Pesquisar no Blog

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Fraude Patrimonial no Divórcio - Descubra se você também é uma vítima

Freepik
Conheça as estratégias de quem quer sabotar a partilha dos bens durante uma separação


Nem sempre um divórcio é consensual, e o discurso de “o que é meu é seu” cai por terra, e aí, entra o discurso “você não me ajudou a construir nenhum patrimônio”. Soa familiar, né? Pois é, se a pessoa não passou por isso, certamente presenciou a luta de quem esteve nessa situação. O fato é: isso é mais comum do que se imagina, até mesmo quando estamos diante de um divórcio consensual.

A advogada Amanda Gimenes, especialista em direito de família e sucessão sabe exatamente o que é isso e conhece as artimanhas de quem quer ocultar seu patrimônio e capital. “Infelizmente ou felizmente esse é um problema que lido com muita frequência aqui no escritório. Isso me trouxe muita experiência para investigar e colher provas que favoreçam a vítima da fraude, dando à elas o que é devido por direito” – conta. 

Existem alguns mecanismos que já são bem conhecidos no meio jurídico e que diante da confiança no cônjuge e no matrimônio, muitas pessoas não se atentam. Porém, quando acontece o divórcio se deparam com uma triste realidade – a pessoa não é exatamente aquilo que ela idealizou em seu coração. A seguir, Amanda explica as principais táticas:


  1. Transferência para amigos ou familiares: 

Esse método visa desaparecer temporariamente com ativos, até que o divórcio seja finalizado. Para proteger-se disso, o parceiro(a) precisa estar atento em tudo que é conquistado ao longo do relacionamento e cabe ao advogado fazer uma investigação detalhada de transferências não usuais e confrontá-las;

 

  1. Subvalorização de empresas ou declaração de renta inferior à realidade:

Pessoas que possuem negócios podem manipular livros contábeis para apresentar lucros menores. Apenas um perito contábil, parceiro do advogado pode ajudar a desmascarar essa manobra;

 

  1. Aquisições ocultas registradas em nome de terceiros, os famosos laranjas:

Essa provavelmente é uma técnica um pouco mais complicada para averiguação, porém, uma investigação patrimonial feita pelo advogado, pode localizar absolutamente todos os bens, mesmo em nome de terceiros;

 

  1. Gastos exorbitantes e aumento súbito em despesas pessoais: 

A mais “normal” de todas as fraudes. É comum nos depararmos com gastos incomuns que comprovam uma forma de dissipar fundos. Geralmente, em processos de divórcio, é solicitado transações bancárias e gastos no cartão de crédito para comprovar a veracidade dessas despesas; 

 

  1. Retardar bônus e contratos lucrativos: 

Essa tática é muito usada. Nos assusta o número de pessoas coniventes com esse tipo de comportamento, de gestores à clientes, familiares, amigos, enfim, todos eles acabam contribuindo para que contratos rentáveis sejam procrastinados para desfavorecer a outra parte; 

 

6 – Procrastinação do divórcio

Outro comportamento muito comum e que não é percebido, é a procrastinação para formalização da separação, mesmo que consensual, pois, até que ele seja feito o fraudador terá o tempo suficiente para praticar todos os demais atos relacionados sem que o outro cônjuge se dê conta que a fraude foi praticada diante de seus olhos. 

 

Infelizmente essa é uma realidade em muitos processos de divórcio, e por conta da vulnerabilidade de uma das partes, estão sujeitas a serem enganadas, “em nome do amor”. Por esse motivo, Amanda alerta a necessidade de um acompanhamento profissional durante todo o percurso processual.

Mesmo que as pessoas não se casem para separar e muitas vezes repudiem a prestação de contas entre casais, é fundamental a prática e deve ser vista como algo saudável para a relação, de modo que ninguém seja lesado, caso haja um rompimento.  



Dra. Amanda Gimenes
https://advamandagimenes.com.br/
https://www.instagram.com/adv.amandagimenes/
https://www.facebook.com/adv.amandagimenes/


Rodada Emergencial de Negócios do Sebrae RS reunirá empreendedores para doar, permutar e vender de forma facilitada

Evento gratuito e on-line será quarta-feira (29/05), das 14h às 17h; empresários poderão negociar doações, permutas e vendas facilitadas de itens como espaço físico, insumos e matérias-primas, ferramental, equipamentos e maquinário e até embalagens.

 

Com as águas baixando e os empreendedores focando na limpeza e reorganização para reabertura das atividades, o Sebrae RS abriu inscrições para a Rodada Emergencial de Negócios do Sebrae RS - Setor de Alimentação. 

O objetivo do evento, que ocorre em formato on-line, na quarta-feira (29/05), das 14h às 17h, é unir empresas que podem doar, permutar ou vender de forma facilitada máquinas, equipamentos e utensílios voltados para lancherias, bares e restaurantes com outros empreendedores desses segmentos que necessitam desses itens para recomeçar. 

