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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Com novas cepas e sequelas pós-Covid, "Geração Prateada" amplia busca por imunidade

O consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante a pandemia, com frequência de 40,2% para 44,6%
Crédito: Jasmine


Estudos apontam necessidade de aumento dos cuidados com a saúde e alimentação, principalmente, por parte das pessoas que já passaram dos 60 anos


Mesmo com a aplicação da segunda dose da vacina na população acima dos 60 anos, as pessoas da chamada "Geração Prateada" estão sendo convidadas a mudar hábitos para diminuir os efeitos da imunossupressão, que é a queda da imunidade acentuada com o passar do tempo. O surgimento de novas cepas de Covid-19, somado ao aumento da expectativa de vida para 76,3 anos (segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são outros aspectos importantes para serem levados em conta, especialmente, neste momento da pandemia, que ainda não acabou. 

De acordo com um estudo da NutriNet Brasil, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (USP/SP), o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante os últimos meses, com frequência de 40,2% para 44,6%. "Antes da pandemia, eu não me preocupava tanto com a alimentação, mas percebi a necessidade de melhorar minha dieta” conta a aposentada Cerenita Corazza, de 75 anos, que foi infectada pelo coronavírus em março deste ano e passou duas semanas internada até estar fora de risco.

Um estudo realizado pelo Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), mostrou que as sequelas causadas pela Covid-19 podem permanecer mesmo após um mês de recuperação ou de forma contínua. Bons hábitos alimentares e a adoção de rotinas mais saudáveis, no entanto, apesar de não serem determinantes para todos os casos, podem contribuir na recuperação de organismos acometidos pelo vírus. “Cortei o açúcar e as frituras, e aumentei o consumo de frutas, verduras, fibras, proteínas e alimentos com vitaminas e antioxidantes. E, no meu caso, isso foi essencial para que eu conseguisse superar a doença", completa ela.

Os dados, divulgados em junho de 2021, apontaram,  ainda, que 90% dos pacientes que enfrentaram a covid apresentam fadiga, 85% tiveram uma grande perda de massa muscular, 70% têm falta de ar ou dificuldade para respirar e 50% ainda sofrem com dores de cabeça constantes. 

 

Alimentação balanceada

De acordo com o relatório “Protocolo De Uso Do Guia Alimentar Para A População Brasileira Na Orientação Alimentar Da Pessoa Idosa” do Ministério da Saúde, os principais cuidados na hora de elaborar uma dieta saudável para a "Geração Prateada" são os seguintes: 

 

  • Estímulo do consumo diário de feijão para melhorar a saciedade;
  • Evitar a ingestão de bebidas adoçadas com açúcar e de alimentos ultraprocessados;
  • Acrescentar o consumo diário de frutas, legumes e verduras, que contêm baixa quantidade de calorias e são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes;
  • Se alimentar em ambientes apropriados e com atenção ao alimento que está ingerindo.

 

A analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Jasmine Alimentos, Erika de Almeida Rodrigues, reforça que o consumo de produtos que contenham fibras, proteínas, ferro, colágeno, ômegas, probióticos e vitaminas do complexo B são uma boa pedida para as pessoas que já passaram dos 60 anos. “No nosso portfólio temos, por exemplo, opções com quinoa, gergelim, amaranto, Bio-V, linhaça, ativo de fibras, red berries e granolas, todos naturais, integrais, saudáveis e que ajudam a equilibrar a saúde corporal”, ressalta a analista.

Ainda de acordo com ela, a escolha de cada alimento deve ser alinhada às necessidades de nutrientes de cada pessoa - e o acompanhamento de um profissional de nutrição é essencial para a composição da dieta. “Tudo depende do estado de saúde da pessoa. Observando as particularidades fisiológicas de cada um, o médico ou nutricionista indicará a melhor seleção de alimentos”, explica.

O médico de esporte do Hospital Marcelino Champagnat, Pedro Murara, destaca que  o metabolismo de pessoas acima dos 60 anos exige cuidados especiais nas principais refeições. “Com o passar do tempo, a capacidade digestiva humana sofre alterações, e isso inclui a boca, o estômago e o intestino. O estômago começa a apresentar dificuldades de digestão com produtos de origem animal, como carnes, por exemplo. A digestão é prejudicada e a pessoa não consegue absorver dos alimentos tantos nutrientes quanto alguém mais jovem. Esse cenário favorece certas deficiências de nutrientes. Por isso, é bom evitar o consumo de ‘calorias vazias’ e investir em alimentos ricos em proteínas e cálcio”, explica Murara.

O médico ressalta, ainda, a importância do consumo de água. “A hidratação é ainda mais importante para crianças e pessoas com mais de 60 anos, pois ambos possuem mecanismos de regulação de temperatura corporal e de distribuição dos líquidos corporais menos eficientes. Por isso, pessoas nessa faixa etária bebem menos líquidos e perdem mais água, mesmo sem sentir a desidratação”, esclarece o médico.


