Pesquisar no Blog

terça-feira, 21 de maio de 2024

Hérnia de disco tem cura? Entenda a condição que afeta a coluna

Para ter bons resultados no tratamento de hérnias de disco, é importante buscar um acompanhamento profissional, explica o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho

  

Problemas na coluna são uma realidade comum na vida de muitas pessoas, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, 80% da população mundial já teve ou terá dores nas costas, algo que afeta diretamente a qualidade de vida e restringindo atividades diárias. 

 Entre os diversos problemas de coluna, a hérnia de disco é uma das principais causas de desconforto, mas também ainda é alvo de diversas dúvidas sobre o seu surgimento e tratamento.

 

Como surge a hérnia de disco?

De acordo com o Nеuro-Ortopеdista, Dr. Luiz Fеlipе Carvalho, o surgimento de hérnia acontece nos discos gelatinosos na coluna vertebral. 

A hérnia de disco surge principalmente devido ao desgaste natural da coluna vertebral com o envelhecimento. Ela surge quando o núcleo gelatinoso do disco intervertebral se projeta para trás rompendo o anulo fibroso, pressionando os nervos e gerando lesões causadas por movimentos bruscos, esforço excessivo ou traumatismos também podem contribuir para o desenvolvimento da hérnia de disco”, explica.

 

Tratamento para a hérnia de disco

A abordagem usada para tratar a hérnia de disco pode variar bastante de acordo com a gravidade do caso e da situação do paciente, para ajudar a restaurar a qualidade de vida do paciente, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho. 

Em casos menos graves, normalmente são usados métodos menos invasivos, como fisioterapia, medicamentos e repouso, que podem aliviar os sintomas. Podemos utilizar técnica de tratamento com uso de célula tronco para modulação das dores e diminuição da hérnia discal. Já em situações mais graves, podem ser necessárias cirurgias para aliviar a pressão sobre os nervos”. 

Em muitos casos, a condição pode ser gerenciada de forma eficiente, permitindo que as pessoas levem vidas ativas normalmente após o tratamento. Mas alguns fatores não podem ser totalmente eliminados, como o desgaste natural pelo envelhecimento”, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho. 

 

Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio. Além do tenista Argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então. O Gaúcho possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa na Cidade de São Paulo para tratamentos de Artrose e de dores crônicas osteomusculares.

 

Chuvas no RS: cuidado com leptospirose deve ser mantido mesmo após baixar o nível de água

 

  • A bactéria responsável pela doença pode sobreviver no ambiente por até seis meses
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial endossa a dispensa de exames diante da falta de testes e mais demora na entrega dos resultados no Sul

 

As enchentes no Rio Grande do Sul afetam milhares de pessoas, trazendo consigo também perigos para a saúde, sendo um deles a leptospirose. Transmitida por meio do contato com a urina de animais infectados, como os ratos, a bactéria leptospira spp, pode sobreviver por até 180 dias (cerca de seis meses) no ambiente. Por isso, deve-se continuar com medidas de precaução para evitar a doença após o fim das enchentes. Conforme o mais recente relatório do Ministério da Saúde (MS) sobre a leptospirose no Brasil, 44% dos casos confirmados estão relacionados à infecção por água ou lama de inundação. 

Andre Doi, patologista clínico e diretor científico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), explica que há exames específicos para o diagnóstico da leptospirose, mas que, nesse momento, no Rio Grande do Sul, é fundamental considerar o histórico epidemiológico e exposição do paciente para suspeita da infecção. 

"Os exames laboratoriais são importantes para o diagnóstico da doença. Entretanto, o tratamento e profilaxia, quando necessários, devem ser realizados com base na história clínica e epidemiológica, além de sinais/sintomas apresentados pelo paciente. Esta é a recomendação da SBPC/ML frente à elevada demanda pelos exames diagnósticos e escassez de testes, redução local da rede laboratorial disponível e maior tempo de resposta para os resultados", destaca o patologista clínico André Doi.

