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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Alergia alimentar: o que você precisa saber sobre alérgenos ocultos


·         Médica dá dicas para pessoas com alergia alimentar e histórico de anafilaxia 

·         Uma quantidade ínfima de alimento pode ser fatal

 

“Pessoa com alergia alimentar que já teve episódios de anafilaxia deve ter uma grande vigilância com alimentos fora de casa - para evitar contato com traços de algum alérgeno mesmo que ele esteja em quantidade imperceptível (e por isso, oculto). Uma simples colher com tais traços pode desencadear uma reação alérgica grave, a anafilaxia, que pode ser fatal”, alerta da Dra. Ana Paula Moschione, médica alergista e imunologista pela USP.

 

De acordo com a literatura científica internacional, existem cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar. Entre os oito alimentos com maior potencial alergênico estão: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

 

De acordo com a alergista, a mudança do estilo de vida e da alimentação decorrentes do processo evolutivo podem ter associação com a alergia alimentar, além da predisposição genética como causa já conhecida. “Atualmente sabemos que existe alergia alimentar a frutas e sementes, algo que não víamos no passado. Por isso a orientação para o paciente é fundamental para evitar episódios com desfechos desfavoráveis, como a anafilaxia”, explica Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia.

 

Abaixo, Dra. Ana Paula cita algumas dicas do plano de ação para pessoas com alergia alimentar com histórico de reações graves:

 

- Antes de consumir um alimento que esteja na lista dos itens liberados para consumo, verifique o rótulo para saber se ele contém algum traço de alimento que seja alergênico.

 

- Em casa o cuidado maior deve ser com a esponja que lava as louças, pois ela pode conter pequenas partículas do alérgeno, portanto, elas devem ser separadas.

 

- Ao fazer qualquer refeição fora de casa, além de levar os próprios talheres informe ao estabelecimento de consumo a sua condição alérgica. Procure visitar a cozinha e entender se o ambiente está preparado para atender pessoas com alergia alimentar. Vergonha pra quê? É sua saúde que está em jogo!

 

- É muito importante observar a sua história de alergia. Se você já teve reações não anafiláticas com quantidades visíveis do alérgeno, o risco de anafilaxia com quantidades imperceptíveis é menor.

 

- Acima de tudo: tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável para ser socorrido rapidamente no caso de uma anafilaxia.

 

A anafilaxia (ou reação anafilática) é uma reação grave de início súbito e evolução rápida, que pode afetar simultaneamente a pele, o aparelho respiratório, digestório e cardiovascular. Algumas pessoas podem sofrer reação grave mesmo em contato com quantidade ínfimas (e por isso, ocultas) do alérgeno. Quando não socorrida a tempo, a pessoa com anafilaxia pode evoluir para o óbito.

 

“Mas atenção: cada paciente tem um histórico clínico único. Pessoas com alergia alimentar que fazem acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia e sabem os cuidados que envolvem essa condição clínica estão com boas chances de viver sem complicações como a anafilaxia”, finaliza Dra. Ana Paula.

 

Clínica Croce
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Brasil somará 704 mil novos casos de câncer em 2023, mas tratamentos avançados sinalizam perspectivas positivas no combate à doença

Estimativas divulgadas pelo INCA para o triênio 2023-2025 indicam que tumores de pele, mama, próstata e pulmão figuram entre os mais incidentes no país; Terapias avançadas, baseadas no conceito de oncologia de precisão, são as grandes aliadas da medicina para assegurar qualidade de vida e redução das taxas de letalidade

 

O próximo 4 de fevereiro marca o Dia Mundial do Câncer, uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem por objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença. Dados globais mostram que em 2040 o número de novos casos de pessoas diagnosticadas com tumores malignos chegará a 28,4 milhões, tornando o câncer líder do ranking das doenças que mais afetam a população mundial. 

Considerando a realidade brasileira, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 - um aumento de pouco mais de 10% em relação às taxas de incidência estimadas para 2022 pela mesma entidade, indicando 625 mil novos casos até o final deste ano. A estimativa aponta ainda para cerca de 2 milhões de casos de tumores malignos para o período. 

Para Carlos Gil, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas, apesar dessa progressão nos índices globais de câncer, o tratamento de diferentes tipos de tumores, com a chegada de drogas inovadoras e condutas direcionadas para as especificidades de cada caso, não só têm mostrado melhora nas chances de sobrevivência, mas também impactado de forma positiva os pacientes em todas as etapas da jornada de cuidado. “A ciência tem evoluído a passos largos, sinalizando um presente e futuro com boas perspectivas. Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas trazem benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente, com aumento nos índices de cura”, aponta. 

Entre os “divisores de águas” na luta contra o câncer, há exemplos diversos já em aplicação. “Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas”, completa. 

Carlos Gil enfatiza ainda que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença.

