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terça-feira, 18 de junho de 2024

O que comer para evitar resfriados e fortalecer o sistema imunológico?


Com a chegada do inverno no próximo dia 21, as temperaturas caem, a umidade aumenta e os vírus e bactérias se propagam com mais facilidade. É nessa época que os resfriados, gripes e outras doenças se tornam visitantes frequentes em nossas casas, atrapalhando nossa rotina e causando mal-estar. 

Por isso, a alimentação pode ser uma chave para a prevenção dessas enfermidades e o fortalecimento do sistema imunológico. Leticia Canelada, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP, com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional e Beatriz Clivati, médica atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP explicam a importância, quais são as melhores opções, o que elas fornecem para o corpo e uma receita para imunidade. Confira: 

A nossa alimentação influencia diretamente na resposta imunológica através da entrega de nutrientes que nutrem as células de defesa. Todavia, não basta apenas pensarmos que é apenas consumir e "problema resolvido". É necessário cuidar da integridade do intestino, afinal, nós somos aquilo que consumimos, digerimos e absorvemos. 

“Evite o consumo de alimentos ultraprocessados, que são aqueles ricos em açúcares, farináceos e gorduras adicionadas. Reduza o consumo de álcool e evite também o excesso de açúcar, uma vez que ambos podem suprimir (prejudicar) a função do sistema imunológico. Outro ponto importante é rever a quantidade de fibras na dieta para que você não tenha uma alimentação pobre em fibras, já que afeta negativamente a saúde intestinal e, consequentemente, a imunidade”, diz Leticia 

No frio, é comum darmos preferência para preparações mais quentinhas, portanto, ao deixar de lado a salada de folhas, inclua muitos legumes cozidos no prato como chuchu, abobrinha, couve-flor, brócolis, berinjela, quiabo, aspargos, cenoura, vagem. Opção não falta, use a criatividade, completa.

 

Nutrientes importantes para o sistema imunológico  

De acordo com a nutricionista, para fortalecer o sistema imunológico durante o inverno, é essencial que você inclua uma variedade de nutrientes em sua dieta e é possível que isso seja feito através de alimentos que você encontra no supermercado.

 

·         Vitamina C: fortalece o sistema imune e auxilia na prevenção de infecções. Temos bastante vitamina C em alimentos como: laranja, limão, tangerina, kiwi, morango, pimentão e brócolis. 

·         Vitamina D: é essencial para uma boa imunidade e a sua produção acontece com a exposição solar. Apesar de alguns alimentos como peixes gordurosos e gema de ovo apresentarem vitamina D, o seu consumo via dieta costuma ser insignificante, por isso a importância da exposição solar diária. 

·         Zinco: é crucial para o desenvolvimento e o bom funcionamento das células de defesa. Fontes: sementes de abóbora, gergelim e girassol, tahine, nozes, carne bovina, ostras e carne de porco.  

·         Vitamina A: importante para manter as mucosas saudáveis e funcionando bem; as mucosas são como se fossem as paredes de uma casa, são elas que fornecem proteção contra infecções e ajudam na absorção de nutrientes. Fontes: cenoura, batata-doce, abóbora, espinafre, gema de ovo, manga e couve. 

·         Vitamina E: antioxidante que ajuda a proteger as células do nosso corpo contra danos. Fontes: azeite de oliva, amêndoas, sementes de girassol, espinafre, abacate e salmão. 

·         Ferro: é essencial para que as nossas células recebam oxigênio, proporcionando o bom funcionamento do sistema imunológico, além de disposição. Fontes: carne vermelha, feijão, lentilha e espinafre. 

·         Ácidos graxos ômega 3: o ômega 3 é um potente anti-inflamatório natural, melhorando a função de nossas células de defesa. Fontes: sardinha, atum, arenque, salmão, linhaça, chia e nozes. 

