IMAGEM: Giulian Serafim/Prefeitura de Porto Alegre
O valor é parte de estudo preliminar
realizado pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul em 40
propriedades
A Associação de Criadores de
Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) estima que o prejuízo direto à atividade
provocado pelas chuvas no Estado alcançou R$ 40 milhões.
O valor é parte de estudo
preliminar realizado pela associação e engloba tanto os danos materiais em até
40 propriedades quanto as perdas de animais, com a morte de 12,6 mil suínos
seja por afogamento, levados pelas águas ou por deslizamentos, informou o
presidente da Acsurs, Valdecir Folador. Segundo ele, os danos totais ou
parciais atingiram entre 25 mil m² e 26 mil m² de área construída.
"Estimamos um custo de R$
30 milhões para reconstrução das propriedades e suas estruturas, mas não sabemos
se o valor será esse, pois alguns produtores podem desistir da
suinocultura", explicou Folador.
O presidente da associação
também ponderou que há prejuízos difíceis de serem calculados, pois envolvem
desafios de alimentação aos plantéis, provocados por problemas de logística,
como a destruição de estradas.
"Em alguns casos, o acesso
às granjas só foi restabelecido uma semana depois. Muitos animais tiveram
restrição alimentar, o que trará prejuízos posteriores", disse.
Isso pode trazer prejuízos
adicionais de R$ 5 milhões a R$ 6 milhões, segundo estimativa do representante
da Acsurs. As regiões do Vale do Taquari, da Serra Gaúcha e do Vale do Caí
concentraram os impactos das chuvas sobre a suinocultura do Rio Grande do Sul.
Segundo Folador, essas regiões
abrigam 28% da produção de suínos do Estado, que abate 11,2 milhões de animais
anualmente. O plantel gaúcho fixo de suínos é de 5 milhões, de acordo com o
presidente da Acsurs, com 1,4 milhão sendo dessas áreas.
Com os números dos prejuízos em
mãos, a Acsurs espera contar com o apoio governamental para a reestruturação
financeira dos suinocultores e da atividade nas propriedades atingidas, com a
principal demanda sendo o abatimento das dívidas de produtores que tiveram suas
propriedades destruídas.
Folador também avaliou que a
suinocultura gaúcha não deve sofrer impactos expressivos em volumes ou preços
pela tragédia. "Isso se dilui na suinocultura do Estado. Não vai mexer com
o mercado, pela grandiosidade da atividade, mas para quem perdeu é tudo",
comentou.
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