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sexta-feira, 21 de junho de 2024

QUATRO DICAS ESSENCIAIS PARA CUIDAR DA PELE DO BEBE NO INVERNO

A pele sensível do bebê pede uma atenção extra em dias mais frios e a dermatologista da Giovanna Baby traz algumas orientações para essa época do ano.

 

Com a chegada da estação mais fria do ano, os cuidados com a pele devem ser redobrados e apesar do clima estar alguns graus acima da média, é preciso ficar atento principalmente com a redução da umidade do ar, que são fatores que contribuem para o ressecamento da pele. Por isso, manter a pele hidratada é fundamental. “Além disso, o uso frequente de aquecedores e banhos quentes pode agravar ainda mais essa situação, retirando a camada natural de proteção da pele. Falando especificamente para os bebês, eles têm uma pele mais fina e delicada, o que os torna mais vulneráveis a rachaduras, irritações e condições como dermatite” – pontua Marcela Rodrigues, dermatologista da Giovanna Baby. 

Pensando nisso, a empresa que é referência em produtos de cuidado pessoal, compartilha quatro dicas essenciais para ajudar pais e cuidadores a protegerem a pele dos pequenos durante a estação mais fria do ano. Confira o que a dermatologista da Giovanna Baby separou:


1. Hidratação intensiva: no inverno, a pele do bebê tende a ficar mais ressecada devido ao clima frio e ao ar seco. “É essencial aplicar um creme hidratante específico para bebês, que seja suave e hipoalergênico, logo após o banho e sempre que notar a pele mais seca. Como por exemplo a loção hidratante Baby e Kids da Giovanna Baby com ingredientes naturais, que ajudam a manter a pele macia e hidratada. Mas cuidado para não exagerar e ter um efeito rebote”.
 

2. Banhos curtos e mornos: os banhos prolongados e com água muito quente podem remover a camada natural de proteção da pele, deixando-a mais vulnerável. O ideal é ministrar banhos rápidos e com água morna, usando sabonetes líquidos específicos para bebês que limpam sem agredir.
 

3. Proteção contra o frio: Roupas quentes são essenciais para manter o bebê confortável, mas é importante escolher tecidos que permitam a respiração da pele. Segundo a dermatologista da Giovanna Baby algodão e outros materiais naturais são ideais; evitando tecidos sintéticos que podem causar alergias.
 

4. Cuidados com o ambiente: Manter o ambiente interno confortável é fundamental. Utilize umidificadores de ar nos quartos para evitar que o ar seco prejudique a pele do bebê. Além disso, evite a exposição direta a aquecedores que ressecam o ar, preferindo métodos mais suaves para aquecer o ambiente” finaliza a dermatologista da Giovanna Baby.
 

A especialista reforça que a pele do bebê é frágil e imatura e por isso, o acompanhamento médico é imprescindível, mas que alguns cuidados simples já ajudarão a formar uma pele menos vulnerável e capaz de proteger o corpo contra microrganismos.



Giovanna Baby
www.giovannababy.com.br


Doenças respiratórias no inverno: 3 fatores que favorecem a transmissão e como se prevenir 

Temperaturas frias, ambientes fechados e baixa do sistema imunológico favorecem a transmissão dos vírus. Especialista defende imunização  

Com a chegada do inverno, o cuidado com a saúde deve ser redobrado. A época do ano favorece a aglomeração de pessoas e, por consequência, a transmissão de vírus como os da influenza, covid e sincicial respiratório (VSR). Essas doenças, se não cuidadas adequadamente, podem evoluir para quadros mais preocupantes, a exemplo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De acordo com a infectologista Luciana Campos, do Sabin Diagnóstico e Saúde, o aumento da transmissão de viroses no inverno é atribuído à combinação de fatores ambientais, comportamentais e biológicos.   

Saiba quais são: 

  1. Temperaturas frias: Os vírus respiratórios sobrevivem melhor no clima frio e seco, típico do inverno em algumas regiões do país, criando condições ideais para a propagação dos vírus. 
  2. Ambientes fechados: Durante o inverno, as pessoas tendem a ficar mais tempo em ambientes fechados e pouco ventilados, o que facilita a transmissão do vírus de uma pessoa para outra. 
  3. Umidade do ar: A baixa umidade do ar no inverno pode secar as mucosas do nariz, tornando-as mais suscetíveis às infecções virais. 

Além da vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e em serviços particulares, como o Sabin Diagnóstico e Saúde, outras medidas podem contribuir para reduzir o risco de transmissão do vírus da gripe. Confira:

  • Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento; 
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir e higienizar as mãos após;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; 
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos ou garrafas; 
  • Manter os ambientes bem ventilados; 
  • Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de gripe; 
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;  
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (manter ambientes ventilados); 
  • Manter o cartão de vacinas atualizado.
     