As inscrições gratuitas estão abertas pelo link até domingo (26/05): https://bit.ly/reconstruirjuntos. O Sebrae RS analisará as empresas, as demandas e as ofertas para fazer as conexões e facilitar a aproximação. A ideia é atender até cem empresas nesta primeira edição. 

"No cenário atual, a Rodada Emergencial de Negócios do Sebrae RS para o setor de alimentação será de grande importância para diversas pequenas empresas que tiveram perdas enormes e que precisam retomar as suas atividades o mais rápido possível. É uma oportunidade para facilitar a troca e agilizar a reabertura dos negócios através de um encontro colaborativo", destaca o coordenador estadual de Projetos de Alimentos e Bebidas (A&B) no Sebrae RS, Roger Klafke, à frente da iniciativa. 

Durante a Rodada de Negócios, os empresários poderão negociar doações e permutas de itens como espaço físico, insumos e matérias-primas, ferramental, materiais de limpeza, construção e reforma, equipamentos e maquinário, embalagens e materiais gráficos, entre outros.

 

SERVIÇO

Rodada Emergencial de Negócios do Sebrae RS - Setor de Alimentação

Inscrições: gratuitas até domingo (26/05)

Onde fazer: https://bit.ly/reconstruirjuntos 

Evento on-line: quarta-feira (29/05)

Horário: das 14h às 17h


Como fugir de fraudes relacionadas às doações para o Rio Grande do Sul

Incrível imaginar que diante à tragédia no Rio Grande do Sul se tenha pessoas dispostas a realizar golpes. Contudo, infelizmente, onde todos muitos buscam formas de ajudar, poucos querem se aproveitar. Cresce casos de criminosos, que se aproveitaram da situação para aplicar golpes, desviando doações destinadas a socorrer os atingidos, dentre outras ações. 

O combate a essas ações estão acontecendo. Exemplo é que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da força-tarefa Cyber, desencadeou a Operação Dilúvio Moral, em colaboração da Polícia Civil de São Paulo. Essa desmantelou um grupo criminoso que estava fraudando doações utilizando contas Pix falsas.  

Esse é apenas um dos muitos casos, sendo que em vários casos os criminosos conseguem aplicar golpes em número significativo de pessoas. Muitas vítimas do golpe acreditavam que estavam ajudando na reestruturação do Estado, mas na verdade, estavam enriquecendo criminosos.  

Mas, como fugir desses golpes. Os entes governamentais são responsáveis por uma parte dessas ações, exemplo é que a força-tarefa da polícia conseguiu retirar 15 páginas criminosas do ar e bloquear cinco contas bancárias utilizadas pelos golpistas.  

Mas, a população também precisa se movimentar para não correr o risco de ser vítimas. Para tanto, elenquei algumas orientações: 

1. Verifique a autenticidade: Antes de fazer uma doação, verifique se a instituição ou campanha é legítima. Procure informações em fontes oficiais, como sites governamentais ou de ONGs reconhecidas.

2. Desconfie de pedidos urgentes: Golpistas costumam apelar para a urgência emocional. Tome seu tempo para verificar a veracidade da solicitação.

3. Não confie em ninguém: Mesmo que quem tenha se passado a mensagem seja alguém de confiança, desconfie. A pessoa também pode ser uma vítima ou mesmo ter sido clonada

4. Utilize plataformas seguras: Prefira fazer doações por meio de plataformas conhecidas e seguras, que oferecem garantias contra fraudes.

5. Cuidado com chaves Pix desconhecidas: Evite fazer doações diretamente para chaves Pix de pessoas físicas desconhecidas. Prefira sempre as contas vinculadas a instituições reconhecidas.

6. Denuncie suspeitas: Se você suspeitar de uma fraude, denuncie às autoridades competentes para que possam investigar e tomar as medidas necessárias. 

A solidariedade é uma força poderosa em tempos de crise, mas é fundamental que estejamos atentos e vigilantes para garantir que nossa ajuda chegue a quem realmente precisa.

 

Afonso Morais - Afonso Morais é Founder e CEO da Morais Advogados Associados, especialista em recuperação de crédito e cibersegurança. Além disso, é criador e apresentador do Podcast Falando Fraudes, onde compartilha seu conhecimento sobre prevenção e combate a fraudes.    ‌  


Criadores gaúchos estimam perda de R$ 40 mi com danos e morte de suínos

IMAGEM: Giulian Serafim/Prefeitura de Porto Alegre

O valor é parte de estudo preliminar realizado pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul em 40 propriedades

 

A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) estima que o prejuízo direto à atividade provocado pelas chuvas no Estado alcançou R$ 40 milhões.

O valor é parte de estudo preliminar realizado pela associação e engloba tanto os danos materiais em até 40 propriedades quanto as perdas de animais, com a morte de 12,6 mil suínos seja por afogamento, levados pelas águas ou por deslizamentos, informou o presidente da Acsurs, Valdecir Folador. Segundo ele, os danos totais ou parciais atingiram entre 25 mil m² e 26 mil m² de área construída.

