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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Ginecologista explica diferenças entre menopausa e climatério



 Confusão se dá pelo fato de que os primeiros sinais do climatério podem acontecer no período da menopausa



Toda mulher passa por diferentes fases hormonais no decorrer da vida e, após anos de menstruação, o ciclo reprodutivo normalmente chega ao fim por volta dos 40 a 55 anos. Durante esses ciclos muitas dúvidas passam pelas cabeças femininas e uma delas é identificar se está na menopausa ou no climatério. A confusão entre os dois se dá pelo fato de que os primeiros sintomas do climatério podem ocorrer no período da menopausa.

De acordo com a ginecologista de São Paulo, Maria Elisa Noriler, a época em que a mulher não está mais fértil é denominada climatério. Já a menopausa é caracterizada pelo momento em que houve a última menstruação e, para ser determinada, é preciso aguardar 12 meses para verificar se não há mais nenhum sangramento. “Outro fato que ocorre na menopausa é a perda óssea mais rápida, que acontece devido à ação do estrogênio, que tem uma atividade importante sobre as células responsáveis pela remodelação óssea”, destaca a especialista.

Entre os problemas iniciais que podem ocorrer no climatério estão a diminuição da libido, ‘calor’, alteração de humor e ciclos menstruais (geralmente sangram mais e com alguns meses sem menstruação). Já os mais tardios, após a menopausa, são atrofia vulvo-vaginal, diminuição da densidade óssea e alteração da memória, além do aumento de doenças cardiovasculares.

Quanto mais cedo a mulher procurar um especialista, melhor assistência terá para lidar com essa nova etapa, assim como também iniciar um tratamento para a redução dos sintomas.Porém, as pacientes devem ser avaliadas individualmente. “Não há um tratamento único para as possíveis consequências do climatério no organismo, por isso, alertamos às mulheres que sempre façam exames de rotina e acompanhamento médico, assim ele poderá orientar quais serão os próximos passos e as melhores escolhas”, finaliza Dra. Maria Elisa.






Dra. Maria Elisa Noriler - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010. 
Facebook.com/dra.mariaelisanoriler






Preconceito com exame de toque retal ainda interfere no diagnóstico precoce do câncer de próstata



Cerca de um terço dos homens se recusam a enfrentar os exames preventivos da doença; Especialista explica que a idade é o principal fator de risco e que após 50 anos e incidência é mais alta


No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens - ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma e sendo responsável por cerca de 61.200 casos só este ano. Contudo, uma pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), encomendada ao Datafolha, indica que apesar do volume crescente de diagnósticos da doença ano a ano, 21% do público masculino entrevistado em estádios de futebol acredita que o exame de toque retal "não é coisa de homem". Considerando aqueles com mais de 60 anos (grupo de risco), 38% disse não achar o procedimento relevante. Esses dados revelam uma realidade preocupante, que coloca o preconceito e o machismo como principais entraves para o diagnóstico precoce e combate ao câncer de próstata.

Para um diagnóstico precoce da doença é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam exame clínico (toque retal) e o teste de antígeno prostático específico (PSA) anualmente para rastrear o aparecimento da doença. Além de histórico familiar, a população de risco também inclui mutações genéticas como o BRCA2 e negros.

"O PSA é uma proteína especifica produzida pelas células da próstata, que nada mais é que uma glândula presente apenas em homens. A taxa dela na corrente sanguínea, em média, deve ser entre 2,5 e quatro nanogramas por mililitro, variando de acordo com a idade e o tamanho da próstata. A alteração deste valor para números mais elevados, um aumento muito rápido entre duas medidas ou até mesmo valores menores - em pacientes jovens e com próstata pequena - pode ser um indicativo do câncer e é importante aliado para a detecção da condição em sua fase inicial, quando ainda é assintomática", explica o Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.

