Fazer
a diferença, agregar visões, somar! Esses são alguns dos aspectos que
demonstram a importância da presença de profissionais mulheres no mercado de
tecnologia, nicho que possui algumas das empresas mais cobiçadas da atualidade.
Apesar dos dados ainda demonstrarem que a participação delas em áreas técnicas
é tímida - apenas 20% dos mais de 580 mil profissionais que atuam em TI no Brasil,
segundo o IBGE – a presença das profissionais em áreas complementares (e
essenciais) dentro dessas empresas vem se mostrando como uma rota de mudança
desse paradigma.
Sou
formada em Administração de Empresas e passei mais de 13 anos no setor de telecomunicações.
Lá, tive oportunidades que foram muito além das áreas tradicionais deste tipo
de negócio. Construí a minha trajetória, liderando grandes equipes comerciais e
também em áreas de estratégia comercial e tive meu potencial reconhecido por fazer
a diferença em uma importante etapa: vendas.
Mesmo
com uma carreira consolidada em Telecom, decidi me aventurar no mercado de
tecnologia, pois queria fazer parte da grande transformação que esse segmento
representa. Logo, percebi que, mesmo exercendo funções que não estão ligadas
diretamente à programação, havia um espaço – e ouso dizer a necessidade – para
mulheres com a minha qualificação, pois o público feminino deixou de ser
exclusivamente consumidor, e agora também está à frente de empresas que prospectamos
ou com as quais queremos estreitar parceria.
Isso
é reflexo da transformação do papel da mulher na sociedade, que tem feito com
que muitas companhias se preocupem em diversificar o perfil de seus executivos
em busca de opiniões, gostos, habilidades e expectativas diferentes. Elas
entenderam que só assim conseguirão de fato compreender as necessidades dos
consumidores e satisfazê-los da melhor forma possível.
Essa
demanda do mercado tem se mostrado tão forte, que o maior banco de
investimentos do mundo, o Goldman Sachs, anunciou que investirá R$ 2 bilhões em
empresas lideradas por mulheres. O objetivo é fazer algo para diminuir a enorme
lacuna que existe no mundo corporativo entre os homens empreendedores, que são
a maioria, e as mulheres à frente de seus próprios negócios.
Por também
reconhecer a importância desse debate, eu passei a integrar a Ellevate Network,
um grupo independente com 4 mil participantes, em 29 países. Nele, tenho a
oportunidade de discutir e fomentar as várias formas de fazer com que as
mulheres tenham seu protagonismo em diversos ambientes, seja em círculos
sociais ou no meio corporativo. Isso só acontece quando o pensamento rumo a um
ambiente com mais diversidade se faz presente, o que já é realidade em gigantes
como IBM, Microsoft e Twitter. É preciso que mais empresas tenham essa visão
para que a gente consiga ter equidade de oportunidades.
Ter pessoas com
diferentes áreas de conhecimento é determinante para o crescimento de uma
empresa, pois agrega técnicas, competências e visões. Porém, mais do que um
time com perfis profissionais variados, é preciso acreditar e investir na
diversidade de gênero. Não só para construir um mercado mais igualitário e
justo, mas também porque apostar na mulher tem reflexo nos resultados financeiros
da empresa.
Aurora
Suh - diretora de estratégia comercial na Linx
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