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sexta-feira, 8 de março de 2019

Mulheres x HIV: a importância da prevenção


Unaids afirma que 870 mil mulheres são infectadas pelo HIV todos os anos no mundo e só metade tem acesso ao tratamento. Isso coloca a AIDS como a maior causa de mortes entre mulheres em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos) globalmente


Segundo o Ministério da Saúde, mais de 80% das mulheres infectadas por HIV são contaminadas em relações sexuais com parceiros homens



Margaret Sanger, enfermeira e sexóloga, uma das responsáveis pela descoberta da pílula anticoncepcional em 1957, já defendia a ideia de que as mulheres não teriam os mesmos direitos que os homens enquanto não fossem livres sexualmente. Mas, apesar de tantas conquistas ao longo dos anos, o sexo e o uso da camisinha ainda são tabus para uma considerável parte da sociedade. O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é data ideal para promover uma reflexão sobre o assunto e sugere a discussão da liberdade sexual e do direito de escolha da mulher.

Poucos sabem, mas, 870 mil mulheres são infectadas pelo HIV todos os anos no mundo e 80% foram contaminadas pelos maridos ou namorados. Tal dado coloca a AIDS como a maior causa de mortes entre mulheres em idade reprodutiva (de 15 a 49 anos) globalmente, segundo a Unaids.

Os números alarmantes e o fato das mulheres com parceiros fixos não se preservarem, seja por confiança ou intimidação, faz com que esse assunto se torne uma questão de utilidade pública.

Outra questão é geracional. A população mais jovem não conviveu com o início da epidemia de AIDS, no final dos anos 80 e início da década de 90 quando haviam poucas opções terapêuticas para o tratamento do HIV. Não perdeu parentes e amigos de maneira cruel. Hoje em dia, essa é uma doença considerada crônica e isso dificulta ainda mais a percepção da importância da prevenção contra o vírus.

É muito provável que a contaminação da população feminina se dê, na maioria dos casos, por uma questão comportamental da qual não se têm controle. Isso porque milhares de mulheres são contaminadas por maridos e namorados que adquirem o vírus quando se relacionam com outras pessoas.

Essa é a dinâmica da transmissibilidade das infecções sexualmente transmissíveis. Como frear o HIV e demais vírus? Com estratégias de prevenção.


Prevenção

O preservativo ainda é a forma de prevenção mais conhecida entre a população em geral. O que poucas pessoas sabem é que outras estratégias surgem como ferramentas complementares e representam, além de alternativas eficientes, a autonomia da mulher que pode se preservar sem precisar do consentimento do parceiro.

Chamada de Prevenção Combinada, esse conjunto de estratégias faz uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção e garante a proteção ideal para determinados públicos como as populações-chave, prioritárias ou geral.

Entre elas destaca-se a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), que consiste na utilização de um medicamento antirretroviral por indivíduos que não estão infectados pelo HIV, mas se encontram em situação de risco.

A PrEP é indicada principalmente para populações de risco como: Trabalhadores(as)do sexo, pessoas trans, homens que fazem sexo com homens e casais HIV sorodiscordantes.




Mulheres ao volante: quando aceitar os produtos automotivos oferecidos pelos frentistas?


Confira dicas da empresa Petroplus para saber a real necessidade de aplicar produtos para radiadores, motores e combustíveis


Neste Dia das Mulheres, a Petroplus, empresa com mais de 25 anos de atuação no segmento de serviços e produtos automotivos, traz dicas práticas para que as mulheres proprietárias de veículos saibam quando devem aceitar - ou não - produtos automotivos oferecidos pelos frentistas.

É comum que, mediante da oferta espontânea de itens em postos de gasolina, as mulheres tenham a impressão de que quem oferece produtos em postos de gasolina está “forçando” a venda, partindo da premissa de que as mulheres, em geral, possuem menos domínio do assunto.  Isso ocorre porque muitas vezes a oferta de produtos não é esperada, visto que o veículo “aparentemente” não apresenta nenhum sintoma de falha.

Porém, a Petroplus, reconhecida no mercado por comercializar produtos das marcas STP, Celsius, ArmorAll, além de marca própria, ressalta que os produtos automotivos disponíveis no mercado tendem a ter mais características preventivas do que de solucionar problemas já existentes. Com isso, alguns conhecimentos simples podem facilitar a decisão se um produto oferecido é essencial de ser aplicado ou não.

Em primeiro lugar, Carlos Ribeiro, gerente regional da marca da Petroplus, observa que se um veículo é novo e ainda está na garantia, provavelmente a maioria dos produtos oferecidos em postos de gasolina para tratamento de combustível e motores já devem ter sido aplicados. 

“A aplicação de produtos automotivos é sempre preventiva, mas é recomendada principalmente quando um veículo começa a consumir mais combustível ou apresentar falhas. Em geral, os produtos visam limpar todos os resíduos de um motor para permitir sua melhor performance”, aponta Ribeiro.


