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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Seconci-SP: tratamento correto da asma possibilita vida normal ao paciente

Para tanto, é necessário diagnóstico correto e acompanhamento médico periódico

 

Falta de ar ou dificuldades para respirar, tosse, chiado ou aperto no peito – estes são os sintomas da asma, uma doença crônica inflamatória dos brônquios. Mas para se ter um diagnóstico e tratamento corretos, é fundamental o acompanhamento médico periódico.

A recomendação é da dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Nacional do Combate à Asma (21 de junho). Ela alerta que apenas 12% das 2 milhões de pessoas no Brasil tem a doença controlada.

A pneumologista explica que a asma precisa estar bem controlada para possibilitar ao paciente o desempenho de uma vida normal. “Por isso, não basta tomar a medicação: é necessário realizar uma reavaliação periódica. Mesmo que a pessoa não tenha sintomas, deve retornar ao médico ao menos uma vez por ano”, explica.

Ter a asma controlada significa que o paciente desempenhe suas atividades sem esforço, está sem crises e não necessita de medicação de resgate, a chamada bombinha. “A necessidade da medicação de resgate segue a demanda do paciente e a periodicidade do seu uso é um indicativo da qualidade do controle da sua asma”.

A médica relata que, neste ano, a Gina (sigla em inglês da entidade Iniciativa Global pela Asma) enfatiza a importância da educação dos pacientes para que tenham conhecimento da natureza da sua doença que é crônica; das estratégias de tratamento que envolvem corticoides inalados de modo continuado para tratar a inflamação brônquica; dos fatores que dificultam o controle da asma, como rinite e refluxo esofágico sem tratamentos; e dos fatores desencadeantes.

“É importante reconhecer que a doença não está bem controlada ao se usar com frequência a medicação de resgate, a bombinha com broncodilator; ao se ter crises noturnas; ao se sofrer limitação para as atividades rotineiras, e quando se necessita buscar tratamento de urgência”, afirma a dra. Marice.


Fatores desencadeantes

Segundo a dra. Marice, os sintomas da asma variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada. A doença afeta pessoas em qualquer idade, podendo ser desencadeada por fatores genéticos, ambientais e comportamentais, tais como: exposição a pelos de animais, poeira domiciliar, mofo, ácaro, fumaça e poluição; mudança da temperatura ambiente; prática de exercícios físicos intensos, e estresse. O tabagismo também possibilita desencadear a asma, e a obesidade pode ser um fator de risco para maiores complicações.

A pneumologista aponta que a asma é diferente da bronquite. “Apesar de os sintomas serem parecidos, o quadro clínico é extremamente diferenciado. A asma é uma doença inflamatória de causa não totalmente conhecida; já a bronquite é mais relacionada ao tabagismo”.


Diagnóstico e tratamento

Diante dos sintomas, é muito importante consultar o médico para a realização de um diagnóstico correto, feito por raio X ou espirometria (exame que mede a quantidade de fluxo de ar que entra e sai dos pulmões) e iniciar o tratamento corretamente.

A doença não tem cura, mas pode ser controlada. “Usamos duas abordagens nos casos de crises: uma é a medicina de resgate e alívio, com uso da bombinha; a outra é o tratamento de prevenção, com o uso, por exemplo, de corticoides inalados.  Quando a doença está controlada, o paciente quase não apresenta sintoma. A necessidade da medicação de resgate e a sua periodicidade também serão definidas pelo médico”.

“O uso do broncodilatador isolado como único tratamento da asma não é indicado. O conhecimento sobre a doença permite uma maior adesão ao tratamento e o controle da asma mais adequado”.

A pneumologista destaca que, para evitar o desencadeamento de novas crises, são muito importantes os cuidados com a higiene ambiental, evitando-se poeira, mofo, pelos de animais, prevenir o tabagismo e também cuidar da saúde mental.

“Às vezes a asma aparece na vida adulta, às vezes pode se agravar, e há quem entre em remissão. Por isso, é de extrema importância que o asmático tenha conhecimento da doença e saiba manusear os dispositivos de tratamento, tirando os fatores de risco do ambiente, além de seguir corretamente a parte medicamentosa. Dessa forma, ele conseguirá manter a patologia sob controle e ter um maior bem-estar no dia a dia”, ressalta a médica.

O Seconci-SP conta com um corpo clinico responsável para indicar a melhor forma de tratar a enfermidade. E boa parte do tratamento também está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).


Quem cuida do cuidador: como está a saúde mental dos profissionais de saúde?


Como médico e parte da comunidade de saúde, testemunho diariamente o desafio que é manter o equilíbrio entre cuidar dos outros e de nós mesmos. A jornada começa na formação acadêmica e intensifica-se dramaticamente ao entrarmos no mercado de trabalho. Se a essência da medicina é cuidar da humanidade, falhamos em nossa missão ao negligenciar a nossa própria saúde? 