Atividades físicas

Devido às características metabólicas e físicas da “Geração Prateada”, exercícios físicos também podem fazer a diferença a longo prazo. “Essa prática é essencial não só para quem está acima do peso, mas também para os que precisam controlar a glicemia, a pressão arterial, os lipídios no sangue e, claro, a imunidade. Ou seja, para todos que passaram dos 60 anos. Com a manutenção desses parâmetros, a chance de complicações cardiovasculares também diminui”, afirma. 

“Além disso, essas atividades preservam a massa magra e auxiliam na manutenção do equilíbrio, flexibilidade, da potência e resistência corporal, tão importantes nessa fase da vida, pois quedas e acidentes domésticos acontecem com mais frequência”, finaliza Murara.

 

Jasmine Alimentos

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Saúde bucal e produtividade dos funcionários: saiba a relação entre eles

 Especialista explica os diferentes problemas de saúde bucal que, se não prevenidos ou tratados adequadamente, podem trazer diversas consequências para os colaboradores


A relação com a produtividade dos funcionários está diretamente relacionada com a saúde bucal. Doenças na cavidade bucal e doenças sistêmicas podem ser detectadas a partir de visitas regulares ao cirurgião dentista.

Existe uma grande variedade de problemas bucais que podem afetar os funcionários de uma empresa, uns mais simples, outros mais complexos. Dentre os problemas mais comuns estão:

• Cárie: É uma doença que progride de forma muito lenta na maioria dos indivíduos. Sem tratamento adequado, ela progride até destruir totalmente a estrutura dentária;

• Doença periodontal: Inflamação e/ou infecção no tecido periodontal. Normalmente começa atingindo primeiramente a gengiva e, sem tratamento adequado, pode atingir até o osso que envolve e dá suporte aos dentes;

• Terceiros molares: Popularmente conhecido como dente do siso, é último dente dos maxilares, que em adultos jovens pode-se necessitar a sua retirada cirúrgica;

• Disfunção temporomandibular: Distúrbios na articulação temporomandibular, que liga a mandíbula ao crânio, podendo prejudicar sua função e causar dor.

De acordo com o Professor Doutor do curso de O dontologia da Faculdade Anhanguera, Rennan dos Santos, a dor e o incômodo causados por problemas bucais podem até prejudicar o trabalho e o relacionamento interpessoal dentro desse ambiente. "Se um funcionário sofre com alguma patologia nos dentes ou face, ele provavelmente virá a sofrer com as consequências desencadeadas por essa patologia. As mais comuns são dores nas regiões, sensibilidade dentária, aumento de volume na face, entre outros. Isso tende a levar à falta de concentração durante o expediente, o que, por sua vez, aumenta as chances do trabalhador se confundir ou esquecer algum ponto importante durante o trabalho" esclarece.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% das faltas ao trabalho no setor industrial estão vinculadas a problemas de saúde bucal. Nesse cenário, o Professor Doutor destaca que programas de qualidade de vida correlacionados a saúde bucal são um grande passo para os gestores de todas as empresas, uma vez que os problemas bucais podem trazer uma série de consequências para o trabalho, e motiva a conscientização de cada indivíduo. "Favorecer e conscientizar a saúde bucal dos trabalhadores da sua empresa como fator significante da saúde geral é essencial para garantir sua produtividade, motivação e bem-estar no trabalho. Além disso, é uma maneira de mostrar a preocupação dos gestores com os colaboradores", finaliza.

 

 

Anhanguera

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Kroton

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Campanha Outubro Rosa alerta para prevenção do câncer de mama, tipo de câncer mais incidente na população feminina

Mulheres com silicone também precisam se prevenir

 

Chegamos ao mês da Campanha Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, a data traz mais visibilidade à doença que mais acomete mulheres em todo o mundo, constituindo a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.

Só no Brasil é o segundo tipo mais incidente na população feminina: Sessenta e seis mil casos novos de câncer de mama são estimados para o ano de 2021 no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca, 2020). Portanto é urgente falarmos sobre a importância de um maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento preventivo o que reduz a mortalidade. Toda mulher com câncer de mama tem o direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas além de todo o suporte social, espiritual e psicológico para o enfrentamento da doença e o resgate da autoestima.

Segundo Flávia do Vale, Ginecologista Obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí, o diagnóstico precoce consegue identificar o tumor ainda em sua fase inicial, o que aumenta as possibilidades de um tratamento mais eficaz.

“Diversos estudos mostram que por meio da realização de exames preventivos é possível diagnosticar precocemente o câncer de mama, levando a um tratamento mais assertivo e aumentando as chances de cura. Realizar visitas periódicas ao médico e fazer um check-up anualmente, garante às mulheres mais plenitude e qualidade de vida, explica a médica.

