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terça-feira, 16 de julho de 2024

7 mitos e verdades sobre enxaqueca, quadro que afeta 30 milhões de brasileiros

 Envato
Doença neurológica não tem cura e é mais comum em mulheres, destaca neurologista do CEJAM

 

Ter dor de cabeça já é desconfortável, imagine, então, quando ela surge muito mais intensa do que o normal e persiste por um período de 4 a 72 horas ininterruptas. Essa é a realidade de mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, 30 milhões contam com o diagnóstico.  

A doença neurológica se caracteriza principalmente pela dor de cabeça pulsante, que pode afetar um ou ambos os lados da cabeça. Em casos mais graves, a condição pode ser, ainda, acompanhada de náuseas, vômitos e extrema sensibilidade ao som ou à luz.  

Infelizmente, ela nem sempre é levada a sério e, muitas vezes, é minimizada com sugestões simplistas. Quem nunca ouviu um "toma um remédio que passa"? Mas será que passa mesmo?  

Com o intuito de esclarecer o assunto, o Dr. Nicéas Tadeu de Oliveira Rodrigues, neurologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, desmistifica o tema. Confira abaixo:
 

Enxaqueca é uma condição genética?

VERDADE, em partes! Embora a enxaqueca seja influenciada por fatores genéticos e muitos pacientes com essa condição tenham um histórico familiar da doença, outros fatores como alimentação, alterações hormonais e questões emocionais também desempenham um papel importante em seu aparecimento.
 

Existe uma fase específica da vida em que a enxaqueca é mais provável de se desenvolver?

MITO! A enxaqueca pode se manifestar em qualquer fase da vida, não há um período específico que seja mais propício para o seu desenvolvimento.
 

É possível prevenir uma crise de enxaqueca? 

VERDADE! As crises de enxaqueca podem ser minimizadas ao identificar e controlar os gatilhos que as desencadeiam. Por isso, é importante observar os sinais que o seu corpo dá e buscar os cuidados adequados.
 

E cura, tem?

MITO! Infelizmente, até o momento, não existe uma cura para a enxaqueca. No entanto, tratamentos eficazes estão disponíveis para ajudar a gerenciar os sintomas durante uma crise e, em casos de crises frequentes e intensas, também há tratamentos preventivos disponíveis.
 

A atividade física piora a enxaqueca?

MITO! Na verdade, a atividade física regular pode contribuir para a manutenção de um organismo saudável e aumentar a resistência a várias doenças, incluindo a enxaqueca.
 

A alimentação pode influenciar o aparecimento da enxaqueca?

VERDADE! Certos alimentos e bebidas podem desencadear crises de enxaqueca em algumas pessoas. Portanto, é importante identificar e evitar esses gatilhos alimentares. 

De maneira geral, é recomendável que pessoas com enxaqueca evitem produtos que contêm adoçantes artificiais. Além disso, alimentos processados como mortadela, presunto, salame, bacon, salsicha e linguiça, que são ricos em nitratos e nitritos, podem dilatar os vasos sanguíneos e intensificar as dores de cabeça. 

Bebidas como refrigerantes, café e chá mate, que contêm cafeína, devem ser limitadas, já que o estimulante pode afetar a circulação sanguínea. Laticínios, incluindo queijos, leite e iogurte, também, pois contam com tiramina, um composto que pode desencadear crises de enxaqueca. 

Por fim, frutas cítricas e chocolates, conhecidos por suas propriedades potencialmente desencadeadoras, devem ser consumidos com moderação.
 

As mulheres são mais propensas a sofrer de enxaqueca?

VERDADE! A enxaqueca é mais comum em mulheres, em grande parte devido às flutuações hormonais que ocorrem no corpo feminino, podendo ser potencializada por preocupações excessivas, ansiedade, tensão e estresse. 

Assim, as mulheres têm duas a três vezes mais chances de sofrer de enxaqueca do que os homens.




CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial



Prevenção às hepatites virais é tema da campanha Julho Amarelo

Apesar de silenciosas, doenças podem causar sérios danos ao fígado e à saúde em geral
 

Estima-se que apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente. A ausência de manifestações clínicas iniciais dificulta o diagnóstico precoce, levando à detecção muitas vezes quando a infecção já está em fase avançada, o que pode resultar em complicações adicionais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas uma em cada 100 pessoas recebe tratamento. Por isso, a campanha Julho Amarelo tem o objetivo de alertar a população sobre a prevenção e o diagnóstico das hepatites virais.

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes vírus, sendo os mais comuns os das hepatites A, B, C, D e E. Alguns tipos podem se tornar crônicos, levando a danos progressivos no fígado ao longo do tempo, o que aumenta o risco de cirrose e câncer hepático. As hepatites também podem causar uma série de complicações graves, incluindo insuficiência hepática aguda, que é potencialmente fatal. Segundo o Dr. Renato Hidalgo, hepatologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), cada tipo de vírus possui características distintas em relação à transmissão, gravidade, evolução e tratamento.


Hepatite A

Transmitida principalmente através do consumo de água ou de alimentos contaminados, a hepatite A é geralmente uma doença aguda e autolimitada, durando algumas semanas e com menor risco ao paciente. "Apesar de apresentar muitos sintomas, não se torna uma doença crônica. Após o tratamento, o paciente estará curado", afirma o médico. A vacinação, incluída no calendário vacinal do governo federal, é uma medida eficaz de prevenção.