 

Como identificar - Os sintomas comuns da leptospirose incluem febre alta, dores de cabeça, calafrios, dores musculares, vômitos e icterícia, caracterizada pela pele amarelada e olhos avermelhados. Entretanto, esses sinais podem ocorrer em diversas doenças infecciosas.   

Mesmo após a diminuição do nível d’água nas cidades do Rio Grande do Sul, a leptospirose ainda pode ser contraída, já que os cidadãos ainda podem permanecer expostos a locais contaminados. Por essa razão, é importante que as pessoas usem vestimentas impermeáveis, como botas e roupas protetoras, luvas e sacos plásticos quando forem limpar suas casas, por exemplo. Superfícies molhadas se tornam propícias para a sobrevivência da bactéria da leptospirose também. Evitar o contato com água e lamas suspeitas de contaminação e não deixar que as mãos e os pés fiquem molhados por muito tempo são formas de prevenção. “A bactéria pode penetrar no corpo através da pele ou mucosas como nariz e boca, facilitando a disseminação da doença”, explica Doi. 

Ainda não há vacina disponível para a doença e o tratamento da leptospirose baseia-se na antibioticoterapia. "Em alguns casos, a administração profilática de antibióticos é indicada após exposição à água contaminada", destacou o especialista da SBPC/ML.





SBPC/ML - A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial


Mortalidade Materna: saúde mental das gestantes e puérperas, hemorragia, pré-eclâmpsia e sepse estão entre as principais causas

 Prevenção, antecipação de riscos, diagnóstico precoce e cuidado de uma equipe multidisciplinar altamente especializada contribui para antecipar e reduzir os riscos 

 

Para alertar e conscientizar sobre a importância de diagnosticar precocemente os riscos que podem levar à morte materna, em 28 de maio foi instituído o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a morte materna pode ocorrer durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Entre as principais causas estão pré-eclâmpsia, hemorragia e sepse. E, recentemente, a lista cresceu com a entrada do cuidado com a saúde mental das mulheres no puerpério.

Segundo a OMS, nos países em desenvolvimento, uma em cada cinco mulheres terá um problema de saúde mental durante a gravidez e/ou no primeiro ano após o parto. A saúde mental materna comprometida pode aumentar o risco de complicações obstétricas como, por exemplo, pré-eclâmpsia, hemorragia, parto prematuro, natimorto, além de suicídio. Ainda segundo pesquisas internacionais recentes, 18% das mulheres apresentam sintomas de ansiedade no primeiro trimestre da gestação, passando para 19% no segundo trimestre e chegando a 24% no terceiro trimestre.

“Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de mortes por saúde mental subiu significativamente e já ultrapassa as outras causas. Isso mostra a importância de termos protocolos e equipe multidisciplinar altamente especializada e atenta para identificar, acolher e tratar qualquer sinal que indique a necessidade de suporte. Ainda temos inúmeros desafios nessa área, mas estamos caminhando para trazer melhorias constantes no cuidado e apoio às mulheres durante esse período”, salienta Dra. Mônica Maria Siaulys, diretora Médica do Grupo Santa Joana.

Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de mortalidade materna no Brasil retornou aos patamares pré-pandemia: após atingir a taxa de 117 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2021, voltou a 57 —índice similar ao ano de 2019. Entretanto, ainda está longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS). A média mundial é de 223 mortes para cada 100 mil partos e a taxa de morte materna da Europa Ocidental é de 8 para cada 100 mil partos. No Grupo Santa Joana, composto pelos hospitais e maternidades Santa Joana, Pro Matre Paulista e Santa Maria, esse número é ainda mais baixo, sendo de 5 a cada 100 mil de causas gerais e, há anos, zero morte materna por hemorragia, que ainda é uma das principais causas de morte materna evitável no Brasil.

Para manter as baixas taxas nos hospitais e maternidades da Instituição, foi implantado há oito anos o Programa de Redução de Mortalidade Materna realizado no seu Centro de Simulação Realística. Ao longo dos anos, o Grupo Santa Joana construiu protocolos baseados nas melhores evidências que otimizam o atendimento das pacientes, organizando o cuidado multidisciplinar. Dessa maneira, as equipes trabalham em sintonia, de maneira coordenada e seguindo a mesma conduta por meio de uma linguagem única. Nos casos de hemorragia, por exemplo, como o fluxo de sangue que passa pelo útero é bastante elevado, a agilidade no atendimento é crucial.