Dessa forma, cerca de 30% dos cânceres de mama poderiam ter sido evitados com exames de rotina, como por exemplo, a mamografia de rastreamento, exame que deve ser feito em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama e é recomendado para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

“Fora dessa faixa etária e dessa periodicidade, os riscos aumentam ainda mais e o cuidado precisa ser ainda maior”, alerta Flávia lembrando que além dos exames preventivos, hábitos de vida saudáveis como alimentação rica em legumes e verduras, atividade física regular, evitar o tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas e controle do peso corporal ajudam a reduzir o número de casos e consequentemente a mortalidade.

“O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta a sobrevida das mulheres em comparação com o diagnóstico de tumores em fase avançada. O rastreamento por meio da mamografia diminui a mortalidade em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres nessa faixa etária devem fazer o exame de rastreamento a cada dois anos”, explica lávia lembrando que mulheres mais jovens também precisam estar atentas e é muito importante que elas percebam qualquer sinal diferente nas mamas como:

•   Presença de caroços fixos e indolores, o que está presente em 90% dos casos;

•    Alterações no mamilo;

•    Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;

•    Presença de líquido anormal dos mamilos.

Logo, o rastreamento mamográfico anual é recomendado para as mulheres entre 40 e 74 anos. As mulheres de alto risco com base na história familiar e exame genético, devem ser submetidas a rastreamento anual de câncer de mama com mamografia começando 10 anos antes da idade de diagnóstico do parente mais jovem, embora não antes dos 30 anos.

A médica lembra que atualmente, não se recomenda o auto exame periódico como método para rastreamento do câncer de mama.

“A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas e a perceber alterações suspeitas de câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de suas mamas, em situações do cotidiano. Estar familiarizado com a aparência e a sensação de seus seios pode ajudá-la a notar sintomas como caroços, dor ou mudanças no tamanho que podem ser preocupantes. Isso pode incluir alterações encontradas durante o autoexame da mama”, explica Flávia lembrando que fazer o autoexame das mamas não reduz o risco de morrer de câncer de mama por não ser eficiente em detectar lesões em fases muito precoces e iniciais da doença.

 

Câncer de Mama e Cirurgia Plástica

Mulheres que fizeram plástica também precisam se cuidar

O número de mulheres jovens que colocaram silicone nos seios praticamente dobrou em oito anos. Segundo cirurgiões plásticos essa demanda continua a crescer. Uma constatação facilmente comprovada nas ruas, escolas e academias de ginástica.

“Não há evidências de que os implantes mamários aumentem o risco de desenvolver câncer de mama. Porém, as próteses mamárias, podem obscurecer as imagens da mamografia, diminuindo a capacidade das mamografias de detectar o câncer de mama”, explica Flávia complementando que a mamografia continua sendo a ferramenta de escolha para o rastreamento do câncer de mama.

Mas às vezes os médicos podem recomendar outros exames adicionais para completar o rastreio de câncer de mama nessas pacientes como a mamografia tridimensional (também chamada de tomossíntese) ou a ressonância magnética das mamas.

Finalizando, a médica lembra que apesar das limitações do rastreamento mamográfico em mulheres com implantes, sua sobrevivência não é diferente.

“O resultado em pacientes que desenvolvem câncer de mama, mesmo com implantes, é o mesmo daqueles sem implantes” conclui.


Importância da nutrição adequada em idosos para garantir eficácia da vacina da COVID-19

Pessoas com 60 anos ou mais representam mais de 11% da população mundial e estima-se que aumente 22% até 2050. O envelhecimento populacional está associado a um acréscimo de doenças relacionadas à imunosenescência, incluindo maior suscetibilidade a infecções. A imunosenescência refere-se ao declínio do sistema imunológico associado ao envelhecimento. A idade avançada prejudica a imunidade inata e adaptativa, limitando a resposta aos patógenos e às vacinas. Clinicamente, essas limitações aumentam potencialmente a morbidade e a mortalidade neste grupo etário.


Para a nutricionista Adriana Stavro, no momento a preocupação é com a pandemia. Por apresentarem risco aumentado se acometidos pelo vírus, os idosos foram prioridade para imunização. Porém, estudos apontam probabilidade de uma resposta fraca em indivíduos frágeis ou desnutridos, o que reduziria a eficácia das campanhas de vacinação.

A baixa resposta às vacinas, está relacionadas não apenas à fragilidade relacionada a idade, mas também às deficiências de micronutrientes. A subnutrição diminui as defesas imunológicas, tornando o indivíduo mais suscetível adoenças. Uma resposta imune eficaz requer um estado nutricional adequado.