Um levantamento de 2023 da Associação Médica Americana (AMA) que analisou respostas de mais de 13.000 médicos e profissionais de saúde em 30 estados americanos aponta que mais da metade dos médicos nos Estados Unidos (53%) sofreram burnout em 2022. No Brasil, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) encontrou que 86% dos profissionais de saúde estudados estavam acometidos pela Síndrome de Burnout, e 81% apresentavam altos níveis de estresse no mesmo ano de 2022. 

Os resultados da UFSCar também destacam problemas como má qualidade de sono, sintomas depressivos e dores frequentes no corpo . Qualquer médico atento recomendaria a seus pacientes uma revisão no estilo de vida e exploraria alternativas para melhorar sua saúde a curto, médio e longo prazo. Por que então hesitamos em aplicar esse mesmo cuidado a nós mesmos? 

Na Noruega, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia investigaram por que médicos continuam a trabalhar mesmo estando doentes, a conclusão mostra que há uma combinação complexa de fatores que incluem a avaliação pessoal da própria saúde, características das estruturas organizacionais, cultura profissional e fatores individuais, entre eles, uma cultura de valorização do sacrifício pessoal e o desejo de não sobrecarregar colegas que precisam cobrí-los em caso de ausência. Essa mentalidade nos ensina a suportar desconfortos, ignorar nossos próprios sintomas e priorizar o cuidado ao próximo, frequentemente à custa da nossa saúde, bem-estar e evolução profissional. 

O esgotamento mental e físico entre médicos não só aumenta o risco de doenças mentais como também afeta negativamente nossos entes queridos, colegas e pacientes. Gerir o cuidado com pacientes e famílias, absorver histórias de vida e morte, e comunicar diagnósticos muitas vezes devastadores demanda uma carga emocional significativa que precisamos aprender a manejar. 

Alguns aprendizados que compartilho com meus colegas: não hesitem em delegar responsabilidades, construir uma rede de apoio e procurar aconselhamento com outros profissionais de saúde. O consultório muitas vezes é algo solitário. Além disso, nossas numerosas obrigações, como estudo de casos, plantões, atendimento clínico, administração financeira e até mesmo a simples tarefa de manter a sala de espera abastecida, pesam mais ao final do dia do que muitos podem imaginar. Cuidar de nossa saúde mental é tão crucial quanto cuidar da física.  



Fábio Soccol - médico e co-fundador da Livance, uma startup dedicada à gestão de consultórios para médicos e profissionais de saúde. Cuidar de quem cuida nunca foi tão necessário.


Rótulos de alimentos: especialista dá dicas de como identificar produtos mais saudáveis

Coordenador da Fugini explica a importância de avaliar a lista de ingredientes, informações nutricionais e altas adições para escolhas mais conscientes 

 

Nos últimos anos, com a maior conscientização das pessoas sobre a alimentação e as consequentes mudanças nos hábitos de consumo, a demanda por produtos saudáveis segue em alta. Nesse sentido, os rótulos das embalagens se tornaram uma ferramenta essencial no processo de escolhas mais conscientes.  É o que explica Cassilândio Paiva dos Santos, técnico em alimentos e coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Fugini, empresa líder no mercado de molhos de tomate. 

Segundo ele, saber ler, entender e interpretar as informações presentes na lista de ingredientes e nas tabelas nutricionais é essencial para identificar produtos mais saudáveis. Para entender como fazer essa leitura, o primeiro passo é saber que os ingredientes, listados no rótulo, estão elencados em ordem de quantidade, do maior para o menor. 

“A conscientização sobre a leitura da lista de ingredientes é muito importante. Essa prática permite estabelecer a compatibilidade entre o que você procura e o que o produto oferece. Quanto mais ingredientes e nomes complexos estiverem descritos no rótulo, mais distante da saudabilidade estará esse alimento. Molhos de tomate mais nutritivos, por exemplo, têm o tomate como primeiro ingrediente e nenhum aditivo artificial”, complementa o coordenador da Fugini. 

O especialista destaca também a importância de o consumidor verificar possíveis alergênicos ou substâncias que devem ser evitadas, além de se atentar, de forma geral, à quantidade de calorias, gorduras, açúcares e outros nutrientes presentes no produto.

 

Alto em sódio, açúcar adicionado e gordura saturada

A partir das novas regras de rotulagem estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as embalagens passaram a contar com um selo na parte frontal, indicando quando os alimentos possuem altas adições de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada. De acordo com Santos, essa iniciativa é importante para contribuir com o processo de escolhas conscientes por parte dos consumidores. 

“Algumas vezes, ao observar a lista de ingredientes, as informações não estão tão claras. Açúcares adicionados podem aparecer com outras denominações além do açúcar de cana, como é o caso do mel, melaço, extrato de malte, sacarose, dextrose, xaropes, açúcar invertido, frutose e maltodextrina”, aponta o especialista. 

Quanto às gorduras, o especialista da Fugini afirma que seu consumo é importante para diferentes funções do organismo, mas quando consumidas em excesso, especialmente as gorduras saturadas e as trans, podem colocar a saúde em risco. 