Alinhados com a missão de promover a saúde e o bem-estar da mulher e do neonato, por meio da prestação de serviços da saúde humanizados, com ética, qualidade, segurança e sustentabilidade, o Grupo Santa Joana, recentemente, desenvolveu uma ferramenta de Big Data e Inteligência Artificial, especialmente no que se refere ao apoio à decisão e ao manejo de casos graves de pré-eclâmpsia, que contribuiu para a reduzir os casos de reinternação de pacientes acometidas pela doença.  

“Buscamos de maneira contínua aperfeiçoar e trazer o que existe de melhor para nossos pacientes, aprimorando nossos protocolos clínicos de atendimento. Isso demonstra nossa preocupação em não somente reduzir a mortalidade materna, mas também reduzir a morbidade materna, ao conseguirmos alcançar desfechos clínicos cada vez melhores”, destaca a médica. 



Grupo Santa Joana
www.santajoana.com.br
www.promatre.com.br
www.maternidadesantamaria.com.br

 

3 em cada 10 adultos brasileiros afirmam ter sofrido abuso ao longo da vida, revela pesquisa

Educação sexual nas escolas e conscientização e solução para redução do abuso sexual nas casas para 71% dos brasileiros 

83% da população acredita que o abuso infantil resulta em depressão e tendências suicidas 


 Uma pesquisa recente realizada pela Hibou, empresa de pesquisa, monitoramento e insights de consumo, traz à tona em reconhecimento ao Maio Laranja e ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, um quadro preocupante sobre a violência e o abuso infantil no Brasil. De acordo com o levantamento, 89% dos brasileiros acreditam que o número de casos de violência contra crianças aumentou na última década, refletindo uma percepção de crescente insegurança e vulnerabilidade entre os mais jovens. Enquanto 3 em cada 10, afirmam ter sofrido abuso sexual ao longo da vida. (4% preferiram não responder). 

O estudo realizado em formato digital em março deste ano, contou com uma amostra de mais de 1.880 entrevistas, apresentando uma margem de erro de 2,2% a um intervalo de confiança de 95%. Os respondentes, representando as classes ABCDE e com idades a partir de 18 anos, ofereceram um panorama abrangente e preocupante sobre a percepção e realidade do abuso infantil no país. 

"Os dados que coletamos evidenciam a necessidade de um debate mais amplo e constante sobre o abuso infantil. Precisamos quebrar o silêncio e promover uma cultura de proteção às nossas crianças," afirma Lígia Mello, ceo da Hibou."É crucial que a sociedade e o governo trabalhem juntos para criar mecanismos de denúncia e apoio que sejam realmente acessíveis e eficazes." completa Lígia. 

Entre diversas percepções, a educação aparece como ponto crucial de prevenção para a maioria: 71% dos entrevistados acreditam que a educação sexual nas escolas pode ajudar a prevenir esses casos de abuso sexual infantil. 68% consideram que a conscientização feita nas escolas ainda deixa a desejar.

 

Confira mais achados da pesquisa: 

Fatores contribuintes para a violência: 77% dos participantes apontam o consumo de álcool como um dos principais fatores, seguido pelo uso de entorpecentes (74%) e falta de educação/cultura (65%). 

Percepção do aumento da violência infantil: 89% dos entrevistados acham que os casos de violência contra crianças aumentaram; 8% acreditam que se mantiveram e apenas 1% acha que diminuíram. 

Causas do abuso infantil: Falta de caráter (64%), distúrbios de personalidade como narcisismo ou sociopatia (63%) e histórico de abuso ou trauma na própria infância (54%) são as causas mais citadas.

 

Internet vilã ou aliada?

74% acreditam que a internet facilita que agressores construam relacionamentos de confiança online com crianças, além de proporcionar plataformas para compartilhamento de material de abuso (67%) e facilitar o anonimato dos agressores (64%).