Produtos para Radiador

Um dos produtos mais oferecidos em postos de gasolina em virtude da facilidade de aplicação são os fluídos para radiadores. Se o frentista aponta que o fluído do radiador está abaixo ou próximo do nível mínimo, é sim recomendado que o fluído seja completado. Na linha de produtos da Petroplus há quatro opções de produtos para radiadores, todos da marca Celsius, com diferentes colorações adequadas para cada modelo de veículo.

Segundo Ribeiro, completar o fluído é primordial para evitar que o motor venha a ferver e haja queima do cabeçote do motor. Porém, se o fluído do radiador baixar com frequência, o melhor é correr até uma oficina mecânica ou concessionária para averiguar mais a fundo o problema.


Produtos para tratamento de combustível

Para o tratamento do combustível, os produtos oferecidos pelos frentistas em postos de gasolina têm foco na eliminação dos resíduos originados pela queima de combustível no motor, o que acontece naturalmente durante o funcionamento do veículo, independentemente do combustível utilizado.

Existem produtos que podem ser aplicados a cada 3 mil ou 10 mil quilômetros rodados. O Fuel Injector Cleaner da marca STP é fabricado pela Petroplus, por exemplo, ele é um produto superconcentrado indicado para automóveis com bicos injetores e que deve ser aplicado regularmente a cada 3 mil quilômetros. Já para veículos com motores mais antigos, movidos a carburador e não a injeção eletrônica, é recomendada a aplicação de produtos para tratamento de combustível a cada abastecimento como o Flex Treatment, também da marca STP. E, para limpeza do motor completa do motor, a cada 10 mil quilômetros, há o STP Ultra 5 em 1, que proporciona uma manutenção integral do motor e deve ser aplicado com cada troca de óleo por um profissional especializado.




Petroplus


Cresce número de processos de feminicídio e de violência doméstica em 2018


Os últimos anos têm sido marcados pelo aumento no número de casos de feminicídios que chegam ao Poder Judiciário. Desde 2016, quando esses crimes passaram a ser acompanhados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a quantidade de processos só cresce. Em 2018, o aumento foi de 34% em relação a 2016, passando de 3.339 casos para 4.461. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (8/3), quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Acesse aqui os dados completos, por estado.

Os tribunais de Justiça também perceberam crescimento no número de processos pendentes relativos à violência contra a mulher. Em 2016, havia quase 892 mil ações aguardando decisão da Justiça. Dois anos depois, esse número cresceu 13%, superando a marca de um milhão de casos. Os dados dos tribunais foram consolidados pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ).

O número de sentenças de medidas protetivas aplicadas também apresentou mudança. No ano passado, foram concedidas cerca de 339,2 mil medidas– alta de 36% em relação ao ano de 2016, quando foram registradas 249,5 mil decisões dessa natureza.  

A publicação de relatórios analíticos e dados relativos a esse tema pelo DPJ está prevista na Resolução CNJ nº 254/2018 do CNJ, que criou a Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.   




Divergência

Vale ressaltar que os números de casos de feminicídios que tramitam no Brasil foram revisados pelos tribunais de Justiça, passando de 10 mil para 4.461. 

Especialmente três tribunais (Paraná, Rio Grande do Norte e Goiás) atualizaram seus dados, impactando para baixo os números anteriormente publicados.  
No relatório O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha, elaborado pelo DPJ/CNJ, em 2018, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) dizia tramitar em sua corte 4.925 casos (referente ao ano de 2017). Após a revisão, o número caiu para 200. Os dados informados pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) também apresentaram uma expressiva diferença. No ano passado, a corte informou ter tramitado 1.380 processos de feminicídio em 2017. Após revisão, a corte reclassificou os dados para 25.

É preciso destacar também que a coleta das informações sobre feminicídio é relativamente nova, uma vez que apenas em 2015 o crime passou a ser uma qualificadora do crime de homicídio, e incluído no rol dos crimes hediondos, como estupro, latrocínio e genocídio (Lei nº 13.104/2015). As tabelas de classificação de crimes foram modificadas após essa data.

Histórico de combate à violência no CNJ

Desde 2007, por iniciativa do Conselho, juizados ou varas especializadas no combate à violência doméstica contra a mulher foram criados a partir da Recomendação CNJ n. 9/2007. Em 2011, foi editada a Resolução CNJ n. 128, para a criação de Coordenadorias da Mulher, voltadas para a articulação interna e externa do Poder Judiciário no combate e prevenção à violência contra a mulher, no âmbito dos tribunais estaduais.