"Estimamos um custo de R$ 30 milhões para reconstrução das propriedades e suas estruturas, mas não sabemos se o valor será esse, pois alguns produtores podem desistir da suinocultura", explicou Folador.

O presidente da associação também ponderou que há prejuízos difíceis de serem calculados, pois envolvem desafios de alimentação aos plantéis, provocados por problemas de logística, como a destruição de estradas.

"Em alguns casos, o acesso às granjas só foi restabelecido uma semana depois. Muitos animais tiveram restrição alimentar, o que trará prejuízos posteriores", disse.

Isso pode trazer prejuízos adicionais de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões, segundo estimativa do representante da Acsurs. As regiões do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e do Vale do Caí concentraram os impactos das chuvas sobre a suinocultura do Rio Grande do Sul.

Segundo Folador, essas regiões abrigam 28% da produção de suínos do Estado, que abate 11,2 milhões de animais anualmente. O plantel gaúcho fixo de suínos é de 5 milhões, de acordo com o presidente da Acsurs, com 1,4 milhão sendo dessas áreas.

Com os números dos prejuízos em mãos, a Acsurs espera contar com o apoio governamental para a reestruturação financeira dos suinocultores e da atividade nas propriedades atingidas, com a principal demanda sendo o abatimento das dívidas de produtores que tiveram suas propriedades destruídas.

Folador também avaliou que a suinocultura gaúcha não deve sofrer impactos expressivos em volumes ou preços pela tragédia. "Isso se dilui na suinocultura do Estado. Não vai mexer com o mercado, pela grandiosidade da atividade, mas para quem perdeu é tudo", comentou.

 

Estadão Conteúdo


Ego e falta de influências positivas atrapalham boas tomadas de decisão

 Segundo Alan Nicolas, especialista em IA para negócios, estar inserido em um ambiente que facilita o progresso pode auxiliar a ser mais assertivo em suas escolhas


A habilidade de tomar boas decisões é uma das competências mais valiosas que alguém pode desenvolver. Seja na vida pessoal ou profissional, escolhas corretas podem levar ao sucesso e à realização, enquanto as equivocadas podem resultar em fracasso e arrependimento. 

De acordo com Alan Nicolas, referência no mercado digital e especialista em IA para negócios, a diferença entre a vida atual e a desejada está na qualidade das decisões tomadas. “Essa premissa ajuda a compreender como atingir objetivos e transformar a realidade pessoal e profissional. Decisões acertadas permitiram-me, por exemplo, mudar de um bairro pobre e violento para um dos melhores condomínios de uma cidade extremamente segura”, relata. 

O especialista afirma que esse mesmo poder de decisão, possibilitou que ele saísse de um negócio em crise para criar uma das maiores empresas de marketing digital do Brasil. “Com isso, pude me destacar e estabelecer amizades com figuras conhecidas e admiradas, expandindo minha rede de contatos para um novo patamar”, pontua.

A habilidade de tomar boas decisões é um dos maiores presentes que um empreendedor pode receber. “Alcançar a riqueza, viver a verdadeira essência ou simplesmente ter paz está diretamente relacionado a essa habilidade essencial. O trabalho árduo, por si só, não garante riqueza, a genialidade não surge apenas de tentativas incessantes, e a paz não é resultado apenas de retiros de meditação”, declara.


As consequências de más decisões

A Blockbuster, por exemplo, dominou o mercado de locação de vídeos entre as décadas de 1980 e 1990, valia 5 bilhões de dólares em 2022, mas se recusou a investir no streaming, alegando que as pessoas preferiam ir  até as lojas físicas. “Com essa decisão, a rede rejeitou a oferta de comprar a Netflix por 50 milhões e, em 2010, faliu, enquanto a Netflix alcançou um valor de mercado de 295 bilhões de dólares em 2021”, revela.

Para Alan Nicolas, decisões ruins trazem consequências inevitáveis, seja pela Lei de Ação e Reação, Lei da Compensação, Lei do Retorno ou outras leis universais. “Por mais que muitos não acreditem, filósofos, matemáticos, religiosos e cientistas, ao longo dos séculos, comprovaram essas leis”, afirma. 

Segundo o especialista, a história está repleta de exemplos de más decisões influenciadas pelo ego. “Napoleão Bonaparte, frequentemente representado montado em um cavalo branco, é um exemplo clássico. Sua ambição excessiva e incapacidade de saber quando parar, o levaram a erros estratégicos, como a invasão da Rússia em 1812, que resultou em uma derrota desastrosa”, declara.

Napoleão liderou um exército de mais de 600 mil soldados, mas perdeu 80% de suas tropas devido ao clima rigoroso e à tática de terra arrasada dos russos.