Beatriz completa ao citar o selênio, que além de fortalecer o sistema imune, atua no fornecimento de energia, dentre outras funções está melhor absorção do ferro e saúde tireoidiana. Fontes alimentares: castanha do pará, salmão, farelo de trigo, ostras cruas, semente de girassol, fígado bovino, camarão cru, farinha de centeio, peito de galinha assado, milho, alho, cogumelo, noz pecã, amêndoa e avelã.

 

Superalimentos que ajudam a prevenir resfriados

 

·         Alho: contém compostos que ajudam a combater infecções.

·         Gengibre: tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.

·         Iogurte integral natural: contém probióticos que ajudam na saúde intestinal e na função imunológica.

·         Frutas cítricas: limão, acerola, maracujá, tangerina, abacaxi, morango e laranja. Ricas em vitamina C que fortalece o sistema imunológico.

·         Vegetais verde-escuros: espinafre, couve-manteiga, escarola, agrião, rúcula e até mesmo as folhas de beterraba e de brócolis. São ricos em vitaminas A, C e E.

·         Açafrão: contém curcumina, um potente anti-inflamatório.

·         Cogumelos: contém betaglucana, que pode aumentar a função imunológica.

·         Frutas vermelhas: ricas em antioxidantes.

·         Própolis: contém propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias.

 

Suplementação de vitaminas e minerais 

 

A nutróloga explica que o sistema imunológico pode ser dividido em: imunidade inata e imunidade adaptativa. Imunidade inata é a primeira defesa natural do corpo contra qualquer ameaça. Quando o invasor sobrevive, nosso outro sistema entra em ação, nosso sistema adaptativo. Ele é capaz de ativar novas estratégias de defesa. 

Para que o sistema de defesa tenha sucesso é preciso ter uma boa nutrição, onde nosso corpo tenha todas as vitaminas e minerais necessárias para o seu bom funcionamento, porém, quando isso não acontece de forma ideal, a suplementação deve ser feita de forma individualizada, não ultrapassando as doses seguras diárias. Lembrando que o excesso de micronutrientes podem atrapalhar o bom funcionamento do corpo e serem eliminados pela urina. 

“Está aí a importância manter regularidade nos exames preventivos de sangue, onde esses micronutrientes podem ser avaliados e a reposição personalizada e individualizada para o seu corpo. Procure o seu médico”, diz.

Alguns hábitos podem prejudicar nossa resposta a agentes agressores como : dieta rica em alimentos industrializados, ingestão de bebidas alcóolicas e noites de sono mal dormidas, sedentarismo e estresse crônico. 


Receita com ingredientes bons para a imunidade 


Sopa de Legumes com Frango e Gengibre

 

Ingredientes 

2 colheres de sopa de azeite de oliva

1 cebola grande picada

2 dentes de alho picados

1 pedaço de gengibre fresco ralado (cerca de 2 cm)

2 cenouras em cubinhos

3 batatas inglesas em cubos

3 chuchus em cubos

2 abobrinhas em cubos

de repolho verde fatiado

1kg de peito de frango cozido e desfiado

1 litro de caldo de frango caseiro

Sal, páprica e pimenta a gosto

Salsinha picada para decorar

 

Modo de Preparo 

  1. Em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho até ficarem dourados.
  2. Adicione o gengibre ralado e refogue por mais 1 minuto.
  3. Acrescente a cenoura, a batata, a abobrinha, o chuchu, o repolho e o frango desfiado.
  4. Despeje o caldo de frango e deixe cozinhar até os legumes ficarem macios e o caldo reduzir/engrossar.
  5. Ajuste os temperos.
  6. Sirva quente. 

 


FONTES:


Leticia Canelada, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP, com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional. Formada pela Universidade São Camilo com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional na Prática Clínica – CRN:64672. Atua em casos de emagrecimento, hipertrofia, síndrome metabólica, doenças autoimunes, transtornos alimentares, reeducação alimentar e qualidade de vida.


Beatriz Clivati, médica atuante em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP. CRM/SP: 169046.



Inverno: o que é a fome metabólica?

