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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Como a flexibilidade no trabalho pode auxiliar as mulheres na conciliação de maternidade e carreira

Mulheres são as principais responsáveis pela jornada da economia do cuidado; segundo o lab Esgotadas, da Think Olga, 86% das brasileiras consideram ter muita carga de responsabilidades

 

O mês de maio é conhecido como o mês das mães - um tema importante para ser ressaltado nesta e em todas as épocas, é a conciliação da maternidade e a carreira das mulheres. Com o fim do trabalho remoto, a vida profissional das brasileiras foi prejudicada, principalmente quando falamos a respeito da participação de mães no mercado de trabalho. Segundo pesquisa da Boston Consulting Group, 72% dos brasileiros afirmam que o teletrabalho aumentou seu bem-estar. O home office também foi um marco para a equidade de gênero, pois, no mundo todo, as mulheres são as principais responsáveis pelo cuidado, garantindo as tarefas ligadas à casa e à família, por exemplo. Porém, tentar equilibrar o trabalho dentro e fora de casa acaba sobrecarregando e adoecendo as mulheres - é o que mostra o relatório Esgotadas, desenvolvido pela ONG Think Olga, que indica que 86% das brasileiras consideram ter muita carga de responsabilidades. Ainda, 45% delas possuem hoje um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos que afetam sua saúde mental. 

A partir deste cenário, é possível observar que as mulheres são as mais prejudicadas pela jornada de trabalho inflexível. Para Nana Lima, diretora da Think Eva, consultoria especialista em equidade e gênero no mercado corporativo, a flexibilidade é a chave para apoiar mães que também trabalham fora de casa. “As rotinas de trabalho remoto ou em modelo híbrido ampliam oportunidades para as mulheres, que são as principais responsáveis por outras jornadas relacionadas ao trabalho de cuidado e às demandas da maternidade. Para elas, um modelo flexível de trabalho pode ser mais produtivo e motivado, mas precisa ser desenhado de forma sustentável. Não adianta ser flexível no horário, mas demandar disponibilidade o dia inteiro e todos os dias da semana, por exemplo”, explica. 

De acordo com levantamento da consultoria Elliott Scott HR Brasil, realizado em 2023, 69% das mulheres que possuem filhos na primeira infância acreditam que o seu crescimento profissional é mais lento em comparação a outras que não optaram pela maternidade. Esse dado mostra que, apesar de vários avanços, a falta de conscientização ainda é presente no mercado de trabalho quando falamos a respeito da conciliação da carreira e a maternidade. “Existe um mundo que circula a maternidade que, muitas vezes, é visto como um mundo da improdutividade, como se a mulher que é mãe, está grávida ou amamentando, não fosse produtiva no mercado de trabalho. Mas, na verdade, ela está dividindo esta produtividade com o mundo do trabalho reprodutivo, que hoje é desconsiderado”, destaca Maíra Liguori, diretora da Think Eva.

Conforme o relatório “Women in Workplace 2022”, realizado pela McKinsey, mostra que, devido à falta de flexibilidade, 49% das mulheres deixariam seus empregos - reforçando que a flexibilidade é essencial para mantê-las no mercado de trabalho, principalmente às mães. Portanto, ela precisa atingir todas as pessoas que cuidam para corrigir as desigualdades e evitar a sobrecarga feminina - falando também de homens com filhos e das pessoas que são responsáveis pelo cuidado de alguém doente, idoso ou com algum tipo de deficiência. "Existem maneiras de adequar o trabalho e, nesses casos, a jornada flexível é fundamental. Além de apoio e acolhimento, as empresas podem oferecer a possibilidade de trabalho por projetos ou metas, ao invés da carga horária tradicional já conhecida. Isso pode ser realizado dentro da realidade de cada empresa e tipo de função”, afirma Maíra.

Ainda, em 2022, a sanção da Lei Emprega Mais Mulheres significou um importante avanço da equidade de gênero no mercado de trabalho, pois também oferece subsídios para uma solução. A partir dela, as empresas e funcionários ganham abertura para negociar vagas remotas, já os trabalhadores com filhos pequenos ou que possuem deficiência, sem limite de idade, possuem prioridade para atuar neste modelo de trabalho. Estão incluídas na legislação o auxílio-creche, auxílio babá e a negociação de jornadas de trabalho flexíveis (reduzindo a carga horária, flexibilizando horários de entrada e saída dos colaboradores, criando regimes de compensação de horas ou permitindo escalas 12h/36h), posicionando a equidade e parentalidade de forma ampla.
 

Think Eva - consultoria para equidade de gênero que atua dentro das empresas para promover um mundo mais justo e igualitário para as mulheres.