O caminho para decisões mais acertadas

Entender o caminho a não ser seguido, muitas vezes, é suficiente para chegar onde se deseja. “Exemplos práticos, como jogar Bomberman, demonstram que, às vezes, ficar parado é a melhor estratégia. Um dos meus colaboradores ganhou uma partida ao deixar o controle parado, mostrando que evitar erros pode ser mais eficaz do que tomar ações precipitadas”, relata.

Nas mentorias oferecidas por Alan Nicolas, eventualmente, alguns empresários o procuram em busca de conselhos para tomar melhores decisões. “Meu trabalho consiste em identificar o que eles não devem ou o que não deveriam estar fazendo e, às vezes, o que deveriam fazer. Esses conselhos já salvaram algumas empresas da falência e as ajudaram a faturar muito mais, simplesmente por entender o que evitar”, pontua.

Muitos empresários, quando querem evoluir, buscam a criação de novas ideias, produtos ou serviços. Para o mentor, no entanto, as melhores decisões muitas vezes são contra-intuitivas. “Steve Jobs é um grande exemplo disso. Ele acreditou em uma ideia extremamente contra-intuitiva para a sua época: que cada pessoa teria um computador pessoal. Isso foi nos anos 1970. Seria como imaginar hoje que daqui 20 anos, todos terão acesso a uma inteligência artificial conectada diretamente aos seus cérebros, trazendo informações em tempo real e maximizando nossa comunicação”, afirma.

Em 1985, Jobs foi expulso de sua própria empresa, mas 11 anos depois, sem Jobs, a Apple estava à beira da falência. “A empresa estava perdendo mercado para a Microsoft e seus novos lançamentos estavam sendo um fracasso. Quando Jobs voltou à Apple em 1996, uma das primeiras coisas que ele fez foi simplificar a linha de produtos. Em 1998, a empresa já estava se recuperando rapidamente, tendo lançado o iMac, que foi um sucesso de vendas”, revela.


Influências nas decisões

Alan Nicolas acredita que o ambiente em que se vive influencia profundamente as decisões. “A mudança de cidade representou 80% do meu sucesso financeiro e pessoal. O ditado ‘você é a média das cinco pessoas com quem mais convive’ ilustra perfeitamente essa influência”, declara.

Para ele, tomar as melhores decisões envolve reflexão e aconselhamento. “Perguntas importantes devem ser feitas antes de qualquer decisão, entendendo se esse próximo movimento está alinhado aos seus objetivos ou é apenas uma escolha impulsiva. Conselhos de múltiplas fontes podem auxiliar na formação de uma decisão mais acertada”, finaliza. 



Alan Nicolas - empresário e referência no mercado digital, ele está redefinindo como pessoas e empresas interagem e se beneficiam da inteligência artificial na vida cotidiana. Sua habilidade em construir e liderar empresas rumo ao sucesso reflete sua visão de que a tecnologia, quando usada corretamente, pode ser uma poderosa alavanca para crescimento pessoal, profissional e financeiro. Fundador da Comunidade Lendár.I.A, um ambiente colaborativo repleto de trocas, conexões e evolução exponencial, Alan criou um espaço onde entusiastas, profissionais e curiosos podem se unir para explorar o universo de possibilidades desse novo momento. Essa comunidade não é apenas um fórum para discussão; é um ecossistema onde a aprendizagem e a inovação ocorrem de maneira orgânica e contínua.
Para mais informações, visite o canal no Youtube, Instagram ou X.


Os cuidados no processo de internacionalização de franquias

Freepik
Legislação, tributação, cultura empresarial e costume dos consumidores variam de um país para outro, por isso, levar a marca para novos mercados exige um plano estratégico bem elaborado

O número de franquias brasileiras que expandiram suas operações para o exterior cresceu 16% entre 2021 e 2022, saltando de 183 redes para 213, segundo dados mais recentes da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Diversificar mercados, entre outras vantagens, é uma forma de manter receita em momentos de instabilidades na economia doméstica. Mas levar uma rede para outro país exige uma série de cuidados, de acordo com Natan Baril, diretor internacional da ABF.  

Em primeiro lugar, diz, ao pensar em internacionalizar uma franquia é necessário que as operações domésticas já estejam consolidadas e que exista um plano estratégico de expansão.

Também é fundamental uma leitura completa do país de destino. Questões legislativas e tributárias variam de um mercado para outro. É preciso ainda, segundo o diretor da ABF, fazer um levantamento dos concorrentes, parceiros locais, da cultura do país onde se pretende levar a marca.


Modelos de negócio – Após essa leitura, será possível entender qual o modelo de internacionalização ideal para o novo mercado. É possível seguir de maneira solo ou por meio de terceiros.

Caso o franqueador opte por um processo de entrada por terceiro, ou seja, quando ele tem um investidor local que irá administrar a franquia no país de destino, o investimento se torna mais baixo, assim como o controle sobre a franquia.

“Modelos que permitem investimento mais baixo, como o de parceria com investidores locais, resultam em menos autonomia sobre a franquia, uma vez que todas as atitudes devem ser tomadas em consenso”, diz Baril.