“Podemos reconhecer as gorduras saturadas a partir da presença de óleos vegetais, como o de palma. Já as gorduras trans têm maior presença em ingredientes como os hidrogenados. Entendemos por gorduras totais a soma de todos os tipos de gorduras presentes nos alimentos, portanto, se elas também tiverem um alto índice indicado na tabela nutricional, é preciso ter atenção na escolha e na quantidade a ser consumida”, alerta Santos.

Preocupada em oferecer alimentos focados em saudabilidade e clean label, desde 2016 a Fugini vem fazendo um movimento de mudanças na lista de ingredientes de seus produtos. Por conta disso, apenas quatro dos seus 60 diferentes produtos comercializados pela empresa apresentam o selo. A indicação está no ketchup, barbecue, amendocrem e goiabada da marca, todos produtos com altos índices de açúcar em função de sua categoria, que apresentam algumas formulações já consagradas. “No entanto, o mais importante é a informação estar clara e o consumidor ter a consciência disso”, conclui o coordenador da marca.  


Cientistas identificam, no sangue de pacientes com malária, moléculas associadas ao risco de recaída

Imagens ilustrativas de Plasmodium vivax. As setas indicam os estágios
sanguíneos assexuados de anel (cinza), trofozoíto (azul), esquizonte (verde) e o
estágio sexuado conhecido como gametócito(vermelho)
(
imagens: Laboratório de Doenças Tropicais/Unicamp)
Pesquisa divulgada na Scientific Reports foi feita com amostras de voluntários infectados pelo Plasmodium vivax, espécie capaz de produzir formas dormentes que podem ser reativadas meses após o tratamento. Resultados podem orientar o desenvolvimento de um diagnóstico de detecção dessas formas, impactando significativamente no controle de casos e no tratamento

 

A forma mais comum de malária no Brasil é a causada pelo parasita Plasmodium vivax. Embora a espécie provoque um quadro mais brando em comparação à P. falciparum, ela possui uma característica que torna o controle da doença muito difícil: a capacidade de produzir formas dormentes do protozoário no fígado do hospedeiro que podem ser reativadas meses após o término do tratamento. De acordo com a literatura científica, esse fenômeno, denominado recorrência ou recaída, pode ser responsável por aproximadamente 90% dos casos no país.

Em artigo publicado na revista Scientific Reports, pesquisadores brasileiros descreveram, pela primeira vez, possíveis biomarcadores associados à recorrência da malária vivax. Financiada pela FAPESP (projetos 17/18611-7 e 21/04632-8), a pesquisa fornece informações relevantes sobre potenciais alvos para o desenvolvimento de antimaláricos e possíveis marcadores relacionados ao risco de recaída.

Para identificar esses biomarcadores, pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp), do Estado do Amazonas (UEA) e Federal de Goiás (UFG) analisaram o plasma sanguíneo de 51 pacientes amazônicos com malária vivax recorrente e de 59 não recorrente (que estavam ainda no primeiro episódio da doença). As amostras foram analisadas por meio de metabolômica não direcionada, técnica que avalia todo o conjunto de metabólitos presente na amostra. O objetivo foi compreender como o metabolismo dos voluntários foi afetado durante esses dois momentos da infecção.

Os pacientes foram acompanhados por 180 dias e, majoritariamente, apareceram com o “novo” episódio entre 40 e 60 dias após o inicial. A análise com espectrometria de massa (equipamento que identifica compostos com base na massa molecular) revelou 52 e 37 metabólitos significativos nos participantes recorrentes e não recorrentes, respectivamente.

“No momento em que o paciente chega com o episódio inicial de malária, há uma superexpressão de metabólitos, situação que muda completamente nos episódios de recorrência, caracterizada pelo maior número de metabólitos diminuídos”, relata à Agência FAPESP Jessica R. S. Alves, pesquisadora do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e uma das autoras do trabalho.

“Além disso, entre os pacientes com recorrência, observamos uma modulação principalmente em vias lipídicas envolvidas na produção de prostaglandina e leucotrienos – moléculas envolvidas na resposta imune do hospedeiro. Já o grupo que estava no primeiro episódio foi caracterizado por alterações no metabolismo do triptofano e da vitamina B6 [piridoxina], que já foram descritos na literatura científica como importantes nutrientes do hospedeiro utilizados pelo parasita para se desenvolver.”

Os pesquisadores realizaram ainda uma análise de dados mais aprofundada, que revelou o enriquecimento de outras vias metabólicas para o fenótipo da malária recorrente, incluindo substâncias como butanoato, aspartato, asparagina e N-glicano.

“Todos esses marcadores podem sugerir vias com associação à recorrência e podem, no futuro, ser usados para caracterizá-la”, diz Gisely C. de Melo, pesquisadora da UEA que também assina o estudo.


Perspectivas

“A principal contribuição do trabalho foi direcionar as análises em relação a quais vias metabólicas precisamos investigar mais profundamente para tentar entender e preencher lacunas que envolvem o estudo das recorrências”, diz Fabio Trindade Maranhão Costa, professor do IB-Unicamp e coautor do artigo.