O CNJ também instituiu como programa oficial dos tribunais de Justiça do país a Semana Justiça pela Paz em Casa, para fazer valer a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), agilizando a tramitação dos processos relativos à violência doméstica. O trabalho também conta com um olhar de prevenção, com a realização de cursos voltados para o fortalecimento da questão de gênero e de combate à violência contra a mulher junto à sociedade civil. A exemplo dos últimos anos, em 2019, haverá três edições da mobilização. A primeira começa na próxima segunda-feira (11/3) e se encerra no dia 15 de março. De 19 a 23 de agosto ocorre a 14ª edição) e de 25 a 29 de novembro, a 15ª. 

Os magistrados também se reúnem nas chamadas Jornadas Maria da Penha para debater e aprimorar a aplicação das leis voltadas ao combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.





Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


"Precisamos falar mais sobre o que é violência doméstica", afirma presidente da ADFAS


Mais de 12 mil mulheres são agredidas diariamente no Brasil e 52% não denunciou o abuso


Local que deveria significar segurança, no ambiente doméstico é o onde acontece grande parte dos casos de violência contra a mulher. Estudo, feito pelo Datafolha sob encomenda do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que, das ocorrências reportadas, 42% ocorrem na casa das vítimas.

Os agressores, em sua maioria, são pessoas de confiança. O mesmo estudo mostrou que parcela significativa dos ataques parte do cônjuge/companheiro/namorado (23,8%), vizinho (21,1%), ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (15,2%), pai (7,2%) e irmãos (4,9%).

Presidente da ADFAS (Associação de Direito de Família e das Sucessões), a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva orienta que as vítimas de agressões, sejam elas físicas, morais ou psicológicas, procurem ajuda o mais rapidamente possível. "Devem procurar a Delegacia da Mulher de imediato, para evitar que os atos violentos se agravem, o que ocorre muitas vezes, não devem temer a Delegacia de Policia, devem temer o agressor, já que medidas protetivas estão previstas no ordenamento legal, como o afastamento do lar, a pensão alimentícia e o distanciamento do agressor sob pena de prisão, entre outras", afirma.

Caso a violência tenha ocorrido por meio de pressão psicológica ou grave constrangimento, a orientação é reunir provas como mensagens recebidas ou testemunhas que tenham presenciado as ações. Também se a agressão física por de natureza leve, a prova testemunhal é indispensável. Em caso de violência física que provoque lesão, a mulher será encaminhada ao exame médico, pela Delegacia de Polícia.

"Precisamos falar mais sobre o que é violência doméstica, pois as mulheres, muitas vezes, estão tão inseridas nesse ciclo de violência que não conseguem mais distinguir o que é uma relação saudável e uma abusiva. Os agressores são persuasivos, eles fazem com que as suas parceiras se sintam diminuídas, incompetentes, frágeis e inseguras e, o pior de tudo, elas ficam altamente vulneráveis. A falta de denúncia faz com que o agressor pense que tem o poder de ferir a vítima sem receber punição", ressalta a especialista.


Números
  • Nos últimos 12 meses, 12.873 mulheres foram agredidas por dia.
  • 76,4% das mulheres que sofreram violência afirmam que o agressor era alguém conhecido (crescimento de 25% em relação a 2016).
  • Dentre as que relataram alguma forma de agressão, 42,6% têm entre 16 a 24 anos.
  • 59% das pessoas disseram já ter visto uma mulher ser agredida física ou verbalmente.
  • 37% disseram ter visto homens humilhando, xingando ou ameaçando namoradas, ex-namoradas, mulher ou ex-mulheres, companheiras ou ex-companheiras.

O que diz a lei

Segundo a lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), configura-se violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

A Constituição Federal, em seu art. 226, parágrafo 8º, dispõe que o Estado deve criar mecanismos para coibir a violência no âmbito doméstico. Entre as medidas de urgência e assistenciais estão o afastamento do suposto agressor do lar ou local de convivência com a vítima, a fixação de limite mínimo de distância, suspensão da posse ou restrição do porte de armas, entre outras.

"Caso a mulher sinta que sua integridade física e psíquica esteja em perigo, pode solicitar a aplicação de medidas protetivas, asseguradas pela Constituição", indica Regina Beatriz.


A importância da mulher no mercado de tecnologia


Fazer a diferença, agregar visões, somar! Esses são alguns dos aspectos que demonstram a importância da presença de profissionais mulheres no mercado de tecnologia, nicho que possui algumas das empresas mais cobiçadas da atualidade. Apesar dos dados ainda demonstrarem que a participação delas em áreas técnicas é tímida - apenas 20% dos mais de 580 mil profissionais que atuam em TI no Brasil, segundo o IBGE – a presença das profissionais em áreas complementares (e essenciais) dentro dessas empresas vem se mostrando como uma rota de mudança desse paradigma.

Sou formada em Administração de Empresas e passei mais de 13 anos no setor de telecomunicações. Lá, tive oportunidades que foram muito além das áreas tradicionais deste tipo de negócio. Construí a minha trajetória, liderando grandes equipes comerciais e também em áreas de estratégia comercial e tive meu potencial reconhecido por fazer a diferença em uma importante etapa: vendas.