Ao reconhecer isso, Autoridades Europeia para a Segurança dos Alimentos, autorizou alegações de saúde de função nutritiva para vitA (incluindo β- caroteno), B6, B9 (folato), B12, C, Ee D, e os minerais Zinco, Selênio, Ferro e Cobre. Cada um desses micronutrientes, tem papel importante no suporte imunológico e na redução do risco de infecções.

Estudos em idosos, associaram deficiências nos marcadores imunológicos a baixosníveis de vit B6, vit C, Zn e Fe. Um sistema imunológico saudável precisa de vários micronutrientes, incluindo vitamina A, D, C, E, B6, B12, folato, zinco, ferro, cobre e selênio, que desempenham papel vital, muitas vezes sinérgicos em cada estágio da resposta imune.

Essas deficiências imunológicas também têm sido associadas a baixas respostas às vacinas.
• Uma revisão sistemática e meta-análise de nove estudos envolvendo 2.367 indivíduos encontraram taxas de soroproteção mais baixas para o vírus influenza A subtipo H3N2 e para o vírus influenza B naqueles com deficiência de vitamina D.

• Uma relação de causa e efeito entre o estado de micronutrientes e as respostas à vacinação foi demonstrada por meio de ensaios clínicos randomizados em pessoas mais velhas. Por exemplo, idosos entre 65-85 anos que consumiam ≥5 porções de frutas e vegetais por dia em comparação com idosos da mesma faixa etária que consumiam ≤2 porções, a resposta à vacinação pneumocócica no grupo que consumiu a maior quantidade de frutas e vegetais foi melhor.

• Outro estudo com 88 indivíduos com mais de 65 anos, que receberam 60, 200 ou 800 mg de vit E por 235 dias, demonstrou melhora na resposta a algumas vacinas como hepatite B, tétano, difteria e pneumocócica em comparação com o grupo placebo.

• Em uma revisão sistemática de 2020 que incluiu 28 estudos, que avaliou a insuficiência de minerais, incluindo 7203 idosos (≥60) vivendo de forma independente em 13 países ocidentais e 2.036 vivendo em instituições em sete países ocidentais. A deficiência de zinco foi observada em 31% das mulheres da comunidade e 49% dos homens. A ingestão de selênio foi igualmente comprometida com deficiência em 49% das mulheres e 37% dos homens na comunidade e 44% das mulheres e 27% dos homens nas instituições. Além disso, insuficiência de ferro, iodo e cobre foi observado em ambas as populações.

• Específico para o Reino Unido, a Pesquisa Nacional de Dieta e Nutrição de 2019 mostrou piora na ingestão alimentar e escassez crônica de vários dos nutrientes envolvidos no apoio às funções imunológicas. Estes incluíam vit A, B12, C e D e os oligoelementos Zinco, Selênio e Cobre. Essas deficiências de micronutrientes podem limitar a eficácia das vacinas da COVID 19.

Por isso alimentos fontes de vit A(vísceras (principalmente fígado), gemas de ovos, leite e seus derivados e frutas e legumes amarelos e alaranjados como manga, mamão, cajá, caju maduro, goiaba vermelha, abóbora, tomate e cenoura) Vit do complexo B (Leite e derivados, carne, ovos, vegetais folhosos verdes, carne vermelha, peixes, leveduras, cereais integrais, brócolis, cenoura, tomate, soja e castanhas)vit E(semente de girassol, amendoim, amêndoas, nozes, óleos de milho e soja, gérmen de trigo, azeite de oliva, vegetais de folhas verdes, fígado, gema de ovo)VitD (para ser sintetizada, precisa da exposição da pele aos raios ultravioleta do sol.

Óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum, arenque, truta e sardinha, gema de ovo e fígado são alimentos fontes) VitC (camu-camu, acerola, laranja, limão, mamão, morango, abacaxi, brócolis, couve e pimentão e os minerais) Zinco (amendoim, amêndoa, camarão, carne vermelha, castanhas, chocolate amargo, feijão, grão-de-bico) Selênio(peixes, carnes de boi, frango, queijos, leite e ovos, os alimentos de origem vegetal, destacam-se as castanhas-do-pará, a castanha-de-caju) e Ferro (carne bovina, suína, frango, peixes, feijão, espinafre, brócolis, couve) devem estar presente na alimentação de todos os maiores de 60 anos, em quantidades adequadas por um período de 2 semanas antes de receber a vacina e deve ser mantida até 2 semanas depois de receberem a dose.

 


Adriana Stavro - Nutricionista Funcional e Fitoterapeuta - Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis - Mestre do Nascimento a Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo.
Instagram: @adrianastavronutri


Aprenda a identificar os principais sinais que podem indicar perda auditiva em crianças


Será que o desenvolvimento do meu filho está adequado para a idade? Está é uma das perguntas mais comuns entre os pais de crianças até 5 anos de idade. Para entender melhor de que forma está o desenvolvimento da criança é importante prestar atenção na linguagem e na fala. Cada fase dos pequenos traz novas aquisições para seu desenvolvimento por meio dos estímulos sensoriais.