Diagnóstico | "Essa temporada registra alta procura por exames diagnósticos para infecções de vias aéreas”, afirma a infectologista do Sabin. Segundo Luciana, o diagnóstico correto ajuda a evitar o uso desnecessário de antibióticos, que combatem apenas bactérias e não vírus, e medicamentos que podem ter efeitos colaterais prejudiciais. “É importante que os pacientes com sintomas respiratórios procurem atendimento médico para iniciar o tratamento adequado. O exame é importante, ainda, para o monitoramento da disseminação das síndromes respiratórias agudas”, afirma.    

O teste de influenza, disponível em todas as unidades do Sabin, é realizado com a coleta de amostra de muco nasal ou da garganta, que é analisado para detectar a presença do vírus. Também é possível, numa única amostra, analisar a presença dos vírus influenza A e B, VSR e Sars-CoV-2, no exame chamado minipainel respiratório. “Esses vírus possuem sintomas clínicos semelhantes e o minipainel pode agilizar o diagnóstico, especialmente em períodos de sazonalidade como o que estamos entrando agora”, reforça a especialista do Sabin.  

Dados nacionais  | Em 2024, já foram notificados 73.415 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, sendo 35.861 (48,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Os dados são do Boletim Infogripe da Fiocruz,, que teve sua atualização mais recente em 13 de junho. O levantamento aponta que, com exceção das regiões Norte e Sul, além do estado de Minas Gerais, estão diminuindo os números de internação por influenza A e VSR. As crianças têm sido as mais afetadas pelo VSR em ambas as regiões, sendo que no Sul houve aumento nos casos dessa enfermidade e da influenza A em idosos.  

Em relação à covid-19, novos registros estão estáveis em patamares relativamente baixos no quadro nacional, com exceção do Ceará e outros estados do Nordeste. Nas quatro últimas semanas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi maior para o vírus sincicial respiratório (54,6%), seguido de influenza A (22,3%), Sars-CoV-2/covid-19 (4,9%) e influenza B (0,5%). Já os óbitos por SRAG tiveram o vírus da influenza A como responsável pela maioria dos casos (22,3%), seguido pelo vírus sincicial respiratório (23,7%), Sars-CoV-2/covid-19 (22,4%) e influenza B (0,3%). 

 

Onde realizar o exame  | É possível realizar os exames nas unidades do Sabin Diagnóstico e Saúde ou pelo atendimento móvel para pessoas físicas e jurídicas, por meio do VEM Sabin. O agendamento é feito pelo site ou aplicativo, com a possibilidade de isenção da taxa de coleta para alguns públicos e localidades, nas modalidades particular e pelo convênio (mediante pedido médico). Interessados também podem adquirir os testes no e-commerce do Sabin Diagnóstico e Saúde por meio deste link.  

 

Grupo Sabin


Férias escolares: Confira 3 cuidados essenciais para ter com as crianças e evitar acidentes

As férias escolares já estão chegando novamente e neste período, é importante mantermos o olhar atento para evitar acidentes com as crianças, pois de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os acidentes aumentam em 38% nesta época e são a principal causa de morte em crianças de um a 14 anos, com cerca de 13 mortes por dia, sendo que 90% dos casos poderiam ser evitados.

Além disso, a entidade aponta que a maioria dos acidentes acontecem dentro de casa, como por exemplo, queimaduras, afogamentos e engasgos, que infelizmente são mais comuns. Pensando nisso, a Pediatra Neonatologista, Dra. Andréa Patente, listou abaixo três maneiras de prevenir e evitar estes acidentes. Veja:


Para evitar Queimaduras: Mantenha as crianças longe da cozinha e dê preferência ao uso das bocas traseiras do fogão. Além disso, deixe líquidos, pratos ou demais recipientes quentes no centro da mesa e/ou em locais mais altos, fora do alcance dos pequenos;


Para evitar Afogamento: Nunca deixe a criança sozinha perto ou dentro de ambientes que contenham água, como mar, piscina, lago, rio, balde, pia, banheira ou tanque. Episódios de afogamento acontecem muito rápido e de maneira silenciosa, por isso é imprescindível ficar atento (a), orientar e incentivar a criança a utilizar boias e coletes salva-vidas;


Para evitar Engasgos: Engasgos com pequenos alimentos ou pecinhas de brinquedo são muito frequentes, por isso evite oferecer alimentos redondos e duros às crianças, como por exemplo: castanhas, pipoca e uva. Além disso, o ideal é que a alimentação seja feita sempre com a criança sentada.

 


Andrea Patente - Médica Pediatra Neonatologista, especializada em prematuros e primeira infância. (CRM 92953)


Escova interdental deixa os dentes até 60% mais limpos

Especialista desmistifica o uso dessa ferramenta tão simples e, ao mesmo tempo, poderosa contra bactérias


Já é de conhecimento amplo que uma boa higiene bucal vai além da escovação tradicional. Complementos a estes cuidados estão em todos os supermercados e farmácias, como o fio dental e o enxaguante bucal. Já a escova interdental não compartilha da mesma popularidade. Mas finalmente essa ferramenta simples, porém altamente eficaz, tem ganhado destaque na rotina de cuidados dentários.  