Por outro lado, quando o franqueador optar por realizar o processo de internacionalização sem um investidor, lidando com toda a administração da operação de forma autônoma, o controle sobre a franquia neste país se torna maior, assim como seu investimento.

O diretor da ABF lembra que há consultores que podem auxiliar os franqueadores em todo esse processo, desde o mapeamento do mercado de destino, passando pelas questões legais e burocráticas, até a escolha de possíveis parceiros locais.


Cuidados com a marca – Baril destaca também a importância de proteger a marca no mercado internacional. Segundo ele, é preciso fazer o registro de marca no país para o qual a franquia está indo para proteger os dados do franqueador, assim como o registro de desenvolvimento de propriedade intelectual, garantindo o licenciamento nas relações comerciais de franquia.

Além disso, quando o franqueador expande a marca para outro país, é necessário também que os operadores da franquia passem por um processo de treinamento para entender como funciona o negócio, a cultura da empresa e normas obrigatórias.


CONSTRUINDO EM NOVOS MERCADOS

Presente em dois países e almejando conquistar toda a América Latina, a Casa do Construtor iniciou o seu processo de expansão em 2018 no Paraguai, ao ser procurada por um investidor local. Foi uma aposta alta, mas o movimento garantiu à rede mais visibilidade, além de contato com novos fornecedores.

“Pesquisamos o mercado internacional e encontramos na América Latina uma carência em relação a franquias no segmento de materiais de construção. Não havia nenhum concorrente estruturado. Com isso, vimos uma oportunidade rentável”, diz Ronaldo Rizzi, coordenador de Divisão Internacional da Casa do Construtor.

Para levar a rede além da fronteira nacional, a Casa do Construtor buscou consultores e fez uma excursão por esses países.

Segundo Rizzi, entender a cultura do país de destino foi um dos principais pontos do processo de internacionalização. Mesmo expandindo sua franquia para países da América Latina, ao chegar no Uruguai, por exemplo, foi preciso adaptar, ou até mesmo produzir equipamentos específicos usados por lá.

“Tivemos que nos adequar ao idioma, cultura, leis, normas de segurança, aos softwares que eles usam e até mesmo a alguns nomes de equipamentos”, diz Rizzi. “Todo esse processo é importante para que a empresa seja bem aceita pelos consumidores do país ao qual está sendo inserida”, complementa.

O resultado deste processo para a marca? Maior visibilidade, ganho de escala no mercado global, rentabilidade e oportunidades para os franqueados. Segundo Rizzi, a internacionalização possibilitou que a Casa do Construtor e seus franqueados tivessem acesso a novos fornecedores, comprando produtos até mesmo mais baratos.

Rizzi também destaca a importância de participar de feiras internacionais, em eventos e da divulgação nas redes sociais, deixando a franquia mais conhecida dentro e fora do país.



Rebeca Ribeiro
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/os-cuidados-no-processo-de-internacionalizacao-de-franquias


Dia Nacional do (Des)respeito ao Contribuinte

Imagem: André Charone  Arte: IA

O Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte, celebrado em 25 de maio, foi instituído com o propósito de reconhecer e valorizar a importância dos cidadãos que cumprem suas obrigações tributárias. É uma data que deveria servir para reforçar a relação de confiança e respeito entre os contribuintes e o fisco. No entanto, a realidade está longe de corresponder a esse ideal. Em vez de uma celebração de consideração, o que vemos é uma série de práticas que demonstram o verdadeiro desrespeito ao contribuinte brasileiro. 

Na prática, o cotidiano do contribuinte é marcado por uma série de desafios e complicações que dificultam o cumprimento de suas obrigações fiscais. Desde a complexidade exagerada do sistema tributário até o atendimento ineficaz nos órgãos fiscais, a vida do contribuinte está repleta de situações que ilustram a falta de consideração por parte das autoridades fiscais. O empresário e mestre em negócios internacionais, André Charone, comenta alguns dos principais pontos que exemplificam essa falta de respeito e os desafios enfrentados pelos contribuintes no Brasil, fazendo com que o tal do dia 25 de março pareça uma piada de mau gosto do Fisco.

 

1. Obrigações Acessórias Sem Sentido

As obrigações acessórias são um fardo constante para os contribuintes brasileiros. Muitas dessas obrigações são redundantes e sem sentido, aumentando os custos de adequação tributária sem trazer benefícios claros a não ser atender ao fetiche quase pornográfico do fisco por burocracia.

 

Um exemplo recente é a prorrogação da extinção da DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte). Esta obrigação estava programada para ser extinta em 2024, com suas informações sendo integradas ao eSocial e à EFD-Reinf (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais). No entanto, a Receita Federal decidiu prorrogar a extinção para 2025, citando dificuldades técnicas enfrentadas por diversas entidades​​. Essa decisão exemplifica como as obrigações acessórias podem ser mantidas mesmo quando não são mais necessárias, desrespeitando os contribuintes.