Especialista analisa o impacto dos extremos climáticos e aponta ações para mitigar os efeitos

Professora da Universidade Federal de Santa Catarina alerta sobre a necessidade de fortalecer a infraestrutura do país frente às mudanças climáticas 

O estado de calamidade pública que o país presencia, resultado dos extremos climáticos, afeta a população de maneira trágica e impacta todas as estruturas de uma localidade. Infelizmente, esses extremos são uma realidade e para mitigar seus efeitos será necessário o fomento de soluções e, principalmente, reforçar toda a infraestrutura das cidades para proteger os habitantes.  

A análise é da professora Regina Rodrigues, que atua na Universidade Federal de Santa Catarina na área de Oceanografia Física e é Coordenadora da Sub Rede Desastres Naturais da Rede CLIMA. Em entrevista ao Instituto Trata Brasil, a professora discorre sobre os extremos climáticos e ressalta que um dos grandes problemas é o impacto na disponibilidade hídrica. Confira na íntegra:

 

Como os extremos climáticos, como ondas de calor, secas intensas e tempestades severas, estão relacionados às mudanças climáticas? 

Em resumo, pense que o clima da Terra estava equilibrado e nós, seres humanos, vamos mudando esse equilíbrio, adicionando de forma exacerbada o carbono na atmosfera, o que começa reter mais calor e resulta na reação do sistema climático de várias maneiras. Regiões que são secas estão ficando mais secas, enquanto as regiões úmidas estão ficando mais úmidas. Sendo assim, uma região como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, que tem uma época de estiagem e uma época chuvosa, o período de estiagem vem aumentando de forma intensa e, quando as chuvas caem, mesmo que em curto período de tempo, acontecem torrencialmente.

 

De que maneira as calamidades que acontecem através dos extremos climáticos influenciam na segurança hídrica da população? 

A partir das secas, consequência das mudanças climáticas, cresce o período de estiagem, resultando em um período muito longo sem chuva. Isso acaba afetando o abastecimento de água. Por outro lado, quando chove como está acontecendo no Rio Grande do Sul, veja, existe muita água, mas essa água não é disponível para consumo. Essa quantidade de água acaba destruindo a infraestrutura do abastecimento de água e impacta na segurança hídrica da população. Esse é um dos problemas principais das mudanças climáticas, teremos cada vez mais interrupção no nosso abastecimento de água. É fundamental as autoridades observarem essa questão dos reservatórios hídricos e até mesmo em construir reservatórios específicos. Algo que ainda não tem a devida atenção, o que deixa a população cada vez mais vulnerável.

 

Além da assistência de curto prazo, quais devem ser as estratégias de longo prazo para reconstruir e fortalecer as comunidades afetadas no Rio Grande do Sul? 

O foco agora é dar assistência de curto prazo, mas, em longo prazo, durante a reconstrução, temos que fazer a sociedade ficar mais resiliente. Como podemos fazer isso? Por exemplo, temos que preservar as áreas de matas nativas que protegem a gente, manguezais, todas essas áreas, elas nos protegem. Áreas mais verdes dentro da cidade, proteger os mananciais de água. O país precisa fortalecer a legislação nos aspectos ambientais. Também é essencial o fomento de inovações e soluções! Conversar cada vez mais com cientistas e especialistas para analisar as projeções. A infraestrutura terá que ser construída mais forte em áreas que sejam vulneráveis.

 

Qual o panorama para o futuro em relação às mudanças climáticas no país? O que é preciso ser implantado nas políticas públicas para mitigar os impactos dos extremos climáticos na vida dos habitantes? 

O panorama futuro em relação às mudanças climáticas, caso não tenha a devida atenção, é bem destruidor. Só observar o que vem acontecendo nessa última década e nesses últimos cinco anos no Brasil. No ano de 2023, tivemos um extremo de norte a sul. Para mitigar esses efeitos existem duas ações fundamentais. Uma delas é diminuir a emissão dos efeitos dos gases de estufas, como fazer a transição para energia renovável e diminuir o desmatamento. Ao mesmo tempo, o aumento nos extremos climáticos é uma realidade, então precisamos nos adaptar, por exemplo, é importante aumentar a nossa resiliência, como infraestrutura mais forte, mais bem colocada, mais bem pensada e soluções baseadas na natureza, de preservação e restauração de ambientes naturais.


Enchentes prejudicaram 95% da atividade econômica do RS

Os principais polos industriais do Rio Grande do Sul estão instalados nas áreas mais afetadas pelas cheias, informou a Fiergs. O Estado organizou canais para receber doações. Saiba como ajudar

 

Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul - exatamente 94,3% - foi afetada pelas cheias que arrasaram o Estado, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). 