Hepatite B

Pode ser transmitida através do contato com sangue contaminado, uso compartilhado de agulhas, relação sexual desprotegida ou de mãe para filho durante o parto. Apresenta poucos ou nenhum sintoma inicial, dificultando o diagnóstico precoce. A vacinação também é uma forma de prevenção. Diferentemente da hepatite A, a hepatite B pode se manter no organismo da pessoa durante toda a vida, causando inflamação no fígado se não tratada.

 

Hepatite C

Transmissível através do contato com sangue contaminado, a hepatite C não apresenta sintomas iniciais e é de difícil diagnóstico. Não há vacina disponível para esse tipo de hepatite. "Sempre se torna uma doença crônica, permanecendo no organismo enquanto não for tratada", explica o hepatologista do Hospital Evangélico de Sorocaba.

 

Hepatite D

Mais comum no norte do Brasil e em outros países, a infecção pelo vírus D depende da presença do vírus da hepatite B. Ou seja, a pessoa só pode ser infectada pelo vírus D se já tiver contraído o vírus B. A hepatite D pode se tornar crônica se não tratada.


Hepatite E

Transmitida principalmente através da água contaminada, a hepatite E é comum em áreas com más condições de saneamento. Geralmente é uma doença aguda, podendo ser mais grave em mulheres grávidas.


Sintomas das hepatites e diagnóstico 

Os sintomas das hepatites virais variam de acordo com o tipo de vírus, idade do paciente e condição de saúde. "Os pacientes podem apresentar sintomas leves como fadiga, febre, perda de apetite, náusea, vômitos e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), além de quadros mais graves com dores abdominais, fraqueza intensa e até coma", exemplifica Dr. Hidalgo. Qualquer sintoma que lembre uma infecção pelo vírus deve ser investigado por meio de avaliação médica detalhada e coleta de sangue para pesquisa do vírus. Após isso, em caso positivo, o médico poderá orientar sobre o tratamento indicado para cada tipo específico de hepatite.


Medidas de prevenção

As medidas de prevenção variam conforme o tipo de hepatite. Para as hepatites A e E, cuja transmissão ocorre pelo consumo de água ou alimentos contaminados, recomenda-se a prática de hábitos saudáveis. "Higiene das mãos e alimentos, uso de água limpa e evitar o compartilhamento de copos e garrafas são medidas que podem reduzir o risco de contaminação", orienta o médico. Para as hepatites B, C e D, transmitidas pelo contato com sangue contaminado, é indicado evitar o uso compartilhado de agulhas e seringas, utilizar preservativos nas relações sexuais e ter cuidado com o compartilhamento de materiais em barbearias (lâminas e barbeadores) e salões de beleza (alicates e cortadores de unha), por exemplo.
 

Hospital Evangélico de Sorocaba



Açúcar na alimentação: médica alerta para o consumo excessivo de açucarados e explica como fazer substituições mais saudáveis

A saúde pública enfrenta um desafio crescente: o consumo excessivo de açúcar. Presente em alimentos processados, bebidas açucaradas e até mesmo em produtos que parecem inofensivos, o açúcar adicionado invade a dieta moderna de forma silenciosa, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e impactando negativamente a qualidade de vida da população. Reconhecer os perigos do consumo excessivo e adotar hábitos alimentares mais saudáveis são passos essenciais para combater o problema.

O açúcar, em sua forma natural, está presente em frutas, legumes e outros alimentos nutritivos. No entanto, o problema reside no consumo excessivo de açúcares adicionados, como sacarose, xarope de milho rico em frutose e outros tipos utilizados pela indústria alimentícia para realçar o sabor e aumentar a palatabilidade dos produtos. A ingestão excessiva desses açúcares adicionados está diretamente relacionada ao aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e outras condições crônicas que impactam a saúde e a longevidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de açúcares adicionados não ultrapasse 10% da ingestão calórica diária, o que equivale a aproximadamente 50 gramas para um adulto com uma dieta de 2.000 calorias. Idealmente, a OMS sugere que esse consumo seja inferior a 5% da ingestão calórica total, representando um limite ainda mais seguro para a saúde. No entanto, dados alarmantes revelam que a população brasileira consome, em média, o dobro da quantidade máxima recomendada pela OMS, evidenciando um problema de saúde pública que demanda atenção imediata.

Os efeitos nocivos do excesso de açúcar no organismo são diversos e podem se manifestar de diferentes formas. O consumo frequente de alimentos ricos em açúcar adicionado provoca picos de glicemia no sangue, sobrecarga do pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina, hormônio que regula os níveis de glicose no sangue. Essa sobrecarga constante pode levar à resistência à insulina, condição que precede o desenvolvimento do diabetes tipo 2.

A médica Luciana Haddad, consultora da Plant Power, alerta para os riscos do consumo excessivo de açúcar: “O açúcar adicionado em produtos ultraprocessados é um importante problema de saúde pública. É preciso estar atento aos rótulos dos alimentos e fazer escolhas conscientes para reduzir o consumo”, aponta.

Além do diabetes, o consumo exagerado contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, aumentando os níveis de triglicerídeos e reduzindo o colesterol HDL, conhecido como colesterol bom. O excesso de açúcar também pode levar ao acúmulo de gordura visceral, um tipo de gordura abdominal que aumenta o risco de doenças cardíacas, derrame cerebral e outros problemas de saúde.

A obesidade, condição multifatorial com raízes em fatores genéticos, comportamentais e ambientais, também está diretamente relacionada ao consumo excessivo de açúcar. As calorias vazias presentes em alimentos ricos em açúcar adicionado contribuem para o ganho de peso e dificultam a manutenção de um peso saudável. Além disso, o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, está associado ao aumento da circunferência abdominal, um fator de risco independente para doenças cardíacas.