Mesmo com uma carreira consolidada em Telecom, decidi me aventurar no mercado de tecnologia, pois queria fazer parte da grande transformação que esse segmento representa. Logo, percebi que, mesmo exercendo funções que não estão ligadas diretamente à programação, havia um espaço – e ouso dizer a necessidade – para mulheres com a minha qualificação, pois o público feminino deixou de ser exclusivamente consumidor, e agora também está à frente de empresas que prospectamos ou com as quais queremos estreitar parceria.

Isso é reflexo da transformação do papel da mulher na sociedade, que tem feito com que muitas companhias se preocupem em diversificar o perfil de seus executivos em busca de opiniões, gostos, habilidades e expectativas diferentes. Elas entenderam que só assim conseguirão de fato compreender as necessidades dos consumidores e satisfazê-los da melhor forma possível.

Essa demanda do mercado tem se mostrado tão forte, que o maior banco de investimentos do mundo, o Goldman Sachs, anunciou que investirá R$ 2 bilhões em empresas lideradas por mulheres. O objetivo é fazer algo para diminuir a enorme lacuna que existe no mundo corporativo entre os homens empreendedores, que são a maioria, e as mulheres à frente de seus próprios negócios.

Por também reconhecer a importância desse debate, eu passei a integrar a Ellevate Network, um grupo independente com 4 mil participantes, em 29 países. Nele, tenho a oportunidade de discutir e fomentar as várias formas de fazer com que as mulheres tenham seu protagonismo em diversos ambientes, seja em círculos sociais ou no meio corporativo. Isso só acontece quando o pensamento rumo a um ambiente com mais diversidade se faz presente, o que já é realidade em gigantes como IBM, Microsoft e Twitter. É preciso que mais empresas tenham essa visão para que a gente consiga ter equidade de oportunidades.

Ter pessoas com diferentes áreas de conhecimento é determinante para o crescimento de uma empresa, pois agrega técnicas, competências e visões. Porém, mais do que um time com perfis profissionais variados, é preciso acreditar e investir na diversidade de gênero. Não só para construir um mercado mais igualitário e justo, mas também porque apostar na mulher tem reflexo nos resultados financeiros da empresa.





Aurora Suh - diretora de estratégia comercial na Linx



Mulheres que viajam sozinhas


Pilota de testes percorre o mundo sobre duas ou quadro rodas e mostra os prazeres e dificuldades de viajar sozinha: "um encontro com o mundo e consigo mesmo".


Se não impossível, é quase inconcebível a ideia de conhecer alguém que não ame viajar. Porém, muitas pessoas não se animam com a expectativa de viajar sem companhia e acabam deixando de realizar grandes sonhos, além de perder experiências incríveis, por isso desbravar o desconhecido sozinho têm sido uma opção de viagem para alguns.
 
A pilota de teste, Eliana Malizia, viaja há mais de 18 anos por diversos países para testar novos carros, motos, produtos e equipamentos. Entre suas viagens a trabalho, ela aproveita para conhecer novos lugares e divulgar dicas no seu blog. “O fato de ter uma companhia significa também ter uma segurança a mais nos passeios, mas é preciso pensar fora da caixinha e se arriscar. A adrenalina, liberdade e conexão com outras culturas se tornam momentos únicos. E, claro, enfatizo que viajar sozinha e de moto é ainda melhor”, destaca a pilota que é apaixonada pelo veículo.

As vantagens desse tipo de viagem, em geral, giram em torno de fazer novos amigos, uma vez que somos mais propensos a conversar com estranhos quando estamos sozinhos. Sendo assim, o contato com pessoas locais e de diferentes ideias se expande. Além disso, como é necessário tomar decisões mais rápidas, a independência também aumenta, agregando características benéficas no dia-a-dia e fornecendo mais a liberdade e autonomia para tomada das decisões. Esses momentos trazem amadurecimento e reflexões de autoconhecimento já que viajantes solos costumam comentar se surpreender o tempo todo com o que são capazes de fazer e enfrentar.

“Os momentos mais intensos que já vivi foram em cima de uma moto, na estrada e sozinha. Um turbilhão de sentimentos se misturam com o vento e com o cheiro de mato. Já chorei, já gritei de alegria, mas também já tive grandes momentos de inspiração”, ressalta a pilota.


Para quem pretende viver grandes aventuras sob duas rodas como ela, Eliana recomenda atenção e lembra que cada modelo de moto possui tipos diferentes de pneu e suas próprias caracterísitcas. Além disso, recomenda anotar números de ajuda, guinchos, levar água, barras de cereais, protetor solar e produtos que reparem o furo dos pneus de moto, facilmente encontrados em lojas especializadas.

O primeiro passo para quem quer encarar o desafio é sair da zona de conforto e tomar coragem para conhecer o mundo. Com isso, várias histórias repletas de pessoas incríveis irão surgir. Então, arrume a sua mala e fuja da rotina! Melhor que desfrutar de uma viagem sozinha, desfrute do “prazer de viajar sozinha de moto”.