 

Injustiça

A pesquisa também destaca os desafios enfrentados por organizações e profissionais que lidam com crianças vítimas de abuso. A morosidade da justiça brasileira e a proteção das vítimas são apontados como os maiores obstáculos. Para 91% dos entrevistados, as penas aplicadas aos culpados deixam a desejar, e 74% acreditam que as verbas públicas destinadas à investigação são insuficientes.

 

Impacto na vida adulta

Os efeitos de longo prazo do abuso sexual infantil são devastadores. Entre os problemas mais citados estão depressão (83%), isolamento social (79%) e dificuldades de confiança em relacionamentos (78%). Esses traumas mostram a importância de uma rede de suporte contínua para auxiliar as vítimas, mesmo na vida adulta.

 

Vozes de apoio

Para combater a violência e o abuso infantil, a pesquisa indica a necessidade de uma ação conjunta entre profissionais, políticos e influencers. É crucial que todos entendam o que é abuso e saibam como agir. Canais de denúncia precisam ser seguros e acolhedores, garantindo proteção e confiança para as vítimas e suas famílias.

 

Hibou


25 DE MAIO: DIA INTERNACIONAL DA TIREOIDE

Um Guia Completo para Prevenir, Identificar e Tratar Distúrbios


A tireoide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada no pescoço. Responsável por regular o metabolismo do corpo, ela é capaz de influenciar desde a energia e que teremos ao longo do dia, até o funcionamento e órgãos vitais, como o coração. 

Por este motivo, alerta o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, quando em desequilíbrio, a tiroide pode afetar drasticamente a qualidade de vida. Sem o diagnóstico correto ou tratamento adequado, os sintomas tendem a piorar, trazendo consequências sérias. 

Por isso, esteja sempre atenta e confira as informações abaixo:

 

Prevenindo problemas 

  • Alimentação Saudável: iodo, selênio, zinco e vitaminas do complexo B são essenciais para a saúde da tireoide. Inclua no seu cardápio:

·         Iodo: peixes, frutos do mar e laticínios

·         Selênio: castanhas do Brasil, nozes, grão de bico e aveia

·         Zinco: carne vermelha, feijão, lentilha e espinafre

  • Vitaminas B: carne, ovos, leite, vegetais verde-escuros e banana
  • De olho na rotina: manter o peso ideal, praticar pelo menos 30 minutos de exercícios moderados na maioria dos dias da semana, controlar o estresse e evitar o tabagismo, além de diversos benefícios para a saúde, também podem beneficiar o correto funcionamento da tireoide.
  • Acompanhamento Médico: Consulte seu médico regularmente para check-ups preventivos.

 

Principais Problemas 


Hipotireoidismo 

A tireoide produz menos hormônios do que o necessário. Sintomas:

·         Cansaço extremo

·         Aumento de peso

·         Queda de cabelo

·         Pele seca e fria

·         Sensibilidade ao frio

·         Prisão de ventre

·         Depressão

·         Bradicardia

 

Hipertireoidismo 

A tireoide produz mais hormônios do que o necessário. Sintomas:

·         Nervosismo e irritabilidade

·         Insônia

·         Perda de peso

·         Aumento do apetite

·         Transpiração excessiva

·         Taquicardia

·         Tremores nas mãos

·         Diarreia

 

Tratamento 

Segundo o Dr. Alexandre Rossi, o tratamento dos distúrbios da tireoide depende da causa. Por isso, a realização periódica de exames é fundamental, bem como a orientação médica em caso de alteração nos resultados dos exames. 

“Na grande maioria dos casos, a reposição hormonal no hipotireoidismo ou medicamentos para reduzir a produção de hormônios no hipertireoidismo são indicados e devem ser tomados de forma contínua. Em caso de dúvida, consulte um médico”. 