"Os locais mais atingidos incluem os principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do Estado", afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira. 

Segundo a entidade, das dez regiões econômicas, as com o maior número de municípios atingidos até o dia 13 de maio são Planalto (94), Missões (87), Vale do Taquari (51) e Central (46). 

Em relação à atividade econômica, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Adicionado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Metropolitana (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões). 

Em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividade industrial potencialmente atingida são: Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra (R$ 15 bilhões). 

Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com a maior quantidade de indústrias no RS em municípios afetados são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil). 

Já as regiões que mais empregam na indústria do Rio Grande do Sul em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil). 

Quanto às exportações apenas da Indústria de Transformação em cidades potencialmente afetadas, destacam-se as regiões Sul, com R$ 3,7 bilhões; Metropolitana, US$ 3,2 bilhões; Central, US$ 3,1 bilhões, e Planalto, US$ 2,7 bilhões. 

Por fim, as regiões com maior impacto potencial sobre a arrecadação de ICMS em estabelecimentos industriais são Vale dos Sinos, com um total de R$ 5,3 bilhões, Serra, R$ 3,5 bilhões, e Metropolitana, R$ 3,1 bilhões. 

Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos. 

Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco. E a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.


COMO FAZER DOAÇÕES PARA O RS

Organizações em todo o País que recebem doações para o Rio Grande do Sul pedem que as contribuições sejam principalmente de água mineral engarrafada, produtos de higiene pessoal, colchões, cobertores e roupas de cama; além de roupas infantis, alimentos não perecíveis, cestas básicas fechadas e ração para pets. Há dificuldades logísticas de entrega em alguns pontos.

Valores doados por Pix - O Estado do Rio Grande do Sul reativou o canal de doações do ano anterior para a conta SOS Rio Grande do Sul. A conta é vinculada ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).

Os valores repassados por Pix ao CNPJ 92.958.800/0001-38 serão revertidos em apoio às vítimas e reconstrução da infraestrutura dos municípios. 

 

Estadão Conteúdo


Gramado projeta retomada do Turismo após catástrofes climáticas

 

A infraestrutura de Turismo em Gramado, na Serra Gaúcha, segue ativa mesmo após o desmoronamento da rua Henrique Bertoluci no último domingo (12). A via que sofreu o deslizamento fica na Piratini, um bairro residencial de Gramado, afastado da parte turística e dos hotéis da cidade. A via já estava sendo monitorada e os moradores já haviam deixado o perímetro.

 

De acordo com a CEO da Brocker Turismo, Adriane Brocker Boeira Guimarães, uma das principais empresas de transporte, passeios e atrativos turísticos da Serra Gaúcha, um encontro na tarde de ontem, segunda-feira, 13, com o trade local e autoridades debateu a criação de ações de retomada. “Já estamos comunicando e pedindo a compreensão para que os turistas não cancelem suas viagens e sim remarquem para datas futuras, mas também estamos trabalhando em roteiros diferenciados, pacotes e ações para o segundo semestre”.

 

Ainda segundo Any, embora algumas vias estejam comprometidas, há rotas de acesso para Serra Gaúcha e outros aeroportos em funcionamento até a normalização do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. "Reforço que o fluxo turístico de Gramado e Canela está acontecendo, apesar das imensas e tristes dificuldades sofridas pelo Estado, mas com poucos turistas. Foram atingidos locais do interior e regiões mais periféricas de Gramado e Canela, mas a região central e a grande maioria dos atrativos turísticos das cidades estão em funcionamento. A comunidade toda está mobilizada em auxiliar os impactados, inclusive, prestando socorro nas cidades vizinhas que foram mais atingidas, como Três Coroas e Igrejinha” completa Any.

 

No momento, alguns parques e atrativos estão funcionando normalmente, enquanto outros programaram sua reabertura ao longo do mês de maio e junho. Atualmente, as melhores maneiras de chegar aos destinos da Serra Gaúcha via aérea são pelo Aeroporto de Caxias do Sul e pelo Aeroporto de Florianópolis. A Brocker segue realizando os transfers para essas cidades, de forma privativa neste momento. O receptivo criou um site com as informações atualizadas em tempo real, que você vê a seguir.

