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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Como evitar a morte de 7 milhões de pessoas por ano?


Especialista alerta para a principal causa de morte evitável do mundo


O consumo de tabaco é a principal causa evitável de mortes em todo o mundo, matando 7 milhões de pessoas por ano, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). O número é alarmante e, de acordo com a organização, gera gastos absurdos para a economia, totalizando mais de US$ 1,4 trilhão em custos de saúde e perda de produtividade.

Os especialistas são unânimes em afirmar que prevenir o início do fumo é a forma mais eficiente de combater o tabagismo e todas as consequências negativas relacionadas a ele. Dentre todos os tratamentos e recomendações que visam diminuir o número de fumantes, Dr. Almeida garante que é preciso manter esforços para continuar a queda no número de fumantes. “Tivemos um impacto positivo das estratégias nas últimas décadas, com redução significativa na prevalência de fumantes. É muito importante mantermos uma política que desestimule o início do tabagismo e que dê suporte para a cessação do mesmo”, recomenda.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do IBGE, realizada em 2015, 18,4% de jovens no ensino fundamental já experimentaram cigarro, e uma cada 14 jovens de 18 a 24 anos são tabagistas. Essa prevalência sobe para 10,4% entre adultos de 24 a 44 anos e para 12,7% entre adultos de 45 a 64 anos. No geral, entre 1989 e 2015, a prevalência caiu de 34,8% para 10,4%, que significa uma redução de 70%.

Parar de fumar não está na lista de missão impossível, mas está entre uma das mais difíceis que alguém possa enfrentar. “A dificuldade no ato de parar de fumar vai além da dependência química. O cigarro assume uma função importante na vida das pessoas e superar essa falta não é uma tarefa fácil”, explica Almeida.

Um estudo britânico publicado pela Sociedade Europeia de Cardiologia diz que abandonar o tabaco é benéfico em qualquer idade e nunca é tarde demais para parar. A análise demonstra que a expectativa de vida de um fumante em comparação com um não-fumante chega a 10 anos, mas vai se reduzindo quanto maior o tempo da cessação do tabagismo.

Os números são alarmantes e preocupam ainda mais quando pensamos tanto nos fumantes ativos, quanto nos fumantes passivos – aqueles que ‘apenas’ inalam a fumaça que sai da ponta do cigarro –. “Os malefícios do tabaco se estendem também àqueles – adultos e crianças - que involuntariamente inalam o fumo dos mais próximos e aprendem que fumar é algo natural, aumentando as chances de se tornarem fumantes no futuro”, comenta o médico.

Não é novidade que a inalação da fumaça pode causar efeitos sérios em curto e longo prazo, como problemas respiratórios e aumento do risco de câncer de pulmão. Porém, apesar da absorção respiratória, o maior risco que o tabagismo traz é para o sistema cardiovascular. Em conjunto com outros fatores de risco bastante comuns como o sobrepeso, sedentarismo e alterações do colesterol, o tabagismo aumenta o risco de a pessoa desenvolver doenças como a aterosclerose, que podem causar o infarto e derrame. Por isso a importância de se avaliar o risco cardiovascular frequentemente, incluindo a avaliação do estilo de vida, exames laboratoriais e orientação quanto ao risco do tabagismo, bem como a definição de estratégias para buscar sua cessação.

Para os que não fumam, não iniciar o vício é o caminho ideal. Já para os que desejam parar de fumar, a tarefa pode se tornar mais fácil com o estabelecimento de metas claras e objetivas, além da adoção de um tratamento e uma postura decidida quanto aos benefícios que podem ser obtidos a longo prazo.






Hi Technologies
 /hitechnologies


Positivo



Dia do Gamer: não deixe que os cibercriminosos vençam esse jogo


Cerca de 19% dos usuários na América Latina usam redes Wi-Fi públicas para fazer login em contas de jogos, segundo pesquisa da Kaspersky Lab


Os jogadores enfrentam riscos diferentes online. Por um lado, para computadores e dispositivos móveis, existe um mercado crescente de roubo e venda de credenciais de acesso. Por outro lado, existem os maus hábitos dos jogadores que muitas vezes recorrem a táticas duvidosas para baixar aplicativos ou liberar seus dispositivos das configurações de fábrica.