 

Um dos fatores que vai impactar de forma determinante a apreensão de mundo na fase infantil é a audição. Ela é a principal responsável pelo desenvolvimento da fala, uma das grandes preocupações dos pais. Da mesma forma, a audição é responsável por todo o processo de aprendizagem da criança.

 

Apesar do teste da orelhinha, obrigatório em todas as maternidades do país, atestar a audição da criança, é importante manter-se atento para acompanhar o desenvolvimento auditivo.

 

E não é tão difícil assim perceber se o filho ouve bem. Basta prestar atenção em alguns pontos em cada fase da criança para perceber se há algum problema com a audição. A FONOTOM e a fonoaudióloga Andréa Soares preparam um guia com dicas rápidas para identificar o correto desenvolvimento infantil em cada fase da vida.


 

Até um ano de vida


Nesta fase o principal é perceber se a criança reage de alguma forma a qualquer estímulo sonoro. Até completar os primeiros 3 meses de vida, o bebê deve se surpreender com sons altos, ter atenção ao som da voz e reagir com sorriso ou expressão no olhar ao ouvir a voz dos pais. Já entre 4 a 6 meses de idade o bebê começa a fazer sons com a boca, gritos diferentes para cada situação. Começa a procurar os sons com o olhar e fica atento a música ou brinquedos sonoros.

 

A partir dos 7 meses até 1 ano de idade o bebê começa a emitir algumas sílabas, como um balbuciar. Geralmente, começa com sons como “pa, ba, ma” e pode variar se ele está triste ou alegre. Nessa fase, ele começa a virar na direção dos sons e responder quando chamado pelo nome. Ele também passa a entender e responder frases simples como: não, vem aqui, quer mais. Na vontade de se comunicar, o bebê passa a usar gestos e sons para chamar atenção. Imita diferentes sons de fala e começa a tentar falar palavras como “mamã”. Nessa idade, a criança precisa reagir claramente aos sons, procurar a fonte sonora e olhar quando ouvir a voz dos pais.


 

Segundo ano de vida


A partir de um ano de idade a linguagem começa a se estruturar de forma mais clara para a criança. Ela deve ser capaz de apontar partes do corpo quando você pergunta e realizar instruções simples como: “role a bola”, “manda beijo” ou “cadê o papai”. Aos poucos, seu vocabulário cresce e ele passa a conhecer o nome de objetos e animais. Como parte da curiosidade natural da idade, é nesta fase que surge a pergunta “o que é isso?” e ele começa a juntar duas palavras como, “quero água”. "Vale lembrar que o estímulo dos pais nesta idade é muito importante para que a criança se comunique mais e melhor" - reforça Andréa Soares.


 

Entre os 2 e 3 anos


Com a aquisição de linguagem, a criança passa a entender instruções simples em duas partes, como "Pegue a colher e coloque-a sobre a mesa". Ela também passa a entender o significado de novas palavras rapidamente e busca repeti-las. Em geral, a criança adota uma palavra que usa com frequência e passa a usar duas ou três palavras para pedir coisas.


 

A partir dos 3 anos


Com a linguagem mais estruturada e com uma melhor apreensão do mundo que a cerca a criança começa a aprender mais palavras e conceitos. Nesta fase ela passa a conhecer cores, formas e palavras para a família como: vovô, tia, irmão. Usa pronomes como eu, vocês, eles e usa o plural em palavras. Ela já consegue formar frase com 4 palavras e consegue contar resumidamente como foi seu dia na escola, por exemplo.


 

Até os 5 anos


O poder de abstração fica maior e ela consegue elaborar frases um pouco mais complexas. Aos poucos, a criança passa a entender variáveis de tempo, como ontem, hoje ou amanhã. Compreende frases longas com mais de uma tarefa, como: “escove os dentes e depois coloque o pijama”. E passa a entender instruções de tarefas simples da escola, como “desenhe um círculo” ou “pinte o gatinho”.


 

A partir dos 5 anos


Com a aquisição da fala praticamente completa, a criança já deve conseguir falar palavras com todos os sons da fala. Nesta fase é natural que ela cometa pequenos erros, em sons ou palavras mais difíceis e desconhecidas para ela. Com a fala mais elaborada, os pequenos adquirem a capacidade de contar histórias e manter conversas. Uma boa dica é estimular a fala. Converse com ela, mostre objetos na rua, monte frases e incentive que forme frases para conseguir o que quer.

 

Se o filho não se encaixa no que foi dito acima, pais não precisam se preocupar! É comum que as crianças desenvolvam seu próprio ritmo. Por isso, é válida a consulta com um profissional especializado. Na dúvida, leve a criança ao médico otorrino e ao profissional de fonoaudiologia, para realização de exames e, se for o caso, um tratamento adequado. “A avaliação audiológica é um exame simples, capaz de detectar qualquer nível de perda auditiva e de indicar os melhores tratamentos para cada caso.” – explica a fonoaudióloga Andrea Sores, da FONOTOM.