 

Acesse o site da Brocker para acompanhar a situação da Serra Gaúcha em tempo real. Nesse site, a Brocker esclarece a situação de atrativos como:

 

Acquamotion

Bondinhos Aéreos

Chocolate Lugano

Churrascaria Garfo e Bombacha (Almoço das 12h às 15hrs)

Cristais de Gramado

Exceed Park

Harley Motor Show

Hollywood Dream Cars

Jardim do Amor

Mini Mundo

Museu de Cera

Museu do Automóvel

Museu do Caminhão

Mundo Gelado

Selfie Gramado

Skyglass Canela

Snowland

Super Carros

Vale dos Dinossauros

Alpen Park

Garden Park

Jolimont

Le Jardin

Mundo Lugano

Parque do Caracol

Roda Canela

Terra Mágica Florybal

Vila da Mônica

Bustour

Passeios Turísticos



Saiba como funcionará o Free Flow, sistema de cobrança automática de pedágios

Sem a necessidade de parar em praças de pedágio, o fluxo de veículos é mais rápido e eficiente

 

Chega de filas, paradas em pedágios e trocas de dinheiro. Com o intuito de promover uma circulação mais fluida e segura, as rodovias concedidas do Estado de São Paulo passarão a receber, em breve, o sistema Free Flow. E para esclarecer eventuais questionamentos dos usuários, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP explica os benefícios e funcionalidades principais desse novo sistema. Em 1° de agosto, duas praças da SP-333 utilizarão a tecnologia: em Itápolis, km 179, no sentido leste; e em Jaboticabal, km 110, no sentido oeste.

 

O sistema de pedágio Free Flow se destaca como uma solução inovadora que visa aprimorar a experiência dos usuários nas rodovias, proporcionando maior fluidez, segurança e comodidade. Por meio da implementação de adesivos (TAGs) instalados nos para-brisas dos veículos, o sistema elimina a necessidade de paradas em praças de pedágio, otimizando o tempo de viagem e reduzindo o congestionamento. O valor da tarifa é debitado de forma direta, sem a necessidade de interação direta do motorista.

 

A aquisição de uma TAG proporciona maior agilidade e conforto nas viagens, eliminando a necessidade de paradas nas praças de pedágio e o manuseio de dinheiro em espécie. Além disso, os usuários que optam pelo pagamento automático recebem um desconto de 5% no valor da tarifa, além do benefício do Desconto de Usuário Frequente (DUF), exclusivo para carros, que oferece descontos progressivos a cada passagem durante o mesmo mês.

 

Os pórticos de cobrança, que substituirão as praças de pedágio de barreiras, são estruturas equipadas com tecnologia avançada para a leitura e identificação dos veículos. O cronograma de substituição está definido em contrato, garantindo que todas as pistas sejam contempladas pelo novo recurso. Ademais, o sistema é preparado para identificar os veículos em qualquer uma das pistas do ponto de cobrança, garantindo uma transição suave e eficiente.

 

As TAGs instaladas são administradas pelas Operadoras de Serviço de Arrecadação (OSAs), assegurando que sejam aceitos em todos os pedágios convencionais e pórticos de rodovias concedidas do Estado de São Paulo. 

 

Para garantir uma viagem tranquila e evitar autuações por evasão de pedágio, é fundamental que os usuários planejem sua rota antecipadamente, verificando as tarifas ao longo do trajeto e os métodos de pagamento aceitos em cada concessionária. Além disso, ao utilizar as pistas automáticas, os motoristas devem certificar-se de que seus dispositivos eletrônicos estão devidamente liberados para cobrança e obedecer às regulamentações de velocidade e distância, assim como às sinalizações de passagem e cancela.

 

"A chegada do sistema Free Flow representa um marco significativo para as rodovias concedidas do Estado de São Paulo, promovendo uma circulação mais fluida e segura para os usuários", destaca Milton Persoli, diretor geral da ARTESP. "Ao eliminar a necessidade de paradas, variações de velocidade ou trocas de faixa, como ocorre na chegada das praças de pedágio, o modelo traz economia de tempo, aumento da segurança viária e até redução no consumo de combustível."

 

Cronograma de implantação


A EcoNoroeste, concessionária responsável pela administração da SP-333 (Rodovias Carlos Tonani, Nemésio Cadetti e Laurentino Mascari) entre Itápolis e Jaboticabal, prepara para o início do segundo semestre a primeira implantação desse modelo em rodovias estaduais paulistas e a quarta no país. Os usuários que já possuem TAGs ativas serão identificados automaticamente nos pórticos, enquanto os demais poderão efetuar o pagamento em até 15 dias após a passagem pelo pórtico através dos canais que serão disponibilizados pela concessionária.

 

Além da nova tecnologia de cobrança de pedágio, a concessionária também avança na transformação digital das rodovias sob sua administração, que inclui a instalação de câmeras de monitoramento, sistemas de conectividade gratuita para os usuários, painéis de mensagens e a aceitação de cartões de crédito ou débito por aproximação em todas as praças de pedágio.