O inverno se inicia nesta sexta-feira (21), e a fome metabólica é um fenômeno comum que muitas pessoas experimentam durante os meses mais frios do ano. Essa sensação de fome aumentada está relacionada a uma série de fatores, incluindo alterações no metabolismo e influências sazonais sobre os padrões alimentares.

 

Durante o inverno, o corpo humano tende a ajustar seu metabolismo para combater o frio. Isso pode resultar em um aumento da produção de calor interno, o que leva a um maior gasto de energia e, consequentemente, a um aumento na sensação de fome. Além disso, o organismo pode buscar alimentos mais calóricos e ricos em carboidratos para fornecer energia adicional para manter a temperatura corporal estável.

Francisco Tostes (@doutortostes), especialista em medicina do esporte, atuante em endocrinologia, sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), explica que não existe aumento específico de hormônios que aumentam a fome, porém é importante se atentar ao aumento de gasto energético corporal, além do frio ser irritante para muitas pessoas, que buscam em comidas “comfort food” uma baixa no estresse e maior sensação de saciedade, o que pode causar mudanças de peso.

De acordo com Fabiana Albuquerque, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em nutrição esportiva e funcional pela Vp, no entanto, para manter uma alimentação saudável e equilibrada, o ideal no inverno é se priorizar alimentos quentes porém nutritivos, como caldos e sopas com bastante legumes, sempre adicionando uma fonte de proteína. Uma outra dica, é salpicar nas sopas sementes e grãos (como chia ou semente de girassol), pois são excelentes fontes de gorduras boas, gerando mais saciedade.

Além disso, ao invés de consumir frutas em temperatura ambiente, uma boa dica nessa época do ano, é aquecê-las no forno e acrescentar alguma especiaria, como canela ou batê-las com leite vegetal e consumi-las em forma de shakes. Chás também são uma excelente opção, e ainda nos ajuda a consumir a quantidade necessária de líquido nessa época do ano.

Porém, é importante ficar atento ao aparecimento de transtornos alimentares no inverno, é o que diz Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, pois é uma época em que ocorrem várias celebrações e festividades relacionadas à comida, como feriados e encontros sociais. Para pessoas com transtornos alimentares, esses eventos podem desencadear ansiedade, dificuldades na relação com a comida e comportamentos compensatórios prejudiciais, como restrição alimentar ou compulsões.

“Muitas vezes, os transtornos alimentares estão ligados à insatisfação com a imagem corporal. Durante o inverno, algumas pessoas podem experimentar maior ansiedade em relação ao corpo devido a fatores como o uso de roupas mais volumosas, a comparação com padrões de beleza associados ao verão ou a menor exposição ao sol, que pode afetar o humor e a autoestima”, diz Higor.

Algumas pessoas experimentam mudanças de humor e sintomas de depressão sazonal durante o inverno, conhecido como transtorno afetivo sazonal (TAS). Essa condição pode estar associada a alterações no apetite e no sono, o que pode influenciar os padrões alimentares e, em alguns casos, contribuir para o desenvolvimento ou agravamento dos transtornos alimentares.

Cada indivíduo é único e que nem todas as pessoas com transtornos alimentares são afetadas pelo inverno da mesma forma. É fundamental abordar as questões subjacentes aos transtornos alimentares, como autoestima, imagem corporal, regulação emocional e padrões de pensamento disfuncionais, por meio de tratamento adequado e apoio psicológico especializado. Um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta, pode fornecer uma visão mais individualizada e apropriada para cada caso. 

 



FONTES:

Francisco Tostes (@doutortostes) - especialista em medicina do esporte, atuante em endocrinologia, sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). O médico e sócio do Instituto Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é formado há mais de 20 anos. Pós-graduado em Clínica Médica, Endocrinologia e especialista em Medicina do Esporte, mestre em Bioquímica pela UFRJ. Pesquisador em terapias hormonais, possui publicações científicas na área. Tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção como no tratamento de doenças.

Fabiana Albuquerque - nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em nutrição esportiva e funcional pela Vp. CRN 13101170.

