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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Com novas cepas e sequelas pós-Covid, "Geração Prateada" amplia busca por imunidade

O consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante a pandemia, com frequência de 40,2% para 44,6%
Crédito: Jasmine


Estudos apontam necessidade de aumento dos cuidados com a saúde e alimentação, principalmente, por parte das pessoas que já passaram dos 60 anos


Mesmo com a aplicação da segunda dose da vacina na população acima dos 60 anos, as pessoas da chamada "Geração Prateada" estão sendo convidadas a mudar hábitos para diminuir os efeitos da imunossupressão, que é a queda da imunidade acentuada com o passar do tempo. O surgimento de novas cepas de Covid-19, somado ao aumento da expectativa de vida para 76,3 anos (segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são outros aspectos importantes para serem levados em conta, especialmente, neste momento da pandemia, que ainda não acabou. 

De acordo com um estudo da NutriNet Brasil, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (USP/SP), o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante os últimos meses, com frequência de 40,2% para 44,6%. "Antes da pandemia, eu não me preocupava tanto com a alimentação, mas percebi a necessidade de melhorar minha dieta” conta a aposentada Cerenita Corazza, de 75 anos, que foi infectada pelo coronavírus em março deste ano e passou duas semanas internada até estar fora de risco.

Um estudo realizado pelo Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), mostrou que as sequelas causadas pela Covid-19 podem permanecer mesmo após um mês de recuperação ou de forma contínua. Bons hábitos alimentares e a adoção de rotinas mais saudáveis, no entanto, apesar de não serem determinantes para todos os casos, podem contribuir na recuperação de organismos acometidos pelo vírus. “Cortei o açúcar e as frituras, e aumentei o consumo de frutas, verduras, fibras, proteínas e alimentos com vitaminas e antioxidantes. E, no meu caso, isso foi essencial para que eu conseguisse superar a doença", completa ela.

Os dados, divulgados em junho de 2021, apontaram,  ainda, que 90% dos pacientes que enfrentaram a covid apresentam fadiga, 85% tiveram uma grande perda de massa muscular, 70% têm falta de ar ou dificuldade para respirar e 50% ainda sofrem com dores de cabeça constantes. 

 

Alimentação balanceada

De acordo com o relatório “Protocolo De Uso Do Guia Alimentar Para A População Brasileira Na Orientação Alimentar Da Pessoa Idosa” do Ministério da Saúde, os principais cuidados na hora de elaborar uma dieta saudável para a "Geração Prateada" são os seguintes: 

 

  • Estímulo do consumo diário de feijão para melhorar a saciedade;
  • Evitar a ingestão de bebidas adoçadas com açúcar e de alimentos ultraprocessados;
  • Acrescentar o consumo diário de frutas, legumes e verduras, que contêm baixa quantidade de calorias e são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes;
  • Se alimentar em ambientes apropriados e com atenção ao alimento que está ingerindo.

 

A analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Jasmine Alimentos, Erika de Almeida Rodrigues, reforça que o consumo de produtos que contenham fibras, proteínas, ferro, colágeno, ômegas, probióticos e vitaminas do complexo B são uma boa pedida para as pessoas que já passaram dos 60 anos. “No nosso portfólio temos, por exemplo, opções com quinoa, gergelim, amaranto, Bio-V, linhaça, ativo de fibras, red berries e granolas, todos naturais, integrais, saudáveis e que ajudam a equilibrar a saúde corporal”, ressalta a analista.

Ainda de acordo com ela, a escolha de cada alimento deve ser alinhada às necessidades de nutrientes de cada pessoa - e o acompanhamento de um profissional de nutrição é essencial para a composição da dieta. “Tudo depende do estado de saúde da pessoa. Observando as particularidades fisiológicas de cada um, o médico ou nutricionista indicará a melhor seleção de alimentos”, explica.

O médico de esporte do Hospital Marcelino Champagnat, Pedro Murara, destaca que  o metabolismo de pessoas acima dos 60 anos exige cuidados especiais nas principais refeições. “Com o passar do tempo, a capacidade digestiva humana sofre alterações, e isso inclui a boca, o estômago e o intestino. O estômago começa a apresentar dificuldades de digestão com produtos de origem animal, como carnes, por exemplo. A digestão é prejudicada e a pessoa não consegue absorver dos alimentos tantos nutrientes quanto alguém mais jovem. Esse cenário favorece certas deficiências de nutrientes. Por isso, é bom evitar o consumo de ‘calorias vazias’ e investir em alimentos ricos em proteínas e cálcio”, explica Murara.

O médico ressalta, ainda, a importância do consumo de água. “A hidratação é ainda mais importante para crianças e pessoas com mais de 60 anos, pois ambos possuem mecanismos de regulação de temperatura corporal e de distribuição dos líquidos corporais menos eficientes. Por isso, pessoas nessa faixa etária bebem menos líquidos e perdem mais água, mesmo sem sentir a desidratação”, esclarece o médico.


Atividades físicas

Devido às características metabólicas e físicas da “Geração Prateada”, exercícios físicos também podem fazer a diferença a longo prazo. “Essa prática é essencial não só para quem está acima do peso, mas também para os que precisam controlar a glicemia, a pressão arterial, os lipídios no sangue e, claro, a imunidade. Ou seja, para todos que passaram dos 60 anos. Com a manutenção desses parâmetros, a chance de complicações cardiovasculares também diminui”, afirma. 

“Além disso, essas atividades preservam a massa magra e auxiliam na manutenção do equilíbrio, flexibilidade, da potência e resistência corporal, tão importantes nessa fase da vida, pois quedas e acidentes domésticos acontecem com mais frequência”, finaliza Murara.

 

Jasmine Alimentos

www.jasminealimentos.com  

 

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