Fhoresp pede que Estado fiscalize sonegação de mercadorias e aumento abusivo de arroz, feijão, leite e óle

Para Federação, distribuidoras de alimentos estão se valendo da crise no Sul do País, sob alegação de falta de produção por causa da enchente; itens subiram até 50% para bares e restaurantes devido ao racionamento

 

A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp) acionou o Procon-SP e pediu que o órgão investigue eventual desabastecimento de arroz, de feijão, de óleo de soja e de leite. Para a entidade, distribuidoras de alimentos estão se aproveitando da tragédia climática no Rio Grande do Sul para segurar os produtos e, desta forma, aumentar abusivamente os preços. 

Só na última semana, estes itens registraram alta de até 50% para grandes consumidores, como bares e restaurantes, segundo levantamento da Fhoresp. Estes estabelecimentos precisam adquirir quantidades maiores de mercadoria, a fim de garantir a rotatividade do cardápio, e estão se deparando com um mercado racionado. 

Em ofício entregue nessa segunda-feira (13/5) ao diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho, a Federação argumenta que não há problemas, neste momento, na produção e no armazenamento, nem o risco de abastecimento de arroz no País, mesmo com a catástrofe que atingiu 447 municípios do Sul do Brasil, deixando um rastro de dezenas de mortos, de desaparecidos e de desalojados e desabrigados. 

A entidade se baseia em informações oficiais divulgadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), além da União. 

Ainda na petição, a Fhoresp, que representa 460 mil empresas, entre hotéis, bares e restaurantes do estado de São Paulo, informa que, alguns supermercados estão impondo, aos consumidores, limite de produtos para compras, sem a menor justificativa. 

O diretor-executivo da Federação, Edson Pinto, denuncia ao Procon-SP o desrespeito ao artigo 39 do Código do Consumidor (CDC). O dispositivo prevê que a loja ou o mercado não pode condicionar a venda de uma mercadoria a limites quantitativos sem justa causa: 

“Onde está o motivo para limitar as quantidades e impor um racionamento que não aconteceu nem durante a pandemia de Covid-19? Talvez, seja para criar um desabastecimento artificial e especular preços. Isso é um verdadeiro absurdo, e que precisa ser coibido com urgência”, crítica.

 

Reflexos da iniciativa

O diretor-executivo da Fhoresp destaca, ainda, que, o primeiro impacto deste falso alerta será na inflação do País, podendo, depois, haver desdobramentos nas taxas de juros, no gasto público e até mesmo no crescimento potencial da pobreza entre os brasileiros. 

Edson também ressalta que, se tal situação continuar, haverá reflexos negativos em bares e restaurantes: 

“Hoje, para a população, comer fora de casa, em vez de fazer a refeição no lar, está 14,4% mais barato, porque estabelecimentos do ramo gastronômico têm segurado os reajustes em suas operações. Porém, isso ficará cada vez mais difícil de se manter, caso essa especulação continue”, avalia o dirigente.

 

Sem estoques reguladores

Na análise de Edson, o abastecimento de alimentos no Brasil “está nas mãos da iniciativa privada internacional, porque governos anteriores acabaram com os estoques reguladores. Com isso, a soberania alimentar no País está dramaticamente comprometida”. 

Este cenário joga luzes para a importância de se reorganizar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan): 

“O Sisan foi totalmente desmontado em governos anteriores. Não se trata de intervenção no mercado, mas existe essa necessidade, para se formar estoques públicos como mecanismo de estabilização de preços. Isso também protege a população de baixa renda”, complementa.

 

Prefeitura inicia cadastro de vagas de emprego para a população LGBTQIA+

Programado para o final de maio, o Contrata SP tem o objetivo de auxiliar as empresas na ampliação da diversidade em seus quadros.

 

Na semana que antecede o Mês do Orgulho, o Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo, da Prefeitura de São Paulo, realiza mais uma edição do Contrata SP - LGBTQIA+, mutirão de emprego destinado à comunidade. O evento ocorre nos dias 27 e 28 de maio, no Cate Central (Av. Rio Branco, 252). 

O serviço é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que está em fase de sensibilização de empresas de todos os segmentos para oferecerem suas vagas no mutirão, promovendo a diversidade em suas equipes. As contratantes podem se cadastrar até o dia 24 de maio, em área exclusiva para empresas no Portal Cate. 

A secretária municipal Eunice Prudente, responsável pela pasta, explica que “o Cate não é um simples portal de oportunidades, ele possui o compromisso de criar um mercado de trabalho mais inclusivo, de garantir a inserção efetiva de pessoas LGBTQIA+, sobretudo as mais vulneráveis”. 

Durante o mutirão, as equipes do Cate Central atuam na recepção do público e organização dos processos seletivos que estiverem acontecendo no local, oferecendo todo o suporte que as empresas precisam. Também é possível oferecer inscrição para seleções que não serão realizadas no Cate, para as quais o público pode ser encaminhado após passar pela triagem dos atendentes.