Não faltam motivos para isto, afinal. Um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology demonstrou que o uso da escova interdental reduz o biofilme dental – ou a placa bacteriana, como era conhecido anteriormente – em até 60% em comparação apenas com a escovação tradicional. Além disso, outra pesquisa do Journal of Periodontology observou que o uso regular dessa escova diminui o risco de gengivite em 35%. 

Para o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP e membro de várias associações odontológicas renomadas, estes são motivos mais que suficientes para priorizar seu uso . “A escova interdental é uma ferramenta essencial para a higiene bucal. Ela alcança áreas que a escova de dente tradicional não consegue, removendo resíduos alimentares e biofilme entre os dentes”, explica o especialista.

 

Além do básico 

Os méritos da escovação tradicional não podem ser diminuídos. Ela é mais que eficaz na limpeza da superfície dos dentes, porém pode deixar a desejar quando o assunto é a remoção da biofilme dental. Ele se acumula entre os dentes e abaixo da linha da gengiva, áreas de difícil alcance para a maioria das escovas comumente utilizadas no dia-a-dia. 

Por isso, o design e a ergonomia fazem toda a diferença em sua aplicação. “A escova interdental é desenhada especificamente para essas áreas difíceis de alcançar”, explica Todescan. “Seu uso regular pode prevenir problemas como cáries, gengivite e periodontite.” 

Isso porque o biofilme é o principal causador desses males. Ao removê-lo, a saúde bucal passa por uma exponencial melhora. “Mas, por outro lado, quando o biofilme não é removido, pode endurecer e se transformar em tártaro, que só pode ser retirado profissionalmente”, alerta.

 

A escolha certa 

As escovas interdentais vêm em diferentes tamanhos para se adequar aos variados espaçamentos entre os dentes. Antes de iniciar seu uso, o recomendado é consultar um dentista. Dessa forma, é possível determinar o tamanho ideal e ainda receber instruções para uma utilização adequada.  

Enquanto uma escova muito pequena pode não ser eficaz, uma muito grande pode causar desconforto. Para obter os melhores resultados, é importante usar a escova interdental corretamente. “Insira suavemente entre os dentes e mova-a para frente e para trás algumas vezes em cada espaço. Não force a escova, pois isso pode causar danos às gengivas. Use a escova interdental uma vez ao dia, de preferência antes de dormir”, orienta o Dr. Todescan. 

A utilização dessa pequena ferramenta mostra como a dedicação de poucos minutos no cotidiano pode fazer grande diferença para a saúde e a auto-estima de crianças e adultos. E nunca é tarde para começar.



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da no Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.


Clínica Todescan
clinicatodescan.com.br ou instagram.com/todescanjrodontologia.



Em dias mais frios, é importante preservar a saúde do sistema circulatório

 Pexels
Sinais como pés doloridos, pálidos ou arroxeados, frialdade extrema, diminuição da sensibilidade e dificuldades de movimento podem alertar que algo não está bem com a saúde vascular


O sistema circulatório é fundamental para a saúde humana, pois é responsável por transportar sangue, oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo. Manter a circulação saudável é essencial para o funcionamento adequado dos órgãos e tecidos, prevenindo doenças e complicações.

Com a chegada do inverno, nos dias mais frios os cuidados com a saúde vascular tornam-se indispensáveis. Segundo a angiologista e cirurgiã vascular Dra. Dafne Braga Diamante Leiderman, vice-diretora de Publicações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), o frio tende a agravar problemas arteriais, aumentando o risco de obstruções na circulação das pernas.

O frio pode provocar espasmos nas artérias das pernas, estreitando os vasos que transportam sangue para os pés. Pessoas que já têm a circulação comprometida, esse estreitamento adicional reduz ainda mais o fluxo sanguíneo e pode acentuar os sintomas. Os sinais mais alarmantes incluem pés doloridos, pálidos ou arroxeados, frialdade extrema, diminuição da sensibilidade e dificuldades de movimento. A presença dessas manifestações em pacientes com obstrução circulatória nas pernas requer avaliação médica imediata, pois indicam uma descompensação significativa da circulação.

Com a queda da temperatura, o risco de um entupimento parcial, que anteriormente estava compensado por circulações alternativas, agrava-se devido à contração dos vasos colaterais, resultando em menos sangue chegando aos pés. Isso aumenta a probabilidade de feridas e úlceras que não cicatrizam, elevando as chances para amputações.

No inverno, também há um crescimento significativo das doenças cardiovasculares e, segundo a Dra. Dafne, a partir de 14°C, a cada diminuição de 10°C, o risco de infarto do miocárdio (IAM) aumenta em aproximadamente 7%, resultando em um acréscimo de até 30% nas mortes relacionadas a essa causa. Além do IAM, os casos de acidente vascular cerebral (AVC) também se elevam, com uma alta de casos de até 20% no inverno. Outro problema que se agrava nesta estação é a dissecção de aorta, cujo número pode crescer até 5%. A dissecção ocorre quando a camada interna da principal artéria do corpo se rompe ou descola.  link

 

Dicas para manter a saúde vascular no inverno:

Pratique exercícios físicos: Caminhadas de pelo menos 30 minutos, quatro vezes por semana, ajudam a estimular a dilatação dos vasos sanguíneos e a perfusão dos pés. Manter-se ativo é fundamental.