Higor Caldato (@drhigorcaldato) - médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA) e fez sua residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como suas especializações de psicoterapias e transtornos alimentares também pela universidade carioca.



Síndrome de Guillain-Barré: entenda a doença

 Especialista do CEJAM explica diagnóstico, que pode levar à fraqueza muscular, formigamento, dormência e redução ou ausência de reflexos


Recentemente, o ator Reynaldo Gianecchini, 51, anunciou ao público que tem a síndrome de Guillain-Barré. Durante uma entrevista para um podcast, ele revelou que recebeu o diagnóstico enquanto se preparava para seu novo musical, “Priscilla, a Rainha do Deserto”. 

Apesar da grande repercussão que o assunto vem ganhando, muitas pessoas ainda desconhecem os detalhes sobre essa doença. A condição faz com que o sistema imunológico comece a atacar partes do sistema nervoso periférico, resultando em sintomas como fraqueza muscular, formigamento, dormência e redução ou ausência de reflexos. 

“A Síndrome de Guillain-Barré, mais precisamente chamada de polineuropatia inflamatória desmielinizante aguda, é classificada como uma doença autoimune, em que a resposta imunológica desencadeia inflamação do sistema nervoso periférico em um ou mais tecidos ou órgãos de um indivíduo”, explica Dr. Roger Gomes, neurologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim". 

A síndrome é desencadeada por uma infecção prévia, geralmente de natureza respiratória ou gastrointestinal, que ocorre entre 2 e 6 semanas antes do seu diagnóstico. Assim, quadros de diarreia, infecções respiratórias, infecção pelo DARS-Cov-2, arbovírus, entre outros, podem ser considerados fatores desencadeantes. 

"É importante ressaltar que qualquer músculo do corpo pode ser afetado, incluindo os músculos respiratórios, como o diafragma, o que pode levar à insuficiência respiratória em diferentes graus em até um terço dos pacientes. Além disso, a doença, geralmente, afeta os nervos periféricos responsáveis pelo controle da atividade cardíaca e da pressão arterial, podendo causar arritmias cardíacas e hipertensão arterial aguda", complementa o médico. 

Apesar de assustar à primeira vista, a doença é considerada rara e não contagiosa. No Brasil, a incidência é baixa, atingindo entre 1 e 4 pessoas a cada 100 mil habitantes anualmente, segundo o Ministério da Saúde. Os jovens e adultos entre 20 e 40 anos são os mais afetados. 

O diagnóstico inicial é clínico e posteriormente confirmado por meio de exames que avaliam os nervos e músculos, como a eletroneuromiografia e a análise do líquido cefalorraquidiano, obtido por meio de uma punção na coluna lombar.

"O reconhecimento precoce da doença é fundamental para iniciar o tratamento o mais rápido possível, a fim de evitar fraqueza prolongada, comprometimento dos músculos respiratórios e, nos casos mais graves, insuficiência respiratória com necessidade de intubação e respirador mecânico", reforça o neurologista. 

Atualmente, as principais abordagens terapêuticas para tratar a síndrome são o uso de imunoglobulina humana intravenosa em altas doses. E se a sua utilização não resultar em uma melhora significativa, geralmente, recorre-se à troca do plasma do paciente por meio de um procedimento chamado plasmaferese. 

Em alguns casos, pode ser necessária uma combinação dos dois procedimentos. No país, ambos os tratamentos estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejamoficial

 

Início do inverno: confira dicas para driblar a depressão sazonal

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Patrícia Dutra, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, aponta os motivos do diagnóstico em tempos frios 


Com a chegada do inverno, muitas pessoas enfrentam não apenas o frio intenso, mas também uma queda nos níveis de energia e, em alguns casos, sintomas de depressão sazonal. De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra com a depressão sazonal durante os meses mais frios do ano. 

