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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Vamos falar sobre o futuro das pessoas!


Como formar as pessoas para o futuro? Como as mudanças no mundo afetam esse processo? Saiba de uma coisa, as mudanças que acompanhamos nos últimos anos foram apenas a ponta do iceberg. Ainda não vimos nada, seremos impactados ainda mais pela tecnologia, com uma velocidade jamais vista. E como nos preparar para tudo isso? Qual será o papel das escolas nessa transformação? Nós seremos engolidos pelas máquinas? 

A revolução industrial trouxe a necessidade de formação em massa, como em uma linha de produção. O modelo de ensino ainda visto na maioria das escolas, independente de faixa etária, infelizmente segue esse modelo fabril. Professor na frente da sala de aula como detentor do conhecimento e dezenas de alunos enfileirados em um papel passivo receptivo. Um formato com baixíssima atividade neural. E aí se inicia o processo produtivo, entram alunos e saem o quê?

Não estou falando de formar robôs. Estou falando de formar seres humanos, cada qual com seus objetivos, necessidades e habilidades diferentes. Hoje, boa parte dos pais matriculam seus filhos na educação infantil já preocupados com o vestibular. Ou seja, colocam crianças no processo fabril de longos anos para garantir que seja atingido um score. Será que uma criança que hoje tem 3 anos vai passar por um processo seletivo de vestibular daqui mais de uma década? Não sei exatamente qual será o formato, mas acredito que teremos grandes mudanças.

Na sequência, o aluno cursa uma faculdade de 4 ou 5 anos para se tornar um profissional. Infelizmente, na maioria das situações, esse aluno é formado tecnicamente em um modelo engessado e que em pouco tempo está desatualizado. Pior ainda é esse aluno não saber como aplicar a teoria aprendida, pois o mercado de trabalho exige a prática e, mais do que isso, desenvoltura comportamental. E como mudar esse cenário? Como olhar para o futuro incerto e formar pessoas que tenham maiores oportunidades de sucesso?

A resposta parece complexa, mas não é. Temos que passar por um processo trabalhoso que muitas escolas não sabem como começar. Ao invés de formar apenas no aspecto técnico e cognitivo, medido com uma nota objetiva, é preciso capacitar para uma vida mutante em questões totalmente subjetivas. A escola tem que se preocupar em preparar seus alunos com uma visão global, possibilitando experiências transformadoras. Para falar de formação do futuro é inconcebível que qualquer plano de aula deixe de considerar o desenvolvimento de novas habilidades e competências indispensáveis para o século XXI. Independente do objetivo profissional, tudo que é proposto em uma sala precisa considerar uma formação mais ampla, que envolva colaboração, resolução de problemas, criatividade, comunicação, visão empreendedora, relacionamento interpessoal, pensamento crítico entre muitas outras habilidades indispensáveis para a vida.
Aliás, a vida passa a ser um recurso indispensável para qualquer aula produtiva. É necessário levar a realidade para dentro da sala de aula. Os alunos precisam vivenciar e encontrar aplicação prática em tudo que fazem. Vivemos em um mundo cada vez mais conectado e a pluralidade de conhecimentos se faz necessária. 

Hoje, todos têm acesso à informação, mas precisam desenvolver melhor sua curiosidade investigativa e construir um ponto de vista mais sólido. Com isso, temos uma mudança no papel da escola e, também, do professor. A presença pedagógica se faz necessária em um modelo diferente, não como ditador, mas sim como orientador e mediador, direcionando cada aluno para o caminho mais adequado. Culturalmente, é um desafio, pois a responsabilidade do aluno aumenta. Ele passa a ser o grande protagonista do processo de aprendizagem.

Sinceramente, não sei o que vai acontecer com essa ou com aquela profissão, mas posso dizer, com bastante convicção, que quem tiver habilidades comportamentais afloradas terá o mundo nas mãos. A educação transformadora precisa focar nas pessoas, independente do cenário tecnológico e do seu impacto. Só assim os alunos serão preparados para se encaixar em uma nova realidade.





Ronaldo Cavalheri - engenheiro, especialista em educação e CEO do Centro Europeu – primeira escola de Economia Criativa do Brasil


Meu primeiro salário: saiba que você pode investir agora em quatro passos!