De acordo com especialistas da Kaspersky Lab, equipamentos de informática e dispositivos móveis representam os maiores riscos para os fãs de jogos online. Isso ocorre porque os jogadores geralmente baixam jogos e aplicativos de sites duvidosos que podem instalar keyloggers e spywares pelo roubo de login, contas e produtos digitais. Da mesma forma, a falta de uso de senhas seguras para acessar jogos e lojas online também os coloca em risco, pois os últimos tendem a ser alvos de criminosos cibernéticos para obter informações que podem obter e o valor que eles têm quando revendem contas com grande número de jogos ou aplicativos no mercado negro.

De acordo com um estudo da empresa, o jogo se tornou parte do cotidiano de muitas pessoas, já que quase um em cada três (26%) usa regularmente um smartphone para jogar online. No entanto, embora os dispositivos não sejam intrinsecamente seguros, quase 19% das pessoas na América Latina usam redes Wi-Fi públicas para fazer login em contas de jogos e 41% dizem que não tomam precauções extras de segurança ao usar redes públicas – o que agrava ainda mais os ricos.




"É importante lembrar que os dispositivos móveis devem ser protegidos tanto quanto os computadores. Antes de instalar qualquer aplicativo, os usuários devem verificar os aplicativos e as permissões de que precisam, bem como a reputação de seu desenvolvedor. Em todos os casos e independentemente do dispositivo usado, as credenciais representam "as chaves do reino", por isso é muito importante usar uma senha que esteja em conformidade com os requisitos básicos de segurança e, sempre tenha uma autenticação de fator duplo", enfatiza Santiago Pontiroli, analista de segurança, da Kaspersky Lab.

Além disso, usuários que usam aplicativos de origem duvidosa para "crackear" seus equipamentos, às vezes, enfrentam ameaças para as quais não foram preparados. Essas ferramentas normalmente exigem que o acesso de administrador seja executado e a aparência de algum tipo de malware está se tornando mais frequente.




Vale lembrar que os usuários que ativam ou liberam seus smartphones e instalam aplicativos de lojas de terceiros também podem ser mais vulneráveis a ataques de malware em dispositivos móveis. Isso aconteceu há alguns anos com o lançamento do Pokémon Go, quando os fãs baixaram aplicativos de lojas não-oficiais para jogar antes da data oficial de lançamento. E, durante os últimos 12 meses, a Kaspersky Lab registrou um crescimento de 31,3% dos ataques focados neste tipo de dispositivo. É importante observar que a grande maioria das ameaças detectadas foi projetada para infectar aparelhos que utilizam a plataforma Android.

Para que você tenha uma experiência segura e sem riscos, não somente no Dia do Gamer, mas em todos, a Kaspersky Lab listou as seguintes recomendações:

• Diga NÃO ao desconhecido: muitos cibercriminosos podem aproveitar a grande expectativa ou publicidade de alguns jogos para oferecê-los "gratuitamente" na Internet. Isso, com o único custo de baixar inadvertidamente malware filtrados nos programas de instalação;

• Você é o primeiro guardião: embora tenha sido tratado mil vezes, ainda há roubos por esse motivo; muitos ataques às contas geralmente acontecem devido à má administração das senhas. É uma questão de imaginação criar senhas fortes combinando palavras e números diferentes. Os usuários devem fazer isso, em média, a cada três meses, para diminuir as chances de sofrerem algum tipo de roubo de credencial; 

• Desconfie: Às vezes, as empresas de videogame podem se comunicar com seus usuários para consultar algumas coisas sobre o desempenho do jogo ou para informar sobre os novos patches. O problema aparece quando esses e-mails ou mensagens solicitam informações como sua senha ou algumas informações pessoais;

• Além do PC: os smartphones se ganharam um lugar especial na vida dos jogadores. Novos títulos aparecem e os jogadores agora têm algo mais para cuidar em seus smartphones, suas contas de jogos e aplicativos afiliados. Portanto, é necessário proteger dispositivos móveis e usar aplicativos de segurança, pois eles serão responsáveis por monitorar atividades e downloads suspeitos;

• Nunca desative sua solução de segurança: ainda existe o mito de que manter seu antivírus ativo diminuirá o desempenho do seu PC. No entanto, as soluções modernas de segurança exigem muito poucos recursos para mantê-lo protegido. Opções como "Modo Gamer" no Kaspersky Total Security multidispositivos protegem não apenas computadores, mas também tablets e dispositivos móveis, tudo sob uma única licença. Nesse caso, ele notificará o usuário apenas quando a segurança dele puder ser realmente comprometida.