Patrícia Dutra, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, explica que as pessoas são mais propensas a experimentar depressão sazonal durante os meses de inverno devido a uma combinação de fatores, incluindo a diminuição da exposição à luz solar, mudanças nos ritmos circadianos e alterações nos níveis de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina. “Normalmente, os grupos mais afetados neste período são aqueles que vivem em regiões com invernos longos e rigorosos, onde a luz solar é escassa, bem como pessoas com histórico pessoal ou familiar de transtornos de humor, como depressão ou transtorno afetivo”. 

Para driblar essa sensação de desânimo e tristeza, Patrícia enfatiza a importância da exposição à luz natural durante o inverno para regular os ritmos circadianos do corpo. "Buscar a exposição à luz solar durante o dia pode ajudar a regular o humor e os padrões de sono, contribuindo para uma melhora significativa nos sintomas", destaca.

Além disso, a prática regular de atividade física é uma ferramenta fundamental no combate à depressão sazonal. "O exercício físico libera endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, além de melhorar a qualidade do sono e reduzir os níveis de estresse", explica. A coordenadora recomenda incluir pequenas atividades físicas na rotina diária, como caminhadas rápidas ou sessões de yoga, para colher os benefícios para a saúde mental.

A alimentação também desempenha um papel crucial no bem-estar emocional durante o inverno, segundo a especialista. "Priorizar alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, pode fornecer ao corpo a energia necessária para enfrentar os desafios do dia a dia", orienta Patricia.

Estabelecer uma rotina regular de sono também é fundamental para melhorar a qualidade do descanso e aumentar os níveis de energia. "Manter horários consistentes de dormir e acordar pode ajudar a regular os padrões de sono e promover um descanso mais reparador durante o inverno", aconselha.

Por fim, Patrícia Dutra destaca a importância de buscar apoio social e profissional sempre que necessário. "Conversar com amigos e familiares sobre os desafios enfrentados pode proporcionar suporte emocional, assim como participar de grupos de apoio. Além disso, não hesite em procurar a orientação de um profissional de saúde mental para obter estratégias adicionais de enfrentamento", conclui.



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Coalizão Vozes do Advocacy e Associação Cearense de Diabéticos de Hipertensos promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde no Ceará

O cenário de gastos relacionados com diabetes no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*. Segundo outro estudo, considerando gastos do SUS com hospitalizações, procedimentos ambulatoriais e medicamentos, os custos diretos atribuíveis à hipertensão arterial, ao diabetes e à obesidade no Brasil totalizaram R$ 3,45 bilhões, ou seja, US$ 890 milhões **.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, publicados pelo Jornal Diário do Nordeste, 1601 pessoas morreram no Ceará em decorrência da condição em 2019 e 30% do total de hemodiálises são causadas pelo diabetes mal controlado.

Outra complicação importante foi diagnosticada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no ano passado. Embora o crescimento de amputações realizadas entre 2012 e 2022 esteja estabilizado no país, no Ceará houve um aumento expressivo de 175% devido ao diabetes mal controlado. Em 2022, foram 1.573 no Estado.

Pensando em reduzir boa parte destes gastos investidos pelo SUS, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, em parceria com a Associação Cearense de Diabéticos de Hipertensos promovem o Projeto Educar para Salvar. A iniciativa visa capacitar os profissionais de saúde de Maracanaú, município ao lado de Fortaleza, no dia 19 de junho, às 8h, na Faculdade Maurício de Nassau. 

Nesta edição, o projeto conta com o apoio das empresas: Novo Nordisk e Roche.

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 24 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

 



Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).


Conscientização sobre Esclerose Lateral Amiotrófica: autonomia nas atividades diárias é o foco da Terapia Ocupacional

 

Doença atinge 2 em cada 100 mil pessoas no mundo, sendo considerada rara


O dia 21 de junho é destinado à celebração do Dia Mundial da Conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A doença atinge 2 em cada 100 mil pessoas no mundo, sendo considerada rara. No Brasil, são 15 mil novos casos por ano. O país adotou a mesma data para o Dia Nacional de Luta Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), com o objetivo de levar conhecimento e sensibilizar a população sobre a doença. Além de, buscar apoio aos pacientes e incentivar as pesquisas para melhorar o tratamento.  