Muitas vezes, a vontade de comer doce é confundida com fome, levando a excessos e escolhas alimentares inadequadas”, observa a médica. “É importante estar atento a essa armadilha e buscar alternativas mais saudáveis para saciar a vontade de doce, como frutas frescas ou secas, por exemplo. Também é preciso estar atento aos produtos da indústria alimentícia que muitas vezes são carregados do ingrediente”.

Substituir o açúcar por alimentos com baixo teor calórico feitos com adoçantes como a stévia e o eritritol, por exemplo, podem influenciar de forma positiva a saúde. Mas é preciso estar atento para escolher produtos que combinem a redução de açúcar com o valor nutritivo. O Protein da Plant Power, por exemplo, é adoçado naturalmente com maçã em pó e stévia , além de ser um suplemento alimentar proteico feito com proteína de ervilha importada de alta qualidade. Outro ponto positivo é que ele oferece cinco vezes mais proteína do que carboidratos sem deixar gosto residual de edulcorante e textura cremosa”, finaliza. 


Positive Company

Lavagem diária do nariz impacta a saúde das crianças e especialistas indicam passo a passo

Cuidados com a limpeza interna do nariz podem evitar crises de rinite alérgica e doenças respiratórias comuns na infância

 

A temporada de inverno é uma das principais causadoras de doenças respiratórias em crianças no Brasil. Só entre 2020 e 2021, o número de pessoas afetadas subiu 128% na faixa etária de 0 a 4 anos, de acordo com dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Para amenizar os riscos de contaminações por vírus ou ácaros, com os famosos acúmulos de poeira nos ambientes, especialistas indicam a lavagem do nariz de três a quatro vezes por dia, o que também contribuirá para amenizar crises de rinite alérgica e demais doenças respiratórias comuns na infância. 

“Uma criança pode ter até 11 crises respiratórias ao ano, uma por mês. No inverno, por conta do tempo frio e seco, o problema pode se tornar mais agudo e frequente impactando na qualidade de vida da criança, dos pais, nos estudos e nas atividades rotineiras da família. Os cuidados devem ser inéditos para que não ocorra infecção bacteriana secundária, com complicações como: otite, sinusite e pneumonia”, afirma Dra. Flávia Oliveira, pediatria e medicina do Estilo de Vida. 

Segundo a Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 27% da mortalidade infantil está conectada a problemas respiratórios. Segundo Dra. Flávia, uma das maneiras mais eficazes para a prevenção e um hábito contínuo para a melhoria da respiração e bem-estar infantil é a lavagem nasal com soro ou produtos indicados para as crianças, de acordo com a faixa etária. 

A lavagem diária é o melhor método preventivo para que as crianças não desenvolvam ou sofram com doenças respiratórias. Ela remove as secreções, micróbios e alérgenos existentes nas cavidades nasais e promove ainda a limpeza, fluidificação e descongestivo nasal. Pensando nisso, a pediatra conta um passo a passo para que todos possam aprender a maneira mais adequada para realizar a lavagem nos pequenos. 

  1. Primeiramente, tente acalmar o seu pequeno, caso ele esteja agitado ou chore. Busque explicar com leveza e com um ar de brincadeira, para que a rotina fique cada vez mais confortável. 
  1. A lavagem deve ser feita por um adulto, por conta do manuseio com a solução líquida. É necessário inclinar levemente a cabeça da criança ao apertar a embalagem com a solução no nariz, passando de uma cavidade nasal para outra. “Esse movimento deve ser feito de forma lenta e com pressão leve na garrafinha para auxiliar no desbloqueio do canal sem causar desconforto na criança. Caso a criança reclame de dor ou desconforto reavaliar a técnica e se possível conversar com seu pediatra”, explica a pediatra. 
  1. Um ponto de atenção é não inclinar a cabeça do seu filho para trás, pois isso reduz o risco de fazê-lo engolir a solução ou de inalar o líquido. Se for preciso deve-se ajustar o posicionamento da cabeça até que o soro entre por uma e saia pela outra narina. Se a lavagem não der certo de primeiro, você pode repeti-la. É normal cometer um erro na execução. Não se preocupe, repetir o procedimento não trará problemas. 

Entre as soluções disponíveis no mercado e indicadas pelos especialistas está o Respir Kids. O produto favorece o descongestionamento e a eliminação do muco nasal e é composto por 0,9% de cloreto de sódio. Pode ser encontrado nas farmácias de todo o Brasil, com custo acessível e nas opções Kit completo (frasco plástico de 120 mL + 15 unidades de sachês) ou apenas em embalagem refil (15 unidades de sachês, sem o frasco). A solução é indicada como um método de lavagem com alto volume e baixa pressão. Além disso, o Respir Kids é BPA free, ou seja, possui embalagem feita sem o Bisfenol A (componente comum em plástico) e que se for aquecido não libera este componente químico. É indicado para crianças acima de dois anos.


*Contraindicado para pacientes com antecedentes de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da fórmula. 

*MEDICAMENTO NOTIFICADO CONFORME RDC Anvisa Nº 576/2021. AFE nº: 1.00.497-7.

  

Grupo União Química

 

Por que no inverno aumentam os casos de queimaduras?