Síndrome de Burnout – entenda a doença que começa a impactar as equipes de socorro no RS

Durante pouco mais de duas semanas, as enchentes no Rio Grande do Sul, decorrentes das fortes chuvas que assolaram o estado, mobilizaram não apenas equipes de bombeiros e socorristas, como militares, profissionais da saúde, voluntários civis e muitos outros que foram convocados ou se sensibilizaram com a tragédia. Segundo a Defesa Civil, já são mais de 500 mil desalojados em 446 municípios, além de cerca de 150 mortos pelas inundações. 

Uma preocupação de profissionais da saúde, que têm mobilizado estruturas de acolhimento, é o apoio psicológico às vítimas das enchentes. Porém, há um outro grupo que também já demonstra sinais de exaustão emocional, o que começa a receber um olhar atento de especialistas: as próprias equipes que atuam nos resgates e assistência às vítimas. 

Esse grupo vem enfrentando sérios casos de Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. Essa doença é um grande tema a ser combatido nas empresas. Contudo, em casos extremos como esse, traz uma necessidade de se estar muito mais atento. 

“As pessoas que estão atuando na linha de frente do salvamento estão passando por uma série de desafios que ocasionam muito estresse e esgotamento físico e mental. Isso facilmente leva esses profissionais ao desenvolvimento dessa síndrome”, explica Dr. Vicente Beraldi, médico especialista em psiquiatria da Moema Medicina do Trabalho. 

O Ministério da Saúde enfatiza que esse esgotamento pode originar-se de fatores psicossociais ligados à gestão organizacional, à natureza das tarefas laborais e às condições do ambiente corporativo. Em um cenário de emergência, no qual qualquer falha pode resultar em resultados fatais, essa situação se agrava, exigindo uma atenção especial junto a esses profissionais e a necessidade de acompanhamento de especialistas. 

“Diversos fatores preocupantes podem surgir e serem vetores de problemas como o Burnout, como muitas horas de trabalho, frustrações, expectativas não atingidas, urgências de ações, a convivência com pessoas de temperamentos distintos e a complexa situação de muitas vezes também estar vivendo problemas pessoais relacionados à crise. Enfrentar esses desafios requer um acompanhamento próximo dessas pessoas”, alerta Dr. Vicente Beraldi. 

Diante desse cenário desafiador, é importante que as lideranças busquem criar ambientes saudáveis, com uma escuta ativa de todos, promovendo um ambiente colaborativo e de respeito. Por meio de ações que partam das lideranças e acompanhamento dos profissionais, é possível mitigar os problemas decorrentes da síndrome de Burnout e garantir o foco necessário nas operações de resgate e assistência.

 

Entenda o Burnout 

Mas, o que é Burnout? Segundo Dr. Vicente Beraldi, essa é uma síndrome, também conhecida como "síndrome do esgotamento profissional", é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho. 

“Essa doença, que já foi reconhecida como relacionada ao trabalho, tem como sintomas o cansaço excessivo, dor de cabeça, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração, sentimentos negativos e físicos como pressão alta, dores musculares e problemas gastrointestinais”, detalha o especialista. 

Para a realização dos trabalhos, o impacto desse problema é muito grande, pois resulta em três pilares essenciais: exaustão de energia, distanciamento mental ou negativismo/cinismo relacionados ao trabalho e redução da eficácia profissional. 

Para a pessoa que está preocupada com o Burnout, já existem estudos que mostram os degraus que as pessoas passam até chegar ao extremo, que são: 

1. Necessidade de autoafirmação

2. Aumento da carga de trabalho

3. Desleixo com necessidades pessoais

4. Distanciamento e ansiedade crescente

5. Redefinição de valores pessoais

6. Negligência aos problemas emergentes

7. Isolamento social

8. Mudanças comportamentais preocupantes

9. Despersonalização

10. Sentimento de vazio interior

11. Intensificação de sintomas depressivos

12. Quadro de Burnout com exaustão emocional

 

Contudo, existem caminhos para prevenção desses males, conforme detalha Dr. Vicente Beraldi: 

1. Estabelecimento de objetivos - Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal.

2. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal - Participar de atividades de lazer, fugindo da rotina diária.