Adote uma alimentação equilibrada: Evite o consumo excessivo de carboidratos e bebidas alcoólicas, que podem causar inchaço e desconforto nas pernas. Modere a ingestão de alimentos para não descompensar condições como hipertensão e diabetes.

Use medicações corretamente: Mantenha o uso das medicações prescritas para condições vasculares, seguindo as orientações médicas rigorosamente.

Evite o tabagismo: Parar de fumar imediatamente é crucial, pois o tabagismo agrava significativamente os problemas circulatórios.

Cuidados para pessoas com comorbidades

Indivíduos com comorbidades, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, devem redobrar os cuidados durante o inverno. Essas condições já comprometem a circulação, e as baixas temperaturas agravam ainda mais os sintomas.  Observar qualquer mudança nos sintomas e procurar ajuda imediatamente em caso de agravamento é importante para prevenir complicações graves.

Seguindo essas orientações, é possível prevenir problemas vasculares e garantir que o inverno não interfira na saúde.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Semana Mundial da Alergia

Conheça 4 tipos de conjuntivite e saiba como tratá-las 

Especialista explica que a doença é a alergia ocular mais comum, e fatores externos podem contribuir para o agravamento do problema

 

A última semana de junho, do dia 23 ao 29, é dedicada à conscientização da alergia em todo o mundo. A alergia ocular atinge de 15% a 20% da população mundial, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). 

“A conjuntivite alérgica é uma inflamação da conjuntiva, uma membrana fina e transparente que cobre a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras”, explica o médico Dr. Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos - Hospital de Olhos, em Santa Catarina. O especialista do Oftalmos completa que fatores externos, como agentes alérgenos, podem contribuir no agravamento da doença. Existem quatro divisões para a conjuntivite alérgica: conjuntivite alérgica sazonal, conjuntivite alérgica perene, conjuntivite papilar gigante e ceratoconjuntivite vernal. 

O Dr. Fernando Ramalho distingue cada condição e informa como podem ser ocasionadas:
 

Conjuntivite Alérgica Sazonal

Considerada a forma mais frequente de conjuntivite alérgica, a conjuntivite alérgica sazonal está associada às mudanças climáticas, sendo mais prevalente na primavera e no outono. Os sintomas podem variar, mas geralmente costumam ser coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento e sensação de ardência nos olhos.
 

Conjuntivite Alérgica Perene

A conjuntivite alérgica perene ocorre o ano todo e é provocada por alérgenos do ambiente, como ácaros, mofo e pelo de animais. Os sintomas se assemelham aos da conjuntivite alérgica sazonal, porém costumam ser menos intensos e mais frequentes.

 

Conjuntivite Papilar Gigante

Sendo mais frequente pelo uso de lente de contato, a conjuntivite papilar gigante caracteriza-se pela formação de papilas gigantes na conjuntiva tarsal superior. Os sintomas mais comum são coceiras, sensação de corpo estranho nos olhos, vermelhidão e aumento da secreção da mucosa. A suspensão do uso de lentes de contato e a troca regular delas são fundamentais para higienização e recuperação.
 

Ceratoconjuntivite Vernal

Rara, a ceratoconjuntivite vernal é a condição mais grave da doença, afetando principalmente crianças e adolescentes do sexo masculino. Costuma aparecer tipicamente no verão e pode causar sintomas severos como coceira intensa, secreção viscosa, fotofobia e “manchas” na conjuntiva.
 

Tratamento

Ramalho explica que o tratamento pode variar de acordo com a queixa de cada paciente e reforça que, sem um acompanhamento oftalmológico adequado, a doença pode evoluir causando danos permanentes. O tratamento inclui o uso de colírios antialérgicos, medicamentos orais, compressas frias e o especialista recomenda evitar a exposição a alérgenos conhecidos.


Ração animal para bater a meta de proteína?

Reprodução Tiktok
Médico alerta para os riscos da ‘tendência’ entre jovens nas academias

 

De acordo com o Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva, o hábito pode refletir problemas de saúde mental como dismorfia e transtornos alimentares. Além disso, o alimento canino pode conter contaminantes, toxinas e desequilíbrios nutricionais perigosos ao consumo humano 

Recentemente um jovem mexicano viralizou nas redes sociais ao aparecer consumindo um sachê de ração úmida de uma famosa marca de alimentação animal durante um treino em uma academia. Mas a moda não é de agora. Léo Stronda, um dos maiores nomes do universo “bodybuilder” também contou em entrevista que comprava suplementos em lojas veterinárias, fazendo com que diversos praticantes de musculação afirmassem já ter feito o mesmo. 