Quando aparentes, os primeiros sintomas do câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula, tendo como características dificuldade para urinar seguida de dor e/ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Quando a doença já está em fase mais avançada, pode ocorrer a presença de sangue no sêmen, impotência sexual, além de outros desconfortos decorrentes da metástase em outros órgãos. Porém, mesmo com a presença desses sintomas, em geral, eles são muito tardios, uma vez que o tumor cresce na periferia da glândula, diferente da hiperplasia que ocorre na região central, em que passa a uretra aumentando os sintomas.

No começo, pelo fatos dos sintomas serem silenciosos, a neoplasia é de difícil diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doenças. Ainda de acordo com o especialista, casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes do 60 anos de idade, podem aumentar o risco em três a 10 vezes em relação à população em geral.
"Parentes de primeiro grau que tenham apresentado tumor de próstata em idade jovem são indicadores de fator de risco aumentado. Má alimentação, sedentarismo e obesidade também são apontados por pesquisas científicas como agentes que elevam as chances de desenvolver a condição", conta.


Entenda os possíveis tratamentos

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que o tumor de próstata se encontra. Em casos iniciais e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa.

Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta. "Após realizarem a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de rescidiva da doença", completa Dr. Andrey.

Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados com excelentes resultados como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radio isótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.





Grupo Oncoclínicas




Dia Mundial da DPOC é celebrado em 15 de novembro



Data de conscientização sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) mobiliza profissionais da saúde, organizações, agências governamentais e pacientes de todo o mundo para divulgar medidas preventivas contra a doença, uma das principais causas de morte em todo o mundo.

O tema do Dia Mundial da DPOC deste ano, "Respirar Conhecimento", estimula a divulgação de ações efetivas para melhorar a saúde respiratória, antes ou depois do diagnóstico da DPOC. O evento deste ano coincide com o lançamento da Estratégia Global 2017 para o Diagnóstico, Gestão e Prevenção da DPOC, relatório que auxilia os profissionais de todo o mundo na luta contra a doença.

DPOC é uma condição pulmonar que compreende a bronquite crônica e o enfisema. Na maioria das vezes, é conseqüência de anos de uso do cigarro, mas outras exposições como forno a lenha ou gases tóxicos no ambiente do trabalho também podem causar essa morbidade.      

Como a lesão pulmonar causada pelo cigarro acontece lentamente, a DPOC costuma afligir pessoas idosas. O principal sintoma é a dispneia, falta de ar, que aparece ao realizar atividades físicas. No início apenas grandes esforços como subir escadas, ladeiras ou carregar peso desencadeiam o sintoma, mas conforme a doença progride, o desconforto pode aparecer mesmo nas tarefas básicas do dia a dia.


Diagnóstico e Conscientização

A DPOC é diagnosticada por meio do teste de espirometria, que deve ser realizado em todos os que apresentam sintomas como falta de ar, cansaço ao realizar esforços ou atividades cotidianas e tosse por mais de 8 semanas, com ou sem secreção. O exame mede a função do pulmão em relação às pessoas da mesma idade, sexo e altura.

“Os sintomas da DPOC aparecem em pessoas com mais de 40 anos de idade com histórico de exposição a fatores de risco, sendo o tabagismo o mais comum deles. No entanto o dano que leva à doença pode começar na vida intrauterina. Prematuridade e baixo peso ao nascer são fatores de risco para desenvolver a DPOC. Assim como infecções respiratórias na infância e conviver com fumantes em casa na infância e adolescência”, explica o pneumologista Dr. Frederico Leon Arrabal Fernandes, Coordenador da Comissão Científica de DPOC da SBPT.

Cuidar da DPOC é importante porque, à medida em que ela piora, o paciente fica cada vez mais ofegante e sem fôlego para realizar atividades cotidianas. O tratamento é mais efetivo quando iniciado cedo, no entanto, há possibilidade de melhorar os sintomas e obter a qualidade de vida em todas as fases da doença.

Para retardar ou impedir o progresso da doença, é fundamental reduzir a exposição a fatores de risco e parar de fumar. É importante enfatizar que quem fuma cigarro eletrônico ou narguilé também está exposto às doenças pulmonares.





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