3. Atividades físicas regulares - Praticar exercícios físicos regularmente.

4. Cuidados com a saúde mental - Evitar consumo de substâncias nocivas, não se automedicar e garantir uma boa qualidade de sono.

 

Desafios e oportunidades do aumento das recuperações judiciais no agronegócio

Já há muitos anos é sabido que o agronegócio é o principal motor da economia brasileira, contribuindo significativamente para o crescimento do país e desempenhando um papel crucial no abastecimento interno e na balança comercial das exportações. 

Ocorre que, mesmo que pareça que o setor vive em céu de brigadeiro, fato é que o agronegócio não é imune a crises, o que pode ser identificado pelo aumento exponencial das recuperações judiciais no setor. Para se ter uma ideia, em 2023, o número de pedidos de recuperação judicial por parte de produtores rurais saltou 535%, segundo dados da Serasa Experian. 

Recentemente, o Ministro da Agricultura, reconhecendo a importância das recuperações num cenário de crise, externou preocupação com o aumento dos processos, destacando os impactos negativos que essas podem ter sobre a estabilidade e o desenvolvimento do agronegócio, trazendo, inclusive, efeito contrário ao que se almeja, pois o mercado, cada vez mais desconfiado na saúde do setor e sendo vítima dos processos de recuperação cada vez mais agressivos, vai precificar esse custo e embutir nos preços dos produtos de toda a cadeia – o que, certamente, vai gerar um efeito cascata que vai aumentar o custo de produção de forma sensível. 

Essa crítica não pode ser ignorada, pois ressalta uma questão complexa que merece reflexão e ação por parte de todos os envolvidos. Antes de qualquer coisa, é importante compreender o que está por trás desse aumento nas recuperações judiciais, onde destacamos os seguintes pontos: 

Aumento do endividamento: o agronegócio vivenciou um ciclo de endividamento crescente nos últimos anos, impulsionado por fatores como a expansão da área plantada, a alta dos preços dos insumos e a desvalorização do real. 

Fatores climáticos: a seca e outros eventos climáticos adversos impactaram negativamente a produtividade das lavouras, reduzindo a renda dos agricultores e dificultando o pagamento das dívidas. 

Oscilações do mercado: A volatilidade dos preços internacionais das commodities agrícolas também contribuiu para as dificuldades financeiras do setor. 

Falta de acesso ao crédito: Apesar da importância do agronegócio para a economia brasileira, o acesso ao crédito ainda é um desafio para muitos produtores, especialmente os pequenos e médios. 

Não bastasse isso, o contexto econômico e político do país também pode desempenhar um papel significativo nesse cenário. Por outro lado, é importante reconhecer que as recuperações judiciais não devem ser vistas apenas como um problema, mas também como uma oportunidade para revisão e ajuste. 

Quando uma empresa entra em recuperação judicial, isso não significa necessariamente seu fim, mas sim uma chance de reestruturação e revitalização. É um processo complexo, que envolve negociações com credores, reorganização financeira e, muitas vezes, mudanças estratégicas na gestão do negócio. 

Nesse sentido, é crucial que haja um ambiente propício para que as empresas do agronegócio possam passar por esse processo de forma eficiente e eficaz. Isso inclui medidas que visem desburocratizar e agilizar os procedimentos de recuperação judicial, promover a educação financeira e gestão empresarial entre os empreendedores rurais, além de políticas públicas que incentivem a inovação e a diversificação das atividades agrícolas. 

É importante ressaltar também a necessidade de uma abordagem equilibrada por parte do governo, que reconheça a importância do agronegócio para a economia do país, mas que também esteja atento aos desafios enfrentados pelo setor. Isso envolve não apenas o apoio financeiro, mas também o estabelecimento de um ambiente regulatório e institucional favorável ao desenvolvimento sustentável do agronegócio. 

Em suma, o aumento das recuperações judiciais no agronegócio é um reflexo dos desafios enfrentados por esse setor dinâmico e complexo. No entanto, ao invés de apenas lamentar essa realidade, é necessário encará-la como uma oportunidade para promover mudanças positivas e construir um futuro mais resiliente e próspero para o agronegócio brasileiro.