Cirurgião plástico faz alerta e ensina como proceder nestes casos



Com a chegada do inverno, o número de pacientes vítimas de queimadura aumenta muito. Alguns fatores podem explicar esta situação. Segundo o médico Henrique Coraspe, muitas vezes, as queimaduras estão associadas a festas juninas com fogueiras e até ao aumento do preparo de comida em casa, já que este também é um período de férias. “No Brasil, estima-se que ocorram cerca de um milhão de casos de queimadura por ano (SBQ), desses 17.000 serão internados e 2.500 irão falecer, direta ou indiretamente, por causa das lesões”, explica o médico

 

No país, ocorreram cerca de 19.000 mortes entre 2015 e 2020 decorrentes de queimaduras, sejam térmicas ou elétricas. “Temos que ter atenção especial também para a população pediátrica, em que o tipo de queimadura mais comum é por escaldadura, que é a queda de algum líquido quente, como óleo ou água”, alerta Henrique Coraspe, informando que cerca de 18,4% das internações por queimaduras em 2018 foram do público pediátrico, ocupando o 4º lugar entre as causas de óbito infantil no Brasil.

 

Já na população adulta, predominam as queimaduras térmicas, como, por exemplo, explosões com uso de álcool em churrasqueiras ou réchaud. “Além da elevada mortalidade, elas ocasionam também morbidade gerando um afastamento do trabalho, sequelas e limitações funcionais”, destaca.


 

Atendimento multidisciplinar


A complexidade das queimaduras normalmente demanda um atendimento multidisciplinar com fisioterapia, terapia ocupacional, nutrição, precisando, na maioria das vezes, de longos períodos de internação e várias abordagens cirúrgicas. “A recuperação também é influenciada pelo aspecto emocional, comprometendo o bem-estar com a perda de qualidade de vida, tudo isso gerando um custo elevado socioeconômico para as vítimas e para o sistema de saúde. Dessa forma, é fundamental buscarmos prevenir que ocorram as queimaduras com ações e conscientização”, diz o médico.


 

Cuidados


Entre os cuidados dentro de casa destaca-se evitar deixar os cabos das panelas para frente, conferir sempre se a chama foi desligada e manter as crianças longe da cozinha. Destaca-se para prevenção de queimaduras por inflamáveis, não usar álcool líquido e dar preferência para acender a churrasqueira sem o uso do álcool.

 

Em caso de acidentes, deve-se molhar a área queimada com água fria e corrente. Não passar substâncias como pomadas, creme dental ou pó de café e entrar em contato com o serviço de emergência.



3 fatos sobre a dermatite atópica em crianças que você precisa saber

Atinge em torno de 20% da população pediátrica e 60% dos casos já aparecem no primeiro ano de vida 1

 

“É uma alergia”. “É uma irritação passageira”. São frases como essas que pais e mães de crianças com dermatite atópica (DA) escutam com frequência até chegarem ao diagnóstico correto. A dermatite atópica é uma doença crônica e sistêmica, e entre 1.9 a 6,9% das crianças entre 6 meses e 5 anos de idade apresentam   a forma grave da doença[1] .

Conviver com a DA é um desafio, e para as crianças mais ainda, considerando a falta de maturidade e discernimento em relação aos sintomas. Nos casos mais graves da DA, as lesões aparecem em vários locais do corpo principalmente nas dobras, s, deixando a pele avermelhada, com rachaduras e uma coceira intensa que não dá trégua nem à noite, o que pode impactar o sono[2].

Segundo a Dra. Silvia Soutto Mayor, médica dermatologista pediátrica, além dos sinais que a pele apresenta, alguns outros sintomas podem se manifestar ao longo da fase de crescimento. “Caso a DA não seja diagnosticada precocemente e os sinais e sintomas da doença não sejam tratados de forma rápida, o quadro pode evoluir para o seu nível mais grave com inflamação persistente e acometimento respiratório (bronquite, asma, rinite) ”.

Para conhecer melhor sobre a doença e como ajudar as crianças que têm o diagnóstico, veja a seguir alguns dos principais fatos sobre DA em crianças, explicados pela Dra. Silvia Soutto Mayor.


Coceira excessiva

A doença é caracterizada principalmente por uma pele extremamente seca e uma coceira (prurido) intensa, que evolui para lesões inflamatórias (eczema)4. No caso das crianças pequenas, muitas coçam excessivamente e podem arrancar a pele e piorar as lesões4. A coceira é comum e mais intensa nos casos moderados a graves da doença4.

Durante os primeiros anos da criança, as lesões aparecem principalmente nas bochechas e nas “dobrinhas” como a do pescoço, dos braços, punhos   e atrás dos joelhos, que são também regiões de maior transpiração,  e  o suor pode agravar a coceira, o eczema e causar  dor1. 

   

Dificuldade para dormir

As lesões da DA frequentemente evoluem para feridas e infecções da pele  que podem gerar dor e incômodo, principalmente na hora de dormir[3]. Isso acontece devido à coceira intensa, que costuma piorar durante a noite e impede a criança de conseguir ter um sono contínuo o que, consequentemente, atinge seus pais e cuidadores. “Outros fatores também podem gerar mais incômodo na pele da criança, como mudanças bruscas de temperatura, ar-condicionado, ventilador com poeira,” explica a Dra. Silvia Soutto Mayor.


Bullying e isolamento social

Adolescentes entre 14 e 17 anos perdem, em média, 26 dias de aula por ano em consequência de sintomas causados pela DA devido à vergonha, sensação de rejeição e até bullying3.

Quando diagnosticados na fase inicial da doença, muitos pacientes com DA têm quadros leves e conseguem manejar os sintomas com hidratação e uso de corticoides tópicos,e  os sintomas tendem a melhorar ao longo da fase de crescimento.