 

Análise genômica é palavra de ordem 

O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento - ambas proporcionadas por essas avaliações. 

Segundo Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e próstata têm se mostrado importantes aliados no controle da condição. “Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso”, comenta. 

Neste cenário de amplos avanços científicos, ele menciona, ainda, a patologia digital, por unir inteligência artificial, big data e conhecimento médico altamente especializado para gerar análises ainda mais precisas para um diagnóstico assertivo. “A transformação digital e implementação de ferramentas de inteligência computacional vêm se mostrando altamente efetivas na redução do tempo de detecção de casos e indicação de melhores linhas de cuidado a serem adotadas para cada paciente”, destaca.

 

Individualização e imunoterapia 

O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal deles é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018. 

Esse tipo de tratamento biológico tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. “A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço”, diz o oncologista. 

As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. “Os testes com esses medicamentos têm mostrado resultados excelentes, principalmente para tumores de mama e de ovário”, frisa. 

O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo.

 

Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade 

As terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, também vem ganhando considerável espaço na oncologia. Nesses casos, a combinação leva a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento. 

É importante, contudo, frisar que para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão. 

“É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento”, afirma Carlos Gil.

 

Alternativa de sucesso para tumores sanguíneos 

Uma nova opção de tratamento para os tipos de câncer que afetam o sangue, como linfoma e leucemia, vem sendo estudada: o CAR-T, uma terapia genética que usa células do próprio paciente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica. 

O CAR-T é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis, enquanto no Brasil já há também medicamentos com autorização de registro e aplicação aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O alto custo para a produção preocupa, mas o avanço é inegável: o tratamento conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkins avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro paciente da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso das células CAR-T. 

Para o diretor médico do Grupo Oncoclínicas, a estratégia usada para o tratamento abre frentes para uso não só em tumores hematológicos, como linfomas e leucemia, podendo possivelmente ser usada para qualquer tipo de câncer. “A metodologia já conta com pesquisas voltadas a protocolos para diversos tipos de cânceres que afetam as células sanguíneas e há expectativas de que, em um futuro próximo, seja possível o uso do CAR-T em tumores sólidos, como em casos de câncer no pâncreas que já está em discussão”.

 

Panorama do Câncer 

Entre os tipos de tumor mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma continua na liderança. No recorte por gênero, a neoplasia de mama entre as mulheres e a de próstata nos homens permanecem como pontos de atenção, figurando no topo da lista quando observada essa divisão da população. Além disso, outros tipos de câncer com alta incidência, como o de pulmão e intestino, ambos podem estar ligados a hábitos de vida pouco saudáveis, como dieta rica em gordura e tabagismo, apresentam elevadas taxas. Nas pesquisas deste ano, o estudo levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado. 

Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, o especialista reforça que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem ao também aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, finaliza Carlos Gil Ferreira.

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com

 

Mamografia preventiva reduz pela metade risco de morte por câncer de mama

Diagnóstico precoce da doença possibilita tratamento menos agressivo e aumenta as chances de cura

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o índice de mortes por câncer de mama pode diminuir de 15% a 45% nas populações que têm acesso a mamografia preventiva periódica.

 

O exame não previne a doença, mas é essencial na identificação do tumor ou alterações na mama em estágios iniciais, reduzindo procedimentos agressivos no tratamento, e principalmente, aumentando as chances de cura do paciente.

 

A mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas. É o principal exame, recomendado pelos médicos, para rastrear o câncer de mama, além do exame clínico e do autoexame.

 

No mês em que é comemorado o Dia Nacional da Mamografia (5/2), data instituída pela Lei nº 11.695/2.008, o clínico geral Djunior Mota, que atua na Clínica Censo, um dos maiores centros de medicina diagnóstica e ocupacional no município de Parauapebas (PA), explica a importância do exame.

 

“A mamografia não evita o surgimento do tumor, mas é um dos exames mais indicados para o rastreamento do câncer de mama em mulheres acima dos 40 anos. Ele ajuda a identificar possíveis nódulos e sinais da doença em fase inicial, o que aumenta as chances de cura e permite um tratamento menos agressivo”, explica o médico.

 

No Brasil, o tumor de mama é a primeira causa de morte por câncer em mulheres. Ainda conforme a SBM, essa incidência tende a crescer gradativamente a partir dos 40 anos.

 

Este tipo de câncer é o segundo mais comum em mulheres em todas as regiões do País, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Este ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que surgirão 73.610 novos casos de câncer de mama.


 

Quando devo fazer a mamografia?

 

A recomendação médica é que o exame seja realizado anualmente por mulheres a partir dos 40 anos. O Ministério da Saúde recomenda que, em mulheres entre 50 e 69 anos, a mamografia seja realizada a cada dois anos. 

