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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Pela primeira vez, pacientes com degeneração macular seca poderão barrar a doença e preservar a visão

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Novo tratamento estimula células doentes a produzirem energia, para que voltem a funcionar adequadamente, evitando a cegueira

 


Pacientes com diagnóstico de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) seca terão acesso a tratamento para preservar a visão. A doença é uma das principais causas de cegueira no mundo, atrás apenas da catarata e glaucoma, e até agora os pacientes contavam apenas com terapias pouco efetivas para barrar sua progressão, em razão de as causas ainda estarem em estudo.
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"Um equipamento de ponta chamado Valeda possibilita, pela primeira vez, oferecer um tratamento com maior eficácia para a DMRI seca, forma mais comum da doença, que responde por cerca de 90% dos casos", afirma o médico oftalmologista Michel Farah, do Centro Oftalmológico São Paulo e H.Olhos - Hospital de Olhos. De acordo com ele, "o paciente é submetido à fotobiomodulação, uma terapia de baixa intensidade não invasiva, em que as células doentes do olho recebem estímulos para produção de energia, para que voltem a funcionar de forma mais adequada".  ‏‍ 

"O processo é indolor, feito com uma aplicação de luz, e é realizado na própria clínica, em um ou ambos os olhos, sem que seja preciso dilatar a pupila ou aplicar anestesia. O médico define a quantidade de aplicações e com o tratamento ocorre a melhora do funcionamento das células da retina, trazendo qualidade de vida ao paciente", complementa o oftalmologista Michel Fara‎.  ‍

A DMRI afeta pessoas a partir dos 55 anos, sendo que o risco aumenta com a idade, e pode se apresentar nas formas seca e úmida, sendo que esta última, embora menos comum, possui algumas alternativas de terapias para impedir seu avanço. A doença acomete a retina, parte posterior do olho, levando ao processo degenerativo da mácula, região responsável pela visão central, onde são definidas as formas, cores e detalhes, e por levar 90% da informação visual ao cérebro. ‏‍

Os sintomas iniciais da DMRI são diminuição do contraste, sensação de que os ambientes estão com pouca iluminação e dificuldade para ler e escrever. Com o avanço da doença, as imagens se tornam mais embaçadas e linhas retas, como as das portas ou rodapés, por exemplo, ficam deformadas, até que uma mancha escura começa a se formar na visão central.‎   ‏‍

Ainda não existe prevenção totalmente eficiente comprovada para a DMRI, por isso é importante que pessoas com mais de 55 anos fiquem atentas aos sinais e marquem uma consulta com o oftalmologista, caso percebam qualquer alteração na acuidade visual. Somente com o tratamento correto é possível preservar a visão e evitar que o quadro avance para cegueira.

Vale lembrar que a DMRI é uma doença que evolui progressivamente e, muitas vezes, de forma lenta, sem que o paciente perceba no início a dificuldade para enxergar. A doença afeta a visão central e, com o envelhecimento da população, é importante que as pessoas não achem normal enxergar mal porque estão ficando mais velhas, mas que busquem saber as causas e façam o tratamento quando bem indicado.


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