A ELA é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, acarretando paralisia motora irreversível e morte precoce, como consequência da perda de movimentos respiratórios, digestão e fala. Ainda não se têm informações sobre a causa da doença, entretanto, é provocada pela degeneração dos neurônios motores responsáveis por transmitir impulsos nervosos.  

Os sintomas da Esclerose Lateral Amiotrófica costumam aparecer em pacientes com mais de 50 anos, porém, podem surgir em pessoas mais jovens. O principal sintoma que acende o alerta dos médicos, é a fraqueza muscular acompanhada de endurecimento dos músculos, inicialmente em um dos lados do corpo, e atrofia muscular. Mas, câimbras, tremor muscular, reflexos, espasmos e perda de sensibilidade também são sintomas e devem ser investigados.  

A terapeuta ocupacional (TO), Syomara Cristina, realiza tratamento em pacientes diagnosticados com ELA e explica que a doença não afeta nenhum dos cinco sentidos, (visão, olfato, paladar, audição e tato), nem o funcionamento da bexiga, intestinos e a capacidade de pensar e raciocinar.  

“Pessoas com ELA normalmente têm perda gradual de força e coordenação muscular. Não conseguem realizar atividades diárias, dificuldade para respirar e engolir, facilidade para engasgar-se, babam e gaguejam, cabeça caída, problemas com a fala, alterações na voz, perda de peso, câimbras e contrações musculares”, enumera a TO. 

Ainda não existe cura para a doença. Então, é realizado um tratamento multidisciplinar combinando medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia e nutricionista para reduzir a velocidade de progressão da doença e prolongar a vida do paciente.  

Syomara afirma que o profissional indicado para a avaliação quanto a melhora no desempenho ou segurança para a realização de uma atividade cotidiana é o terapeuta ocupacional. “O TO é o profissional que avalia a capacidade funcional do paciente e por meio da análise da atividade indica o tratamento mais adequado. Costumamos utilizar o método Perfetti e terapia da mão para conseguir realizar atividades de vida cotidiana”, diz.  

O terapeuta ocupacional também pode indicar o uso de alguns produtos assistivos que auxiliam o paciente na realização de atividades diárias,  no convívio familiar e no trabalho, como, adaptador de preensão universal que pode ser utilizado por pessoas que têm dificuldade de segurar objetos.  

“Nem todos os pacientes conseguem utilizar produtos assistivos para facilitar suas atividades diárias, depende de vários fatores como, evolução da doença e capacidade dos movimentos e coordenação. O TO irá avaliar a possibilidade e indicar ou não o dispositivo”, explica Syomara.  

O método Perfetti foi desenvolvido nos anos 1970 na Itália e resgata as lembranças de experiências motoras do paciente por meio das sensações, assim, reaprende movimentos pela integração entre mente e corpo. A terapia pode, por meio da linguagem, associar os estímulos a lembranças pessoais, como os pelos de seu cachorro ou o tapete de sua casa, por exemplo. Assim, há maiores chances de que a pessoa em tratamento reconheça as sensações e volte a apresentar sensibilidade na região do corpo que está sendo trabalhada. 

Já a Terapia da Mão é utilizada para conseguir recuperar a autonomia dos pacientes nas mãos e membros superiores, com exercícios e aparelhos definidos pelo terapeuta ocupacional.  

Syomara ressalta que o terapeuta ocupacional que deseja trabalhar com pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica, deve aprofundar os conhecimentos em neurologia. Além de trabalhar em conjunto com os outros profissionais de saúde e familiares do paciente.  

“Trabalhar no tratamento de pacientes com ELA é difícil. A doença tira a autonomia de pessoas que eram independentes, cuidavam de suas casas e trabalhavam, isso afeta o psicológico de todos a sua volta. Unir uma equipe de profissionais de saúde com os familiares é a melhor forma de trazer mais autonomia e qualidade de vida para os acometidos pela doença”, afirma a TO. 