 

“Nos casos de histórico familiar, como mãe, irmã, tia, que tenham tido a doença, o exame pode ser feito aos 35 anos, mas é importante consultar um mastologista periodicamente para que ele indique o melhor método de diagnóstico”, complementa o clínico.

 

Conforme os órgãos de saúde, a mamografia não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

 

O clínico acrescenta que a ultrassonografia e ressonância magnética das mamas são exames de imagem complementares, que podem ser necessários e auxiliam no diagnóstico.

 

“O importante é não deixar de consultar o médico e fazer o check-up anual essencial para diagnóstico do câncer e de outras doenças”, finaliza o médico.


Saiba três comportamentos que podem fazer com que o paciente volte a ganhar peso após a cirurgia bariátrica

Apesar da eficiência já conhecida das cirurgias bariátricas, não só no que diz respeito ao fator estético, mas sobretudo e mais importante ainda no fator saúde e qualidade de vida para pessoas obesas, ainda há muito o que se avançar no fator informação sobre o procedimento em si e os cuidados necessários para que o paciente mantenha o resultado satisfatório no pós-cirurgia.

Mediante isso, o cirurgião Fábio Rodrigues elencou alguns comportamentos que podem fazer com que o paciente volte a ganhar peso após a cirurgia bariátrica. Confira:



1- Desinformação

“Falta de educação sobre a doença (obesidade). Precisamos entender que ela é uma doença, que muitas vezes NEM MESMO pessoas do meio SAÚDE A  entendem como doença, imagine o paciente que pode ser considerado leigo na questão clínica? Então a partir do momento que eu entendo a obesidade como uma doença, E PRINCIPALMENTE COMO UMA DOENÇA crônica, que não tem cura, eu entendo que preciso me cuidar pro resto da vida, ”, falou.



2- Não mudar o comportamento

“O paciente vai para a cirurgia achando que é só passar por ela que vai poder continuar comendo de tudo, manter a vida que sempre teve e nunca mais vai voltar a engordar. Isso não existe. O paciente precisa ter uma mudança comportamental para que ele tenha sucesso na cirurgia, mudando hábitos, tendo uma vida mais ativa e tendo hábitos de alimentação mais saudável e evitando alguns alimentos mais gordurosos, frituras e tudo mais”, disse.



3- Não buscar uma equipe multidisciplinar


“Esse acompanhamento é necessário. Tem um estudo que mostra que pacientes que fazem esse acompanhamento têm 60% menos chance de voltar a engordar do que aqueles que não buscam uma equipe multidisciplinar. Tem os resultados mais satisfatórios, geralmente, aquele paciente que vai ao menos três vezes no ano a profissionais como psicólogo, nutricionista, nutrólogo, esse paciente ele tem esse percentual favorável a não engordar”, finalizou.
 


Doutor Fábio Rodrigues - graduado em Medicina desde 2003, com especialização em cirurgia geral e bariátrica, além de pós-graduação em cirurgia minimente invasiva. Atua como cirurgião da obesidade e das doenças metabólicas desde 2015 e já acumula mais de 1.500 cirurgias realizadas. Atualmente, além das cirurgias bariátricas, vem concentrando também seu foco na performace dos pacientes após a cirurgia.


Combate ao câncer: álcool e cigarro são os principais fatores de risco

Hospital Paulista alerta para incidência de tumores malignos em decorrência do uso de drogas lícitas, sobretudo, associadas 

 

Mais de 10 milhões de pessoas morrem, anualmente, em decorrência de diferentes tumores malignos, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estima que 40% dos casos poderiam ser prevenidos evitando fatores de risco, como o consumo de álcool e cigarro.

No mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer (4) e o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (22), o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia associa as datas e faz um alerta para a incidência do câncer em decorrência do uso de tais drogas lícitas.

O tabagismo, que ocupa o topo da lista dos fatores de risco, é considerado uma doença crônica, causada pela dependência da nicotina, que, de acordo com a OMS, integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento, em razão do uso da substância psicoativa, além de ser a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, faringe, laringe (cordas vocais), esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto) e mama. Quando associadas ao tabagismo, a possibilidade do surgimento de um tumor maligno se eleva.

Dra. Luciana Fernandes Costa, otorrinolaringologista no Hospital Paulista, explica que a fumaça do tabaco contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas e que, no mínimo, 69 dessas substâncias são cancerígenas, segundo informações da American Cancer Society.

“As bebidas alcoólicas também podem conter uma variedade de contaminantes cancerígenos introduzidos durante sua fermentação e produção, como nitrosaminas, fibras de amianto, fenóis e hidrocarbonetos”, explica a especialista.

Conforme a otorrino, a adoção de um modo de vida saudável pode barrar o desenvolvimento de um câncer.