Boas noites de sono são fundamentais para o bem-estar da mulher


Dormir bem evita o estresse e melhora a disposição para enfrentar a rotina do dia a dia


Muitas vezes, os compromissos e as tarefas do dia a dia podem deixar a rotina da mulher ainda mais agitada. Para enfrentar essa correria, boas noites de descanso são essenciais. Segundo pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, quando o assunto é sono, o sexo feminino tem padrões diferentes do masculino.

“Devido à diferença hormonal, o público feminino precisa de mais horas dormidas para manter a mesma disposição, se comparado ao sexo oposto” explica Renata Federighi, Consultora do Sono da Duoflex.

Outro estudo, realizado pelo Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que as mulheres levam mais tempo para adormecer, porém o tempo do sono mais profundo (REM) é mais longo. Além disso, elas são mais propensas a terem sonhos ruins, os chamados pesadelos. “Elas têm alterações hormonais que prejudicam o sono normal, como o período menstrual, a menopausa e a gravidez. A progesterona (hormônio feminino) tem papel fundamental nos mecanismos reguladores do sono. Tanto que as mulheres em pós menopausa, por exemplo, apresentam queda na qualidade e no número de minutos de sono”, esclarece a consultora. Além disso, as mulheres estão mais propensas a desenvolver doenças cardíacas e depressão quando não dormem bem durante um período longo da vida.

Outra preocupação recorrente entre as mulheres é com a aparência. E ao contrário do que se imagina, sono da beleza não é só uma expressão. De acordo com Renata, o corpo produz hormônios associados ao estresse quando não há repouso adequado. “Isso altera funções vitais e provoca vasoconstrição, ou seja, palidez e cansaço. Dormir menos do que precisamos deixa a pele sem brilho, com aumento dos vincos e flácida, pois o hormônio do crescimento, que é responsável pelo tônus muscular e pela renovação celular, é liberado em grande quantidade enquanto dormimos. As olheiras também se acentuam, o que faz com que a aparência fique ainda mais abatida”, explica.

Conhecer estas particularidades é essencial para se garantir horas de sono realmente reconfortantes e, consequentemente, o bom funcionamento do organismo. Outras práticas podem ajudar a ter boas noites de sono.  “É importante se atentar à postura, usar um travesseiro e colchão que ofereçam conforto e sustentação para a cabeça e corpo, preservando a curvatura natural e alinhando a coluna, seguir uma alimentação saudável e hidratar-se bem, manter o ambiente arejado e o mais silencioso e escuro possível e evitar atividades estimulantes antes de dormir”, orienta a consultora do sono da Duoflex.





Duoflex



DIA INTERNACIONAL DA MULHER: Aumenta participação das mulheres na direção de filmes com apoio federal e contempladas com Bolsa Atleta


 Conheça os incentivos do Ministério da Cidadania que têm garantido avanços no protagonismo feminino


Seja nos esportes ou nas artes, cada vez mais mulheres têm saído do papel de espectadoras para o de protagonistas. Elas têm migrado das arquibancadas para os campos. Das plateias para os palcos.

São expressivos os números do Ministério da Cidadania – que reúne as secretarias especiais do Esporte, da Cultura e do Desenvolvimento Social – em relação ao aumento das mulheres como beneficiárias das políticas públicas. No setor cultural, chama a atenção o recorde de participação feminina no desenvolvimento de projetos de audiovisual em 2019 com apoio de editais federais publicados em 2018. São do gênero feminino 56% dos contemplados com apoio de 10 editais voltados para direção e desenvolvimento de projetos audiovisuais. No setor esportivo, destaca-se o aumento de 11% do número de mulheres beneficadas com a categoria principal do Bolsa Atleta da Secretaria Especial do Esporte, a Bolsa Pódio: de 136 no ciclo para a Rio 2016 para 151 no ciclo para Tóquio, que termina em 2020.

As mulheres têm também destaque nos serviços socioassistenciais prestados pelo Estado: elas são maioria da força de trabalho, inclusive nos cargos de coordenação e diretoria na rede do Sistema Único da Assistência Social (Suas), coordenado pela Secretaria Especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania. Correspondem a 81,5% dos trabalhadores nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras), são 80,5% dos trabalhadoras nos Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Além disso, 87,2% dos cargos de coordenação/diretoria são de mulheres; bem como 88,4% dos cargos técnicos de nível superior e 75% das orientadoras/educadoras sociais.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, destaca o crescente protagonismo da mulher em todas as áreas como fator determinante para o desenvolvimento da sociedade. Ele defende que o fortalecimento da representatividade das mulheres, e da sua capacidade de intervir e transformar, indica o grau de cidadania que o país tem oportunizado a elas. "Nós temos uma crescente participação da mulher na área do esporte, estamos aumentando a cada ano o número de mulheres atletas que já estão em nível olímpico. Além disso, as mulheres também estão participando mais das atividades culturais. Temos um protagonismo fundamental da mulher para a qualidade da arte, para melhorar o esporte, para a qualidade dos cuidados sociais, enfim, é um cuidado com um Brasil e um mundo melhor para todos."

