Educação sexual nas
escolas e conscientização e solução para redução do abuso sexual nas casas para
71% dos brasileiros
83% da população acredita que o abuso infantil resulta em depressão e tendências suicidas
Uma pesquisa recente
realizada pela Hibou, empresa de pesquisa,
monitoramento e insights de consumo, traz à tona
em reconhecimento ao Maio Laranja e ao
Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes, um quadro
preocupante sobre a violência e o abuso infantil no Brasil. De acordo com o
levantamento, 89% dos brasileiros acreditam que o número de casos de violência
contra crianças aumentou na última década, refletindo uma percepção de
crescente insegurança e vulnerabilidade entre os mais jovens. Enquanto 3 em
cada 10, afirmam ter sofrido abuso sexual ao longo da vida. (4% preferiram não
responder).
O estudo realizado em formato digital em março deste ano, contou com uma amostra de mais de 1.880 entrevistas, apresentando uma margem de erro de 2,2% a um intervalo de confiança de 95%. Os respondentes, representando as classes ABCDE e com idades a partir de 18 anos, ofereceram um panorama abrangente e preocupante sobre a percepção e realidade do abuso infantil no país.
"Os dados que coletamos evidenciam a necessidade de um debate mais amplo e constante sobre o abuso infantil. Precisamos quebrar o silêncio e promover uma cultura de proteção às nossas crianças," afirma Lígia Mello, ceo da Hibou."É crucial que a sociedade e o governo trabalhem juntos para criar mecanismos de denúncia e apoio que sejam realmente acessíveis e eficazes." completa Lígia.
Entre diversas percepções, a educação aparece como
ponto crucial de prevenção para a maioria: 71% dos entrevistados acreditam que
a educação sexual nas escolas pode ajudar a prevenir esses casos de abuso
sexual infantil. 68% consideram que a conscientização feita nas escolas ainda
deixa a desejar.
Confira mais achados da pesquisa:
Fatores contribuintes para a violência: 77% dos participantes apontam o consumo de álcool
como um dos principais fatores, seguido pelo uso de entorpecentes (74%) e falta
de educação/cultura (65%).
Percepção do aumento da violência infantil: 89% dos entrevistados acham que os casos de
violência contra crianças aumentaram; 8% acreditam que se mantiveram e apenas
1% acha que diminuíram.
Causas do abuso infantil: Falta de caráter (64%), distúrbios de
personalidade como narcisismo ou sociopatia (63%) e histórico de abuso ou
trauma na própria infância (54%) são as causas mais citadas.
Internet vilã ou aliada?
74% acreditam que a internet facilita que
agressores construam relacionamentos de confiança online com crianças, além de
proporcionar plataformas para compartilhamento de material de abuso (67%) e
facilitar o anonimato dos agressores (64%).
Injustiça
A pesquisa também destaca os desafios enfrentados
por organizações e profissionais que lidam com crianças vítimas de abuso. A
morosidade da justiça brasileira e a proteção das vítimas são apontados como os
maiores obstáculos. Para 91% dos entrevistados, as penas aplicadas aos culpados
deixam a desejar, e 74% acreditam que as verbas públicas destinadas à
investigação são insuficientes.
Impacto na vida adulta
Os efeitos de longo prazo do abuso sexual infantil
são devastadores. Entre os problemas mais citados estão depressão (83%),
isolamento social (79%) e dificuldades de confiança em relacionamentos (78%).
Esses traumas mostram a importância de uma rede de suporte contínua para
auxiliar as vítimas, mesmo na vida adulta.
Vozes de apoio
Para combater a violência e o abuso infantil, a
pesquisa indica a necessidade de uma ação conjunta entre profissionais,
políticos e influencers. É crucial que todos entendam o que é abuso e saibam
como agir. Canais de denúncia precisam ser seguros e acolhedores, garantindo
proteção e confiança para as vítimas e suas famílias.
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