 

A tendência pode parecer absurda - e é. 

 

De acordo com o médico Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva e referência em comunicação sobre saúde, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes, o consumo de produtos destinados a animais não só podem causar graves problemas à saúde física, como refletem danos na saúde mental como dismorfia corporal ou transtornos alimentares, como ortorexia, vigorexia ou anorexia.

 

Por que pessoas estão ingerindo ração? - Os cães são animais essencialmente carnívoros e têm como base da alimentação a proteína, nutriente conhecido por ser crucial para o ganho de massa muscular - “a ingestão adequada de proteína, distribuída ao longo do dia, maximiza esse processo anabólico”, conta Rodrigo. No entanto, mesmo com a concentração elevada, a ração não é adequada ao consumo humano. 

 

“A qualidade das proteínas e outros nutrientes em rações pode não atender às necessidades nutricionais humanas, levando a deficiências ou excessos perigosos. Embora a proteína seja essencial para diversas funções corporais, há um limite na quantidade que o corpo consegue absorver e utilizar de uma vez. Estudos sugerem que a absorção eficiente de proteína em uma única refeição varia entre 20-30 gramas, dependendo da fonte de proteína e do indivíduo”, afirma o médico.

 

A ração pode causar sobrecarga renal, desequilíbrio e desidratação em humanos - De acordo com Rodrigo, consumir quantidades excessivas de proteína não faz com que ninguém ganhe mais músculos, mas pode sobrecarregar os rins, aumentar o risco de desidratação e levar a desequilíbrios no metabolismo de nutrientes.

“Especialmente para indivíduos com predisposição a problemas renais, pode ser extremamente perigoso. Além disso, dietas hiperproteicas podem ser deficientes em outros nutrientes essenciais, como fibras, vitaminas e minerais. Por fim, a metabolização da proteína aumenta a produção de ureia, demandando maior quantidade de água para excreção, aumentando o risco de desidratação.”

Para completar, a fabricação da ração não é regulamentada para consumo humano. Desta forma, pode conter contaminantes e toxinas, além de conservantes e corantes altamente prejudiciais. As exigências higiênicas também são diferentes.

 

Além do físico, a saúde mental está em jogo - Por trás dos riscos para o organismo, está escondido um problema tão grave quanto: a saúde mental. Segundo o Dr. Schröder, o hábito deve acender um forte alerta. 

“A busca por soluções extremas, como consumir ração para alcançar metas nutricionais, pode ser um sinal de uma relação disfuncional com a alimentação e com o próprio corpo. É crucial avaliar o estado psicológico desses indivíduos e oferecer suporte adequado.”

 

Opções saudáveis para aumentar o consumo de proteína - A quantidade de nutrientes em uma dieta deve ser adaptada a cada indivíduo, mas existe uma série de alimentos que se encaixam bem no dia a dia e não oferecem riscos à saúde, ajudando a bater de forma saudável, sua meta de proteína diária. Segundo Rodrigo, são eles: 

  • Leguminosas: Feijões, lentilhas, grão-de-bico, soja e derivados como tofu e tempeh.
  • Laticínios: Leite, iogurte, queijos e whey protein.
  • Ovos: Excelente fonte de proteína de alta qualidade.
  • Oleaginosas: Nozes, amêndoas, castanhas e sementes.
  • Quinoa: Cereal com perfil proteico completo.
  • Peixes e frutos do mar: Ricos em proteínas e ácidos graxos ômega-3.

 


Dr. Rodrigo Schröder - formado em Medicina, com residência em Ortopedia e Traumatologia. Entretanto, foi em sua pós graduação de Nutrologia Esportiva e Medicina do Esporte e no mestrado em Nutrição e Dietética que ele se encontrou e hoje é um dos maiores profissionais do país em Medicina e Performance Esportiva. Na agenda de consultas, celebridades do entretenimento como Vera Fischer, Anderson Leonardo, Bárbara Coelho, Rodriguinho e outros; e do esporte, como Bárbara Seixas, Lara Nobre, Diego Alves e mais.
https://www.instagram.com/rodrigoschroder/


Caso raríssimo de doença fúngica é tratado em Curitiba e vira estudo internacional

 

Mais raro que a incidência da doença na população mundial
é o sucesso no tratamento e a técnica utilizada, pois a oestomielite fúngica
maxilar atinge o cérebro e mata o paciente em poucas semanas.
 Divulgação / Instituto Zétola

Cirurgião conseguiu debelar infecção fúngica muito agressiva de paciente e reconstruir osso através de tecnologia de atração de células tronco

 

Um caso raríssimo de osteomielite fúngica no maxilar, causado por mucormicose, surgiu no Paraná. O fungo, que muito rapidamente causa necrose no osso do paciente, aconteceu com um homem de 41 anos, morador de São Lourenço do Oeste (SC). Ele foi atendido e tratado pelo cirurgião maxilo-facial André Zétola, do Instituto Zétola, em Curitiba. Em uma grande parte dos casos, a doença atinge o sistema nervoso central, chega ao cérebro e leva o paciente a óbito muito rápido. O sucesso do tratamento utilizando células-tronco é algo tão raro que chamou a atenção da comunidade médica internacional e está sendo o centro de estudos internacionais. 