Porém, há uma parcela menor de pacientes que apresenta a forma grave da doença, e costuma demorar mais para receber o diagnóstico e o tratamento adequado. “Para os casos moderados a graves, o diagnóstico precoce é mais importante ainda para definir o tratamento adequado, que nesses casos, geralmente exige o uso de terapias mais avançadas como imunobiológicos, já que esses pacientes não costumam responder bem aos tratamentos inicialmente recomendados” explica a Dra. Silvia.  

O conhecimento   sobre a doença serve de alerta para que os pais procurem um pediatra ou dermatologista assim que notarem os primeiros sinais e sintomas da DA a fim de obterem o diagnóstico correto e iniciarem o tratamento precoce.

A Dra. Silvia enfatiza que a DA é tratável: “Coceira excessiva, pele muito seca e áspera, eczema na face e nas dobras, sono perturbado e mudanças bruscas de humor não são normais. Por isso, é essencial que os pais procurem um especialista e ajudem seus filhos a ter uma melhora na qualidade de vida. Seja qual for a gravidade da doença, é possível controlar os sintomas com o tratamento adequado”.




Sanofi



[1] .Laughter MR, Maymone MBC, Mashayekhi S, Arents BWM, Karimkhani C, Langan SM, et al. The global burden of atopic dermatitis: lessons from the Global Burden of Disease Study 1990-2017. Br J Dermatol. 2021;184(2):304–9.

[2] Eichenfield et al. Guidelines of Care for Atopic Dermatitis. J Am Acad Dermatol. 2014;70(2):338-51. Acesso em: 11 jun. 2024.

[3] Simpson EL et al. J Am Acad Dermatol 2016;74:491-498.


Benefícios da massoterapia para o tratamento da insônia

De acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono, sendo a mais comum a insônia, um distúrbio causado por fatores que vão desde o estresse do dia a dia até hábitos pouco saudáveis. Os sintomas comuns incluem cansaço, dificuldade de concentração, lapsos de memória e alterações de humor, tornando crucial a busca por tratamento da insônia para melhorar a qualidade de vida.

Nesse sentido, a insônia nada mais é do que a dificuldade de o indivíduo começar a dormir, bem como de manter-se dormindo durante toda a noite. Esse problema pode acontecer de forma pontual, quando estamos passando por situações de estresse, em decorrência de traumas recentes ou quando estamos muito ansiosos e com grandes expectativas para algo. Além disso, pode estar relacionada à alguma enfermidade ou algum tipo de dor.

Diante desse cenário, a busca por soluções que ajudem a melhorar a qualidade do sono tem se tornado cada vez mais frequente, destacando a massoterapia como uma aliada natural para a melhoria do sono.


Desafios contemporâneos e a importância do tratamento da insônia

Rotinas aceleradas já fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas. Conseguir administrar os compromissos, gerenciar o estresse, se alimentar bem, se exercitar e ainda manter a qualidade de vida é um desafio que poucos conseguem superar. As consequências desse modo de vida podem acarretar em distúrbios do sono, fazendo com que o corpo libere hormônios como a dopamina, que mantêm a mente alerta mesmo quando o corpo está cansado.

Além disso, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores antes de dormir, podem intensificar o problema, devido a luz azul emitida por esses dispositivos que podem bagunçar o ritmo natural do corpo, dificultando ainda mais o sono.

Nesse sentido, os impactos da insônia podem ir além do cansaço, afetando a concentração, a memória e o humor, o que pode prejudicar o desempenho no trabalho, nos estudos e nas relações pessoais. De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), em casos crônicos, a insônia geralmente persiste por cerca de três anos em média. Ela pode afetar entre 56% e 74% dos pacientes ao longo do ano, sendo que em 46% dos casos, ocorre de forma contínua, o que pode aumentar o risco de desenvolver outras doenças.


Benefícios da massoterapia

A insônia está diretamente ligada a uma mente agitada e à dificuldade em relaxar. A massoterapia oferece diversos benefícios que promovem a liberação de hormônios como a citocina e a serotonina, que não apenas facilitam o relaxamento físico, mas também acalmam a mente. Esses hormônios são essenciais para proporcionar bem-estar, ajudando a reduzir a ansiedade e favorecendo um sono mais profundo.

Além disso, essa técnica de massagem alivia tensões musculares acumuladas, que são causadas pelo estresse diário e pela má postura, prevenindo dores e lesões, melhorando a circulação sanguínea e promovendo um estado de relaxamento muscular fundamental para a qualidade do sono.


Integrando a massoterapia à rotina

A massoterapia deve ser utilizada não apenas como um procedimento pontual, mas também como uma parte importante para um estilo de vida mais equilibrado e saudável. Incluir sessões regulares, junto com uma alimentação balanceada, atividade física e cuidados preventivos, não só melhora a qualidade do sono, mas também auxilia no bem-estar físico, mental e emocional.

Desta forma, o reconhecimento da massoterapia como uma aliada para amenizar os efeitos negativos causados pela rotina agitada é a chave para melhorar a qualidade do sono, a fim de beneficiar uma parcela significativa da população. Ao promover o relaxamento muscular, redução do estresse e melhora do bem-estar geral, essa prática oferece uma abordagem mais harmonizada para aqueles que buscam noites de sono mais tranquilas.


Hideo Muraoka - CEO da rede Muraoka Massoterapia, empresa com mais de 20 anos no mercado de saúde e bem-estar e uma das precursoras da famosa Quick Massage.


Porque o tratamento da Síndrome do Ovário Policístico com anticoncepcionais tem se tornado controverso?