 

Serviço: 

Contrata SP LGBTQIA+

Dias: 27 e 28 de maio

Horário: das 8h às 16h

Local: Cate Central

Endereço: Av. Rio Branco, 252

Cadastro de vagas no Portal Cate.


61% das empresas aumentarão investimento em segurança na nuvem, segundo relatório da Fortinet

 

O Relatório de Segurança na Nuvem de 2024, publicado pela Fortinet, destaca que à medida que as organizações desenvolvem e implementam mais aplicações na nuvem, a segurança dessas plataformas se torna mais complexa. No relatório deste ano, a segurança se mostra claramente uma prioridade para a maior parte das empresas e instituições ao redor do mundo, com 61% das empresas entrevistadas prevendo aumentar o orçamento para segurança na nuvem nos próximos 12 meses. O aumento planejado dos investimentos em segurança na nuvem gira em torno de 37%, em um esforço para proteger informações confidenciais e cumprir os padrões regulamentares do cenário orientado para a nuvem. 

Muitas empresas estão adotando uma abordagem híbrida ou multinuvem, o que faz com que a superfície de ataque se expanda e resulte no aumento da complexidade. As equipes de segurança muitas vezes têm dificuldade para gerenciar e proteger vários ambientes e cargas de trabalhos públicos e privados. E, embora a adoção de ambientes multinuvem traga muitos benefícios, lidar com ferramentas diferentes torna difícil ou impossível aplicar políticas de segurança consistentes em ambientes de nuvem. Pior ainda, o nível de complexidade da segurança geralmente aumenta à medida que as organizações continuam a adicionar serviços em nuvem, resultando em maiores desafios de gestão e aumento de custos. 

O Relatório de Segurança na Nuvem 2024 foi conduzido pela Cybersecurity Insiders a pedido da Fortinet para obter uma visão geral dos desafios que as organizações enfrentam ao proteger ambientes em nuvem, bem como estratégias que devem ser priorizadas. O relatório é baseado em uma pesquisa com 927 profissionais em todo o mundo e oferece uma visão das tendências atuais em segurança na nuvem.

 

·         Preferência por ambientes híbridos e multinuvem continua

Em 2024, a maioria das organizações (78%) optou por estratégias híbridas e multicloud. Dessas organizações, 43% usam nuvem híbrida e infraestrutura local, e 35% têm uma estratégia multicloud. Estes números representam um pequeno aumento em comparação com os dois anos anteriores, quando 39% das organizações utilizavam nuvem híbrida e 33% multicloud.

 

Após anos de adoção acelerada, o crescimento da nuvem desacelerou à medida que o mercado amadureceu. Neste ponto, a tendência encontrou o seu fundamento e os benefícios da computação em nuvem são bem compreendidos. Empresas com necessidades de TI, que possam se beneficiar de flexibilidade e agilidade na nuvem ou que necessitem de serviços com ambientes em nuvem únicos, têm a possibilidade de concretizar os seus projetos.

 

De acordo com o relatório, a maioria das organizações reconhece que a segurança deve ser incluída nas suas estratégias de nuvem. Os desafios de cibersegurança associados à nuvem e a necessidade de medidas de segurança mais robustas em ambientes de nuvem tornaram-se um ponto crítico face às novas ameaças baseadas em Inteligência Artificial. Na verdade, 96% das organizações relatam estar moderada ou extremamente preocupadas com a segurança na nuvem. Por isso, 61% dos entrevistados preveem que o orçamento para segurança na nuvem aumentará nos próximos 12 meses.

 

·         Desafios técnicos e de recursos continuam

Apesar da adoção contínua da nuvem, os desafios na implementação de segurança consistente em ambientes multinuvem permanecem. As questões de segurança e conformidade são uma das principais preocupações (56%), agindo como um obstáculo no caminho para uma adoção mais rápida de estratégias multicloud. As organizações também citam desafios técnicos (52%) e restrições de recursos (49%) como barreiras à adoção da nuvem.

 

Alcançar visibilidade e controle de políticas em infraestruturas complexas de múltiplas nuvens pode ser um desafio, e a escassez de talentos em segurança cibernética agrava esse problema. A falta de pessoas com experiência na nuvem é um problema sério, com 93% dos entrevistados afirmando que estão moderadamente a extremamente preocupados com esta lacuna em todo o setor.

 

·         Simplificação e automação com a abordagem de plataforma

Como os ambientes híbridos e multicloud são complexos, é difícil protegê-los. No entanto, a grande maioria das organizações (95%) afirma que uma plataforma unificada de segurança na nuvem com um único painel ajudaria a fornecer proteção de dados consistente e abrangente em toda a área de cobertura da nuvem.