 

Vale lembrar que é fundamental o acompanhamento pediátrico e que crianças são diferentes entre si. Manter a boa saúde da criança e consultas regulares ajuda a diagnosticar e tratar o problema. Quanto mais cedo a perda auditiva for detectada, mais simples é o tratamento e menor o impacto para o desenvolvimento da criança.

 

A melhor maneira de identificar o problema é brincar, conversar e interagir com o filho. Ele, com certeza, vai gostar muito de ter os pais por perto!

 



FONOTOM

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Próximo à linha amarela do Metrô, entre as estações Mackenzie e Paulista.

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Pediatras fazem apelo para que pais coloquem vacinação das crianças em dia

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Receio da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) é de que doenças voltem a circular pela não vacinação de crianças


A preocupação da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) é de que, antes da pandemia as coberturas vacinais já estavam baixas e, agora, com o cenário provocado por todos os acontecimentos, houve um agravamento desse cenário.

"A faixa etária da infância é considerada um grupo extremamente vulnerável a doenças infecciosas principalmente no primeiro ano de vida. A partir do momento que é feita a proteção individual e consegue-se altos níveis de coberturas vacinais, obtém-se a proteção coletiva. Muitas vezes ao vacinar uma faixa etária, tem-se a imunidade coletiva que é a proteção de outras pessoas que não receberam vacina", afirma o membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Juarez Cunha.

Os imunizantes trouxeram e continuam trazendo enormes benefícios na prevenção desses e de outros males infecciosos. Entre alguns casos que podem ser citados estão a varíola que é a única doença, atualmente, erradicada. O sarampo foi eliminado, retornando a partir de 2018. Febre amarela é outra doença que estava controlada e desde 2016 há surtos. Além disso, a Poliomelite é uma doença com elevado risco porque está presente em alguns outros países do mundo e nossas coberturas em determinadas regiões estão com menos de 50% de cobertura vacinal e se não houver um foco para manutenção das imunizações, há risco dela retornar.

 


Marcelo Matusiak


Dia do Idoso

Especialista da Unifesp destaca os pilares da longevidade na terceira idade

Amizade, músculo, propósito e saúde mental garantem jornada de vida com qualidade


O Brasil está envelhecendo. A queda da natalidade, somada ao fato de os idosos viverem cada vez mais anos, fez com que o país alcançasse 40 milhões de idosos, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad), o que representa quase 20% da população. Até 2040, o IBGE estima que essa população chegue a 52 milhões de pessoas. Agora, mais do que viver, existe alguma receita para viver bem, garantindo longevidade com qualidade? Para o geriatra e médico da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), Carlos André dos Santos, essa longevidade passa por quatro pilares: amizade, propósito, músculo e saúde mental, ligada à cognição.

"Trata-se de uma equação que impacta diretamente a qualidade de vida de quem já passou dos 60 anos e quer seguir a jornada por muito mais tempo. A amizade representa as relações, fundamentais para qualquer ser humano. Independentemente da idade, somos seres sociais, incapazes de viver em isolamento. Por isso, é primordial que o idoso tenha com quem conversar, possa contar com alguém, assim como também tenha alguém que ele possa ajudar. Nutrir essas relações, inclusive com pessoas de outras gerações, traz brilho de vida e funciona como uma fonte de energia para a longevidade", explica Santos, que é especialista em exercício físico e envelhecimento ativo.

O propósito, por sua vez, é o pilar que representa uma ocupação. "É fundamental que o idoso se sinta útil, que não fique estagnado ou apenas na inércia da vida. Ele deve ter algum objetivo, de modo que a cada despertar possa correr atrás desse objetivo, que pode ser uma função, seja num trabalho voluntário, seja em algum tipo de afazer doméstico. O importante é ter algo que o mantenha ativo e com a sensação de autoestima elevada, justamente por se sentir contribuindo e fazendo a diferença", diz Santos.

O médico destaca como terceiro pilar a atividade física. O envelhecimento é um processo que traz transformações ao corpo e ao organismo e para que o avançar dos anos não torne o idoso dependente de outras pessoas é essencial manter os músculos em dia.

"Os músculos são exigidos em todo e qualquer tipo de movimento, do levantar da cama, do ir ao sanitário, até nos momentos divertidos com filhos, netos e outros familiares. A independência nesses movimentos assegura a longevidade com qualidade e muita satisfação e isso só é possível com a manutenção da saúde dos músculos, conseguida em exercícios dos mais diferentes estilos, seja no pilates, na hidroginástica ou na caminhada matinal. A atividade deve ser escolhida de acordo com o desejo e com as possibilidades de cada um. O importante é se mexer".

