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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Emoções podem partir o coração temporariamente


Com sintomas semelhantes com o ataque cardíaco, a síndrome é capaz de "partir o coração" temporariamente


Que atire a primeira pedra quem nunca teve o coração partido. As lágrimas, a sensação de que aquele momento não vai ser superado, a tristeza e até mesmo a dor física fazem parte do processo de lidar com as decepções da vida, principalmente as amorosas. Mas o que muita gente não sabe é que, em certos casos, essas situações podem alcançar um outro nível.

A síndrome do coração partido, também conhecida como "broken heart disease" ou cardiomiopatia de Takotsubo é um problema cardíaco que pode ocorrer quando o indivíduo passa por um grande estresse emocional e provoca sintomas semelhantes aos de um infarto, como dor no peito, pressão alta, falta de ar ou cansaço.

"Separações, desastres, perda de algum ente querido, exposição à violência ou acidentes são alguns dos gatilhos para a síndrome. Estas situações podem provocar um aumento da produção de hormônios e neurotransmissores no organismo devido ao estresse sofrido, levando a uma ação direta no miocárdio e na microvasculatura cardíaca. Isso provoca uma alteração na conformidade e contratilidade do músculo do coração bem característica, chamada de Takotsubo (instrumento de pesca de polvo japonês). O coração nessas ocasiões se assemelha ao formato deste instrumento de pesca", explica o cardiologista Diego Garcia.

Relatada pela primeira vez por médicos japoneses, no início dos anos 1990, esta síndrome não é considerada uma doença psicológica, pois situações não relacionadas com a mente também são estímulo para provocar a doença como outras doenças graves ou quadros clínicos críticos. Estudos hemodinâmicos comprovam que durante a crise os ventrículos do coração não contraem corretamente.

"A descarga adrenérgica em situações de estresse é muito grande, o que pode afetar temporariamente a musculatura do coração", esclarece o cardiologista Diego Garcia.

O cardiologista ainda explica que a síndrome é rara e possui um menor risco de mortalidade, quando comparado ao infarto. "Na Síndrome do Coração Partido, as coronárias não tem obstrução, o coração diminui a sua função, mas volta ao normal em semanas a meses. Já em um infarto as artérias coronárias se encontram obstruídas totalmente ou parcialmente e parte do coração não volta a funcionar posteriormente", esclarece.

Por não ser muito conhecida, ainda existem muitas dúvidas que cercam essa alteração cardíaca. Um estudo de 2011, realizado por pesquisadores da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, a partir do banco de dados de cerca de mil hospitais americanos, apontou que mulheres com menos de 55 anos são cerca de nove vezes mais propensas a sofrer com a síndrome em relação aos homens dessa idade. As causas exatas para isso ainda não foram esclarecidas, novos estudos são necessários. O cardiologista Diego Garcia ainda explica que cerca de 1/3 dos pacientes com a síndrome não apresentam nenhum fator gatilho identificável.



Os perigos da ansiedade



Não há quem nunca tenha se sentido ansioso ao menos uma vez na vida. O dicionário Aurélio define o sentimento como uma “comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa suceda ou não”, ou um “sofrimento de quem espera o que é certo vir”. Provas, reuniões e apresentações importantes, a chegada de filhos, jogos de futebol e incertezas em relação ao futuro, todos causam ansiedade. Porém, se a emoção é tão natural, por que ela é conhecida atualmente como “o mal do século”? 

A ansiedade não é totalmente maléfica. Ela serve como uma proteção e um alerta de nossos próprios corpos para nos prepararmos para grandes desafios. O alto número de pessoas ansiosas, porém, assusta. De acordo com relatório lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na publicação “Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates”, o número estimado de pessoas que vivem com transtornos de ansiedade no mundo é de 264 milhões. Este total para 2015 reflete um aumento de 14,9% desde 2005.  O Brasil lidera o ranking de maior taxa de transtornos de ansiedade: são 18,6 milhões de pessoas afetadas, cerca de 9,3% de sua população total. 
                            
A ansiedade, quando exagerada, pode causar diversos sintomas, tanto físicos quanto psicológicos, como contrações musculares indesejadas, tonturas, formigamento e perda de sensibilidade nos membros extremos, tensão e dores musculares persistentes, necessidade frequente de urinar, dificuldade para respirar, falta de controle de pensamentos e insônia. Este último pode ser especialmente prejudicial, já que o sono está diretamente relacionado com a qualidade de vida de uma pessoa. Uma noite mal dormida pode causar, além de um maior cansaço físico, um aumento do estresse, uma porta aberta para novas complicações no futuro. Além disso, a ansiedade pode chegar a um nível no qual a pessoa não consegue mais reagir às dificuldades da vida, em uma espécie de paralisia. Aí, não restam dúvidas: é necessário buscar ajuda profissional.

Mas, afinal, quais são as causas da ansiedade? O gatilho pode ser qualquer influência externa ou interna que afete o indivíduo - ou seja, elas são extremamente variáveis e mudam de pessoa para pessoa. Assim, a verdade é que é difícil prevenir a ansiedade. Em nosso mundo atual, com demandas de trabalho, pessoais e também expectativas elevadas para todos os lados, os gatilhos são cada vez mais comuns e frequentes. Praticamente tudo pode afetar nossa psique e causar as tão temidas noites mal dormidas.