Ganhou o seu primeiro salário? Parabéns! Você acabou de entrar no mercado de trabalho e está começando a conquistar independência dos seus pais. Comemorações à parte, passada a empolgação inicial, chega o momento de colocar os pés no chão e definir o que vale mais a pena: gastar ou investir (ainda que seja pouco) o que recebeu?

A gente sempre acha que o primeiro salário, seja do primeiro estágio remunerado, seja do primeiro emprego é pouco. Acabamos até usando o termo "é uma mixaria". Mas será mesmo? Lembre-se que, em geral, nesta fase da vida, você ainda pode estar morando na casa de seus pais, ou pode morar junto com amigos, tendo a possibilidade de gastar pouco em despesas fixas ou dividi-las entre membros da família ou amigos . Tá certo, que muitas vezes temos que se ajudar nossos pais. Ajudá-los nas despesas da casa, comida etc. mas, ao mesmo tempo, é período em que sempre existe a maior possibilidade de juntar dinheiro.


1 – Seja disciplinado

A vontade de sair gastando é comum aos jovens que entram no mercado de trabalho. Só no ano passado, de acordo com dados divulgados pelo governo brasileiro, 369 mil brasileiros com idades entre 14 e 17 anos iniciaram a vida profissional no programa Jovem Aprendiz, que oferece cargas horárias reduzidas para quem ainda não trabalha. Os que têm entre 18 e 24 anos, faixa etária que não é contemplada pelo programa, já equivalem a mais de 11 milhões da população que trabalha no Brasil. É um grupo de jovens trabalhadores que tende a gastar mais do que o seria recomendado, se não tiver orientação e objetivos claros.

Em um primeiro momento, é claro que bate a vontade de se dar um presente e/ou sair para se divertir com o dinheiro que acabou de entrar na conta. No entanto, é importante não se deixar levar apenas por prazeres momentâneos e ter em mente que o hábito de investir deve ser praticado desde o primeiro salário para, assim, pensar em uma meta a longo prazo.


2 – Estabeleça uma META

Uma dica que gosto de passar é que investimento depende muito mais dos nossos hábitos do que a quantia de dinheiro que você recebe. E para que se torne algo habitual, a primeira coisa que você tem que fazer é estabelecer uma meta para este investimento. O que você tem vontade de fazer a longo prazo? Uma pós-graduação? Um intercâmbio? Pensa em empreender? Independente da sua escolha: estabeleça um objetivo.


3 – Complemente a sua RENDA

Estabeleceu uma meta? Agora é a hora de pensar em formas de complementar essa renda. Parece algo distante? Calma! Não estou falando para você em seu primeiro estágio procurar freelas para complementar o seu salário. Pense em algo simples! Eu, por exemplo, colecionava e fazia troca de moedas e ganhava dinheiro com isso. Também me juntei com um amigo e fiz silk screen em moletons e peças para dormir – vendia tudo! Se você é bom em alguma língua ou matemática ou física, que tal começar a dar aulas particulares? Reflita sobre isso!


4 – INVISTA!

Agora chegou a hora de procurar de investir. Vamos supor que você tenha um rendimento mensal de R$ 1 mil, incluindo a renda extra. Onde e como aplicar o excedente? Especialistas financeiros recomendam que você invista 10% deste valor. Mas eu vou ainda mais longe. Lembra quando eu falei lá em cima que você, neste período, ainda mora com seus pais ou pode dividir despesas de moradia com amigos? Então, não dá para juntar mais? Tente economizar 20% deste valor – você vai ter R$ 200,00 para investir. Colocando em tipos de aplicação de risco praticamente zero, como tesouro direto ou caderneta de poupança, que são garantidos pelo governo federal, lembrando que estas aplicações têm rendimento de juros compostos, ao final de cinco anos você vai ter R$ 15 mil. E se você conseguir poupar o dobro e ter R$ 400,00 para investir? Já pensou? Ao final de 5 anos, você pode terá mais de R$ 30 mil!!!