 

Em vez de lidar com as ineficiências do gerenciamento de vários sistemas de segurança, as equipes de segurança que aproveitam uma plataforma de nuvem única e integrada se beneficiam de integração mais direta, automação e redução da sobrecarga de gerenciamento, o que ajuda a melhorar a visibilidade, fornecer reforço consistente de políticas e mitigar a lacuna de talentos em cibersegurança.

 

No caso da Fortinet, as soluções unificadas de segurança em nuvem oferecem políticas consistentes, gerenciamento centralizado e visibilidade ponta a ponta em ambientes de nuvem. A segurança da companhia inclui automação habilitada em todas as nuvens, o que permite às organizações criar, implantar e executar aplicações com segurança, com proteção consistente onde quer que seja necessário. As soluções de segurança em nuvem da Fortinet fornecem visibilidade e controle em nuvens e data centers públicos e privados, fortalecendo a segurança e reduzindo a complexidade de implantação e gerenciamento.


Fortinet
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Educação Física ajuda na aprendizagem de outras disciplinas

Componente curricular preferido de muitos estudantes, a Educação Física é, por vezes, encarada como um momento de descontração da rotina escolar. No entanto, ela é, na verdade, um importante ingrediente para uma educação ampla e completa. É por meio dela que crianças e adolescentes começam a desenvolver consciência corporal, fundamental para tantas atividades ao longo da vida.

Em Tarumã, no interior de São Paulo, um projeto multidisciplinar buscou usar a Educação Física para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades em todas as áreas do conhecimento. De acordo com o professor de Educação Física da rede pública do município, Reinaldo Antonio Gomes, que dá aulas para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, a iniciativa busca aproximar também os professores dos diferentes componentes curriculares para dar a eles uma visão mais completa do panorama de cada estudante. “Em uma das turmas de primeiro ano apareceram algumas crianças com escrita espelhada. Então, nós pegamos uma metodologia de Francisco Rosa Neto para entender se a criança é destra ou canhota e depois se ela é ocular olho direito ou esquerdo. Isso porque temos indicação de que crianças com lateralidade cruzada de olho e mão podem ter dificuldades de aprendizagem na escrita”, explica.

Depois de aplicar testes nos estudantes e identificar quais deles tinham lateralidade cruzada, o professor encaminhou todos os resultados para a psicopedagoga da escola. Por sua vez, ela reuniu os professores para definir uma estratégia de ensino que ajudasse as crianças a superar esse desafio.

Para a assessora pedagógica de Educação Física da Aprende Brasil Educação, Kátia Costa, esse é um bom exemplo de uso da multidisciplinaridade em prol de um ensino mais eficaz. “É importante que cada professor comece a convidar professores de outros componentes curriculares a participar de atividades trabalhadas durante a Educação Física. E observar, de repente, um ou dois componentes para iniciar esse diálogo. Educação Física e Língua Portuguesa ou Educação Física e Matemática, por exemplo, como um exercício inicial para essa multidisciplinaridade”, pontua.

Reinaldo Antonio Gomes e Kátia Costa são os convidados do episódio 70 do podcast PodAprender, produzido pela Aprende Brasil Educação, cujo tema é “Educação Física e a Interdisciplinaridade”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site  aprendebrasil.com.br e nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, além dos principais agregadores de podcasts do Brasil. 



Aprende Brasil Educação
aprendebrasil.com.br


Dia Internacional contra a LGBTfobia: falta de lei específica é obstáculo para a proteção da população LGBT+

Homofobia pode gerar detenção e, se for através da internet, pena pode ser aumentada. Agora, o próximo passo é torná-la um crime hediondo. Projeto de lei está no Congresso


Nesta sexta-feira, 17 de maio, o mundo volta sua atenção para o Dia Internacional de Combate à Homofobia, data marcada pela luta contra a discriminação e preconceito direcionados à comunidade LGBT+. Neste contexto, é essencial refletir sobre os avanços conquistados e também sobre os desafios enfrentados por essa população, especialmente no que diz respeito à falta de uma legislação específica para sua proteção. 

No Brasil, uma das principais dificuldades encontradas no combate à LGBTfobia é a falta de estatísticas oficiais. Mas há alguns levantamentos que trazem um pouco desta realidade. Levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), a ONG LGBT mais antiga da América Latina, revela que o Brasil teve 257 mortes violentas de pessoas LGBT+ em 2023. 

Conforme o estudo, o Brasil registrou no ano passado o maior número de homicídios e suicídios da população LGBT+ no mundo. Das 257 vítimas, 127 eram travestis e transgêneros; 118, gays; 9, lésbicas; e 3, bissexuais. 