“Não fumar, manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação saudável e regrada, praticar atividades físicas, realizar exames periódicos, manter a caderneta de vacinação em dia, cortar o consumo de bebida alcóolica, não ingerir carne processada e evitar exposição ao sol sem proteção adequada são algumas medidas de prevenção à doença”, destaca Dra. Luciana.

Segundo a médica, a prevenção primária pode ser realizada com a redução dos fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo. “E a prevenção secundária, que é a realização de exames periódicos, permite um diagnóstico precoce, com maior chance de cura”, finaliza.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Mundial de Combate ao Câncer: doença nos ossos pode levar à amputação dos membros e necessidade do uso de próteses em 30% dos casos

Tumor atinge principalmente crianças e adolescentes. Evolução na tecnologia dos equipamentos garante maior mobilidade e independência aos usuários

 

Osteossarcoma. O nome, que por si só já assusta, designa um tipo de câncer agressivo que atinge os ossos principalmente nas crianças e adolescentes. E em cerca de 30% dos casos, a doença evolui de tal forma que é necessária a amputação de membros, conforme da Revista Rede Câncer, publicação do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Neste sábado (4), Dia Mundial de Combate ao Câncer, nos casos em que ocorre retirada de membros, o desenvolvimento de próteses com tecnologia cada vez mais avançada permite que os pacientes retomem as atividades diárias com mais segurança. 

A fisioterapeuta Stefanie Malinski, de 26 anos, que mora em Porto Alegre (RS), enfrentou a doença em 2011, quando iniciou a quimioterapia. O câncer atingiu o joelho e a tíbia esquerda (osso que compõe a canela). Os médicos, a princípio, realizaram uma cirurgia que resultou na implantação de uma prótese interna, em uma tentativa de evitar a amputação. Porém, a limitação nos movimentos e as dores tornaram a decisão pela retirada do membro mais próxima. 

"Foram seis anos difíceis de limitação. Quando o médico me recomendou a amputação eu concordei rapidamente e minha família me apoiou. Eu entendi que seria melhor para mim considerando que as tecnologias disponíveis são avançadas e poderiam me ajudar na mobilidade", explica a fisioterapeuta. Em abril de 2017 ela realizou a cirurgia e, dois meses depois, fez sua primeira protetização (processo de construção da prótese) na clínica da Ottobock de Porto Alegre, empresa alemã referência na produção desses equipamentos.
 

O acompanhamento pós-cirúrgico

Segundo o médico fisiatra Dr. Victor Leite, especialista em reabilitação oncológica, esses tumores são mais comuns em ossos longos, em especial nos membros inferiores, como foi o caso de Stefanie. O médico aponta para dois grupos de pacientes: aqueles que a cirurgia curou a doença e outros que precisam de assistência maior, devido a possíveis complicações. “É indicado acompanhamento regular com oncologista, nutricionista, fisiatra e fisioterapeuta. Tudo vai depender de evolução de cada pessoa. Se lidamos com um paciente com perda de massa muscular, por exemplo, as consultas são mais regulares. Se o quadro é mais estável e não tem doenças com impacto mais significativo, as visitas aos especialistas são menos regulares”, afirma.
 

Novo joelho, mais independência

Em junho de 2022, a fisioterapeuta, que já utilizava próteses havia cinco anos, foi convidada pela Ottobock para a protetização de um novo joelho: o Dynion, lançado oficialmente durante a ABOTEC, evento da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica, realizado em setembro do mesmo ano em Foz do Iguaçu. Stefanie realizou testes e se adaptou bem ao novo equipamento. "Sinto mais segurança ao caminhar, descer rampas e escadas, mesmo que a prótese antiga tenha sido bastante importante para minha rotina. A tecnologia que uso agora é bastante avançada e permite que eu realize as atividades sem preocupação com a distribuição do peso corporal sobre a prótese", explica. 

O joelho mecânico que a fisioterapeuta utiliza possui um mecanismo hidráulico de rotação integrado. Graças a essa tecnologia, os usuários podem lidar com velocidades diferentes na hora de andar e com diversos tipos de solo. O equipamento ainda possui um modo ciclismo, e o joelho ainda conta com uma trava manual, que fornece suporte para que o usuário possa permanecer em áreas úmidas ou ficar de pé por um período prolongado. O equipamento também é resistente à água. 

Conforme o especialista, a prótese é um mecanismo importante na reabilitação dos pacientes, seja pelo ganho de independência, pela estética ou para o tratamento de possíveis dores fantasmas (quando a pessoa sente sintomas como queimação e pontadas no membro como se não houve ocorrido a amputação). “A presença da prótese é um feedback interessante para reduzir a dor fantasma. Utilizar a recuperação imagética cerebral, sentir a prótese no lugar do membro também tem um papel importante”, diz.
 