 

2. Atendimento nos Órgãos Fiscais


O atendimento nos órgãos fiscais é um desafio constante. Os contribuintes frequentemente enfrentam filas intermináveis e um atendimento que deixa muito a desejar. Muitas vezes, ao chegar a uma unidade da Receita Federal ou da SEFAZ, o cidadão se depara com sistemas fora do ar, que impedem a resolução de problemas no momento, ou com funcionários que, sobrecarregados e mal-humorados, não conseguem oferecer o suporte adequado.

 

Além disso, a falta de padronização no atendimento é um problema sério. Cada visita pode resultar em orientações diferentes, o que gera ainda mais confusão e frustração para quem precisa de auxílio. Situações em que o contribuinte é convidado a voltar outro dia, preencher mais formulários ou simplesmente aguardar são comuns. Esta falta de eficiência e cordialidade desrespeita o contribuinte, transformando o que deveria ser um serviço de suporte em uma verdadeira maratona de paciência.

 

3. Complexidade do Sistema Tributário

A legislação fiscal brasileira é notoriamente complexa, composta por uma infinidade de normas, portarias, leis e decretos que se alteram com frequência. Para contribuintes e contadores, manter-se atualizado com todas essas mudanças é um desafio monumental. Cada nova instrução normativa ou ajuste na legislação demanda adaptação e readequação dos processos, o que exige tempo, esforço e, frequentemente, recursos adicionais. Essa complexidade gera um ambiente de constante insegurança e incerteza, dificultando a vida de empresas, especialmente as de menor porte, que têm dificuldades em acompanhar todas as mudanças e podem cometer erros resultando em multas severas.

 

Além disso, as diferentes interpretações das leis fiscais por parte dos auditores do fisco também contribuem para disputas intermináveis. Mesmo seguindo todas as normas, o pagador de impostos pode ser penalizado por uma interpretação diversa adotada por um fiscal. Isso desrespeita o contribuinte, criando um ambiente de constante vigilância e pressão, onde qualquer falha pode ser severamente punida, aumentando a sensação de desrespeito.

 

4. Burocracia Excessiva

A burocracia é um dos maiores obstáculos enfrentados pelos contribuintes brasileiros. A quantidade de documentos, declarações e comprovantes que um contribuinte precisa apresentar é exorbitante. Cada procedimento requer um nível absurdo de detalhamento e, muitas vezes, a apresentação de informações redundantes. Isso sobrecarrega não só os contribuintes, mas também os profissionais de contabilidade que precisam organizar e manter todos esses registros em ordem.

 

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os custos burocráticos representam cerca de 1,5% do faturamento anual das empresas. A burocracia excessiva não apenas dificulta a vida das organizações empresariais, mas também impede que o sistema tributário brasileiro seja justo e eficiente, desrespeitando especialmente os contribuintes mais humildes que não possuem os mesmos recursos para lidar com tais exigências.

 

5. Restituições de Impostos

As restituições de impostos são uma fonte significativa de frustração para muitos contribuintes. Enquanto o pagamento dos tributos deve ser realizado pontualmente, as restituições frequentemente sofrem atrasos consideráveis. A espera por esses valores pode ser longa, e o processo de acompanhamento é frequentemente confuso e desanimador. Muitos contribuintes relatam dificuldades em entender o status de suas restituições ou em obter informações claras sobre os motivos dos atrasos. Essa falta de transparência e eficiência é um claro desrespeito ao contribuinte, que tem o direito de receber de volta o que pagou a mais de forma rápida e eficiente.

 

Além disso, a burocracia envolvida no processo de restituição é extremamente onerosa. Contribuintes frequentemente precisam submeter uma série de documentos e comprovantes para validar suas solicitações, enfrentando processos longos e complexos para corrigir qualquer discrepância identificada pelo fisco. Esta situação não só cria incerteza financeira, mas também desrespeita o contribuinte, reforçando a sensação de que o sistema tributário brasileiro está mais focado em penalizar do que em servir os cidadãos, agravando a desconfiança e o descontentamento generalizado com a administração fiscal.

 

O Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte deveria ser uma data para celebrar e reforçar a importância dos contribuintes no sustento da nação. No entanto, a realidade enfrentada diariamente pelos brasileiros demonstra uma clara falta de consideração e respeito por parte dos órgãos fiscais. Desde a burocracia exagerada, passando pelo atendimento ineficaz nos órgãos do fisco, até a complexidade absurda do sistema tributário, fica evidente que o contribuinte é visto mais como uma fonte de receita a ser explorada do que como um cidadão a ser respeitado.

 

Para que essa data realmente faça jus ao seu nome, é necessário um compromisso sério com a simplificação e a humanização do sistema tributário brasileiro. Reduzir a burocracia, aumentar a transparência e eficiência no processo de restituição de impostos, e garantir um atendimento digno e eficiente nos órgãos fiscais são passos essenciais. Somente assim será possível transformar o Dia Nacional do Respeito ao Contribuinte em uma verdadeira celebração de justiça e cidadania, onde o contribuinte sinta-se valorizado e respeitado pelo papel fundamental que desempenha na sociedade.