Não existe prevenção para a doença, já que ainda não foram mapeados fatores ou comportamentos de risco que possam provocar a ELA. Entretanto, pessoas que tem parentes próximos com a doença devem ficar em alerta, já que foram mapeados fatores genéticos no desenvolvimento. 

 

Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 34 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.

 

Índice de mortalidade infantil recua 51% em todo o mundo e 60% no Brasil, diz levantamento

 Resultado é fruto de esforço coletivo de entes públicos e privados, que atuam para prevenir mortes de crianças no Brasil com o uso de tecnologia e expertise médica

 

Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no primeiro semestre deste ano indica que a mortalidade infantil mundial atingiu sua mínima histórica em 2022. Conforme o documento, o número de crianças que morreram antes de completarem cinco anos caiu para 4,9 milhões em 2022, marcando um recorde. Além disso, a taxa global de mortalidade infantil abaixo dos cinco anos diminuiu 51% desde 2000, enquanto no Brasil a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 60% no mesmo período. 

A PBSF (Protecting Brains & Saving Futures), empresa brasileira cuja missão é revolucionar o cuidado neurológico de recém-nascidos de alto risco no mundo todo, tornando-o mais acessível, eficiente e preciso, tem sido parte relevante desse esforço coletivo para melhorar o atendimento aos recém-nascidos no país, prevenindo mortes e sequelas por meio de um modelo de saúde digital inovador, que utiliza uma central de monitoramento, equipes especializadas e ferramentas de inteligência artificial para assistir 50 UTIs neonatais em diversas regiões brasileiras. Esta iniciativa já prestou assistência a mais de 11.000 bebês, com monitoramento de sinais cerebrais superior a 700 mil horas.

 

“Entre os pacientes de risco monitorados estão bebês com asfixia perinatal (falta de oxigenação ao nascimento), prematuridade, malformação cardíaca e infecções. Estamos falando da possibilidade real de detectar convulsões e outros agravos clínicos potencialmente fatais, de forma precoce, preservando a vida e a integridade do cérebro das crianças. Este é um avanço muito importante e que atualmente está disponível em maternidades públicas e privadas do país”, detalha o Dr. Gabriel Variane, neonatologista e fundador da PBSF.

 

Uma das maiores causas de morte 

A asfixia perinatal é considerada, pela OMS, como a terceira maior causa de mortes em recém-nascidos em todo o mundo, representando 23% do total. No Brasil, estima-se que 20 mil crianças nasçam, todos os anos, com falta de oxigenação no cérebro. Esta situação pode ocorrer antes, próximo ao nascimento ou logo depois. Além do risco de morte, este problema também pode causar lesões cerebrais em bebês com idade gestacional entre 37 e 42 semanas.

 

Detector de crises 

Um exemplo do impacto desse modelo de assistência é a redução dos índices de mortalidade infantil em três cidades com grandes maternidades públicas na Baixada Santista, que utilizam o sistema da PBSF. Essa atuação ganhou destaque internacional em um artigo publicado no JAMA Network Open em 2023, que descreveu a maior coorte de recém-nascidos com asfixia perinatal submetidos a monitoramento cerebral com ferramentas de saúde digital, originada no Brasil. 

No estudo, 872 bebês foram monitorados, dos quais 296 (33,9%) apresentaram crises epilépticas. Desses bebês com crises, 89% tiveram crises subclínicas, sem sinais físicos, diagnosticadas apenas através do monitoramento. 

“É importante destacar que a mortalidade neonatal é o principal fator contribuinte para a mortalidade infantil. Ações durante a gravidez, parto e os primeiros dias de vida podem ajudar a reduzir ainda mais esses índices. Acreditamos que, com o avanço da tecnologia, incluindo a análise de múltiplas informações simultaneamente, o uso de inteligência artificial e ferramentas de realidade imersiva, podemos contribuir progressivamente para a redução destas mortes de recém-nascidos no Brasil e no mundo”, finaliza.
 