Das clínicas para as piscinas

O novo joelho utilizado por Stefanie também auxilia em uma atividade que ela começou a praticar após a cirurgia: a natação. Ela iniciou no esporte em 2019 e desde então tem aumentado seus treinos e participações em competições, até mesmo em nível nacional. Em 2021, por exemplo, participou do Campeonato Brasileiro de Natação e, em novembro de 2022, esteve em uma competição local em Fortaleza (CE). "É uma atividade para a qual tenho me preparado bastante e as próteses me auxiliam nos treinos. Vejo que paratletas estão cada vez mais preparados com o uso dessas tecnologias e isso me deixa animada para participar também”, comenta. 

Para o médico fisiatra, a trajetória de pessoas como Stefanie pode ser classificada como uma ressignificação de vida após um processo traumático de perda do membro. Isso, segundo ele, é possível durante o tratamento e protetização. “Percebemos casos de pessoas que mudam seu estilo de vida e que passam a praticar esportes, algo que não faziam antes da cirurgia. Por isso a prótese é interessante e uma ferramenta ótima para recuperar funções e qualidade de vida”, diz.

 

Experiência de quem usa e estuda

Stefanie já fazia a faculdade de Fisioterapia antes de precisar da amputação, mas o uso da prótese fez com que ela se interessasse mais pelas tecnologias e pela troca de experiências com pessoas que precisam utilizar algum equipamento. Ainda que, na rotina diária de trabalho, ela não atue diretamente com pessoas que utilizem próteses, sempre que precisa realizar algum ajuste na clínica da Ottobock em Porto Alegre ou quando é convidada para algum evento da empresa, a gaúcha faz questão de compartilhar o que conhece com outros pacientes. "Acho significativo e diferenciado para quem não conhece a teoria ouvir o que os estudos dizem sobre o uso de próteses a partir de alguém que atua na área", comenta.

 

Ottobock - referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários.


O uso de simeticona em bebês com cólicas pode aliviar o desconforto e diminuir o choro dos lactentes¹


Além do acompanhamento de um especialista, medicamentos sem corantes tem preferência nos primeiros meses de vida, aliviando de forma segura as cólicas em bebês, explica o médico pediatra, Tadeu Fernandes

 

Caracterizadas como uma alteração no comportamento de crianças e bebês, as cólicas por acúmulo de gases ocorrem principalmente nos primeiros meses de vida, geralmente até os quatro meses de idade, segundo o pediatra Tadeu Fernandes, Presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)2, podendo, inclusive, surgirem em outras fases da primeira infância. Os períodos de choro intenso, acompanhados de muita irritabilidade, podem ser amenizados com tratamentos adequados logo após o nascimento.

 

Segundo o médico pediatra, muitas pessoas pensam que a primeira consulta com o pediatra deve ocorrer nas primeiras semanas de vida do bebê, no entanto, ele ressalta que esse acompanhamento deve ser iniciado no terceiro trimestre de gestação. “Fatores externos como alimentação, estresse em casa ou no trabalho impactam diretamente na saúde do feto. Um estudo3 realizado por pesquisadores norte-americanos apontou que quando a mãe tem um apoio social durante a gravidez e no pós-parto, a probabilidade da cólica infantil é menor”, comenta.

 

O especialista também aponta que a cólica do lactente, em geral, é um transtorno funcional. “Quando nascemos muitos órgãos ainda estão imaturos, entre eles o intestino, o maior órgão imunológico do corpo humano, que passa por um processo de desenvolvimento. Ele contém enzimas e um grande número de bactérias que convivem com nosso corpo. É justamente dessa imaturidade no desenvolvimento do intestino e da flora intestinal que decorrem as famosas desordens funcionais do lactente, que pode ser um intestino solto, preso, a regurgitação infantil e as temidas cólicas”, explica.


 

Choro intenso e diário – angústia e sofrimento para o bebê e a família

 

Assim como outros distúrbios funcionais dos bebês, as cólicas também causam angústia e desconforto familiar, levando os pais muitas vezes ao cansaço e à busca de soluções junto à família ou amigos com mais experiência com bebês. “É importante ressaltar que todo e qualquer tratamento deve ser sempre indicado e acompanhado pelo médico especialista. Medidas caseiras como compressa quente, por exemplo, podem causar problemas sérios, como queimaduras e desconforto ainda maior”, enfatiza o médico Tadeu Fernandes.

 

O especialista lembra que o choro também é uma forma do bebê se comunicar. No entanto, um bebê com cólica chora muito mais do que um lactente que não sofre com esse distúrbio. “Um artigo publicado no The Journal of Pediatrics4 aponta que a média de choro diária de um bebê é de 60 a 70 minutos/dia. Um lactente que sofre de cólicas chora, em média, 300 minutos por dia, iniciando um ciclo de choro intenso e sofrido, geralmente no mesmo horário – entre o final da tarde e início da noite, aumentando ainda mais o cansaço e a preocupação dos pais”, explica o pediatra.