No entanto, os pesquisadores destacam duas limitações do estudo: o número de participantes (relativamente pequeno) e a incerteza sobre a origem das recorrências (poderia ser uma recaída ou um nova infecção, por exemplo).

“Não temos, hoje, como diagnosticar as recaídas e tratá-las adequadamente”, sublinha Melo.

Segundo os autores, os próximos passos envolvem a condução de estudos multicêntricos, com um maior número de pacientes e uma cobertura geográfica mais ampla do P. vivax. Além disso, o grupo pretende associar à metabolômica plasmática investigações lipidômicas (conjunto de lipídeos), proteômicas (conjunto de proteínas), transcriptômicas (conjunto de RNAs transcritos) e genômicas (sequenciamento genômico). Também devem ser feitas análises do perfil imunológico de pacientes com ou sem recorrências.

Além da FAPESP, apoiaram a pesquisa agora divulgada o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), The World Academy of Science (TWAS), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o Instituto Serrapilheira.

O artigo Host metabolomic responses in recurrent P. vivax malaria pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-024-54231-5.

 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/cientistas-identificam-no-sangue-de-pacientes-com-malaria-moleculas-associadas-ao-risco-de-recaida/51959


Neurologista alerta sobre a “romantização” do Dia do Orgulho Autista – 18 de junho

 Celebrado anualmente em 18 de junho, o Dia do Orgulho Autista é uma ocasião crucial para promover a conscientização e a compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“No entanto, é fundamental ressaltar que o objetivo desta data não é romantizar o TEA, mas sim educar a sociedade sobre os desafios enfrentados pelas pessoas com essa condição e incentivar ações concretas para apoiá-las. O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Embora cada indivíduo com TEA seja único, essas pessoas enfrentam dificuldades significativas em seu cotidiano”, ressalta Dr. Matheus Trilico, neurologista referência em Autismo e TDAH em adultos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam mais de 2 milhões de pessoas com TEA no Brasil.

Para Dr. Matheus, é essencial entender que o TEA não é uma escolha ou uma característica desejável, mas sim uma condição que pode gerar prejuízos constantes na vida dos pacientes. As pessoas com TEA podem enfrentar desafios na comunicação verbal e não verbal, na compreensão de pistas sociais e na adaptação a mudanças em suas rotinas.

O neurologista, que dedica sua carreira para TEA em adultos, enfatiza ainda que esses desafios podem afetar sua capacidade de formar relacionamentos, alcançar independência e ter sucesso acadêmico e profissional. Muitos, inclusive, estão desempregados. Além disso, o autismo também pode se relacionar com problemas sensoriais, ansiedade e outras condições de saúde mental.

“O Dia do Orgulho Autista serve para ampliar a compreensão da sociedade sobre essas dificuldades e promover a empatia e o apoio às pessoas com TEA e suas famílias. É um momento para destacar a importância do diagnóstico precoce, da intervenção adequada e da inclusão social. Também é uma oportunidade para celebrar as conquistas e os talentos únicos das pessoas com TEA, reconhecendo que elas têm muito a contribuir para a sociedade quando recebem o suporte necessário”, destaca o neurologista..

Trilico alerta para evitar a romantização do TEA. Frases como "o autismo é um superpoder" ou "pessoas com autismo são gênios" podem ser prejudiciais, pois minimizam os desafios reais enfrentados por essa população. Embora algumas pessoas com TEA possam ter habilidades excepcionais em áreas específicas, isso não é uma regra e não diminui as dificuldades que elas enfrentam em outras áreas da vida.

A proposta do neurologista é, em vez de romantizar o TEA, o Dia do Orgulho Autista deve ser um chamado à ação para a sociedade se informar, oferecer apoio e criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para as pessoas com essa condição. Isso inclui a promoção de políticas públicas que garantam o acesso a serviços de diagnóstico, tratamento e suporte, bem como a conscientização sobre a importância da neurodiversidade no local de trabalho e na comunidade em geral.

Neste Dia do Orgulho Autista, vamos nos comprometer a aprender mais sobre o TEA, a apoiar as pessoas com essa condição e suas famílias, e a trabalhar juntos para criar uma sociedade mais compreensiva e inclusiva.

 “Somente através da conscientização e da ação podemos fazer a diferença na vida das pessoas com Autismo e garantir que elas tenham as mesmas oportunidades de sucesso e felicidade, que todos merecem”, finaliza o Dr. Trilico.


Estudo alerta sobre a falsa necessidade de reposição de testosterona em mulheres

Shutterstock
A maioria dos testes não são precisos para essa finalidade e são raros os casos em que a reposição é necessária

 

Um estudo recente divulgado na revista científica The Lancet Diabetes & Endocrinology traz um alerta sobre a eficácia dos testes comuns de testosterona para as mulheres. Chamados de imunoensaios, esses testes podem apresentar resultados errados quando os níveis de testosterona são baixos, fazendo com que haja uma reposição desnecessária do hormônio. 