Ginecologista Ricardo Bruno explica quando é indicado o uso, quando não é e quais os tipos de anticoncepcionais são mais aconselhados

 

Um dos tratamentos mais indicados para a Síndrome do Ovário Policístico é o anticoncepcional, porém, recentemente, esse tratamento tem sido tema de debate entre médicos, tanto que foi um dos assuntos abordados durante o Congresso Europeu de Contracepção (um dos mais importantes eventos do segmento). O ginecologista Ricardo Bruno, Diretor Médico da Exeltis Brasil, participou do evento e, com base em sua experiência e no que ouviu no congresso, explica o porquê alguns anticoncepcionais atualmente não são muito indicados.

Segundo o especialista, que é Mestre e Doutor em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Chefe do Serviço de Reprodução Humana do Instituto de Ginecologia da UFRJ, essa síndrome é distúrbio hormonal, que têm três características principais:

  • Hiperandrogenismo, ou seja, um excesso de hormônios masculinos na mulher, que pode causar o crescimento de pêlos em lugares que a mulher não tem ou de aspectos mais masculinos e, também, acne. É possível também identificar de forma laboratorial, quando dosamos a testosterona e os hormônios androgênicos estão elevados.
  • A irregularidade menstrual. Mulheres com essa síndrome, geralmente, têm a ausência de menstruação ou um ciclo menstrual irregular.
  • Ovários com características policísticas, ou seja, com vários cistos pequenos, que podem ser identificados através de ultrassonografia. 

Por ser uma síndrome hiperandrogênica, o tratamento indicado são remédios que sejam anti androgênicos. “Normalmente a pílula anticoncepcional é indicada devido aos progestagénios anti-androgênicos, como a ciproterona, a clormadinona, a drospirenona e o dienogeste”, diz o ginecologista. Porém, o doutor explica que a ciproterona, um dos mais utilizados com esse fim, não tem mais sido recomendado, devido ao fato de que seu uso em pílulas resulta em um anticoncepcional de dosagem estrogênica maior, de 35 microgramas, que traz um risco tromboembólico alto, além de já existirem estudos mostrando aumento de meningioma (tumor que atinge as meninges) nessas pacientes. 

Para Bruno, apesar de ser um bom tratamento para a Síndrome dos Ovários Policísticos, é preciso cuidado no momento de receitar as pílulas anticoncepcionais. “Esse tratamento tem vários pontos positivos, inclusive a regularização da menstruação, porém muito tem se discutido sobre o uso de pílulas combinadas no geral (com estrogênio e progestogênio), não só a ciproterona, já que elas também aumentam o risco de desenvolver trombose”, conta Ricardo. 

O especialista explica que essas pacientes têm um distúrbio metabólico, sendo que grande parte é obesa, pré diabética, diabética ou hipertensas, com isso elas não podem usar anticoncepcionais com estrogênio. “Por isso, hoje vem sendo repensado a utilização desses tratamentos com anticoncepcionais combinados, por conta do risco tromboembólico maior. Pensando nisso, uma opção interessante é o uso de pílulas de drospirenona isolada, que não traz esse risco”, conta. “Vale ressaltar também que, como essas mulheres ficam anovulatórias por muito tempo, se não tratamos com anticoncepcional e elas não menstruarem por um período prolongado, há aumento do risco de câncer de útero e câncer de endométrio”, conclui o doutor
 

Exeltis


Julho Amarelo: novo teste da Roche Diagnóstica ajuda a reduzir em quatro semanas diagnóstico de hepatite C

Além de detectar anticorpos, o teste HCV Duo identifica antígeno que pode ser encontrado no organismo entre 2 a 14 dias após a infecção

 

 

Neste Julho Amarelo, mês de conscientização das hepatites virais, a Roche Diagnóstica, líder mundial em diagnóstico in vitro, divulga o lançamento do teste HCV Duo, que detecta o vírus da hepatite C no início da contaminação, sendo capaz de reduzir em quatro semanas a janela imunológica da doença. O exame possui detecção dupla, conseguindo detectar além dos anticorpos, o antígeno do vírus da hepatite C, que são os componentes estruturais do vírus reconhecidos pelo sistema imunológico. Que é toda substância estranha ao organismo que desencadeia a produção de anticorpos.

 

A hepatite C é uma doença inflamatória do fígado causada pelo Vírus da hepatite C, que pode acarretar em hepatite aguda e crônica, com sequelas de longo prazo, como fibrose, cirrose e câncer de fígado1,4. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 520 mil pessoas têm a doença, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Até 2022, cerca de 150 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C5.

 

Devido à falta de sintomas clínicos claros, as infecções agudas por HCV são silenciosas e difíceis de identificar. Na fase inicial, os anticorpos contra o HCV estão frequentemente ausentes, isso porque o organismo demora cerca de 6 a 12 semanas para produzi-los. Por sua vez, o antígeno já pode ser encontrado, aproximadamente, de 2 a 14 dias6,7 após a infecção. A detecção precoce é crucial para interromper efetivamente a transmissão do vírus e possibilitar o tratamento ideal em tempo hábil, especialmente para grupos de risco6,8.

 

“Temos trabalhado fortemente em soluções inovadoras e com qualidade que agilizam o diagnóstico, trazendo inúmeros benefícios para os pacientes e para todo o sistema de saúde. O nosso lançamento HCV Duo chega com a detecção dupla de antígeno e anticorpos, sendo essencial para reduzir o risco de transmissão do vírus HCV, um passo importantíssimo para a eliminação da hepatite C no país”, afirma Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.