"Essa doença é extremamente rara e agressiva, necessitando de um tratamento rápido e eficaz. Em um primeiro momento conseguimos debelar a infecção fúngica, preservando a vida do paciente. E num segundo momento, conseguimos reconstruir todo o osso maxilar dele usando suas próprias células-tronco, o que é uma abordagem inovadora e bem-sucedida. Casos assim reforçam a importância de um diagnóstico precoce, além de ação imediata do cirurgião e da habilidade técnica na condução do tratamento”, explicou Zétola. 

O paciente, Ricardo Fratin, se emociona ao falar da forma imediata com que foi atendido e que fez toda a diferença para salvar sua vida. “Eu cheguei em Curitiba numa terça-feira 23h. O doutor já estava me esperando com toda uma equipe, me encaminhou imediatamente para exame e para internamento. Às 6h da manhã do outro dia eu estava na mesa de cirurgia operando”, disse o paciente. 

A osteomielite fúngica no maxilar é muito rara e causa a necrose do maxilar, trazendo perda óssea e, consequentemente, a perda dos dentes. Os dados sobre a prevalência da doença no mundo não são precisos. Mas estima-se que são no máximo 10 mil casos por ano no mundo, exceto a Índia, onde a prevalência da doença é muito maior por questões de saúde pública locais. A estimativa é da Leading International Fungal Education (LIFE), publicada pelo National Center for Biotechnology Information. E a taxa de mortalidade é alta e pode chegar a 46%. 

No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, de janeiro de 2018 a junho de 2021 foram registrados 157 casos de mucormicose no país. A estatística brasileira não é só de casos maxilares, mas de todos os tipos de mucormicose em vias nasais e mucosas orofaciais.

 

Baixa imunidade 

A mucormicose, comumente encontrada em ambientes como solo, bolor de pães, vegetais e frutas em decomposição, raramente afeta pessoas saudáveis. Contudo, indivíduos com imunidade comprometida, como aqueles com diabetes, HIV ou em tratamento quimioterápico, são mais suscetíveis. Há também relação da disseminação do fungo em pacientes imunossuprimidos por questões psicológicas, como foi o caso do paciente atendido por Zétola, que teve uma depressão profunda por perdas pessoais. 

O homem, na época com 34 anos, chegou ao Dr. Zétola, no ano de 2017, com dor e amolecimento nos dentes. Fazia apenas 21 dias que ele tinha feito uma cirurgia para desvio de septo e sinusite crônica e acredita-se que foi a partir da cirurgia que se instalou a mucormicose. Além da necrose, são também sintomas comuns da doença (comumente confundida com sinusite) a febre, dor de cabeça, letargia, celulite facial, parestesia, secreção nasal e cornetos necróticos. 

Para salvar a vida do paciente, médicos rasparam todo o osso maxilar,
pois o fungo necrosou o osso até próximo da cavidade nasal.
 Divulgação / Instituto Zétola

Neste atendimento inicial, Zétola já constatou pelo menos 10 milímetros de perda óssea no dente central e, após cirurgia para retirada do osso necrótico, o material foi enviado à análise para verificar qual tipo de osteomielite acometia o paciente. 

Em poucas semanas, veio o resultado da biópsia, de osteomielite fúngica. A infecção progrediu rapidamente, destruindo o osso maxilar e o assoalho nasal e acometendo todos os elementos dentários superiores. Desta forma, o cirurgião maxilo-facial André Zétola e o otorrinolaringologista Marco Cesar Jorge dos Santos realizaram nova cirurgia de emergência para remover o tecido infectado, no Hospital IPO. Todo o osso maxilar foi removido até a altura do assoalho do seio maxilar e o assoalho nasal, para preservar a vida de Ricardo, pois o fungo chegou muito próximo da cavidade nasal. Sem sustentação óssea, as bochechas do paciente “entravam” na boca e o nariz ficou caído. 

Logo após a cirurgia, o paciente foi encaminhado à UTI do Hospital VITA Batel, em Curitiba, na qual o médico intensivista Rafael Deucher lançou mão da Anfotericina. Foram dias de internação em tratamento intravenoso. Após erradicar a infecção, Zétola utilizou um fator de crescimento que atraiu células-tronco do próprio paciente para promover a regeneração óssea. Em um período de seis a oito meses, o osso do maxilar se reconstruiu sozinho, o que permitiu a colocação de implantes dentários. 

Mais raro do que a prevalência da doença no mundo foi o sucesso da técnica com células-tronco utilizada pelo cirurgião, para devolver ao paciente a sustentação do rosto e o sorriso, que hoje é extremamente natural e não dá nenhuma pista do que ocorreu.