 

André Charone - contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional. André lançou dois livros com o tema "Negócios de Nerd", que na primeira versão vendeu mais de 10 mil exemplares. Os livros trazem lições de gestão e contabilidade, baseados em desenhos e ícones da cultura pop.
Instagram: @andrecharone


Mercado de trabalho segue desafiador para as mulheres com filhos

Vivemos em uma época de grande valorização da diversidade, mas, apesar dos avanços, a igualdade de gênero no mercado de trabalho continua sendo um desafio, especialmente quando se trata da contratação, retenção e promoção de mulheres com filhos.

De acordo com um levantamento do Banco Mundial, apenas 50% das mulheres em idade ativa estão empregadas, enquanto 80% dos homens têm trabalho. Um dos principais motivos apontados para essa disparidade é a maternidade.

Já outro estudo, realizado pela London School of Economics and Political Science (LSE) em parceria com a Universidade Princeton, analisou a situação de trabalhadores em 134 países, com e sem filhos, e com perfis profissionais semelhantes. A pesquisa constatou que a maternidade é um ponto crucial na trajetória profissional das mulheres: 24% delas deixam o emprego no primeiro ano de vida do bebê e 15% permanecem afastadas após uma década. No Brasil, a situação é ainda mais preocupante, com 42% das novas mães deixando seus empregos ao dar à luz e 35% em até dez anos após o nascimento dos filhos.

Para superar o desafio que é o desenvolvimento de carreira para as profissionais com filhos, a área de Recursos Humanos tem um papel fundamental, pois responde pela promoção e implantação de uma cultura organizacional que valorize e apoie a maternidade e a paternidade, proporcionando equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, e evitando estigmas ou preconceitos em relação aos pais e mães no local de trabalho.

Sabemos que um dos principais obstáculos que impede a valorização das mulheres na sociedade e a ascensão em suas carreiras é o machismo estrutural, que perpetua estereótipos de gênero como a ideia de que as mulheres são as principais cuidadoras dos filhos e, portanto, menos comprometidas com suas carreiras.

É exatamente esse tipo de pensamento ou viés inconsciente que resulta em preconceitos contra as mães no ambiente profissional, supondo que elas não estão disponíveis para viagens de negócios, para a realização de horas extras ou para assumir cargos de liderança devido às responsabilidades familiares. O machismo estrutural também impacta fortemente a tomada de decisões relacionadas a promoções e equiparação salarial, perpetuando as disparidades de gênero nas empresas.

Nesse cenário, a falta de políticas de apoio, como licença parental remunerada, trabalho flexível e creches acessíveis, é apenas um dos entraves na ascensão das profissionais com filhos. O RH deve ajudar a combater esses preconceitos e promover uma cultura organizacional mais igualitária e inclusiva, que contemple a flexibilidade no trabalho e o apoio para cuidados infantis – essenciais para que as mães sejam capazes de equilibrar suas responsabilidades familiares com o trabalho.

Além disso, é fundamental oferecer programas de mentoria, educando os colaboradores sobre as necessidades e desafios enfrentados pelos pais e mães, promovendo uma cultura de empatia e apoio. É fundamental que os gestores estejam abertos a essas necessidades, reconhecendo que a flexibilidade pode, inclusive, levar a um aumento da produtividade e da satisfação no trabalho.

Em resumo, é necessário um esforço conjunto das empresas, da área de Recursos Humanos e da sociedade como um todo para garantir que as mães tenham as mesmas oportunidades e condições de trabalho que os demais profissionais. Afinal, a maternidade não deve ser um obstáculo, mas sim uma parte natural e valorizada da vida das mulheres.

Como especialista em Diversidade, recomendo algumas iniciativas que podem contribuir para que as empresas sejam mais inclusivas e criem um ambiente de trabalho onde as mulheres profissionais vão querer estar.

  • Oferecer licença parental remunerada e flexível para mães e pais.
  • Dar suporte à transição de volta ao trabalho com programas de apoio, horários flexíveis e possibilidade de home office.
  • Fornecer benefícios como creches no local de trabalho ou subsídios para creches.
  • Promover uma cultura que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, incluindo flexibilidade nos horários.
  • Investir no desenvolvimento profissional das mães, oferecendo treinamentoss, mentoria e oportunidades de avanço.
  • Facilitar redes de apoio entre mães no ambiente profissional.
  • Reconhecer e celebrar as conquistas das profissionais que têm filhos.
  • Oferecer flexibilidade na gestão de tarefas e prazos para acomodar as responsabilidades familiares.

Adotando essas práticas, as empresas demonstram um compromisso genuíno de apoio às mães no local de trabalho, o que pode levar a uma maior satisfação, engajamento e retenção dos seus talentos.

 

Taís Rocha de Souza - psicóloga, especialista em Diversidade e diretora de Operações do Grupo Soulan.



