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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Vacinação mantém Brasil livre da poliomielite


Tomar as doses da vacina em dia é a principal forma de evitar a doença


Após superar a meta de 95%de vacinação de crianças de um a menos de cinco anos, o Brasil volta a reforçar a necessidade da imunização contra a poliomielite. No Dia Mundial de Combate à Poliomielite, celebrado nesta quarta-feira (24), cresce a importância de tomar em dia as doses da vacina, como único meio de impedir que o vírus encontre uma fonte de infecção.

Apesar de ser a única forma de prevenção, há a falsa sensação de parte da população que não é mais necessário se imunizar. Em julho deste ano, 312 municípios brasileiros estavam com cobertura vacinal abaixo de 50% para a pólio. O dado levou o governo federal a intensificar a campanha para imunizar quem tinha de um a menos cinco anos. A meta estabelecida foi cumprida no fim de setembro.

Parte da campanha de vacinação teve como foco o combate a boatos e informações falsas. Por isso, o Ministério da Saúde reforça que as vacinas são seguras e passam por um rígido processo de validação. As reações são raras e limitadas, como febre. Ou seja, o benefício de proteger a criança é maior do que o risco de que ela sofra efeitos colaterais.


Transmissão 

Confira dicas sobre a vacinaçãoA poliomielite é transmitida por contato direto pessoa a pessoa em crianças e em adultos, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).

Desde 1990, o Brasil não registra casos da doença. Em virtude disso, em 1994, o País recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, três países são considerados endêmicos: Paquistão, Nigéria e Afeganistão.


Proliferação

Entre os fatores que favorecem a proliferação do vírus estão a falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária. A poliomielite é caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa três dias.

Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e a falta de reflexo no segmento atingido.






Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde



Crianças também podem sofrer Acidente Vascular Cerebral


Frequentemente associado a adultos, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ocorrer em qualquer faixa etária.


Recém-nascidos e crianças com doenças cardíacas, alterações dos vasos cerebrais ou doenças genéticas que propiciem a formação de trombos (coágulos que impedem a circulação do sangue) são mais propensas a sofrer com a enfermidade


As causas do AVC infantil são distintas das que acometem adultos. Também diferem entre aqueles que ocorrem durante a gestação ou nas primeiras semanas de vida, os chamados AVCs perinatais, e os que acontecem após esse período.

“No caso de AVC perinatal, existem fatores de risco relacionados à gestante, como a hipertensão arterial sistêmica e diabetes, pré-eclâmpsia, uso de drogas ilícitas, e outros relacionados ao recém-nascido, como distúrbios hematológicos (no sangue), doenças cardíacas, infecções, traumas e desidratações. Já, entre os fatores de risco associados ao AVC na infância e adolescência, são mais comuns as doenças arteriais, as cardíacas e as hematológicas”, explica a neurologista Ana Carolina Coan, vice-coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Infantil da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

O sintoma mais comum do AVC infantil é a paralisia de um dos membros ou de lado do corpo. Dificuldade de falar ou compreender o que ouvem e na articulação da fala, tontura, desequilíbrio e visão dupla também são observados. Diferente do que ocorre no adulto, em crianças outros sintomas comuns são crises epilépticas, dores de cabeça, confusão, irritabilidade e alterações do comportamento.

Nos episódios perinatais, o sintoma mais comum é a crise epiléptica. O recém-nascido pode apresentar-se sonolento ou com alteração do padrão da respiração. Muitas crianças ficam assintomáticas nas primeiras semanas ou meses de vida.

“Após o período neonatal, a criança pode apresentar qualquer sintoma ou sinal neurológio súbito”, reforça a neurologista.

O diagnóstico é feito a partir de exame de imagem, como tomografia. Em casos de recém-nascidos, eles podem eventualmente ser identificados em exame de ultrassom pré-natal.

O AVC na infância se diferencia dos ocorridos em adultos em relação aos fatores de risco, sintomas e também em relação ao tratamento. No caso de adultos, existe a possibilidade de usar medicação nas primeiras horas após o acidente, para dissolver o coágulo e diminuir as chances de sequelas neurológicas. Em crianças, a segurança e eficácia do uso dessa medicação ainda não foram determinadas.

Caso o responsável perceba que a criança ou o adolescente está tendo um AVC, deve encaminhá-la rapidamente para um serviço de emergência médica.

“Após esses primeiros cuidados da fase aguda, é importante prosseguir com a investigação das possíveis causas associadas ao AVC, além do início, o mais precocemente possível, de terapias de reabilitação, como fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional. Esse passo é muito relevante, pois o AVC na infância apresenta impacto significativo no neurodesenvolvimento, com a possibilidade de dificuldades físicas e intelectuais a longo prazo”, explica a médica.