Conheça os incentivos do Ministério da Cidadania que têm garantido avanços no protagonismo feminino na Cultura, no Esporte e na Assistência Social:


CULTURA - Dos 143 projetos de audiovisual apoiados pela Secretaria Especial da Cultura por meio de dez editais lançados em 2018, 80 serão dirigidos ou desenvolvidos por mulheres. Os 56% de participação feminina já são recorde no programa que é o maior em número de projetos e em volume de recursos (R$ 64 mi de 50% de cotas de mulheres, estipuladas nos editais llhões, de um total de R$ 80 milhões – valor destinado à primeira etapa). Também foram lançados seis editais em 2018 geridos pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), entre os quais o edital Produção de Cinema, com 35% de cotas para mulheres, que previa um total de R$ 100 milhões de apoio para projetos de longas-metragens independentes de ficção, documentário ou animação.

Para a diretora de cinema Thaís Fernandes, que teve o projeto Para que servem as coisas? selecionado no edital de Curta Infantil Live Action, os indutores "são essenciais para que se estabeleça um equilíbrio na produção audiovisual brasileira, ainda muito dominada por homens brancos".

ESPORTE - Ao longo dos anos, a presença de mulheres aumentou significativamente, mas foi só em 2018 que um torneio olímpico contou com o mesmo número de homens e mulheres. Nos Jogos da Juventude de Buenos Aires, na Argentina, houve 4.012 atletas: 2.006 homens e 2.006 mulheres, entre 15 e 18 anos, de 206 países, que competiram em 36 modalidades. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Brasil recebeu 11.238 atletas de 206 nações mais uma delegação de refugiados. Um total de 5.180 atletas eram do sexo feminino (mais de 45%). É o percentual mais amplo da história. A delegação brasileira foi retrato do perfil geral. As mulheres representaram 45% do Time Brasil: correspondiam a 209 dos 465 integrantes.

Para os Jogos de 2020, no Japão, a estimativa do Comitê Olímpico Internacional é de que o balanço de gênero signifique que pelo menos 48,8% do total de atletas em Tóquio seja de mulheres. A busca por paridade se reflete também na gestão do esporte paralímpico. Até a inclusão ou não de modalidades no programa parte desse pressuposto. Até por isso, por exemplo, o futebol de sete, voltado para atletas com paralisia cerebral, mas ainda muito centrado no masculino, saiu do programa de 2020 e não estará também em Paris (2024).

A qualidade da participação feminina se mede também pela Bolsa Pódio, voltada para esportistas próximos ao topo do ranking mundial e com possibilidade de medalha em megaeventos. O programa contemplou 136 mulheres no ciclo para a Rio 2016 (85 olímpicas e 51 paralímpicas), num investimento de R$ 34 milhões. Agora, no ciclo para Tóquio, são 151 atletas (80 olímpicas e 71 paralímpicas) beneficiadas, num investimento de R$ 29 milhões em 227 bolsas concedidas. Ao todo, são 201 atletas, com 471 bolsas, e R$ 64 milhões em recursos. O número de bolsas é maior que o de atletas porque as bolsas são anuais. Assim, no mesmo ciclo, a mesma atleta pode ser beneficiária mais de uma vez.

Considerando as outras categorias do Bolsa Atleta (base, estudantil, internacional, nacional e olímpica/paralímpica), entre 2009 e 2018 foram concedidas 22.254 bolsas federais para atletas mulheres, num investimento total de R$ 327 milhões. 

"Podemos ver mulheres com destaque olímpico em modalidades que antigamente só homem participava e medalhava. Fico feliz com esse reconhecimento. Hoje treinamos de igual para igual", afirmou a carateca Valéria Kumizaki, vice-campeã mundial da categoria -55kg em 2016, forte candidata a uma vaga na estreia da modalidade no programa olímpico, nos Jogos de Tóquio, em 2020.


DESENVOLVIMENTO SOCIAL - De diversas formas, as políticas de proteção social contribuem para o progresso das mulheres e abrem caminhos para que elas exerçam a cidadania. A legislação do Bolsa Família e Cadastro Único elege a mulher como figura preferencial, no quadro familiar, para a entrega de recursos. De todas as famílias beneficiárias do programa, 88,57% possuem a mulher como Responsável Familiar.

O Criança Feliz é uma iniciativa que cuida da mulher, ao promover o desenvolvimento humano a partir do acompanhamento desde que a criança está no útero. Por meio de visitas domiciliares, o programa oferece apoio à gestante e à família e auxilia no preparo para o nascimento do bebê.