O segredo, então, é almejar sempre viver de maneira equilibrada. Excessos na alimentação e pouca atividade física são sempre nocivos à nossa saúde e podem, sim, intensificar os sintomas da ansiedade. Inclusive, alimentos com altos índices de triptofano, como banana e chocolate, são especialmente recomendados nestes casos. É importante também saber identificar seus gatilhos pessoais e buscar evitá-los.

O noticiário está causando parafusos na sua cabeça? Busque outro, talvez menos sensacionalista. O trabalho está te deixando louco? Pode ser a hora de desligar o celular após o expediente. Você perde o sono quando seus filhos saem de casa? Encontre maneiras de amenizar a preocupação, por exemplo, tentando saber melhor onde eles estão e quem os acompanha. O primordial, porém, é procurar ajuda em caso de extrapolo dos sintomas. Profissionais da psiquiatria são os mais indicados para cuidar da ansiedade e o tratamento pode, inclusive, envolver medicamentos para colocar a química do cérebro em ordem.

É importante lembrar que você não está sozinho na luta contra a ansiedade. Literalmente, centenas de milhões de pessoas no mundo sofrem com ela todos os dias, não importa o sexo, idade, cor ou credo. Busque ajuda se você acredita estar passando por alguns dos sintomas descritos aqui. O ganho em qualidade de vida será imensurável. 







 Dra. Hanah Mustapha Abou Arabi - médica coordenadora de interconsultas psiquiátricas do HSANP, centro hospitalar localizado na zona Norte de São Paulo.


8 mitos e verdades sobre ereção


Médico urologista esclarece dúvidas sobre a disfunção erétil e a associação a doenças cardíacas

Que atire a primeira pedra o homem que nunca se preocupou em brochar ou ao menos teve medo diante desta possibilidade. A falta de ereção é tabu entre os homens e muitos temem falar do próprio corpo ou conhecem como, afinal, a ereção acontece.

E por falar nisso, há muitos mitos e verdades sobre o assunto. O que poucos sabem ainda é que a falta de ereção pode apontar de ansiedade a doenças cardíacas. Para esclarecer este assunto, o professor do setor de uro-oncologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e responsável pelo setor de cirurgia robótica urológica no Hospital Brasil e rede D’Or, Dr. Marcos Tobias Machado, explica o que é mito ou verdade.
Veja a seguir:


1. Disfunção erétil é coisa de idoso?

Mito. Fatores com o estresse e problemas cardiovasculares tem afetado uma população de homens maduros antes dos 50 anos. O aumento da idade faz aumentar a chance de disfunção erétil. Homens que não cuidam da saúde também podem apresentar outras complicações, que podem afetar a qualidade sexual.


2. Homens com disfunção erétil têm cerca de duas vezes mais chances de ter um ataque cardíaco?

Verdade. A disfunção erétil vascular tem origem na obstrução das artérias cavernosas e na disfunção do endotélio, que em última instância são os mesmos fatores que causam a obstrução das artérias coronárias. Já se sabe hoje que o diagnóstico de disfunção erétil pode ser o primeiro sinal clínico de uma doença cardíaca oculta e sem sintomas.


3. Remédio para o coração causa disfunção sexual?

Verdade. Algumas drogas utilizadas no tratamento da hipertensão arterial e das doenças do coração podem afetar negativamente a capacidade do indivíduo ter uma ereção satisfatória. As principais são as drogas vasodilatadoras e os diuréticos.


4. Diabetes, hipertensão arterial ou distúrbios da tireoide ajudam o homem a obter problemas de ereção?

Verdade. Várias doenças podem estar associadas à disfunção da ereção: doenças cardiovasculares como a hipertensão e a insuficiência cardíaca, diabete melito e hipotireoidismo.  


5. Não conseguir ter ereções seguidas pode ser algum problema?

Mito. Ereções seguidas dependem da ansiedade de desempenho do homem, podendo afetar a ereção necessária para penetração. O que ocorre também é que, como qualquer outra coisa, a ereção varia de pessoa para pessoa, portanto não há problemas em ter apenas uma penetração durante a relação.


6. Existe disfunção erétil leve?

Verdade. Isso pode acontecer e um médico pode avaliar a frequência que estes episódios ocorrem na vida sexual do paciente. A quantidade de vezes que acontece a dificuldade de ereção e o que leva isso persistir, ajudam a identificar se a ereção é leve, moderada ou grave. O que o paciente deve observar é se há ereção suficiente para a penetração.


7. Os problemas de ereção ocorrem porque não chega sangue suficiente ao pênis?

Verdade. A disfunção na reação pode ocorrer pela redução do fluxo sanguíneo no pênis devido a problemas na esfera dos hormônios sexuais masculinos, doenças neurológicas ou devido a doenças que afetam o pênis. Muitas vezes o motivo tem mais de um fator causal e o tratamento deve abordar cada um desses fatores.


8. Anéis penianos melhoram a ereção?

Verdade. Dispositivos de vácuo associados ao anel, que geralmente vem no aparelho de vacuoterapia, podem melhorar a ereção. Esta é, inclusive, uma das opções de tratamento que já está regulamenta para a disfunção erétil.
Para o urologista Dr. Marcos Tobias Machado, o conselho é relaxar e aproveitar. “Não adianta se pressionar ou querer impressionar. O melhor é curtir o momento sem cobranças”, explica. 



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