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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

UM MEMORIAL NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA



       Os jovens que, em esfuziante demonstração de felicidade, dançavam sobre o Muro de Berlim no dia 9 de novembro de 1989 foram os primeiros a festejar a derrubada em cascata dos símbolos do comunismo. Importante lembrar aos brasileiros sequer nascidos naquela época o regime que os moços e moças de então refugaram e a liberdade que, em festa, conheceram pela primeira vez em seu próprio país. Afinal, não falta entre nós quem assedie a juventude com ideologias fracassadas e histórias mal contadas.
       Nos anos seguintes, extinguiu-se a União Soviética, caíram os regimes comunistas, e os respectivos partidos no Leste Europeu se extinguiram ou mudaram a razão social. Junto com eles sumiram, também, foices e martelos e estrelas vermelhas de bandeiras nacionais.
       Na Rússia, Leningrado voltou a chamar-se São Petersburgo; na Alemanha, Karl Marx Stadt recuperou o nome Chemnitz; no Montenegro (parte da antiga Iugoslávia) a capital Podgorica sacudiu de si a triste lembrança que lhe advinha do nome Titogrado. Em Berlim Oriental, bairros inteiros como Prenzlauer Berg e Friedrichshain, se livraram do abandono cinzento que lhes deixara o comunismo para ganhar novas cores e nova vida. A história tem símbolos assim.
       Quem viveu sob o comunismo, sabe bem do que se libertou. Em virtude disso, em todo o Leste Europeu, incluída a super stalinista Albânia, foram tombando as estátuas e as indesejadas lembranças do totalitarismo que pesou sobre aquelas nações. Em muitos casos, o comunismo ficou fora da lei. São povos que sabem do que não sentir saudade. Foi o caso da Polônia, que tantas vidas entregou à repressão soviética. Lá, desde 8 de junho de 2010, está em vigor uma lei que proíbe a exibição de símbolos comunistas.
       A Lituânia, em 2008, criminalizou a exibição pública de símbolos comunistas e nazistas. Também pudera! O pacto Molotov-Ribbentrop levou-a à ocupação pela URSS e a pequena nação perdeu 780 mil compatriotas. Aliás, em virtude desse pacto, firmado entre os dois totalitarismos - o comunismo e o nazismo - a data de sua assinatura se transformou em Dia  Europeu de Memória das Vítimas dos Regimes Totalitários.
       A Geórgia, em 2011, baniu os símbolos comunistas. O domínio soviético levou milhares de georgianos à morte nos gulags e destruiu 1,5 mil igrejas. Por motivos em tudo semelhantes, a Moldávia criou legislação igualmente proibitiva em 2012. Interdições também foram estabelecidas na Hungria e na Ucrânia. Esta última nação perdeu para o comunismo 5 a 6 milhões de pessoas entre a criminosa inanição causada pelo holodomor, a repressão e as mortes em combate. Há estimativas que elevam esse número para 14 milhões. Em Odessa, no sul do país, um majestoso Lênin de bronze foi transformado em Darth Vader (personagem de Guerra nas Estrelas).
       Os países que conheceram os horrores do comunismo o repelem e removem suas lembranças. Tal regime não pode citar um único exemplo que não cause repulsa. Seus raros defensores não têm como mencionar, sem constrangimento, um líder sequer. Não dispõem de um solitário caso de sucesso a relatar.
       Porto Alegre, não obstante, entrará para o noticiário como uma capital na contramão dos fatos, jogando pela janela da mais clamorosa ignorância o testemunho de dezenas de sofridas nações. Danem-se os fatos, as vítimas e a História! Em 1991, nossa Câmara Municipal cedeu o terreno, autorizou a finalidade da obra e será inaugurado, nestes dias, com foices e martelos, um Memorial para honra e glória do mais conhecido comunista brasileiro, desertor homicida, traidor da pátria e servo de Stálin.





 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.




6 gafes cometidas por vendedores



Enfrentar a crise econômica no Brasil, relativamente, não é uma função para varejistas amadores, pois segundo estudo feito, a cada dois anos, pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas (FGV), a taxa de mortalidade das empresas aumentou devido a atual situação do país. O levantamento aponta que uma entre três empresas abertas em 2014 foram fechadas em 2016, sendo que o setor de serviços representou por 25% dos fechamentos. No outro lado do balcão, observou-se também uma retração de 12% no fluxo de clientes no varejo físico, de acordo com o Índice Seed de Varejo (ISV) ao comparar os anos de 2015 e 2016. 

Entretanto, segundo dados do IBGE, a família brasileira passou a consumir mais, ou seja, comprar mais produtos e serviços. E a tendência é que continuem a investir ao longo dos próximos meses e anos. Com a oportunidade batendo na porta das empresas, muitas acabam não aproveitando este momento, simplesmente por terem pouco conhecimento sobre vendas. 

Conheça as principais gafes cometidas na hora de vender:


1. Crença negativa - Há vendedores que perdem grandes oportunidades por pré-julgarem os clientes, achando que eles não estão dispostos a comprar tal produto. Eles deixam de oferecer algo, ou oferecem de forma muito tímida, por acreditarem que existe uma predisposição do interlocutor a uma resposta negativa.

2. Insistência excessiva- As vendas envolvem cooperação x competição, ganho coletivo x ganho individual. Portanto, insistir demais pode ser um "tiro no pé", pois o vendedor passa a ser visto pelo cliente como chato. 