Elas predominam em muitas áreas da assistência. Para a coordenadora da Residência Inclusiva da Secretaria da Criança e Assistência Social de São Luis (MA), no Nordeste, Patrícia Goes, as mulheres são responsáveis pela maioria das conquistas que hoje a assistência social tem. "O que antes era tido como assistencialismo hoje é garantia de direitos. Essa conquista deve-se mesmo ao trabalho de muitas mulheres, durante muitos anos", argumenta.

Todo lugar é da mulher


O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, neste ano é comemorado logo após o primeiro Carnaval onde a importunação sexual passou a ser considerada crime. Uma importante conquista para uma classe que todos os dias luta nos mais diversos setores da vida e merece respeito em todos os momentos.
A lei de importunação sexual (13.718) entrou em vigor em setembro de 2018, após ser aprovada pelo Congresso Nacional. Ela criminaliza atos libidinosos sem o consentimento da vítima, como toques inapropriados, e estipula pena de 1 a 5 anos de prisão. Antes, práticas eram consideradas contravenções penais.
Um reconhecimento ao fim da ideia de que, em 2019, a mulher é propriedade do homem. O lugar da mulher é na cozinha, e onde mais ela quiser.
Reflexo da lei foi a diminuição no Carnaval paulista de um dos tipos de crimes sexuais: o estupro. Um crime que já deveria ter deixado de existir definitivamente. Foi um Carnaval onde elas se organizam para fazer uma linda festa.
Na folia paulistana, multidões foram atrás de blocos como o Ilú Obá De Min, que retrata a força da mulher negra, e o Pagu, destacando o talento das maiores intérpretes de nossa música. Um clima de delicadeza e respeito femininos que atrai tradicionalmente foliões de todas as idades porque há a paz no que a mulher organiza.
Elas também fazem toda a diferença no cotidiano de trabalho das nossas cooperativas agropecuárias, muitas chefiadas por mulheres. Preparam o solo, plantam, colhem e entregam o alimento de todo um Brasil e do mundo. Com paciência, sabendo que, como a mulher grávida, a terra tem o tempo certo para tudo.
Comandam ministérios, como a nossa atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e também usinas, fazendas e sítios com cuidado e esmero característicos de seu gênero. Tudo isso aliado à missão de serem mães, zelarem por suas famílias e serem exemplos para seus filhos.
Felizmente, bons exemplos de mulheres não têm faltado. Uma das mais poderosas nações do mundo, o Reino Unido é comandado por uma mulher, Tereza May; o gigante Fundo Monetário Internacional (FMI) tem a sua frente Christine Lagarde.
Como não citar a Bancada do Batom que auxiliou o Brasil na construção da nossa Constituinte ainda na década de 80. Desde então, elas são parte fundamental do Congresso Nacional em papeis como senadoras, deputadas, assessoras parlamentares, jornalistas, seguranças e mais uma infinidade de funções.
Mas o cenário pode e deve ser muito melhor para elas. Pelas regras eleitorais em vigência, no Brasil nenhum dos sexos pode dispor de mais de 70% das candidaturas partidárias. Na prática, a regra significa que no mínimo 30% das vagas deveriam ser compostas por mulheres.
No entanto, o percentual de eleitas tem sido consistentemente inferior aos 30% de candidatas. Na Câmara dos Deputados, o percentual feminino tem-se mantido em torno dos 9% do total de cadeiras. A situação no Brasil tem sido pífia e o cenário precisa ser mudado.
Apesar de a mulher representar 52% do eleitorado, ocupa pouco mais de 10% dos cargos eletivos. Dados do TSE das últimas eleições mostra que apesar do Brasil estar entre as 10 maiores economias do mundo, a representação política feminina perde para todos os países da América Latina. Além disso, há estudos comprovando que os países com maior representação feminina possuem elevado índice de desenvolvimento humano.
No PPS, temos orgulho da Secretaria de Mulheres e de apoiarmos candidaturas femininas sérias, compromissadas e com propostas que possam transformar a vida da população. Com respeito a eleitora e o eleitor e acima de tudo a capacidade de articulação, execução e atuação política das mulheres. Frentistas, motoristas, engenheiras, astronautas... elas devem estar em todos os lugares.




Arnaldo Jardim - Deputado Federal - PPS/SP


Dia das Mulheres: Liberdade de escolha da mulher ainda não é respeitada socialmente, analisa psicóloga


Mulheres brasileiras falam sobre escolhas, preconceitos, carreira profissional e família


“Priorizei a empresa e estou realizada”, “se tivesse priorizado o trabalho e não tivesse dedicado o momento para minha filha me sentiria muito arrependida”, “é maravilhoso almejar e conquistar e ter uma empresa que ajuda famílias”. As frases ditas por mulheres traduz bem o lema de milhões de brasileiras: “lugar de mulher é onde ela quiser”.

