governo/Forças Armadas

2.Comunicações

3.Saúde

 

Principais grupos de ransomware

 

Esta seção apresenta informações derivadas de quase 200 "sites de vergonha" de ransomware operados por grupos de ransomware de dupla extorsão. Os cibercriminosos utilizam estes sites para aumentar a pressão sobre as vítimas que não pagam o resgate imediatamente. 

Os dados destes “sites da vergonha” têm as suas próprias tendências, mas ainda assim fornecem informações importantes sobre o ecossistema do ransomware, que é atualmente o risco número um às organizações. 

Em agosto, o RansomHub foi o grupo de ransomware mais prevalente responsável por 15% dos ataques publicados, seguido pelo Meow com 9% que empurrou o Lockbit3 para a terceira posição com 8%.

 

1.RansomHub – RansomHub é uma operação Ransomware-as-a-Service (RaaS) que surgiu como uma versão renomeada do anteriormente conhecido ransomware Knight. Aparecendo com destaque no início de 2024 em fóruns clandestinos de crimes cibernéticos, o RansomHub rapidamente ganhou notoriedade por suas campanhas agressivas direcionadas a vários sistemas, incluindo Windows, macOS, Linux e, particularmente, ambientes VMware ESXi. Este malware é conhecido por empregar métodos de criptografia sofisticados.

 

2. Meow – O Meow Ransomware é uma variante baseada no ransomware Conti, conhecido por criptografar uma ampla gama de arquivos em sistemas comprometidos e anexar a extensão ".MEOW" a eles. Ele deixa uma nota de resgate chamada "readme[.]txt", instruindo as vítimas a contatar os atacantes por e-mail ou Telegram para negociar os pagamentos do resgate. O Meow Ransomware se espalha por vários vetores, incluindo configurações RDP desprotegidas, spam de e-mail e downloads maliciosos, e usa o algoritmo de criptografia ChaCha20 para bloquear arquivos, excluindo "[.]exe" e arquivos de texto.

 

3.LockBit – LockBit é um ransomware que opera em um modelo RaaS, relatado pela primeira vez em setembro de 2019. O LockBit tem como alvo grandes empresas e entidades governamentais de vários países e não tem como alvo indivíduos na Rússia ou na Comunidade de Estados Independentes.

 

Os principais malwares de agosto no Brasil 

No mês passado, o ranking de ameaças do Brasil prossegue com o AgentTesla na liderança da lista nacional com impacto de 39,44% (em julho, seu índice de liderança era de 37,60%; em junho, foi de 36,62%). O segundo malware que mais impactou no Brasil em agosto passado foi o FakeUpdates com impacto de 13,30% às organizações no país, e o Phorpiex ocupou o terceiro lugar cujo impacto foi de 10,82%. 

O AgentTesla é um malware que pode roubar informações confidenciais dos computadores de uma organização, como dados, senhas e outras credenciais. O AgentTesla pode funcionar como um keylogger e dar acesso remoto aos cibercriminosos; está ativo desde 2014 monitorando e coletando entradas de teclado e a área de transferência do sistema da vítima. 

Este malware também pode gravar capturas de tela e exfiltrar credenciais inseridas para uma variedade de softwares instalados na máquina da vítima (incluindo Google Chrome, Mozilla Firefox e cliente de e-mail Microsoft Outlook). O AgentTesla é vendido abertamente como um trojan de acesso remoto (RAT) legítimo com clientes pagando de US$ 15 a US$ 69 por licenças de usuário.

 


 



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92% dos executivos da indústria de mídia buscam pessoas que desafiem o status quo

 Pesquisa da Kantar IBOPE Media revela insights relacionados a contratação e retenção de talentos no setor 

 

A indústria de mídia está mudando em ritmo acelerado, seja por causa do Big Data, seja pela automação, IA generativa ou a próxima grande inovação que ainda não despontou no mercado. Para acompanhar esse movimento, 72% dos executivos globais dizem que estão remodelando significativamente suas empresas, em termos de colaboradores e habilidades, de forma a se adaptar às mudanças. 

Os dados da pesquisa “As Competências que Moldarão o Ecossistema de Mídia de Amanhã”, conduzida pela Kantar IBOPE Media, líder em medição de audiência e insights, também apontam que 66% dos entrevistados acham importante recrutar pessoas de fora da indústria de mídia, para obter perspectivas de outros setores relacionados, com 90% dizendo que querem contratar quem desafie o que a organização está fazendo. 