A boa notícia é que, em alguns casos, o AVC pode ser evitado. Há alguns fatores de risco associados aos AVCs na infância, como doenças gestacionais maternas que podem ser identificados e tratados, evitando-se, assim, a sua ocorrência.

 

Muito tempo de tela prejudica a visão das crianças?


Este estudo nacional de base populacional teve como objetivo examinar a associação prospectiva entre atividades visuais próximas e miopia incidente em crianças de Taiwan de 7 a 12 anos de idade durante um período de 4 anos de acompanhamento




Como as crianças passam mais tempo diante das telas, existe uma preocupação crescente sobre possíveis danos ao seu desenvolvimento visual. Os oftalmologistas estão observando um aumento significativo de crianças com olho seco e cansaço visual devido ao excesso de tempo de tela.

Mas a fadiga ocular digital causa danos permanentes na visão infantil? As crianças devem usar óculos de leitura ou óculos para computador? É fato que existe uma epidemia mundial de miopia. Desde 1971, a incidência de miopia, nos EUA, quase dobrou, para 42%. Na Ásia, até 90% dos adolescentes e adultos são míopes. Claramente, algo está acontecendo. Mas os cientistas ainda não conseguem identificar exatamente o quê.

“Um novo estudo, publicado na Ophthalmology,  revista da Academia Americana de Oftalmologia, oferece mais evidências de que pelo menos parte do aumento mundial da miopia tem a ver com atividades relacionadas ao trabalho; não apenas ao uso de telas, mas também ao de livros tradicionais. E que passar tempo ao ar livre, especialmente na primeira infância - pode retardar a progressão da miopia”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Ainda não está claro se o aumento da miopia deve-se ao foco em smartphones o tempo todo ou à luz interagindo com nossos ritmos circadianos para influenciar o crescimento dos olhos ou a nenhum dos itens anteriores.

Enquanto os pesquisadores buscam uma resposta definitiva, não há dúvida de que a maioria dos usuários de computador experimenta a fadiga ocular digital. “As crianças não são diferentes dos adultos quando se trata de fadiga ocular digital. Elas também apresentam olho seco, cansaço visual, dores de cabeça e visão embaçada. Embora os sintomas sejam tipicamente temporários, eles podem ser frequentes e persistentes”, explica a oftalmologista do IMO, Maria José Carrari.

Mas isso não significa que elas precisam de uma receita para óculos de computador ou que tenham desenvolvido uma condição ocular de meia-idade que requer óculos de leitura, como alguns sugerem. Também não significa que a luz azul proveniente das telas dos computadores esteja danificando seus olhos.

“Isso significa que elas precisam fazer pausas mais frequentes. Isso ocorre porque não piscamos com tanta frequência ao usar computadores e outros dispositivos digitais. Leitura prolongada, escrita ou outro trabalho intensivo também pode causar fadiga ocular. Os oftalmologistas recomendam uma pausa de 20 segundos a cada 20 minutos de trabalho”, orienta Maria José.

“É melhor ensinar às crianças melhores hábitos, em vez de lhes fornecer uma muleta como óculos de leitura para permitir que eles consumam ainda mais mídia. Se você corre muito e suas pernas começarem a doer, você pára. Da mesma forma, se você lê, por muito tempo, ou assiste a vídeos, por muito tempo, e seus olhos começam a doer, pare. É isso o que deve ser ensinado às crianças”, defende a oftalmologista,


Dicas para ajudar a proteger os olhos das crianças da fadiga ocular do computador:

  1. Use um temporizador de cozinha ou um temporizador de dispositivo inteligente para lembrá-las de fazer pausas;
  2. Oriente-as a alternar a leitura de um e-book com um livro real e incentive as crianças a olharem para cima e para fora da janela a cada dois capítulos;
  3. Depois de completarem um nível em um videogame, peça que olhem pela janela por 20 segundos;
  4. Marque previamente os livros com um clipe de papel, em intervalos, de alguns capítulos, para lembrar as crianças de fazerem pausas.  Em um e-book, use a função “bookmark” para o mesmo efeito;
  5. Oriente-as a não usar o computador fora ou em áreas muito iluminadas, pois o brilho na tela pode criar tensão ocular;
  6. Ajuste o brilho e o contraste da tela do computador para que fique confortável para o usuário;
  7. Oriente as crianças sobre a boa postura ao usar um computador;
  8. Incentive-as o a manter a mídia digital mais distante possível dos olhos;
  9. Lembre-as de piscar ao fazer uso de telas.
  10. Ofereça opções de atividades não ligadas a computador, de preferência, exercícios físicos, esportes, etc.




IMO, Instituto de Moléstias Oculares



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