A realidade, no entanto, não é tão fácil quanto parece. Mesmo com os avanços dos direitos femininos, elas ainda lutam para defenderem suas vontades e escolhas, seja no seu próprio negócio ou optando por cuidar da casa.

A empreendedora Camilha Milhorini, de 36 anos, é diretora-executiva de uma rede de fast food saudáveis, o Mr Fit. A empresa possui mais de 117 unidades pelo Brasil e emprega 590 funcionários. Camila, que sempre gostou da ideia do empreendedorismo, conta que encontra dificuldades por estar em um ambiente que é considerado, muitas vezes, masculino. “Eu me deparo no dia a dia que além de fazer o esforço para alavancar minha empresa, tenho que lutar para ser reconhecida como empresária mulher porque o poder sempre foi associado ao homem”, relata.  


O perfil de Camila ainda é raridade no mercado de trabalho brasileiro. Segundo a pesquisa International Business Report – Women in Business, da Grant Thornton, o índice brasileiro de mulheres em cargos de CEOs e de diretorias executivas era de apenas 16% em 2017.

O preconceito acaba se tornando diferença salarial, geralmente inferior à média dos homens que exercem o mesmo cargo. Camila lembra, inclusive, que já chegou a ouvir de um parceiro que não manteria relações porque ela ganhava mais que ele. 

Para a psicóloga da PUC-SP Cecília Troiano, o machismo explica esse tipo de comportamento social, uma barreira a ser derrubada. “Há ambientes que ainda olham torto para mulheres em posições de liderança, há indústrias ainda bem fechadas para mulheres. Vejo que essa transformação precisa começar na casa de cada um de nós - "é de pequeno que se torce o pepino”. Educando nossos filhos e filhas de forma igual, mostrando e praticando a igualdade dentro de casa, na fala e acima de tudo, na prática”, indica a especialista.

Longe do mercado de trabalho, Valnice Moraes Reis Tintilio, de 47 anos, optou por um caminho diferente. Ela faz parte do índice de 27% das mulheres no mundo que preferem ficar em casa, exercendo um trabalho não remunerado, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Valnice optou por ficar em casa assim que soube que estava grávida e tomou a decisão, junto com seu marido, de que largaria o trabalho de vendas para cuidar em tempo integral da filha. Não demorou para que sentisse reprimida por amigos e conhecidos. 

Segundo a psicóloga Cecília Troiano, há uma pressão social para que haja sucesso na carreira profissional, em vez de levar em conta a opinião da mulher.

“O empoderamento feminino trouxe, em primeiro lugar, a liberdade de escolha. 

Mulheres empoderadas são aquelas que podem escolhem o que querem para suas vidas. Apesar disso, ainda há uma pressão para que as mulheres saiam de casa, busquem uma vida profissional. Em certa medida, isso contraria o empoderamento. Há uma patrulha social para que mulheres produzam, sejam independentes. Estar em casa é, assim, a antítese disso. Embora possa ser uma escolha, ficar em casa e cuidar dos filhos, há uma pressão social para que isso não aconteça. Seremos realmente empoderadas no dia que todas as opções, todos os caminhos, todas as profissões, até mesmo não ter uma, seja possível”, analisou ela.


Satisfação pessoal

Mesmo com perfis e idades diferentes, Camila e Valnice têm algo em comum: a satisfação pessoal. Camila comemora por hoje ter o poder de escolha, mesmo com as dificuldades que enfrenta todos os dias que sai de casa para trabalhar.
“Eu priorizei isso. Hoje eu me sinto realizada, acho que a gente mudou um pouco o sonho da mulher. A grande diferença é que antigamente as mulheres não tinham essa opção. Eu não poderia escolher entre ser uma empresária ou cuidar de uma família. Era cuidar de uma família. Hoje a gente tem essa opção”, afirma.  

Valnice também não se arrepende da decisão que tomou.  “Eu me arrependeria muito se tivesse perdido minha filha nos primeiros meses de gravidez, se eu tivesse insistido em trabalhar e não poderia ter filho novamente, então não me realizaria como mãe. Para mim, foi a decisão mais correta e acertada na minha vida, era o que fazia sentido para mim, era o que eu queria. Se eu não tivesse tido filhos, acredito que me sentiria muito arrependida hoje se tivesse priorizado naquele momento o trabalho”, ressalta.

A psicóloga Cecilia Troiano salienta que, independentemente do rumo que tomar na vida, as mulheres têm que ser respeitadas. “O que as mulheres fazem dentro de casa e para a família, todos os dias. Outra é a de assumir, sem culpas, sem medos, sua decisão. Ela ainda precisa "se desculpar" por ter feito essa opção. Essa é a luta pela aceitação da forma que ela escolheu para viver, que pouco importa a ninguém, a não ser para seu núcleo familiar”, completa.






Fonte: agenciadoradio.com.br.org



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