 

A detecção dupla é realizada de forma automatizada pelos equipamentos cobas® e402 e e801, que realizam o ensaio Elecsys® HCV Duo da Roche Diagnóstica. Ele compreende dois módulos de teste, um para a detecção do antígeno core do HCV e outro para a detecção do anti-HCV. O antígeno core do HCV, bem como os anticorpos para o HCV, podem ser identificados simultaneamente a partir de uma única amostra de sangue em duas reações paralelas separadas. O resultado do teste principal é calculado automaticamente pelo analisador, enquanto os resultados individuais do antígeno core do HCV e do anti-HCV também são acessíveis aos laboratórios.

 





Referências:

¹Hoofnagle JH, (2002). Course and Outcome of Hepatitis C. Hepatology 36:S21-S29.

² Manns MP et al. (2017). Hepatitis C virus infection. Nat Rev Dis Prim 3: 17006.

³Ahmad J (2017). Hepatitis C. BMJ 358:j2861.

4 Mauss, S. et al. (2018). Hepatology. A Clinical Textbook. Ninth Edition. Disponível em: https://www.hepatologytextbook.com Último acesso: Jan 2020;

5 Ministério da Saúde: Link.

6 Kumar, R., et al. (2021). J Med Virol 93, 3738–3743.

7 Sadeghimehr, M., et al. (2021). PeerJ 9, e11895.

8 Wang, L., et al. (2017). Ann Clin Biochem 54(2), 279–285.



Mês de julho alerta sobre conscientização do câncer de bexiga: confira 5 mitos e verdades

Apesar da doença ser mais comum em idosos, os sintomas não devem ser ignorados em qualquer faixa etária. Oncologista tira principais dúvidas sobre o tema



Com uma maior prevalência em pacientes com idade superior a 55 anos, é estimado que a cada ano do triênio 2023-2025 ocorram 11.370 novos casos de câncer de bexiga no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Dos diagnósticos, 7.870 são encontrados em homens e 3.500 em mulheres, indicando 7,45 novos casos a cada 100 mil pacientes do sexo masculino e 3,14 a cada 100 mil do sexo feminino. 

No entanto, de acordo com a Dra. Pamela Carvalho Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, existem outros fatores de risco, além da idade, que podem colaborar para o surgimento do câncer de bexiga. "O tabagismo é um desses fatores; cerca de 50% a 70% dos casos da doença podem ocorrer devido ao hábito. Além disso, a exposição a diversos compostos químicos, como HPA, agrotóxicos, benzeno, entre outros, também contribuem para o desenvolvimento da neoplasia", explica. 

A especialista aponta ainda sinais que trazem alerta para doenças no aparelho urinário, incluindo o câncer de bexiga. "Em estádio inicial, a neoplasia pode ser assintomática, mas sintomas como presença de sangue na urina, vontade frequente de urinar e também dor ao urinar devem ser investigados".
 

Tipos de câncer de bexiga
 

  • Carcinoma de células de transição: é o tipo mais comum da doença e tem início nas células do tecido mais interno da bexiga.
     
  • Carcinoma de células escamosas: bem menos frequente que o anterior, atinge as células planas e delgadas da bexiga depois de infecções ou irritações de longo prazo.
     
  • Adenocarcinoma: subtipo menos frequente, tem início nas células glandulares, podendo se formar na bexiga após longos períodos de inflamação ou irritação.
     

Diagnóstico e tratamento 

Como estratégia, a detecção do tumor em fase inicial pode possibilitar maiores chances de sucesso no tratamento. Com isso, a realização de exames clínicos, radiológicos e também laboratoriais são fundamentais para a investigação completa. Já nas pessoas sem sinais da doença, mas que fazem parte de grupos com uma maior possibilidade de desenvolver a neoplasia, os exames periódicos também podem ser recomendados pelo especialista. 

Quanto ao tratamento, é necessário uma avaliação individual de cada paciente, levando em consideração o grau da doença. No caso da cirurgia, pode ocorrer a remoção parcial (retirada do tumor ou parte do órgão) ou ainda total da bexiga. "Vale lembrar que quando a última alternativa é realizada, um novo órgão é reconstituído com o objetivo de armazenar a urina", explica a Dra. Pamela Muniz. 

A quimioterapia também pode ser realizada antes ou após o procedimento cirúrgico, justamente com o objetivo de eliminar as células cancerígenas que possam existir no local ou na corrente sanguínea.
 

Prevenção 

Como forma de prevenir o surgimento do câncer, a oncologista reforça a importância de hábitos saudáveis na rotina. "Realizar atividades físicas regulares, moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar, beber bastante água e ter uma dieta balanceada e rica em frutas e fibras são essenciais para a manutenção da saúde e prevenção de diversas doenças, inclusive o câncer de bexiga". 

Abaixo, a Dra Pamela Carvalho Muniz comenta 5 mitos e verdades sobre o câncer de bexiga para ficar de olho
 

O câncer de bexiga pode comprometer a virilidade masculina

Mito. A doença em si não interfere na virilidade do homem. Contudo, a especialista explica que o tratamento pode causar impactos: "Quando são realizadas cirurgias extensas da retirada concomitante da próstata, das vesículas seminais ou o uso da radioterapia em algumas regiões, pode resultar em disfunções sexuais. Por isso, é muito importante conversar com o médico e falar a respeito da preocupação", comenta.
 

Câncer de bexiga não tem cura

Mito. Até 80% dos pacientes com câncer de bexiga apresentam tumores superficiais, ou seja, de melhor prognóstico. "As chances de cura são maiores quando a doença é descoberta em estádio inicial e quando não há comprometimento de camadas mais profundas".
 