Nesse contexto, habilidades de comunicação e narrativa foram vistas como a experiência mais importante para adquirir um talento (83%), seguida por análise e interpretação de dados (85%) e capacidade de explicar técnicas complexas de forma simples (76%). 

Por outro lado, 67% dos executivos relatam que é difícil competir com outras empresas para recrutar os melhores funcionários, com 77% dizendo que é complicado reter os próprios talentos. 

Embora a maioria das organizações de mídia que respondeu a pesquisa da Kantar IBOPE Media indique que está se saindo relativamente bem em relação às prioridades atuais de talentos, elas preveem uma lacuna significativa em habilidades no tocante da Inteligência Artificial (IA). Quase metade dos entrevistados (49%) dizem que a IA já está tendo impacto em sua organização, com 73% ressaltando que as habilidades de IA serão essenciais para os candidatos. 

"A indústria de mídia está mudando em um ritmo acelerado. Seja por causa de big data, automação, inteligência artificial generativa ou a próxima grande inovação – o que funcionou ontem não necessariamente funcionará amanhã", diz Patrick Béhar, CEO Global da Kantar Media. "Agora, mais do que nunca, contratar e reter talentos que possam se adaptar e conduzir mudanças, desafiar o status quo e trazer novas perspectivas sobre o futuro da mídia e da medição, determinará quem ganha e quem fica para trás. Na Kantar Media, estamos investindo em nossos talentos e aproveitando a oportunidade para inovar e evoluir nosso negócio principal. Estamos entusiasmados em compartilhar essas descobertas hoje para apoiar nossos colegas de mídia na compreensão da lacuna de talentos e habilidades e iniciar uma conversa sobre as ideias concretas que eles podem implementar hoje." 

A pesquisa “As Competências que Moldarão o Ecossistema de Mídia de Amanhã” entrevistou executivos diretamente envolvidos com dados, pesquisas e insights. A Kantar IBOPE Media aplicou as avaliações entre abril e maio deste ano. 

Para acessar um resumo dos resultados ou solicitar a análise completa, clique aqui.

 


Kantar IBOPE Media
www.kantaribopemedia.com


Confiança do consumidor nas marcas está em queda; especialistas dão dicas de como virar o jogo

O público está mais cauteloso e exigente na hora de realizar uma compra online ou uma contratação de serviço, alertam as sócias da Jahe Marketing

 

A relação entre consumidores e marcas evolui a passos largos no universo digital. Exposto a uma quantidade muito maior de informações, não apenas vindas diretamente das companhias, mas também de outros usuários e canais, o público tem se tornado mais exigente e cauteloso na hora de realizar uma compra online ou uma contratação de serviço.

Uma pesquisa internacional recente lançada pela consultoria PwC mostra, por exemplo, que somente 30% dos consumidores realmente confiam nas marcas – enquanto 90% dos executivos acreditam ter a confiança de seus clientes.  

“Os consumidores estão em busca de conexão e autenticidade no relacionamento com empresas, além de procurar aquelas que compartilhem de seus valores. Neste contexto, credibilidade, confiança e atendimento são pilares cada vez mais fundamentais”, comenta Thaís Faccin, sócia da Jahe Marketing. 

Mas como prosperar em um cenário como este, em que grande parte das informações sobre a sua marca é gerada por outras pessoas, e os consumidores desconfiam de negócios? 

Um dos principais desafios é se comunicar bem, conquistando o consumidor desde o primeiro contato, afirma Satye Inatomi, também sócia da Jahe Marketing. “Um dos pontos mais importantes é tornar a experiência cativante desde o começo – já que todos nós somos inundados por conteúdos digitais todos os dias e a todo momento. Por isso, é cada vez mais comum que os consumidores filtrem com mais rigor o que desejam receber e consumir”, diz. 

Portanto, as especialistas recomendam trabalhar para conhecer bem o público-alvo da companhia e que mensagens têm mais impacto com a audiência. “O desalinhamento resulta em servir experiências que os consumidores não querem, e às quais reagirão negativamente”, afirma Faccin. 

O excesso de uso de ferramentas de inteligência artificial – principalmente aquelas que geram texto, como o ChatGPT, também pode distanciar a audiência. “Não é segredo que a IA permite economizar tempo e dinheiro, mas ela pode tornar a experiência de fato artificial”, comenta Inatomi. “Saber dosar o uso da inteligência artificial também garante mais autenticidade para seu negócio.” 