 

Dr. Marco Aurélio Ferreira -advogado e sócio da Martinho & Alves Advogados nas áreas de Direito Tributário e Agronegócios.


Hospital veterinário de São Paulo envia 10 toneladas de ração para o RS e ainda usa telemedicina para ajudar animais resgatados

Doação foi realizada pela Rede +Pet e parceiros. Veterinários da rede farão consultas à distância, por meio de canal de WhatsApp. Expectativa é atender 1.200 pets em 60 dia


Depois de doar 10 toneladas de ração para atender os pets resgatados das enchentes do Rio Grande do Sul, a +Pet está organizando uma ação solidária em prol dos mais de 20 mil animais que se encontram em situação de vulnerabilidade por causa da calamidade. Por meio de ONGs que estão realizando o trabalho voluntário de acolhimento dos animais, veterinários do Hospital +Pet de São Paulo estão oferecendo consultas à distância por meio da Telemedicina.

 

“Disponibilizamos um canal de atendimento por WhatsApp. O tutor da instituição pode realizar chamadas de vídeo ou chat com nossos veterinários, que irão dar orientações sobre tratamentos e receitas”, explica Hebert Justo, sócio e veterinário da +Pet, uma rede de Plano de Saúde e Hospitais Veterinários que atua na cidade de São Paulo e de Campinas, além de Goiânia e Distrito Federal.

 

Rapidez

O objetivo, segundo ele, é levar atendimento humanizado para os pets vítimas das enchentes no Sul do país. “A telemedicina veterinária proporcionará rapidez no tratamento e humanidade para os animais que estão fragilizados e necessitam de todo carinho e acolhimento”, garante.

 

Os atendimentos acontecerão de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Nos próximos 60 dias, a meta é atender uma média de 30 pets/dia. Para receber o atendimento basta entrar em contato pelo telefone (11) 97641-8498.

 

Doações 

Na semana passada, a +Pet enviou para o Rio Grande do Sul 10 toneladas de ração, uma ação que contou com a ajuda de empresas parceiras.  

Na capital paulista, o Hospital +Pet fica na esquina da Av. Morumbi com a Chucri Zaidan. A unidade é a quinta da rede. As duas primeiras foram inauguradas em 2021 em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Em 2023 foi a vez de Brasília e Campinas. 


Violência escolar: qual a causa e como solucionar

Freepik


Comportamentos violentos nas escolas se intensificam cada dia mais, ou pelo menos a sua relevância tem ficado mais clara. Não por acaso, o MEC instituiu recentemente o Sistema Nacional de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas (Snave), com objetivo de mapear e prevenir ocorrências de violência escolar.

Para entendermos melhor o assunto, precisamos nos debruçar sobre o que chamamos de agressividade. Estamos aqui falando de comportamentos que podem ser verbais ou físicos, direcionado contra outras pessoas intencionalmente ou não, mas que causam prejuízos físicos, mentais, sociais ou materiais. Não é algo incomum ou difícil de compreender; a dificuldade está em entender o motivo desses comportamentos.

Algumas pessoas irão imaginar que a culpa seja da família, que essa, sim, deveria prover instrução que não cabe à escola. Outros vão dizer que é falta de estrutura escolar, pois essa tem o papel educativo em si, com foco no ensino não só de conteúdos, mas morais para formar cidadãos. Outros ainda podem pensar que esses problemas são fisiológicos, que algum tipo de transtorno pode estar influenciando esse comportamento. O mais certo é dizer que tudo tem um pouco de verdade. 

Em alguma medida, os pais têm a responsabilidade de ensinar para os seus filhos quais são as formas corretas de se comportar em sociedade. No entanto, alguns pais, por mais bem intencionados e focados na educação de seus filhos que sejam, não saber o que fazer, já que algumas vezes essas crianças possuem algumas necessidades que somente profissionais conseguem ajudar a sanar. 

