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domingo, 1 de abril de 2018

Diabéticos que fumam e comem demais aindapodem enfrentar a Síndrome de Fournier


 Síndrome de Fournier é um tipo específico de gangrena que acomete os órgãos genitais, principalmente a região do períneo. O quadro é grave e acomete mais homens do que mulheres, embora não seja um problema exclusivamente masculino. Pacientes diabéticos, fumantes, e que ainda têm problemas relacionados à obesidade apresentam risco aumentado para esse tipo de gangrena. 

De acordo com Arnaldo Cividanes, médico urologista e diretor técnico do Hospital SAHA, em São Paulo, enquanto o diabetes pode danificar os vasos sanguíneos, reduzindo ou até mesmo interrompendo o fluxo sanguíneo para determinada parte do corpo, o fumo expõe a pessoa a um risco aumentado para gangrena e o excesso de peso também pode comprimir artérias e comprometer o fluxo sanguíneo, piorando o quadro. O médico ainda inclui no grupo de risco aqueles pacientes com imunodeficiência (HIV) e problemas arteriais (aterosclerose). 

“A gangrena pode ser causada por falta de circulação numa determinada área do corpo, que neste caso é a base da região genital, por uma infecção bacteriana que leva à morte do tecido, ou ainda por trauma. Pacientes que se envolveram em acidentes de carro, por exemplo, podem ficar mais suscetíveis a uma profunda infecção bacteriana que provoca gangrena no tecido afetado. Neste caso,  a região que inicialmente se apresenta dolorida e inchada pode passar por uma mudança de coloração até que o tecido escureça completamente – sinal de que não está recebendo oxigênio e nutrientes necessários para manter o órgão vivo”, diz Cividanes. 

De acordo com o urologista, os primeiros sintomas da Síndrome de Fournier são febre baixa e persistente, mudança de cor na região do escroto, dor súbita na parte do corpo afetada por trauma ou cirurgia, ou espinhas e furúnculos mal tratados. Vale dizer que, pela própria configuração da região escrotal, que tem menor circulação de ar, está submetida a temperaturas mais altas, e exige uma higiene especial, o paciente com fator de risco aumentado tem de estar sempre atento a qualquer tipo de dor ou alteração de cor da pele dessa parte do corpo.

 “As pessoas pensam que gangrena só acontece em extremidades, nos dedos dos pés e das mãos, mas não é essa a realidade. O tratamento pode incluir uso de antibióticos, terapia com câmara hiperbárica e até cirurgia. Mas vale dizer que o caso é grave, podendo levar à morte um em cada quatro pacientes acometidos por essa síndrome, principalmente quando a infecção se espalha para outros órgãos, provocando septicemia”. 






Fonte: Dr. Arnaldo Cividanes - médico urologista, diretor técnico do HOSPITAL SAHA, em São Paulo – www.hospitalsaha.com.br


Vegetarianismo na terceira idade é possível?


De acordo com nutricionista e consultora da Superbom, uma dieta vegetariana equilibrada fornece todos os nutrientes necessários à saúde de qualquer indivíduo


A chegada da terceira idade é um período que vem acompanhado de diversas mudanças no organismo. Por conta disso, muitos questionam se as pessoas da melhor idade podem aderir ou até seguir com uma dieta isenta de carne de origem animal. Segundo Cyntia Maureen, consultora e nutricionista da Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis, não há motivos para tal preocupação. “A dieta vegetariana correta fornece todos os nutrientes necessários à saúde de qualquer indivíduo, independente de idade ou de estado físico”, afirma.

De acordo com a especialista, a ingestão calórica dos vegetarianos costuma ser menor, mas a maioria das vitaminas e minerais é ingerida em quantidade igual ou maior do que pelos onívoros. “Escolher corretamente os alimentos vegetais é o que faz diferença”, complementa.

A consultora da Superbom destaca que uma dieta vegetal equilibrada e rica em cereais integrais, leguminosas, frutas frescas e sementes supre com propriedade as deficiências nutricionais enfrentadas por quem está nesta fase da vida. “Porém, a simples troca da carne animal não garante uma boa alimentação. Ao fazer a substituição, é preciso priorizar alimentos minimamente processados e abundantes em nutrientes”. Ela recomenda uma atenção especial para fontes vegetais de cálcio, ferro e proteínas, como lentilha, feijão (todos os tipos), vegetais verdes escuros, grão de bico, ervilha, castanhas, gergelim, entre outras.