Por sua vez, a Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil de 2016 apontou que 73% dos estudantes LGBT+ já relataram terem sido agredidos verbalmente e outros 36% fisicamente. A intolerância sobre a sexualidade fez com que cerca de 59% dos alunos que sofrem agressão verbal constantemente a faltarem às aulas pelo menos uma vez ao mês. 

O advogado Gabriel Fonseca, integrante do escritório Celso Cândido de Souza Advogados, explica que as ações de homofobia são tratadas pela Lei 7.716/89. Mas, inicialmente, ela só criminalizava atos de preconceito baseados em raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O texto da lei só passou a abordar a forma específica a questão da homofobia a partir do ano de 2019. 

“Foi somente em julho de 2019, por meio do Mandado de Injunção 4.733, que o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a homofobia à injúria racial. Portanto, mesmo que implícito na lei, a homofobia se enquadra na questão como um ato de preconceito, sendo passível das mesmas penas”, diz. 

O Artigo 20 da Lei 7.716/89 prevê pena de 1 a 3 anos para o cometimento de atos homofóbicos, podendo ser aumentada para 2 a 5 anos se o delito for praticado por meio de redes sociais ou outras formas de publicação.

 

O que precisa melhorar 

Para Gabriel, embora haja avanços na legislação brasileira em relação à proteção dos direitos da população LGBT+, ainda há muito a ser feito. “A ausência de uma legislação específica que criminalize a homofobia de forma clara e inequívoca é um obstáculo que o Brasil precisa superar. Além disso, é essencial garantir que as leis já existentes sejam efetivamente aplicadas, combatendo a impunidade e garantindo a justiça para todas as vítimas de discriminação e violência motivadas pela orientação sexual ou identidade de gênero”, afirma. 

A lacuna que existe por conta da falta de uma lei específica que trate da homofobia pode ser sanada com o Projeto de Lei n. 7292/17, conhecido como Lei Dandara, que visa a tratar como crime hediondo qualquer ato cometido contra a população LGBT+, assim como acontece com os crimes de feminicídio atualmente. Proposto em 2017, o projeto ainda está em processo de adequação, com argumentos em prol de sua atualização para refletir as demandas e realidades atuais da comunidade LGBT+.


Precisamos ouvir o Planeta: ele está doente

Opinião


Há prognósticos evidentes até para os “leigos”. Ainda na infância, os sintomas se expressam por um papel de bala largado à rua. Na adolescência, uma latinha de energético ou outra bebiba qualquer jogada em passeio público; aliás, existem casos em que a fase inicial se dá nesta faixa etária.

Temos pois as manifestações no público adulto, o grupo dos “sábios” – em teoria a luz das gerações futuras. Segue “receita” temerária, por exemplo, na praia: garrafinhas de cerveja em toneladas, plásticos de todos os tipos, cacos de vidro, entulhos, muito lixo, tornando areia e mar um campo propício.

Em estágio já avançado, estão os pacientes do grupo “predatórios terminais”. São contagiosos com suas práticas de desmatamento ou de defesa dos interesses da indústria automobilística de perpertuar a poluição atmosférica resultante da combustão fóssil por veículos terrestres etambém/ou de atividades predatórias no campo e nas cidades.

Daí em diante a tendência é sempre de agravamento. Portanto, piores as consequências para a saúde do coletivo, do planeta.

Ocorre que uma hora a conta vem. Ou melhor: já veio, como por óbvio nos mostra o dia a dia. Formada há 4,56 bilhões da anos, a Terra já não é mais a mesma. Está doente, bem doente, o que é uma notícia preocupante para cada um dos seres que por ele fluímos tal como células.

Eventos climáticos extremos se banalizam por todos os continentes. Na Europa, na Ásia...nas Américas. No Brasil, só recentemente, temos Recife (PE), Petrópolis (RJ), Santa Catarina, São Sebastião (SP). Agora, tristemente, a tragédia do Rio Grande do Sul.

Assustador. Estamos então perdidos? É daí pra pior? Não!, resistência é meu nome. Dá pra virar o jogo, creio sempre. Talvez pareça brega (outro “chavão”), mas, onde há vida há esperança.

Quando optei pela Medicina sonhava em cuidar da saúde das pessoas de forma geral, olhando para o espaço em que habitam, a influência, o meio ambiente, a psicologia, os hábitos. Já faz décadas que me dedico ao ofício de clinicar e permaneço convicta de que este é o caminho realmente; precisamos ouvir nossos pacientes, precisamos ouvir nossas comunidades, precisamos ouvir o planeta.

 

Zeliete Zambon - presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade


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