 

Estudo internacional 

A complexidade e a gravidade deste caso específico tornam-no um marco significativo no campo da odontologia e da cirurgia maxilofacial, destacando a expertise e a inovação do Instituto Zétola e sua equipe no tratamento de condições raras e potencialmente fatais. 

A condição da osteomielite fúngica no maxilar é tão rara que virou um caso de estudo internacional, publicado na revista científica Journal of Contemporary Diseases and Advanced Medicine (JCDAM). A primeira etapa do estudo, mostrando o alastramento do fungo antes da segunda cirurgia de remoção óssea, foi publicada na edição de Maio-Agosto de 2022. Já o segundo artigo, mostrando a regeneração óssea por células-tronco e após a colocação das próteses em Ricardo deve ser publicada em breve na revista.

Revista JCDAM, onde foi publicado o caso raro
de osteomielite fúngica do maxilar em Curitiba.

Festas juninas: saiba a importância de uma boa alimentação para a saúde da pele

De acordo com a especialista, é importante ter uma alimentação balanceada durante esse festejo.

 

O São João é celebrado no dia 24 de junho, mas a festividade junina já iniciou nos primeiros dias do mês em muitas localidades brasileiras. Esse período, que é conhecido pela sua musicalidade singular e danças vibrantes, também se destaca por conta das comidas típicas, que ao serem consumidas em excesso, podem gerar complicações na pele.

 

Além de uma rotina de cuidados com produtos de qualidade para cuidar da nossa pele, a alimentação é um grande fator no aparecimento de acnes, manchas e ressecamento. Dessa forma, é de muita importância não ignorar o impacto negativo que uma má alimentação pode afetar nesse órgão, principalmente, em datas comemorativas marcadas pelo consumo de diversas guloseimas, como o São João.

De acordo com a nutricionista da Clínica Dermatológica Áurea, Nelciene Borges, essa época é marcada por diversos alimentos que podem afetar a saúde da pele, mas, em contrapartida, há outros produtos que são recomendados para serem consumidos,sendo os ricos em nutrientes.

‘’Antes de tudo, é importante não fazer o consumo excessivo de produtos com muito açúcar, sendo considerados pobres em nutrientes, os quais afetam diretamente na saúde da pele. A recomendação, de fato,  é aproveitar que esta época é uma época que produz muito alimento, como milho, frutas cítricas, tangerina, laranja, amendoim, e consumir. Porque quanto mais a gente utilizar esses alimentos na forma natural, ou seja, cozidos ou in natura, melhor’’, explica a profissional.

Outro ponto a ser abordado é como o consumo de álcool pode afetar esse órgão. 

‘’O uso de bebida alcoólica faz parte da cultura do nosso país, mas é importante destacar o quanto o seu uso também pode afetar a saúde da pele, fazendo com ela reaja de maneira inesperada ao seu consumo,’’ explica Nelciene. 

A nutricionista Nelciene Borges ressalta que o período de São João é uma época rica culturalmente em diversos aspectos, principalmente, pelos seus alimentos singulares. Mas, é importante fazer uma alimentação balanceada, podendo aproveitar as comidas típicas, além de alimentos nutritivos como: saladas, verduras e proteínas. ‘’Esse período é maravilhoso por conta da sua singularidade, sendo uma época que consumimos alimentos com muito açúcar: como bolo, canjica, licor, então é importante fazer uma alimentação balanceada, alternando alimentos típicos com o consumo de frutas, verduras, saladas e proteína. Deixando claro que o que faz mal, de fato, é o excesso’’, finaliza a nutricionista.


Atraso no início da radioterapia impacta na sobrevida dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço

 

Estudo realizado por 41 especialistas da América Latina, que traz com ineditismo as diretrizes adaptadas à realidade destes países, aponta que o atraso no início do tratamento reduz as chances de cura dos pacientes com tumores na região de cabeça e pescoço. Outra barreira importante é a dificuldade de acesso às melhores tecnologias em radioterapia, alerta a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT)

 

Com a participação de 41 especialistas de diferentes países da América Latina, um estudo inédito foi publicado com as diretrizes referentes ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com câncer de cabeça e pescoço nesta região do mundo. Até então, os estudos de consenso se baseavam, essencialmente, na realidade de instituições da América do Norte e de países desenvolvidos da Europa.

O trabalho, recentemente publicado na revista científica JCO Global Oncology trata-se do primeiro consenso latino-americano sobre o tratamento do câncer de cabeça e pescoço e contém importantes diretrizes sobre o manejo dos tumores de cabeça e pescoço adaptadas à realidade vivenciada na América Latina e, em especial, no que diz respeito à escassez de recursos. O pioneirismo do documento aliado à clara preocupação dos autores em propor estratégias ajustadas à realidade dos países latino-americanos no que diz respeito à carência de recursos e infraestrutura limitada vivenciadas muitas vezes em tais países, torna o documento ainda mais relevante e uma importante leitura para colegas habituados a tratar tumores de cabeça e pescoço no Brasil.