O médico endocrinologista André Vianna explica que mesmo se os níveis de testosterona se mostrarem baixos nesses testes, isso não significa que a mulher tem deficiência hormonal. “A verdade é que essa reposição nunca deve ser indicada para uma mulher. São raríssimos os casos em que isso é realmente necessário”, afirma Vianna, que alerta para as consequências da reposição indevida de testosterona para a saúde feminina. 

Ele explica que a reposição de testosterona é indicada de forma equivocada para sanar problemas como falta de libido e indisposição. “A testosterona em mulheres aumenta a libido, melhora a perda de gordura e traz uma sensação boa de uma maneira geral. Mas os riscos que a reposição de testosterona traz são muito maiores do que os benefícios. E em muitos casos os sinais do excesso são tardios”, reforça o endocrinologista. Entre as principais consequências, destaca-se a perda de cabelo, engrossamento da voz, alteração genital, aumento de clitóris, acne e oleosidade da pele, além de um maior risco de câncer e outras doenças.

 

Testes de testosterona em mulheres

Por ser um hormônio masculino, a concentração de testosterona em mulheres já é naturalmente baixa em comparação aos homens, o que abre brechas para uma avaliação equivocada nos testes. “Como nos homens os níveis são mais altos, é fácil detectar quando há um déficit do hormônio. Mas no caso das mulheres, o normal já é baixo. Então muitas vezes alguns médicos e pacientes interpretam esse resultado com a falsa necessidade de reposição hormonal, o que é muito perigoso”, explica Vianna. 

Para ter certeza dos resultados, os especialistas recomendam um método mais avançado e preciso, chamado LCMS. Este método é usado em testes antidoping e consegue medir a testosterona de maneira muito mais detalhada e confiável, mesmo com uma pequena amostra de sangue. “Diagnosticar falta de testosterona em mulheres é um grande equívoco e temos visto cada vez mais pessoas do sexo feminino utilizando esse hormônio sem necessidade e correndo sérios riscos de saúde. Os testes de testosterona em mulheres devem ser utilizados apenas para se diagnosticar o excesso do hormônio, não a falta dele”, finaliza Vianna.


NEM TUDO É CIÁTICO: SAIBA COMO IDENTIFICAR SE A DOR NA LOMBAR VEM DO NERVO

 

Quatro em cada dez pessoas sentem dores no nervo ciático, porém nem toda dor nas costas advém do ciático. Fisioterapeuta explica como são as dores que, de fato, advém da inflamação do nervo.

 

Quem nunca sentiu uma dor nas costas e imediatamente assumiu “É o ciático”? Quando se trata de dor lombar, uma série de termos vem à mente: dor ciática, dor no glúteo, dor no piriforme. Segundo estudo, 40% da população deve sofrer com dores no ciático ao longo da vida, porém, será que todas essas dores são realmente iguais? É fundamental compreender a terminologia para direcionar o tratamento de forma eficaz. 

“É comum recebermos pacientes com dor na região glútea e imediatamente presumir que seja ciático ou relacionado ao piriforme. No entanto, devemos nos questionar se a origem da dor é realmente essa e entender o tipo específico de dor em questão para tratar da forma correta”, explica Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral de Guarulhos. 

O especialista ainda indica que é bastante possível que o paciente esteja lidando com diferentes tipos de dor lombar, desde dor de origem no ciático com mecanismos de sensibilização central até dor na tíbia, onde estímulos mecânicos desempenham um papel crucial. 

Para identificar se a dor é de fato do nervo ciático ou não, o fisioterapeuta diz que, ao avaliar um paciente, é fundamental distinguir se a dor é de origem lombar com ou sem irradiação. Isso permite entender se a irradiação realmente vem da coluna lombar ou se é uma referência de dor de outras regiões, como parte miofascial ou muscular. Bernardo Sampaio elenca alguns sintomas mais comuns das dores que advém da inflamação no ciático, veja: 

  • Dor na parte posterior da perna e glúteo;
  • Pouca dor lombar;
  • Dores na perna em forma de choque queimação;
  • Geralmente em apenas um dos membros inferiores;
  • Nos casos mais graves pode ocorrer diminuição da força no membro inferior;
  • Geralmente a dor melhora deitado;
  • A dor piora sentado ou em pé;
  • Pode apresentar piora ao espirrar ou tossir. 

Além disso, é importante destacar que a maioria dos quadros de dor irradiada da coluna lombar não está relacionada ao piriforme, já que a incidência da síndrome é relativamente menor. 

“Entender essas nuances permite uma intervenção precisa, escolhendo as melhores técnicas e abordagens de tratamento para cada caso. Com uma abordagem informada, é possível não só aliviar a dor, mas também promover a recuperação e garantir resultados positivos para o paciente”, finaliza Bernardo.

 

Bernardo Sampaio - Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitário em cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.