“Além disso, consultar um nutricionista para sanar dúvidas, realizar exames regularmente e receber orientações de como podem ser feitas as substituições alimentares é fundamental”, ressalta a profissional.


 Vegetarianismo estrito

Já para um idoso que seja (ou deseje se tornar) vegetariano estrito, em que não há o consumo de nenhum alimento que tenha qualquer tipo de procedência animal, como, por exemplo, ovos e laticínios, a orientação da especialista é a mesma, mas com o adicional da necessidade de suplementação de vitamina B12. “Pelo fato de não existirem fontes veganas naturais de vitamina B12, é preciso procurar uma orientação médica para que seja ministrada uma correta suplementação. Esse acompanhamento é fundamental para evitar eventuais deficiências nutricionais”.


 Atividades físicas

Por fim, além de uma alimentação equilibrada, o exercício físico também é importante para manter e melhorar a força,  flexibilidade, equilíbrio,  vigor, e a memória. “Especialmente na terceira idade, a prática de atividades auxilia na prevenção contra doenças coronárias, osteoporose e outras situações crónicas. A recomendação é praticar alternadamente exercício aeróbico e atividades simples que exercitem os músculos”, conclui Cyntia, consultora da Superbom.





Superbom

Dia Mundial da Conscientização do Autismo


Vale lembrar que os quadros da doenças podem ser classificados em leve, moderado e severo, mas todos podem usufruir de uma convivência em sociedade se forem bem acompanhados


O autismo e os transtornos do espectro autista (TEA), por sua complexidade de comportamentos, ainda é alvo de muitas pesquisas e estudos, mas dentre as principais características destaca-se a dificuldade na comunicação. A fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, comenta que para promover  a habilidade da fala, investir neste desenvolvimento ou em outras formas alternativas de expressão é o caminho ideal para a qualidade devida de um autista.

“As manifestações do quadro são muito variáveis e exigem uma compreensão individual para cada caso. É necessário buscar os centros de interesse do autista e a partir daí então elaborar estratégias que possibilitem interação com a sociedade”, fala a especialista.

Ainda nas maneiras de manifesto da linguagem, a fonoaudióloga Nathália Zambotti, comenta que a linguagem tanto receptiva quanto expressiva sempre mostra alteração. “Os autistas, além da dificuldade de comunicação, têm também dificuldade de compreender o mundo à sua volta. Em geral são absolutamente
literais” e não entendem conceitos abstratos e piadas, por exemplo”, diz.

Mas, graças aos avanços dos estudos em neurociência surgiram alguns métodos de intervenção no autismo como é o caso do ABA ou do TEACCH que são baseados nas teorias comportamentais e embora tenham suas particularidades de planejamento e estratégias, ambos quando bem aplicados e estudados, contribuem para o desenvolvimento da comunicação.

“É muito importante que os profissionais envolvidos no tratamento de casos de autismo estejam em constante atualização, pois seu olhar no diagnóstico e  intervenção é fundamental, uma vez que é o profissional fonoaudiólogo é que, em geral, após o pediatra, é quem identifica o quadro em primeira mão, pois o atraso de fala e linguagem costuma ser a sintomatologia mais evidente”, fala Ana Lúcia.

Nathália alerta para que a orientação familiar é um dos aspectos mais relevantes no tratamento do autismo. “As estratégias utilizadas no ambiente terapêutico devem ser compartilhadas e repetidas em outras situações da vida do paciente, a fim de promover o desenvolvimento dos recursos de comunicação”.

Os quadros do espectro autista são classificados em leve, moderado e severo, a partir da análise dos comportamentos apresentados.
Vale lembrar que o diagnóstico deve ser realizado por equipe multidisciplinar composta por médico (neurologista ou psiquiatra), fonoaudiólogo e neuropsicólogo.

Embora o prognóstico varie de acordo com as características individuais, na maior parte dos casos, os avanços com o tratamento adequado contribuem para melhorar a comunicação, inserção social, autonomia e qualidade de vida do autista. “O mais essencial é não deixar de buscar ajuda para que a vida dessas pessoas seja mais harmoniosa”, finaliza Ana.






FONTE: Ana Lúcia Duran - Fonoaudióloga clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (autora e atuante em Projeto de estimulação precoce e de prevenção de Distúrbios de Linguagem reconhecido e premiado em anos consecutivos).Pós graduada em Psicomotricidade. 


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