Thaís Faccin comenta que o Brasil é o país latino-americano que mais utiliza as redes sociais. Porém, é preciso que exista um diálogo. “Ninguém comenta um post, dá uma nota ou envia mensagem na ‘DM do Insta’ sem esperar uma resposta de volta”, diz. 

A Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, aponta que 45% dos consumidores entram em contato com as marcas em busca de informações sobre produtos ou preços; 35% para receber respostas instantâneas a qualquer momento; 33% porque consideram as mensagens uma maneira mais fácil para fazer compras. 

“Em um cenário marcado pela concorrência, ganha quem responder primeiro. Atender bem é fundamental, no offline e online. Então, não ignore ou demore para atender ao seu cliente no ambiente digital. Ser acessível também é importante. Procure diversificar os canais de atendimento do seu negócio para que o cliente se sinta à vontade para escolher aquele que considera mais adequado para resolver sua demanda”, finaliza Inatomi. 


Confira 5 dicas para economizar no Dia do Cliente

Especialista indica alternativas para melhor aproveitar as promoções, sem prejudicar o bolso

 

O Dia do Cliente, celebrado anualmente no início de setembro, tornou-se uma oportunidade imperdível para aproveitar ofertas e promoções. Em 2023, esse evento demonstrou um crescimento significativo, com as pequenas e médias empresas digitais alcançando um faturamento de R$ 72,5 milhões na primeira quinzena do mês, conforme levantamento da Nuvemshop. No entanto, para garantir que o aproveitamento das promoções não resulte em um déficit no orçamento, é essencial adotar estratégias de economia.

Rogério Zorzetto, CEO da rede Prioridade 10, que comercializa itens diversos até 20 reais, reforça que recebe um movimento constante de clientes nesse período do ano em busca de melhores preços. O especialista destaca que pensa nas ofertas de modo a atender às necessidades do público, que busca preços acessíveis e qualidade.

Ao observar o crescimento do faturamento das empresas e o aumento da demanda por promoções durante este período, é claro que o Dia do Cliente se consolidou como uma data significativa para o varejo. A seguir, confira dicas pontuadas pelo profissional para usufruir do evento sem grandes danos financeiros.

 

Planeje com antecedência e estabeleça prioridades

O Dia do Cliente é uma excelente oportunidade para fazer boas compras, mas é essencial ter um plano em mente. Antes de se deixar levar pelas ofertas, crie uma lista com os itens que você realmente precisa ou deseja. Definir suas prioridades ajudará a manter o foco e evitará que você se deixe seduzir por promoções que não fazem parte das suas necessidades reais.

 

Pesquise e compare preços antes de comprar

Para maximizar suas economias, dedique um tempo para pesquisar e comparar preços entre diferentes lojas e plataformas. Muitas vezes, o mesmo produto pode ter variações significativas de preço dependendo do varejista. Utilize ferramentas de comparação de preços online e fique atento às promoções especiais que podem surgir.

 

Aproveite os cupons e promoções extras

Além das promoções gerais do Dia do Cliente, muitas lojas oferecem cupons e códigos promocionais adicionais que podem proporcionar descontos extras. Fique atento a essas oportunidades e aproveite para aplicar cupons que você possa encontrar em sites especializados ou newsletters de marcas. Essas pequenas economias podem somar e fazer uma grande diferença no final das suas compras.

 

Utilize programas de fidelidade e cartões de crédito

 

Os programas de fidelidade das lojas e os cartões de crédito que oferecem recompensas podem ser grandes aliados na hora de economizar. Verifique se você pode acumular pontos ou obter cashback em suas compras durante o Dia do Cliente. Além disso, alguns cartões de crédito oferecem promoções exclusivas para datas especiais. Esses benefícios podem adicionar um valor extra ao que você já economizou com as promoções.

 

Evite o impulso e respeite seu orçamento

Com tantas ofertas e descontos, é fácil se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado. Mantenha-se fiel ao seu orçamento e evite comprar itens apenas porque estão em promoção. Reflita se a compra é realmente necessária e se está alinhada com suas prioridades. Manter o controle e resistir a compras por impulso garante que suas economias não sejam comprometidas e que você aproveite o Dia do Cliente de maneira responsável. 



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