Doação de sangue: campanha Junho Vermelho combate mitos

Mês é dedicado à conscientização sobre a importância de ser um doador

 

A doação de sangue é um gesto genuíno de altruísmo e uma contribuição valiosa para o sistema de saúde e para a comunidade como um todo. A campanha Junho Vermelho, criada para trazer conscientização e incentivo ao ato, destaca a necessidade contínua de doadores e inspira indivíduos a fazerem isso regularmente. O mês ainda marca o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho.
 

Entre outras coisas, além de fornecer sangue para transfusões, a doação de sangue promove a conscientização sobre a importância da saúde pública e a solidariedade entre os membros da comunidade. De acordo com a Dra. Camila Gonzaga, médica hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), a doação garante ainda que uma engrenagem importantíssima continue a funcionar: que pacientes em situações de emergência ou tratamento de doenças crônicas tenham suas necessidades transfusionais atendidas, bem como acesso a medicações que são hemoderivadas, ou seja, produtos farmacêuticos derivados do sangue humano. "A manutenção do ciclo do sangue que se inicia com a doação mantém ativo o sistema de saúde - tanto público quanto privado", afirma a médica. 

A doação de sangue beneficia diversas pessoas, como pacientes submetidos a cirurgias, vítimas de acidentes ou de complicações durante o parto, além de portadores de doenças graves, queimaduras ou de patologias que possam gerar anemia e distúrbios de coagulação. É também possível citar pacientes em cuidados de UTI, que podem precisar de transfusão, pessoas com câncer ou doenças hematológicas primárias que passam por quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea - a lista é grande e a necessidade da conscientização é extremamente necessária. 

No Brasil, a doação de sangue é regida pela Resolução da Diretoria Colegiada do Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Nela fica estabelecido que pode ser doadora de sangue qualquer pessoa em boa condição de saúde, que tenha entre 16 e 69 anos, com peso mínimo de 50kg e que não apresente condições epidemiológicas ou comorbidades impeditivas, nem estilo de vida que aumente a probabilidade de ter uma doença infecciosa. A técnica mais utilizada para realização da doação é a flebotomia, como explica a hematologista. "Consiste no procedimento simples de punção venosa e retirada de volume de 405 a 495ml de sangue, a depender do peso do doador e outras variáveis", explica a Dra. Camila.

 

Mitos e verdades 

Apesar de ser simples, o ato ainda gera uma série de dúvidas e não é raro que alguns mitos impeçam as pessoas de aderirem ao hábito. Para ajudar a reverter esse cenário e contribuir para trazer a verdade dos fatos, Dra. Camila Gonzaga esclarece a seguir as principais dúvidas sobre doação de sangue.

 

O sangue doado pode me fazer falta?

Não. O volume retirado é menos de 10% da quantidade de sangue total do doador, que é reposta pelo organismo nas primeiras 24 horas após a doação.

 

Corro algum risco de contaminação na doação de sangue?

Não. Todo o material usado, inclusive os kits, são estéreis, descartáveis e apirogênicos, ou seja, livres de qualquer substância que possa desencadear uma resposta imunológica no corpo, como febre. Além disso, o doador passa por uma consulta, antes de doar, em que são avaliadas suas condições clínicas e seus sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura corpórea, além de contagem estimada de células vermelhas do sangue.

 

Doar sangue afina o sangue?

Não existe relação da doação de sangue com a concentração e viscosidade sanguínea. Tal mito surgiu da correlação com o procedimento médico de Sangria Terapêutica, que é realizado com volume e intervalos diferentes do realizado na doação de sangue.

 

Preciso estar em jejum para doar sangue?

É contraindicado o jejum para realização da doação de sangue, porém é orientado ao doador que evite alimentos pesados e bebidas alcoólicas anteriormente à doação (24 a 12 horas antes).

 

Doar sangue aumenta o apetite?

Ao doar sangue você não tem alteração de apetite e não existe relação com engorda ou emagrecimento.

 

Quando eu doo sangue em nome de alguém, apenas aquele paciente irá receber minha doação?

A doação em nome específico de algum paciente não necessariamente irá diretamente para o endereçado, visto que existem propriedades biológicas que devem ser respeitadas, como a compatibilidade sanguínea. Mas, de qualquer forma, o paciente será beneficiado por aumentar a possibilidade de compatibilidade, além de manter o processamento com material o bastante para atender todos aqueles que necessitem da hemotransfusão.

 

Quais testes são realizados no meu sangue?

É realizada avaliação sorológica no sangue doado para pesquisar a possibilidade de doenças como Chagas, Hepatites B e C, HIV, HTLV e Sífilis.
 

Como posso me beneficiar ao ser um doador?

Alguns estados como São Paulo e o Distrito Federal oferecem vantagens para os doadores regulares de sangue. Existem leis que isentam da taxa de inscrição os doadores de sangue que quiserem prestar concursos públicos realizados pela Administração Direta, Indireta, Fundações Públicas e Universidades Públicas do Estado. Para todo doador é fornecido atestado de doação com direito a afastamento de suas atividades no dia da doação.
 