PBSF - Protecting Brains & Saving Futures


Testosterona: riscos e benefícios, uma questão de equilíbrio


A testosterona é um hormônio sexual essencial para homens e mulheres. Embora possua papel predominante nas características sexuais masculinas, é também muito importante em diversos aspectos da saúde feminina. 

O hormônio tem papel importante para a densidade óssea, prevenindo a osteoporose, estimulando a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, influenciando o humor, o nível de energia e a sensação de bem-estar geral, além de regular o desejo sexual, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. 

“Ao longo da vida, os níveis de testosterona podem variar naturalmente e são afetados por diversos fatores, como idade, condições médicas e hábitos de vida. Por esse motivo, é importante que haja uma avaliação periódica de seus níveis, para verificar a eventual necessidade de suplementação”.

 

Atenção ao uso indiscriminado 

A suplementação desnecessária ou em quantidades além do necessário podem trazer prejuízos à saúde. 

Quando em excesso, alerta o especialista, o hormônio pode causar surgimento de acne, queda de cabelo, aumento da oleosidade da pele, engrossamento da voz e crescimento de pelos. 

“Com o tempo, irregularidades menstruais, infertilidade, atrofia das mamas e risco aumentado de malformações fetais, em caso de gravidez. Em longo prazo, o uso indiscriminado da testosterona pode comprometer a saúde cardiovascular, aumentando o risco de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais. Em casos extremos, pode levar a hepatopatias e problemas renais”.

 

Consulte sempre um médico 

De acordo com o Dr. Alexandre, a testosterona é um hormônio essencial para o corpo humano, mas seu uso deve ser feito sob rigorosa supervisão médica. 

“Um profissional qualificado poderá avaliar cada caso, determinar a necessidade de terapia hormonal e, quando necessário, prescrever a dosagem adequada”. 

Evite o uso indiscriminado de testosterona. Priorize sua saúde e busque sempre a orientação de um especialista.


Junho Lilás: Teste da Bochechinha é aliado da Triagem Neonatal na identificação precoce de doenças tratáveis

Teste utiliza tecnologia de Sequenciamento de Nova Geração (NGS), que possibilita avaliação simultânea de múltiplos genes e rastreamento de várias doenças raras

 

Junho Lilás é o mês de conscientização da Triagem Neonatal, popularmente conhecida como Teste do Pezinho. O exame pode ser realizado nas primeiras horas de vida do recém-nascido e é crucial para identificar precocemente doenças tratáveis. Atualmente, no Brasil, a versão básica do teste é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é obrigatória. Porém, nos últimos anos, a genética tem implementado grandes avanços na área e novos exames estão disponíveis para a população.

Entre eles, está o Teste da Bochechinha – um exame genético capaz de identificar mais de 340 doenças tratáveis que se manifestam na infância. O teste utiliza a tecnologia de Sequenciamento de Nova Geração (NGS, na sigla em inglês), que possibilita a avaliação simultânea de múltiplos genes e o rastreamento de uma gama maior de doenças raras.

“Vale reforçar que o Teste da Bochechinha não substitui a Triagem Neonatal, mas a complementa e pode ser uma ferramenta importante na detecção de doenças de forma precoce”, destaca Vagner Simões, Country Manager da Illumina.

O diagnóstico precoce possibilita que a família inicie o tratamento com antecedência e contribui para que a criança tenha mais qualidade de vida. Conforme o Ministério da Saúde (MS), há cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil com alguma condição rara de saúde.[1] “Atualmente, a jornada do paciente com doença rara dura de 5 a 6 anos. Exames como esse podem contribuir na redução da jornada do paciente raro e dos custos para o sistema de saúde”, completa.

O teste é simples, indolor e pode ser feito no primeiro dia de vida do recém-nascido. A amostra é obtida utilizando um cotonete (swab), que é esfregado na parte interna da bochecha do recém-nascido.



Illumina
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