 

Dentre os medicamentos para esse problema, a simeticona tem se mostrado uma importante aliada para o alívio das cólicas do lactente. O medicamento atua no estômago e intestino, diminuindo as bolhas de ar intraluminais, podendo ser utilizado para o combate das cólicas em bebês8, pois não é absorvido pelo organismo. A simeticona sem corantes é uma alterativa para bebês8 e crianças, porque evita problemas com alergia à substância corante. “A escolha da simeticona sem corantes é muito importante, pois os bebês são muito vulneráveis a alergias”, comenta o pediatra Tadeu Fernandes.


 

Luftal Infantil – segurança no tratamento das cólicas em bebês

Luftal Infantil é uma das marcas de referência para a simeticona sem corantes para lactentes7, proporcionando alívio rápido com ação em até 10 minutos 5 no desconforto abdominal e cólicas causadas pelos gases. Com mais de 60 anos no mercado, a marca é pioneira no Brasil na categoria de antigases. A marca que conta com embalgem de 15 mL, com 75 mg/mL de simeticona, lança a versão de 30 mL. O novo formato da embalagem, representa um melhor custo/benefício e mais comodidade para os pais na relação do preço sugerido da versão de Luftal Infantil 15mL. Com maior volumetria, a embalagem com 30mL oferece mais cobertura no alívio de sintomas nos períodos mais críticos das cólicas dos bebês, otimizando quantidades suficientes para uso do primeiro ao terceiro mês de vida6.



 

Referências:

1 https://www.scielo.br/j/jped/a/7ZhTDKZSGcFdVrQ9kSvZc8K/?format=pdf

2 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28271578/

3 https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-o-bebe/colica-do-lactente/

4 Systematic Review and Meta-Analysis: Fussing and Crying Durations and Prevalence of Colic in Infants - The Journal of Pediatrics (jpeds.com)

5 https://www.luftal.com.br/documentos/luftal-simeticona/

6 Com base na posologia mínima de 3 gotas aplicadas 3x ao dia e considerando a incidência média semanal do sintoma de acordo com o estudo U&A Usuários e Mães. 2017. Provokers. Posologia: Crianças a partir de 28 dias de vida até 2 anos: 3 a 5 gotas, 3 vezes ao dia. Não ultrapassar a dose de 25 gotas/dia.

7 IQVIA, PMB MIX, TOTAL BRASIL, CANAL VAREJO, EM R$ CPP E DOSES, CONSIDERANDO A NEC 03A3 - ANTIFLATULENTOS, JUL 2022 À OUTUBRO 2022.

8 Medicamento não indicado para bebês até 28 dias e prematuros até completarem 44 semanas da concepção.

 

LUFTAL® (simeticona) M.S. 1.7390.0009. Indicado para pacientes com excesso de gases no aparelho digestivo. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. (Jan/2023)

 

Inaugurações MAM São Paulo: museu abre nesta quinta-feira, 2 de março, novas exposições e projetos

A programação conta com a estreia exposição Diálogos com cor e luz, na Sala Paulo Figueiredo; site specific de Shirley Paes Leme na Sala de Vidro; obra de Ana Teixeira no Projeto Parede; e exposição na Biblioteca com publicações doadas à coleção do MAM por Aracy Amaral


Na quinta-feira, 2 de março, o Museu de Arte Moderna de São Paulo abriu novas exposições e projetos. Confira a agenda a seguir:

 A Sala Paulo Figueiredo recebe a exposição Diálogos com cor e luz, coletiva com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães que traz um recorte da arte abstrata na coleção do MAM, com foco nas relações entre cor e luz na pintura brasileira da segunda metade do século 20 por meio de pinturas de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Lygia Clark, Tomie Ohtake e Paulo Pasta. Leia mais aqui.

Na Sala de Vidro, será exibida a instalação Nosso mundo (2022 - 2023), trabalho inédito da artista Shirley Paes Leme que dialoga com o entorno do museu, e ao mesmo tempo instiga o público a pensar sobre as condições climáticas. Saiba mais sobre a obra aqui.

A nova edição do Projeto Parede traz a obra Cala a boca já morreu (2019 - 2023), da artista Ana Teixeira. Ocupando a parede do corredor que liga a recepção à Sala Milú Villela, a obra é fruto de uma ação de escuta a mulheres que a artista propõe no espaço público como exercício político. O trabalho, uma ação processual e que já teve ativações anteriores, investiga demandas e desejos dessas mulheres. A versão da obra apresentada no MAM São Paulo contará com a representação em desenho de 18 mulheres, além da gravação das 101 frases feitas por mulheres cis, mulheres trans e travestis convidadas por Ana Teixeira em 2021. Veja mais detalhes aqui.