O câncer de bexiga pode voltar

Infelizmente, sim. Por isso, é muito importante que o paciente tenha acompanhamento regular com seu urologista e com o seu oncologista. "Mesmo que a recidiva da doença possa ocorrer, ela é tratável na maioria dos casos sem comprometer a qualidade de vida do paciente".
 

A presença de sangue na urina ocorre com 80% dos pacientes com câncer de bexiga

Verdade. O sintoma, também chamado de hematúria, é o resultado do rompimento de vasos sanguíneos que ficam no interior da mucosa da bexiga ou massa tumoral. "É importante ressaltar que esse não é um sintoma definitivo para o diagnóstico do câncer de bexiga, uma vez que pode ser confundido com outras doenças do trato urinário, como as infecções urinárias, prostatites benignas e cálculos renais".
 

Idosos possuem risco aumentado de desenvolver câncer de bexiga 

Verdade. A doença é mais comum em pacientes acima dos 55 anos. "Além disso, ser homem e branco também está entre os fatores de risco da neoplasia. Contudo, apesar da doença ser mais incidente nesta faixa etária, os sintomas não devem ser ignorados em qualquer idade. Por isso, procure sempre por atendimento caso algo fora do normal seja observado", finaliza.


Oncoclínicas&Co.
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Veja como hábitos do dia a dia podem acarretar sintomas de olho seco

Julho é o mês dedicado a conscientização da doença, que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros


Muitas horas de exposição à telas, altos níveis de poluição nas cidades e uso de ar-condicionado constante: você sabe o que existe em comum entre essas três condições? A doença do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção de lágrimas, afeta cerca de 20 milhões de brasileiros[1] , traz, dentre os sintomas, desconforto ocular[2] e pode ter a sua ocorrência ligada aos hábitos do dia a dia. 

O mês de julho, conhecido como Julho Turquesa, marca a importância da conscientização desse problema. A dra. Mônica Alves, médica oftalmologista, comenta sobre o tema. “O olho seco não é uma doença de um sintoma só. Irritação, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensação de secura, dentre muitos outros fazem parte dessa lista. Por vezes, eles podem ser até contraditórios entre si”, reflete a oftalmologista, que é especializada em superfície ocular e olho seco. “Os sintomas podem mudar ao longo do dia e ter diferentes graus de incômodo. Cada paciente manifesta a doença de uma maneira diferente.”
 

Como funciona o olho seco e como diagnosticar

A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos[3]. O Ministério da Saúde caracteriza a doença do olho seco como um problema na produção ou na qualidade da lágrima que provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva3

A síndrome do olho seco é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e estudos têm registrado um aumento de sua ocorrência, sobretudo no público jovem[4]

“Para identificar o olho seco, o oftalmologista, além da análise clínica, também realiza um questionário para entender o grau e a intensidade dos sintomas e do incômodo vivido pelo paciente. Além disso, o especialista também deve considerar um teste que avalie qualquer alteração ocular”, complementa a médica.
 

Causas

Em 2023, a Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS), sociedade americana dedicada a estudar e investigar questões ligadas ao filme lacrimal e da superfície ocular, publicou um consenso que avaliava a ocorrência de doenças da superfície ocular e estilo de vida. “Para isso, foram considerados uma série de fatores, como nutrição, exposição ambiental, fatores climáticos, exposição digital, dentre outros”, explica a médica. “O objetivo final era de entender o que no estilo de vida moderno pode causar doenças oculares, e todos esses itens têm correlação.” 

“A ocorrência de olho seco foi um destaque nesse estudo”, comenta. “Cidades grandes com altos níveis de poluição, muito tempo de exposição ao ar-condicionado ou a telas, o uso de cosméticos, questões de saúde mental, dentre outros fatores que causam o olho seco. E, de fato, hoje os estudos epidemiológicos comprovam o aumento da ocorrência da doença.” 

Além disso, o Ministério da Saúde alerta que a diminuição da função das glândulas lacrimais3 e perda da água das lágrimas3 causada por envelhecimento, por algumas doenças, pelo uso de certos medicamentos, assim como anormalidades ou infecções nas pálpebras, podem também ser fatores para a ocorrência da doença de olho seco.
 

Tratamento

A Dra. Mônica conta que o tratamento ocorre a partir da aplicação de lágrimas artificiais[5], ou seja, de lubrificantes oculares, que muitas vezes se apresentam na forma de colírios. Dessa forma, o paciente consegue ter um alívio dos sintomas, mas as visitas ao oftalmologista não devem ser negligenciadas. 

“É importante que os profissionais da saúde deem importância ao relato do paciente e que ele seja avaliado por um todo. Por outro lado, muitas vezes, o paciente tende a fazer uma automedicação, que pode piorar o problema”, adiciona a especialista. 

“Pacientes que vivem com a doença em estágio moderado ou grave possuem um alto impacto na qualidade de vida. É uma pessoa que deixa de fazer coisas rotineiras, como ir a lugares com ar-condicionado. O olho seco não pode ser negligenciado, independente do grau e da intensidade dos sintomas”, comenta a Dra. 

“A doença de superfície ocular mais comum é justamente o olho seco. Essa condição não pode ser negligenciada, independente do grau ou intensidade dos sintomas.”, finaliza a médica.





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[1] Report of the International Dry Eye WorkShop (DEWS). Ocul Surf. 2007;5(2):65-204.

[2] https://iorj.med.br/olho-seco/

[3] https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-do-olho-seco/

[4] https://oglobo.globo.com/saude/ciencia/olho-seco-por-que-numero-de-casos-tem-aumentado-entre-os-jovens-25207757

[5] https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-do-olho-seco/


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