Ao todo, o documento propõe 48 recomendações, divididas em doze seções. Dentre estas seções, uma é dedicada exclusivamente à radioterapia. Nela, o consenso destaca que os atrasos no início ou conclusão da radioterapia reduzem as taxas de sobrevida e aumentam o risco de recidiva local. Dentre as bases para essa afirmação está um estudo, com mais de 600 pacientes com doença em fase inicial, que iniciaram o tratamento após o período recomendado de 30 dias após o diagnóstico. Entre aqueles que iniciaram no prazo de 31 a 40 dias o risco de recidiva (volta da doença) foi 2,6 vezes maior, quando comparado aos que iniciaram antes dos 30 dias.

No Brasil, vigora, desde 2013, a Lei dos 60 dias, que determina o início do tratamento oncológico em até dois meses após o diagnóstico da doença. O recomendado para início da radioterapia curativa, destaca o consenso, é normalmente de 30 dias após o diagnóstico. Para radioterapia pós-operatória, o tratamento deve ser iniciado dentro de quatro a seis semanas após a cirurgia. Para prevenir interrupções no tratamento e seu impacto nos resultados oncológicos, avaliações semanais dos pacientes são essenciais. “Um agravante é que, apesar do prazo de 60 dias preconizado pela legislação brasileira, a lei acaba não sendo devidamente cumprida, sendo comum espera ainda maior para o início do tratamento oncológico. Em virtude disso, a doença evolui e as chances de sucesso do tratamento acabam sendo significativamente reduzidas”, ressalta o radio-oncologista Diego Rezende, membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e um dos autores do consenso.

De acordo com o trabalho científico, os problemas associados com a incidência e mortalidade por câncer de cabeça e pescoço são mais graves nas regiões menos desenvolvidas, como América Latina, África e parte da Europa e Ásia. Elas respondem por 65% de todos os pacientes diagnosticados e por 75% das mortes causadas pela doença no mundo. Tais números são reflexo das barreiras de acesso aos serviços de saúde especializados, aos exames para diagnóstico precoce e ao tratamento no tempo ideal e de qualidade.


Principais pontos do consenso sobre Radioterapia

No consenso, a seção 12 é dedicada exclusivamente à radioterapia. Nela, os participantes enfatizam a importância dos avanços tecnológicos vivenciados pela radioterapia nas últimas décadas e a relevância das novas técnicas, que propiciam, por meio da técnica de modulação do feixe de radiação, melhor delimitação do alvo a ser irradiado (atingindo apenas o tumor e preservando as células saudáveis), além de oportunizar melhor planejamento das doses prescritas (com esquemas personalizados de fracionamento) que buscam reduzir o número de sessões e, consequentemente, de deslocamentos do paciente até o local de tratamento. 

Dentre as novas tecnologias está a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) que, de acordo com os especialistas envolvidos na elaboração do documento, deve ser considerada a técnica de tratamento padrão para praticamente todos os tipos de câncer de cabeça e pescoço. “O único contexto em cabeça e pescoço em que a radioterapia com intensidade modulada (IMRT) não é considerada como técnica padrão é no de tumores de laringe em estágio inicial. Nesse cenário, radioterapia com técnica conformada tridimensional é considerada adequada”, aponta Diego Rezende.

No Brasil, a tecnologia IMRT está inclusa no ROL de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para pacientes com câncer de cabeça e pescoço, assim como da região do tórax (pulmão, esôfago e mediastino) e, mais recentemente, para câncer de próstata. “Por conta das fortes evidências, a primeira aprovação de IMRT pela ANS foi, justamente, para câncer de cabeça e pescoço”, reforça Rezende. Por sua vez, pondera o especialista, o cumprimento da cobertura obrigatória por parte dos planos de saúde é, em muitos casos, desafiador.

Na saúde pública, o acesso é ainda mais limitado. Diferentemente de outros processos de incorporação tecnológica na rede pública, a radioterapia é paga por pacote independente da técnica de tratamento utilizada. “É um contexto que não considera, para o repasse, se foi ofertada ao paciente uma técnica mais antiga (como, por exemplo, a radioterapia convencional 2D) ou uma mais moderna (conformacional ou IMRT). Com isso, não há uma clara motivação para os serviços de radioterapia realizarem os investimentos necessários a fim de ofertar aos pacientes a melhor técnica disponível e considerada como padrão na literatura”, lamenta Rezende.


Campanha Julho Verde

Além disso, no próximo mês irá iniciar-se a campanha do Julho Verde voltada para a conscientização mundial sobre o câncer de cabeça e pescoço. Os tumores desta região estão entre os mais incidentes no mundo, sendo que os locais mais comuns são a cavidade oral (boca, lábios, língua, entre outros) e laringe. No mundo, mais de 613 mil pessoas recebem, anualmente, o diagnóstico de câncer de cavidade oral ou laringe, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 41 mil pessoas devem receber, em 2024, o diagnóstico destas doenças, apontam as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). 



Sociedade Brasileira de Radioterapia – SBRT
https://sbradioterapia.com.br/



Referência

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