Por fim, mas igualmente importante, está o pilar da saúde mental, relacionada aos aspectos cognitivos. "Ter uma boa cognição, um bom cérebro do ponto vista que garanta a autonomia e o entendimento do que se quer é fundamental. Existem doenças neurodegenerativas e doenças sistêmicas que acabam impactando na autonomia e, assim, na saúde mental do idoso, assim como síndromes demenciais e depressivas, que precisam ser freadas e, na medida do possível, prevenidas para que o envelhecimento seja bem sucedido. Aqui, vale ressaltar o conceito da autonomia, que é o desejo e a capacidade de ter críticas, de ter pensamentos abstratos e capacidade de criar estratégias para construir o que se deseja", explica Carlos André dos Santos.

O especialista conclui: "ao juntar saúde mental com prática de atividade física, propósito e amizades, nossos idosos estarão prontos para seguir com alegria e saúde até os 80, 90 e porque não, alcançar os 100 anos".

Pessoas que tiveram AVC têm mais risco de infarto, indica estudo


Resultados de pesquisa conduzida no Hospital das Clínicas da FM-USP apontam a necessidade de acompanhar atentamente esse grupo de pacientes e de usar medicamentos mais potentes para combater a aterosclerose (imagem: NHLBI/NIH)

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Estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) com 120 pacientes mostrou uma relação entre o histórico de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e o risco de novas doenças vasculares, incluindo outros episódios de AVC e até mesmo infarto do miocárdio. O trabalho foi publicado na revista Cardiology and Cardiovascular Medicine.

No Hospital das Clínicas da FM-USP, os pesquisadores avaliaram um parâmetro chamado “escore de cálcio” em 80 pacientes acometidos por AVC isquêmico e em outros 40 voluntários sem histórico da doença. Obtido por meio de exames de tomografia, esse parâmetro serve como indicador de risco de depósito de gordura nas artérias (aterosclerose) do coração. Pacientes com um escore maior que zero correm mais risco de ter artérias doentes, mesmo que não manifestem nenhum sintoma.

“Dentre os pacientes que tiveram AVC, 85% tiveram um escore de cálcio acima de zero, em contraste com 57,5% dos indivíduos sem AVC. Pacientes com AVC e placas de aterosclerose em artérias cervicais e intracranianas tiveram os escores de cálcio mais altos que os demais participantes da pesquisa. Isso não quer dizer que essas pessoas terão necessariamente um infarto ou outro AVC, mas o fato de terem esse resultado mesmo já fazendo tratamento para evitar o problema acende um alerta”, diz à Agência FAPESP Ana Luíza Vieira de Araújo, primeira autora do estudo, realizado durante seu doutorado na FM-USP.

O trabalho integra um projeto financiado pela FAPESP e coordenado por Adriana Bastos Conforto, livre-docente e orientadora de pós-graduação da FM-USP.

“Hoje, os pacientes que tiveram AVC têm indicação de medicamentos que por si só deveriam prevenir a doença coronária. São controlados fatores de risco para aterosclerose, como hipertensão arterial e diabetes. Mesmo assim, eles tiveram um escore de cálcio que sugere uma maior propensão a um novo AVC ou a um infarto”, explica Conforto. O estudo foi coorientado por Márcio Sommer Bittencourt, médico do Hospital Universitário (HU) da USP.

O cálcio é um componente natural do sangue e sua circulação pelas veias e artérias é normal. O mineral pode se acumular em placas de aterosclerose, doença que causa enrijecimento das artérias e favorece sua obstrução por coágulos (trombose). Nesses casos, ocorre a diminuição do fluxo de sangue para órgãos como o coração (levando a infarto do miocárdio) ou o cérebro (levando ao AVC isquêmico). Essas doenças estão entre as principais causas de morte no Brasil.


Acompanhamento de pacientes

A pesquisa chama a atenção para a necessidade de um acompanhamento mais atento dessas pessoas, que têm risco aumentado de sofrer um novo AVC ou um infarto.

“Pacientes que tiveram AVC muitas vezes apresentam sequelas cognitivas e têm dificuldade de aderir ao tratamento. Os resultados sugerem que eles precisariam ser acompanhados mais de perto, por exemplo, pelos profissionais do Programa de Saúde da Família do SUS [Sistema Único de Saúde]. Essa e outras estratégias poderiam evitar que morressem de problemas cardíacos, mesmo tendo sobrevivido ao AVC”, diz Conforto.

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os casos de AVC, 85% são isquêmicos e, desses, entre 20% e 25% são causados por aterosclerose. Em países desenvolvidos, programas baseados na adesão ao tratamento e na melhoria do estilo de vida tiveram uma redução no número de mortes.

“No Brasil, esse é um problema de saúde pública sério e precisa ter uma atenção diferenciada”, afirma a pesquisadora.