De outro lado, a escola possui uma certa responsabilidade com os alunos em sala de aula. Em alguns casos, essas crises podem ser causadas por tentativas de fuga do ensino, o que causa a necessidade de se ensinar o aluno por meio de um plano individualizado. Assim, ele tem a possibilidade de aprender dentro das suas capacidades, com o tipo de ensino que lhe é mais eficaz. Percebemos que isso diminui a probabilidade de algumas crises, embora não as impeça completamente.

Em conjunto com os outros dois pontos, existem ainda transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperatividade, transtorno opositor desafiador, autismo, entre outras condições que podem causar maior incidência de comportamentos agressivos, por motivos diversos. Esses alunos precisam de suporte mais presente da família, apoio escolar com planos de ensino personalizados e atuação de profissionais de saúde que possam intervir nas características principais de cada um dos transtornos. 

Dessa forma, há uma possibilidade de se reduzir crises de agressividade na escola através de um trabalho conjunto entre profissionais de educação, saúde e família. Embora nenhum detenha toda a responsabilidade na causa, todos são um pouco responsáveis pela solução.

 

Felipe Lemos - diretor pedagógico da Luna ABA, psicólogo e especialista em comportamentos-problema.


Prazo do imposto de renda perto do fim: especialista em Direito e Saúde esclarece dúvidas para declaração do plano de saúde

Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da ANAB, elenca quais despesas podem entrar e as regras para evitar erros na declaração

 

Com o prazo da declaração do Imposto de Renda próximo ao seu fim – a data limite é no final deste mês, muitas são as dúvidas que podem surgir na hora de declarar despesas médicas e hospitalares. Os gastos com saúde estão entre os principais itens que podem contribuir para uma restituição maior, já que não há limite de dedução. Para comprovar as despesas, o contribuinte deve ter os recibos e as notas fiscais, além dos dados dos profissionais ou hospitais, como CPF ou CNPJ, e identificação de quem foi o beneficiário, seja o declarante, o dependente ou o alimentando. 

Ainda assim, alguns cuidados e dicas são necessários para garantir que as despesas de saúde sejam declaradas corretamente. Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) e especialista em Direito e Saúde, elenca alguns pontos de atenção. 

“O principal ponto de dúvida recai sobre quais são os itens que podem ser deduzidos. Esclareço: planos de saúde e odontológicos, consultas, exames e tratamentos em geral com médicos e outros profissionais de saúde, cirurgias e internações, desde que pagos de forma particular, testes de covid realizados em estabelecimentos de saúde, aparelhos e próteses ortopédicas, desde que os mesmos sejam comprovados com receita médica, ou façam da conta dos estabelecimentos de saúde, além de aparelhos dentários ou próteses nos mesmos termos”, reitera o especialista. 

Também vale esclarecer o que não pode ser declarado. Não entram no documento itens como remédios e vacinas, os reembolsos pagos pelos planos de saúde, óculos e lentes de contato, despesas extras com acompanhantes ou passagens e hospedagens para tratamento em hospital, autoteste para a detecção de covid e os diagnósticos realizados em farmácias. 

“Alguns itens têm regras específicas e por isso demandam mais atenção. A prótese de silicone, por exemplo, só é dedutível se estiver inclusa na conta do hospital. Outros itens não são dedutíveis de forma alguma: exames de DNA para comprovação de paternidade e procedimentos para coleta de células tronco”, detalha o advogado Alessandro Acayaba de Toledo.
 

Regras para a comprovação dos gastos

Além das escolhas do que declarar, também cabe entender quais são as regras na hora de anexar documentos que comprovem os gastos. É importante constar os laudos médicos, no caso de exames e diagnósticos específicos, além do CPF do profissional ou CNPJ do estabelecimento de saúde que recebeu o pagamento. Também é preciso constar os dados básicos do beneficiário e as datas de emissão e de adesão.

“Se o beneficiário não tiver a nota fiscal, vai precisar obter um laudo com assinatura do prestador de serviço. Lembro também aos beneficiários que as despesas precisam ser inseridas no campo “Pagamentos Efetuados”. Esse é um ponto importante para evitar erros na declaração”, finaliza o especialista.

 

Associação Nacional das Administradoras de Benefícios - ANAB

 

Posts mais acessados