Kaspersky Lab


Privatização da telefonia: quem perdeu foi a viúva


Em um momento em que o debate sobre a privatização de grandes empresas estratégicas volta à tona, nada mais oportuno do que lembrar-se da privatização da Telebrás, que completou 20 anos no início de agosto. Executada em um momento de ajuste fiscal, semelhante à conjuntura de 2018, a proposta de privatização foi motivo de grande debate, com muitos segmentos contrários à estratégia, protestos, discursos, artigos de opinião... Só não tinha textão no Facebook. Naquele momento, não se tinha resultados concretos das privatizações realizadas em outros setores para demonstrar as vantagens da atuação do setor privado em serviços de infraestrutura. Muito mais do que o ajuste fiscal, o principal resultado da privatização da Telebrás foi a ampliação do acesso à comunicação.

A privatização foi uma ação de quebra de monopólio estatal de um serviço estratégico. Quando do surgimento da telefonia, tecnicamente era inviável ter mais de uma operadora do serviço em uma mesma região. Com a evolução da tecnologia para a comunicação via satélite, não havia razões técnicas para se manter o monopólio. No cenário mundial, os países abriam o mercado à concorrência com a premissa de melhorar a competitividade em qualidade - e obtinham redução de até 70% dos preços do serviço ao consumidor.

No Brasil, o monopólio estatal contava com um problema adicional: a limitação do Estado em realizar investimentos na modernização das empresas e ampliação do acesso à telecomunicação. Vale lembrar que, até a privatização, as linhas telefônicas eram vendidas a valores elevados, com disponibilidade restrita que gerava filas de anos de espera, mesmo para os poucos que tinham recurso para investir um valor atualizado de aproximadamente R$ 5.000,00.

E de fato era um investimento: o consumidor se tornava “acionista” da companhia telefônica total, com devolução do valor pago após determinado período. Além disso, havia um negócio bastante lucrativo: o aluguel de linhas telefônicas como uma opção de investimento para quem conseguia pagar por linhas novas, além da especulação com a venda de linhas “sorteadas”. Linha telefônica era patrimônio declarado em imposto de renda.

Tínhamos hábitos interessantes: o telefone para recado (que às vezes ressurge em algum formulário cadastral), a interação social na fila do orelhão, a amizade com vizinhos com linha telefônica em casa para fazer ou receber chamadas interurbanas de parentes... Ter uma linha telefônica significava mais status que ter um iPhone atualmente.

E os celulares? O valor de uma linha era de aproximadamente US$ 4.000. Quem conseguia comprar quase não recebia ou fazia ligações, pois as tarifas eram exorbitantes. Somente para emergências, em conversas rápidas, quase telegramadas. O resultado da privatização pode ser visto em números: se, em 1998, contávamos com aproximadamente 17 milhões de linhas fixas, em 2018 passamos para 40,5 milhões, já em um cenário de queda de assinaturas em função da substituição pela telefonia móvel. O acesso à telefonia celular apresentou maior avanço: de pouco mais de 4,5 milhões de linhas em 1998, atingiu 235,8 milhões de assinaturas em março de 2018, mais do que a população brasileira. Para se ter uma ideia, em 1998 havia 45 linhas de celular a cada 1.000 habitantes e, em 2018, aproximadamente 1.129 linhas para cada 1.000 habitantes.

Embora seja líder de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, é inegável a melhoria da qualidade e a redução do preço dos serviços. Sem o conflito de interesses de fiscalizar a si mesmo, o Estado pode estabelecer indicadores de resultado e monitorar seu cumprimento. A possibilidade de trocar de operadora de telefonia com facilidade também é um incentivo à melhoria da qualidade do serviço.

É evidente que os serviços podem melhorar, mas certamente estamos em situação muito melhor do que depender do vizinho para falar com o avô em outro estado. Se fôssemos lamentar algo com a privatização da telefonia, seria a perda de interação social com a vizinhança e a queda da renda das viúvas com a perda do aluguel de linhas telefônicas.







Leide Albergoni - economista, professora da Universidade Positivo (UP) e autora do livro Introdução à Economia – Aplicações no Cotidiano.


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