Um sinal da prevalência do problema é que, durante o estudo, parte do grupo usado como controle, sem histórico de AVC, também apresentou fatores de risco para aterosclerose. Ainda que tivessem menos propensão do que os que haviam tido acidente vascular cerebral, o grupo de voluntários “saudáveis” apresentou, em sua maioria, escores de cálcio maiores do que zero, o que é um indicador de risco. “Muitos só descobriram que tinham diabetes ou colesterol alto por conta do estudo”, conta Araújo.

Além do acompanhamento dos pacientes com maior risco, as pesquisadoras apontam como possibilidade o uso de medicamentos mais potentes no grupo que teve aterosclerose em duas artérias e, portanto, apresentou maior predisposição para a doença coronária. O trabalho poderia servir de base para estudos clínicos com esse grupo e, dependendo dos resultados, a posterior adoção dos fármacos pelo sistema público de saúde.

O artigo Association of Subclinical Coronary Artery Disease and Ischemic Stroke Caused by Cervical or Intracranial Atherosclerosis está disponível em: www.fortunejournals.com/articles/association-of-subclinical-coronary-artery-disease-and-ischemic-stroke-caused-by-cervical-or-intracranial-atherosclerosis.html.



 
André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/pessoas-que-tiveram-avc-tem-mais-risco-de-infarto-indica-estudo/36962/

ViaQuatro e ViaMobilidade recebem, dias 4 e 5 de outubro, ações de conscientização sobre a dislexia, transtorno de aprendizagem que afeta a leitura e a escrita

Profissionais da Associação Brasileira de Dislexia - ABD estarão nas estações Luz (segunda-feira, 4/10) e Largo Treze (terça-feira, 5/10) para orientar sobre este transtorno do neurodesenvolvimento que atinge 10% da população mundial

 

Dia 8 de outubro é o Dia Mundial da Dislexia - e este é o mês dedicado ao esclarecimento do transtorno. Aproveitando a data, a ViaQuatro e ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô, respectivamente, abrem espaço nas estações Luz (Linha 4-Amarela) e Largo Treze (Linha 5-Lilás), para receber profissionais da Associação Brasileira de Dislexia - ABD.

Eles estarão nas estações das 10h às 16h para orientar o público sobre o transtorno, que atinge 10% das pessoas, mas que ainda é desconhecido. Essa realidade leva muitas pessoas com dislexia a sofrerem preconceitos na vida escolar, principalmente, com consequências na autoestima, o que pode desencadear, em algumas situações, quadros de depressão e ansiedade.

Luiz Gustavo Simi, psicólogo e pesquisador da ABD, explica que a dislexia é um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurobiológica e características genéticas e hereditárias, que impacta especificamente as habilidades de leitura e escrita. "Não é uma doença, portanto não tem cura, mas pode ser enfrentada com apoio especializado", diz.

A ação nas estações, explica, visa combater a desinformação sobre o transtorno. Simi destaca que, dos portadores de dislexia, cerca de 60% não têm diagnóstico formado. "Muitas pessoas sofrem preconceito, têm depressão por isso e são rotuladas com outros problemas quando na verdade têm dislexia. Identificar o transtorno é essencial", afirma.

Maria Eugênia Ianhez, design de interiores, recebeu o diagnóstico aos 27 anos. "Ser disléxico não é fácil", garante. Hoje, aos 53, luta no Senado, ao lado de outras 19 entidades, pela aprovação de um projeto de lei que garanta acompanhamento integral de estudantes com dislexia e outros transtornos de aprendizagem na educação básica. O projeto é fruto de uma luta de mais de 10 anos, explica, e está próximo de ser aprovado. "É uma grande vitória, pois se trata da primeira política pública aprovada, em âmbito federal, sobre dislexia e outros problemas similares", afirma.

Segundo Maria Eugênia, com a aprovação do PL, crianças terão direito ao diagnóstico da dislexia e receberão acompanhamento integral, com adaptação de metodologia para impulsionar seu aprendizado. "O projeto visa favorecer a interlocução entre as áreas da educação e da saúde, o que é fundamental neste caso".

Nas estações, a equipe da ABD chamará atenção dos passageiros com um cartaz afixado no local de atendimento. "É muito importante que as pessoas consigam compreender o que é a dislexia e identificar os sintomas o quanto antes", afirma Simi.

"A ViaQuatro e a ViaMobilidade, para além de oferecer um transporte seguro e confortável, estão atentas a ações que visam informar, desconstruir preconceitos e garantir mais qualidade de vida à população", afirma Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade das concessionárias.


Serviço:

Campanha de Conscientização sobre a Dislexia - atendimento nas estações oferecido pela ABD:

4 de outubro: Estação Luz, Linha 4-Amarela - das 10h às 16h

5 de outubro: Estação Largo Treze - Linha 5-Lilás - das 10h às 16h


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