Já a exposição A biblioteca de Aracy Amaral: referências e exposições, traz ao público uma seleção das mais de 700 publicações da biblioteca particular da crítica e curadora Aracy Amaral que foram doadas por ela para compor o acervo da Biblioteca Paulo Mendes de Almeida (a biblioteca do MAM), onde a exposição será sediada. Saiba mais sobre a mostra aqui.

 

Serviço:
Inaugurações MAM São Paulo
Diálogos com cor e luz | Sala Paulo Figueiredo
Nosso mundo (2022 - 2023), de Shirley Paes Leme | Sala de Vidro
Cala a boca já morreu (2019 - 2023), de Ana Teixeira | Projeto Parede
A biblioteca de Aracy Amaral: referências e exposições | Biblioteca

Período expositivo: 2 de março a 28 de maio de 2023 

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)

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Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30) 
Ingressos: na ocasião da abertura, a entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados através do site. Nos demais, de terça a sábado, os ingressos custam R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Os ingressos podem ser adquiridos através do site, mam.org.br/ingressos, ou de forma presencial, no museu.

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

 


DIA MUNDIAL DO CÂNCER 

Exames genéticos auxiliam a prevenção e o diagnóstico precoce

 Análise de sequenciamento genético apoia a prática clínica há muitos anos e vem se tornando mais acessível na última década, impulsionando a medicina de precisão para pacientes oncológicos 

Cerca de 704 mil casos novos de câncer devem ser registrados por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Recém divulgados na publicação “Estimativa 2023 -- Incidência de Câncer no Brasil”, os dados norteiam as estratégias na área oncológica brasileira e chegam a público pouco antes do Dia Mundial do Câncer, no dia 04 de fevereiro, numa iniciativa que tem por objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e influenciar a mobilização pelo seu controle. 

Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o crescimento descontrolado de células, que dividindo-se rapidamente, determinam a formação de tumores, que podem ocorrer em qualquer região do corpo. Os diferentes tipos de câncer têm com origem os vários tipos de células que formam o corpo. 

Se os números assustam, os avanços científicos têm potencializado os resultados positivos na medicina oncológica. O sequenciamento genético é um dos avanços científicos que têm contribuído de forma significativa para o enfrentamento da doença.   Capaz de realizar o diagnóstico de síndromes de predisposição hereditária ao câncer, proporcionando a possibilidade de acompanhamento e tratamento individualizados e mais eficientes, com recomendações específicas para as condições detectadas. 

A equipe de genômica do Sabin Medicina e Saúde, tem intensificado seus investimentos e trabalho no sequenciamento genético de doenças raras, entre elas os cânceres hereditários. 

“É inegável os benefícios que a genômica tem trazido para o paciente oncológico e também para seus familiares. Por isso temos buscado ampliar o número de genes analisados de maneira a beneficiar cada vez mais pessoas em suas jornadas de saúde ao longo da vida”, destaca o coordenador de genômica do Grupo Sabin, Gustavo Barra. “A medicina de precisão é hoje a melhor estratégia para o tratamento de câncer e os testes moleculares, tanto aqueles realizados no tumor quanto aqueles que informam sobre a constituição genética do paciente, são indispensáveis para a realização dessa abordagem”, conclui Gustavo. 

Antes da realização dos exames genéticos germinativos -- que podem permitir o diagnóstico de síndromes de predisposição hereditária ao câncer -, existem alguns critérios que devem ser avaliados pelo médico que acompanha o paciente. A história familiar de câncer -- que pode incluir neoplasias como câncer de mama, ovário e pâncreas -- é um desses critérios de avaliação para investigação genética. 

“Em casos como o câncer de mama, por exemplo, o diagnóstico da síndrome de predisposição genética para o câncer pode modificar inclusive as recomendações para rastreamento ao longo da vida, aumentando as chances de detecção precoce de possíveis tumores, além de permitir até mesmo condutas preventivas”, explica a médica geneticista do Grupo Sabin, Rosenelle Araújo.  

“Os benefícios incluem ainda a definição de protocolos mais adequados em função do risco genético e conforme a indicação em diretrizes, procedimentos como cirurgias redutoras de risco e a quimioprofilaxia também podem ser possíveis em alguns casos e podem reduzir o risco de desenvolvimento da doença, por isso é importante discutir com o médico, tanto a indicação do exame quanto as condutas a partir do seu resultado”, destaca a médica.  

“Câncer é uma doença que assusta, e com razão. Mesmo em casos de desfecho positivo com cura, o tratamento é longo e bastante impactante sobre a vida do indivíduo. Por isso é sempre bom lembrar, que ter uma predisposição hereditária não determina que um indivíduo vai ter a doença. Sabemos que o câncer não tem uma causa única. Há diversas causas tanto externas - presentes no meio ambiente e também associadas aos hábitos de vida - quanto internas - como hormônios, condições imunológicas, além das genéticas. Esses fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao câncer”, explica Rosenelle. 