Já parou para pensar sobre isso e as infinitas portas que este montante pode te abrir? Então, não perca tempo, pense em ter uma meta, complementar a renda e invista! Se você for disciplinado, em um curto período de tempo, pode realizar um grande sonho que proporcionará você aumentar ainda mais a sua renda!






Uranio Bonoldi - consultor, palestrante e oferece aconselhamento personalizado para empresários e executivos. www.uraniobonoldi.com.br

Como combater o estresse nos altos cargos?


O Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, de acordo com uma pesquisa feita pelo International Stress Management Association. Na nossa frente, apenas os japoneses. O que mais estressa o brasileiro é o trabalho, segundo 69% dos entrevistados. Eles relatam sofrer com as longas jornadas de trabalho, sobrecarga de tarefas e tensão no ambiente corporativo. Com a crise, a situação só se agravou. Quem continua empregado, passou a assumir o trabalho que antes era feito por três, quatro pessoas. E o fantasma da demissão continua assombrando.

Os transtornos mentais e emocionais são a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Nos últimos dez anos, a concessão de auxílio-doença desses males aumentou em quase 20 vezes, segundo o Ministério da Previdência Social. Frequentemente, os doentes ficam mais de 100 dias longe de suas funções. No mundo todo, os gastos com essas doenças podem chegar a 6 trilhões de dólares até 2030, mais do que a soma dos custos com diabetes, doenças respiratórias e câncer, de acordo com do Fórum Econômico Mundial. Ainda assim, apenas 18% das empresas brasileiras mantém algum programa para cuidar da saúde mental dos seus colaboradores.

Nos altos cargos, a situação é ainda pior. Gerentes, diretores e presidentes são cada vez mais exigidos. A pressão por resultados é grande e a responsabilidade delegada a esses profissionais chega a ser insana. Muitos acabam criando rotinas desgastantes, buscando superação e um perfeccionismo inatingível. Mesmo quando não estão na empresa, continuam trabalhando em seus smartphones e laptops. Algumas empresas, em busca de resultados audaciosos, chegam a estimular a competição entre os próprios colaboradores, criando ambientes insalubres.

Provar sua capacidade vira uma obsessão para muitos. Na ânsia por melhores resultados, alguns acabam passando por cima de si mesmos e de seus limites. Quem permanece na empresa sente a pressão diária pelo atingimento de metas, gerando um clima de competitividade. Assim, o clima organizacional vai pesando, a comunicação deixa de ser fluida e o estresse toma conta. Os relacionamentos se tornam conflitantes, já que não há mais espaço para uma troca saudável entre as pessoas. Nesses casos, é mais sábio evitar o confronto e apostar no diálogo.

Combater essa situação não é algo fácil. O profissional precisa, primeiramente, desenvolver técnicas para uma melhor gestão do seu tempo. É preciso priorizar as tarefas em vez de achar que dá conta de tudo. Nesse sentido, também é muito importante aprender a dizer não. Nem tudo é possível, e é necessário comunicar isso com clareza e honestidade. Para isso, os profissionais precisam desenvolver inteligência emocional. Infelizmente, costumamos ver excelentes técnicos, mas péssimos gestores emocionais. Terapia e Coaching são técnicas que podem ajudar muito no autoconhecimento.

Outro ponto essencial é buscar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. É preciso quebrar a rotina de trabalho com atividades prazerosas, como uma atividade física, aulas de pintura, culinária, meditação, etc. Em casa, não há espaço para o profissional, e sim para o marido, pai, filho, irmão. Quem leva trabalho para casa constantemente acaba criando conflitos nas relações familiares. Quem não cria válvulas de escape para desacelerar pode ficar doente ou até adotar vícios, como álcool e drogas.  

Por fim, mesmo ao longo da dura rotina no trabalho, é importante que o profissional se permita pequenas pausas. Muitas vezes, um café no meio da tarde ou um almoço em boa companhia podem proporcionar um relaxamento importante para quebrar o estresse. Nosso cérebro precisa de descanso para funcionar a pleno vapor. Profissionais que se permitem ter esses pequenos prazeres ao longo do dia costumam ser mais criativos e produtivos. Muitas vezes, cinco minutos de descanso podem render mais que longas horas de trabalho.







Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH - Human Intelligence.

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