 Instituto de Oncologia de Sorocaba


Vacina contra melanoma, tipo de câncer de pele com alta mortalidade, mostra eficácia em estudos

Para especialista, resultados de pesquisa, apresentada em congresso americano, podem mudar o panorama da oncologia como um todo

 

A edição de 2024 da ASCO (Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica), que realizada em Chicago neste início de junho, trouxe boas notícias no combate ao melanoma, um tipo de câncer de pele com alta taxa de mortalidade. Pesquisadores desenvolveram uma vacina e estudos revelaram que 75% dos pacientes que receberam a medicação permaneceram livres do câncer após três anos. 

O imunizante utiliza a mesma tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) da COVID-19 foi liderado por pesquisadores da Universidade de Nova York e combinou a inovadora vacina de mRNA-4157 (V940), da Moderna, com o Keytruda, da Merck (pembrolizumabe), uma imunoterapia já bem estabelecida. O tratamento foi administrado em pacientes após a cirurgia para remoção de melanoma em estágio III ou IV. 

“Uma vacina funcionando contra o câncer é algo que pode representar uma mudança de visão de tratamento em oncologia de uma maneira geral. Eu vejo esse avanço como um marco importantíssimo e esses estudos demonstram a possibilidade de sucesso de formas diferentes de tratamento do que aquelas que nós vínhamos utilizando”, comenta Bernardo Garicochea, oncologista e hematologista da Oncoclínicas&Co. 

O especialista, que esteve presente na ASCO e acompanhou a apresentação do ensaio clínico em sessão plenária, classifica como impressionante essa nova abordagem de vacina somada à imunoterapia. Contudo, ainda é preciso aguardar ensaios maiores e mais longos para confirmar a efetividade apontada pelos dados iniciais. 

“Ao contrário das vacinas tradicionais, que previnem doenças, as vacinas contra o câncer são projetadas para tratar a doença já existente. O ensaio utilizou a vacina mRNA-4157 adaptada às células cancerosas específicas de cada paciente, aprimorando assim a capacidade do organismo de reconhecer e atacar o ‘inimigo’. O pembrolizumabe apoia esse processo ativando as células T, nossos defensores na linha de frente do sistema imunológico”, complementa o médico. 

Um ensaio clínico de fase III terá início a partir de agora, com o objeto de testar o tratamento combinado em pacientes com melanoma de alto risco e câncer de pulmão não pequenas células. 

“Essa é mais uma mostra de como a oncologia de precisão, suportada pelo avanço no conhecimento genômico do DNA, pavimenta caminhos para curarmos cada vez mais pacientes. Esse estudo contribuirá para a melhora contínua das taxas de sobrevivência dos pacientes com melanoma, tornando a doença significativamente menos letal e conferindo mais qualidade de vida a essas pessoas”, pontua Bernardo Garicochea. 

Conforme estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil deve registrar cerca de 8.980 diagnósticos de melanoma em 2024. Apesar de ser um tipo de câncer de pele menos incidente, ele é o mais agressivo, registrando no país altos índices de letalidade.
 

ASCO: Oncoclínicas teve 37 participações na edição de 2024

Na edição da ASCO deste ano, o grupo brasileiro foi destaque na programação, com 37 participações. "De maneira geral, foram apresentados estudos com avanços em pesquisas científicas em diversas áreas da oncologia, com destaque para os cânceres de mama e pulmão, que tem, inclusive, participação brasileira. A edição 2024 do congresso abrangeu diversos temas e discutiu questões que vão além do técnico, como melhorias em atendimento, protocolos e também em acesso, equidade e sustentabilidade do setor de saúde. Vamos não só ter uma visão geral da Oncologia, mas participação ativa. Nossos especialistas se destacam em vários painéis", explica Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas. 

Além disso, pela primeira vez a Oncoclínicas&Co contou com um estande na área de expositores do evento, um espaço dedicado a compartilhar avanços científicos e promover a interação direta com principais tomadores de decisão e influenciadores do setor. 

“O fortalecimento da nossa presença na Asco 2024 é mais um passo que possibilita a formação de parcerias que podem acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas frentes de combate ao câncer, beneficiando amplamente os nossos pacientes”, ressalta Carlos Gil.



Oncoclínicas&Co.
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Pela primeira vez, pacientes com degeneração macular seca poderão barrar a doença e preservar a visão

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Novo tratamento estimula células doentes a produzirem energia, para que voltem a funcionar adequadamente, evitando a cegueira

 


Pacientes com diagnóstico de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) seca terão acesso a tratamento para preservar a visão. A doença é uma das principais causas de cegueira no mundo, atrás apenas da catarata e glaucoma, e até agora os pacientes contavam apenas com terapias pouco efetivas para barrar sua progressão, em razão de as causas ainda estarem em estudo.
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"Um equipamento de ponta chamado Valeda possibilita, pela primeira vez, oferecer um tratamento com maior eficácia para a DMRI seca, forma mais comum da doença, que responde por cerca de 90% dos casos", afirma o médico oftalmologista Michel Farah, do Centro Oftalmológico São Paulo e H.Olhos - Hospital de Olhos. De acordo com ele, "o paciente é submetido à fotobiomodulação, uma terapia de baixa intensidade não invasiva, em que as células doentes do olho recebem estímulos para produção de energia, para que voltem a funcionar de forma mais adequada".  ‏‍ 