“No entanto, existem fatores que atuam na prevenção do câncer e que todo mundo pode e deve fazer: manutenção do peso corporal, prática regular de atividades físicas, priorizar uma dieta balanceada e saudável e evitar o etilismo e o tabagismo. São medidas acessíveis para todos e fundamentais para quem busca saúde e bem-estar ao longo da vida”, conclui a médica.

  

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A importância do período de férias para a saúde de jovens em idade escolar

Especialistas afirmam que o descanso de final/início de ano é fundamental para a saúde física e mental de crianças e adolescentes. Relação com os pais também pode e deve incrementada neste período 

 

O período de férias é o sonho de todo jovem em idade escolar. O momento de pausa no calendário de estudos para as festas de final/início de ano e do descanso geralmente programado entre os meses de junho e julho é normalmente o mais aguardado entre crianças e adolescentes que frequentam as aulas. E se há quem ache que este período de folga é exagerado para jovens cuja única responsabilidade é estudar, especialistas da área de psicologia discordam: as férias são fundamentais para garantir o bem-estar físico e mental destes alunos, preparando-os adequadamente para as exigências de uma rotina que pode ser bem mais estressante do que muita gente supõe.

Psicopedagogos e especialistas têm se dedicado a estudar os efeitos que a rotina típica de um ambiente escolar pode causar em crianças e adolescentes. E, ao contrário do que muitos podem pensar, ela está longe de ser “leve”: além das exigências pedagógicas tradicionais que envolvem estudos e a cobrança por bons resultados acadêmicos, ambientes escolares costumam demandar interações sociais que, por vezes, podem gerar quadros de ansiedade em muitos jovens. Neste sentido, são frequentes os relatos de alunos com sintomas típicos de quadros de estresse, uma condição que prejudica sua capacidade de aprendizado e saúde mental.

A psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Suely Poitevin (CRP: 08/05080), explica como o período de férias surge como um bem-vindo momento de “recarga” física e emocional para estes jovens que encontram nas semanas/meses de descanso uma oportunidade de se reconectarem a aspectos fundamentais de seu desenvolvimento: “Férias são de suma importância para aquisição de diferentes experiências que contribuirão para a melhora de variados aspectos do desenvolvimento da personalidade de crianças e adolescentes, incluindo aí sua inteligência criativa/emocional e sua saúde física e mental. Elas promovem um nível de satisfação que encoraja o estudante a ter novas capacidades produtivas e de aprendizagem”, afirma. Ainda de acordo com ela, a forma como estes jovens usarão este tempo pode variar. O fundamental é que o gastem em atividades que lhes sejam prazerosas e que os afastem das tensões e exigências escolares: “É importante que desfrutem das férias da forma que for mais adequada às suas necessidades e interesses, seja aproveitando o tempo livre para conhecer lugares diferentes, para brincar livremente, viajar, curtir o ócio, jogar com os amigos, entre outras atividades possivelmente revigorantes”.

Educadores acostumados à vivência diária com alunos em idade escolar atestam esta visão, reforçando a importância e a diferença prática que o descanso adequado produz. A Diretora do Colégio Stella Maris Água Verde, Ana Cláudia Alexandrini, classifica as férias como um momento de suma importância tanto por permitir o exercício de atividades lúdicas aos alunos, quanto por estimular neles o interesse em voltar ao ambiente escolar: “Quando os jovens retornam do período de descanso notamos de forma clara como esta pausa contribui para a manutenção do seu bem-estar e a renovação das expectativas com o aprendizado. É visível que há neles uma vontade extra de aprender sobre novos assuntos, além de uma maior participação nas aulas”, conta.

Suely também destaca outro aspecto importante que por vezes passa despercebido: o período de férias é uma oportunidade de aprofundar e fortalecer a relação familiar entre pais e filhos, que nem sempre tem a oportunidade de interagir de forma satisfatória durante o período do calendário escolar. O momento de descanso é ideal para a realização de atividades que envolvam toda a família, tais como viagens, brincadeiras, jogos e passeios.

Embora a importância do período específico de férias se faça evidente na visão de educadores, psicólogos e demais especialistas, eles também afirmam que a importância do descanso adequado se faz presente ao longo de todo o ano letivo. Neste sentido, mais importante do que ter um longo período para afastá-los da rotina de estudantes é fazer com que os jovens saibam aproveitar adequadamente os momentos de pausa que tem disponíveis, independentemente de sua duração: “Quando falamos de descanso, a quantidade importa muito menos do que a qualidade de tempo dedicado e disponível para o lazer. Um final de semana bem usado em atividades recreativas pode ter um efeito revigorante muito satisfatório para crianças e adolescentes”, conclui Suely.

 



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