3. Falta de foco na necessidade- Quando é apresentada alguma solução ou serviço, é comum dedicar muito tempo à apresentação institucional, destacando o valor do serviço ou produto, em vez de explicar quais benefícios irão suprir as demandas dos clientes. A pergunta-chave para isso seria: O que você espera agregar com este serviço, produto ou ideia?" 


4. Pouca habilidade em negociar objeções - Quando o cliente sai em busca de um produto ou serviço e, logo em seguida, já começa a colocar várias objeções, chegando a duvidar da qualidade do produto, ele pode estar com dúvidas sobre o que ele quer comprar, e se vale mesmo a pena adquirir naquele momento ou pesquisar no concorrente. Quando as objeções são negociadas, ajudando o cliente a esclarecer dúvidas, a conversão em vendas torna-se quase inevitável. 


5. Falta de atitude - Em um jogo de futebol, um gol não pode acontecer se não existir um chute a gol. É dessa forma que um processo de vendas deve se desenrolar para ser bem-sucedido. É necessário tomar uma atitude e entrar em um comum acordo entre as duas partes. Ser contido demais nessa hora é um erro. 


6. Ambição exagerada- Existem casos em que o vendedor tenta "espremer" tanto o seu cliente que, no final, acaba perdendo a venda inteira. Se o objetivo principal foi alcançado, feche o negócio. Não é preciso vender "tudo" naquela oportunidade, pois, se uma conexão foi criada, outras oportunidades acontecerão.





Alexandre Lacava - Especialista em vendas, negociação e liderança, atua como palestrante e coach. É autor do livro "7 passos para ser um líder de vendas".






Horário de verão pode aumentar o risco de acidentes no trânsito



O horário de verão chegou a menos de 2 semana e já mexeu com o sono de muita gente. Assim como qualquer mudança, tem quem goste e se adapte facilmente e tem aqueles que não conseguem se acostumar. Mas além do sono, especialistas afirmam que  o adiantamento do relógio em uma hora pode aumentar a predisposição a acidentes de trânsito. 

Gilberto Monteiro, professor especialista em fisiologia do exercício da Universidade Santa Cecília (Unisanta), de Santos, explica que todos temos um ciclo circadiano (movimentações hormonais ao longo de 24 horas) que rege nosso ritmo fisiológico. Segundo ele, o que nos desperta são os pico de produção de hormônios como Cortisol e Adrenalina, que costumam atuar logo cedo. 

"Quando se altera o relógio em uma hora, esses hormônios continuam tendo seus picos nos mesmos horários. Com isso a resposta de estado de atenção e alerta fica baixa, principalmente, nas primeiras horas do dia. Ou seja, os reflexos estão mais lentos, podendo afetar o modo de condução de um motorista", explica.

No Brasil não há nenhuma pesquisa específica que mostre acidentes de trânsito causados pelo desajuste do relógio biológico. Mas um psicólogo da Universidade de British Columbia, no Canadá, decidiu pesquisar quais seriam as consequências dessa mudança. O estudo constatou um aumento de 8% no número de acidentes de trânsito no dia seguinte à implantação do novo horário. Outro estudo, feito pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN), revelou que até 20% de todos os acidentes de trânsito estão associados à sonolência e que os horários com mais incidência são durante a madrugada e após o almoço.

Para o gerente médico do Instituto do Sono, Gustavo Antonio Moreira, a explicação é simples: "Com a mudança do horário as pessoas podem sentir muito cansaço, fadiga, diminuição do alerta, mudança de humor e dificuldade de realizar funções, como dirigir um automóvel. Todas esses efeitos são potencializados em pessoas que dormem pouco ou sofrem de insônia" - segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 40% dos brasileiros sofrem desse distúrbio do sono.


Como driblar os riscos?

"Para que o organismo não sofra e os riscos no volante sejam menores, o ideal é que as pessoas durmam, se possível, mais cedo", afirma Gustavo Antonio.
As empresas, também precisam se adaptar. Para o especialista em fisiologia do esporte, uma alternativa para deixar os funcionários mais despertos seria implantação de alguma atividade antes de os motoristas saírem para dirigir como, por exemplo, ginástica laboral. "Fazer refeições mais leves e atividades físicas também melhora a qualidade do sono e diminui o impacto da mudança de horário".


Efeitos em empresas


Além da saúde, as alterações sentidas por esse tal "relógio interno" podem prejudicar também o rendimento no trabalho. Por isso, algumas empresas e startups decidiram por ajustar-se ao relógio biológico de seus colaboradores e permitir a flexibilidade de horários.

De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), sete em cada dez brasileiros (71%) gostariam de possuir horários mais flexíveis em sua jornada, mas apenas 56% possui essa possibilidade.

Dentre as organizações que trabalham dessa forma, há a Cobli. A startup - especializada em rastreamento, telemetria e gestão de frotas - permite que os funcionários trabalhem no horários que se sentem melhor e mais produtivos.

"Nós deixamos os funcionários escolherem o próprio horário dentro das regras da legislação justamente porque acreditamos que isso os deixa mais envolvidos, motivados e produtivos durante o dia. Isso também os ajuda a evitar horários de pico de trânsito e contribui para uma diminuição do estresse nas equipes", afirma Rodrigo Mourad, sócio fundador da empresa.






Roberta Caprile




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