"O processo é indolor, feito com uma aplicação de luz, e é realizado na própria clínica, em um ou ambos os olhos, sem que seja preciso dilatar a pupila ou aplicar anestesia. O médico define a quantidade de aplicações e com o tratamento ocorre a melhora do funcionamento das células da retina, trazendo qualidade de vida ao paciente", complementa o oftalmologista Michel Fara‎.  ‍

A DMRI afeta pessoas a partir dos 55 anos, sendo que o risco aumenta com a idade, e pode se apresentar nas formas seca e úmida, sendo que esta última, embora menos comum, possui algumas alternativas de terapias para impedir seu avanço. A doença acomete a retina, parte posterior do olho, levando ao processo degenerativo da mácula, região responsável pela visão central, onde são definidas as formas, cores e detalhes, e por levar 90% da informação visual ao cérebro. ‏‍

Os sintomas iniciais da DMRI são diminuição do contraste, sensação de que os ambientes estão com pouca iluminação e dificuldade para ler e escrever. Com o avanço da doença, as imagens se tornam mais embaçadas e linhas retas, como as das portas ou rodapés, por exemplo, ficam deformadas, até que uma mancha escura começa a se formar na visão central.‎   ‏‍

Ainda não existe prevenção totalmente eficiente comprovada para a DMRI, por isso é importante que pessoas com mais de 55 anos fiquem atentas aos sinais e marquem uma consulta com o oftalmologista, caso percebam qualquer alteração na acuidade visual. Somente com o tratamento correto é possível preservar a visão e evitar que o quadro avance para cegueira.

Vale lembrar que a DMRI é uma doença que evolui progressivamente e, muitas vezes, de forma lenta, sem que o paciente perceba no início a dificuldade para enxergar. A doença afeta a visão central e, com o envelhecimento da população, é importante que as pessoas não achem normal enxergar mal porque estão ficando mais velhas, mas que busquem saber as causas e façam o tratamento quando bem indicado.


Leucemia: fique atento a esses 6 sinais!

Conhecer os principais sintomas é fundamental para obter diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura ou de controle da doença

 

A leucemia está entre os dez tipos de câncer mais comuns no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 11.500 novos diagnósticos por ano até 2025. Este tipo de câncer do sangue surge quando os glóbulos brancos (células de defesa) começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea. A doença pode afetar pessoas de todas as idades, mas é a neoplasia mais comum entre as crianças. 

De forma resumida, existem dois grandes grupos: leucemias agudas e leucemias crônicas. Cada uma delas apresenta particularidades clínicas, mas o que todas têm em comum é a urgência no diagnóstico e a possibilidade de bons resultados no tratamento – incluindo a cura. Por isso, é importante manter uma rotina periódica de acompanhamento médico e saber reconhecer os principais sinais da doença. A Dra. Daniela Rocha, hematologista do Hcor, indica alguns sinais de alerta:

 

1. Palidez

A redução das células saudáveis leva ao desenvolvimento da anemia que, por sua vez, deixa a pele pálida.

 

2. Fadiga

A anemia também faz com que o corpo não tenha todos os nutrientes (vitaminas e sais minerais) necessários para o bom funcionamento, causando o cansaço excessivo.

 

3. Infecções recorrentes

Como as células de defesa do organismo estão doentes, o sistema imunológico fica comprometido e mais suscetível à contaminação por vírus e bactérias.

 

4. Ínguas no pescoço, axilas ou virilha

A leucemia é causadora do aumento de gânglios nessas regiões, que geralmente têm consistência firme e não causam dor.

 

5. Manchas roxas pelo corpo ou sangramentos inexplicáveis

O baixo número de plaquetas no sangue ou a queda repentina causa manchas roxas que podem começar a sangrar. Quanto menor a quantidade, maior a propensão de sangramento.

 

6. Dor nos ossos ou articulações

Sintomas como estes são mais comuns em crianças, mas é necessário ficar atento em dores que não passam ou que são muito fortes.

 

Ao perceber esses sinais é preciso procurar um médico para fazer a investigação apropriada. O principal exame de sangue para confirmação da suspeita da leucemia é o hemograma, mas o diagnóstico é feito com o exame da medula óssea. O tratamento varia de acordo com o tipo e o estágio da doença. 

“As opções terapêuticas incluem a quimioterapia e/ou drogas mais modernas, como a imunoterapia e as chamadas drogas-alvo, sendo algumas inclusive administradas por via oral na forma de comprimidos. Sempre que possível, recomenda-se uma abordagem multidisciplinar, incluindo a avaliação e acompanhamento de nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, além do envolvimento e acolhimento dos familiares”, ressalta.

 

Hcor


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