O consórcio é seguro! Saiba como não cair em golpes.

Por ser um facilitador na hora de conquistar um bem ou um serviço, o consórcio se destaca há anos. A modalidade oferece parcelas programadas e sem juros, além de não ter a necessidade de dar um valor de entrada. É possível esperar a contemplação mês a mês ou oferecer lances para aumentar as chances de ser contemplado com a carta de crédito.

As facilidades atraem milhares de pessoas, mas alguns cuidados são necessários a fim de evitar golpes e fraudes envolvendo o tema. Por desconhecerem as regras e o sistema de funcionamento, infelizmente, todos os dias, muitas pessoas acabam perdendo dinheiro por falcatruas envolvendo o consórcio.

A Âncora, uma das principais administradoras do país, que está há mais de 35 anos no mercado, separou dicas muito importantes para quem quer entrar em um consórcio, mas tem receio de cair em golpes.

  • Pesquisar sobre a modalidade
  • Ler contratos por inteiro e com atenção
  • Desconfiar de propostas muito diferentes ou que pulam etapas exigidas por lei
  • Ter cautela com pagamentos antecipados

Um golpe que vem acontecendo com frequência é o: Quitou, ganhou! Em que os golpistas dizem que ao ser contemplado, a carta de crédito é quitada automaticamente, mas isso é uma cilada, pois, no consórcio mesmo depois da contemplação é necessário continuar a pagar as parcelas até o fim do grupo.

Outra fraude que vem sendo aplicada é relacionada com a venda de carta de crédito já quitada, que é uma prática legal, desde que o contemplado queira vendê-la, a partir disso, é necessário fazer todo o trâmite por meio da administradora e pagar as taxas de transferência. Porém, é preciso muita cautela e verificar a veracidade dessa oferta, pois esse é um golpe muito comum e que acometeu centenas de pessoas nos últimos anos.

É preciso ficar atento à regularização, uma vez que muitos golpistas criam empresas de fachada e depois somem com o dinheiro dos investidores. Se assegurar que está entrando em um grupo real de consórcio é imprescindível.  Saber a empresa que você está confiando o seu dinheiro é primordial. Por isso, pesquisar sempre é a melhor opção antes de tomar qualquer decisão. É preciso se certificar que o grupo foi formado por uma administradora autorizada pelo Banco Central e cadastrada na Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). 


Revisão de aposentadoria é direito do beneficiário


A revisão da aposentadoria pode ser uma oportunidade para aposentados, pensionistas e beneficiários por incapacidade permanente ou temporária aumentarem o valor que recebem mensalmente do INSS. Se você tem dúvidas sobre o valor do seu benefício, saiba que é possível solicitar uma revisão. Em alguns casos, os reajustes podem ultrapassar 50%, o que representa uma significativa melhoria na renda.


Há diversas situações em que a revisão pode ser solicitada. Veja os casos mais comuns:


1. Erro no cálculo inicial: se houve algum erro na concessão do benefício, como a inclusão incorreta de salários de contribuição ou períodos de trabalho.


2. Inclusão de tempo especial: reconhecimento de períodos trabalhados em condições insalubres ou perigosas que não foram contabilizados adequadamente.


3. Alterações legislativas: mudanças na legislação que possam influenciar positivamente o cálculo do benefício.


4. Revisão de pensão por morte: correção de valores que possam estar defasados ou incorretos no caso de pensões por morte.


A advogada e especialista em previdência social, Elizangela Pimentel Alves explica que antes de pedir a revisão, o beneficiário deve verificar se há fundamentos para a revisão e os procedimentos a serem seguidos. Para isso, ela reforça que é necessária uma análise detalhada dos documentos relacionados ao histórico de trabalho e contribuições, incluindo carteiras de trabalho, guias de recolhimento, contratos de trabalho, laudos médicos, entre outros.


Depois é feita a verificação se todos períodos de trabalho foram considerados corretamente, especialmente aqueles em condições especiais. O próximo passo é o cálculo do benefício, que é aconselhável, quando possível contar com a ajuda de um profissional especializado na área. Feitas estas etapas, deve formalizar o pedido de revisão junto ao INSS e fazer a gestão e acompanhamento.


“Há casos que a pessoa conseguiu seus direitos e assim melhorar o benefício em até 50% e receber o retroativo, mas para isso, é necessária uma análise individual. Também temos de ter o cuidado de entrar com pedidos infundados, porque fará a pessoa perder tempo e recursos. Outro fator de atenção é o prazo para a solicitação da revisão, que em muitos casos é de até 10 anos a partir da data de concessão do benefício”, fala a especialista que é membro da Comissão de Direito Previdenciario da Seccional da OAB Jabaquara.


Uma revisão bem-sucedida pode resultar em um aumento no valor do benefício mensal, corrigindo injustiças e assegurando o recebimento pelo tempo e condições de trabalho desempenhadas ao longo da vida profissional.


Posts mais acessados