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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Norte-americanos com dívidas e sem diploma



O financiamento estudantil do Governo dos Estados Unidos está fazendo água. Várias faculdades, principalmente as que apresentaram irregularidades, estão fechando, pois não podem ter mais acesso ao sistema de créditos. Hoje, há 42 milhões de alunos que se evadiram, deixando uma dívida de US$ 1,3 trilhão. Ou seja, não têm diploma e meios de arcar com os compromissos. Nos próximos 10 anos, será necessário alocar mais um trilhão de dólares para que o programa tenha continuidade. Para diminuir a demanda, o comprovante do Imposto de Renda do aluno ou dos pais começa a ser exigido, adotando-se o critério de renda mais baixa.

Os alunos norte-americanos pedem o empréstimo no dia da matrícula e incluem auxílio moradia, carro e pensionato, dentre outras despesas. Os juros são de aproximadamente 6% ao ano (mais altos do que os da casa própria, que são de 4%). O resgate do crédito deve ser feito em aproximadamente 100 ou 120 parcelas mensais após a formatura. Isso quer dizer que uma dívida de US$ 150 mil será quitada em 100 prestações mensais de US$ 1,5 mil. Quantos recém-formados ganham o suficiente para arcar com tal valor? Poucos, menos de 10%. Quanto aos que se evadiram das faculdades e não conseguiram graduar-se, sua renda média é pouco superior a dois mil dólares. Não têm condições de pagar!

Na revista “Consumer Report” do mês de agosto, ampla matéria, a manchete da capa, mostrou a realidade da maioria dos inadimplentes. Empregos iniciais de dois mil dólares ou mais são raros. A baixa renda inicial impede o pagamento do empréstimo, adia casamentos e até a aposentadoria dos pais, que, em muitos casos, auxiliam no resgate da dívida. Buscar emprego após o final do ensino médio tornou-se a grande opção da classe de jovens trabalhadores dos Estados Unidos, pois acreditam que não podem arcar com esses empréstimos. Assim, buscam primeiramente um trabalho e, depois, o curso superior.

No caso das faculdades, muitas usam antecipadamente os recursos que recebem do financiamento estudantil. Ficam sem lastro para suas atividades-fim. Tais problemas começam a diminuir sua reputação e a qualidade dos seus cursos. Nesses casos, primeiramente o governo proíbe novas matrículas com empréstimos. Depois, exige cartas de crédito de grandes bancos ou financeiras para que as instituições consigam sobreviver sem o dinheiro público, o que é muito difícil lá.

A faculdade recebe o dinheiro das anuidades à vista e os alunos, o montante relativo às outras despesas pessoais. Muitos estabelecimentos de ensino superior têm problemas de sustentação financeira, pois, como toda empresa privada norte-americana, seus dirigentes têm altos bônus, a despeito da situação financeira da organização.

Vale a pena lembrar que as mensalidades dos cursos superiores de média qualidade e boa reputação nos Estados Unidos são próximas de dois mil dólares (nas grandes e famosas universidades, o valor é muito maior). Multiplicando-se o montante por 48 parcelas (a graduação toda), mais auxílio moradia, transporte, alimentação e os juros, a dívida pessoal do estudante soma cerca de US$ 150 mil, no mínimo. Muitos são os casos assim. Segundo as estatísticas, a capacidade de pagamento dos graduados é de aproximadamente 15% do seu ganho mensal.

A crise do financiamento estudantil começa a se manifestar por lá. Precisamos refletir sobre a questão, para não cometer os mesmos erros aqui no Brasil e, mais do que isso, corrigir os problemas do nosso FIES.




Antonio Carbonari Netto - membro do Conselho Nacional da Educação (CNE), é matemático pela PUC-Campinas, com MBA em Gestão Universitária e Mestre em Administração, Educação e Comunicação na Unimarco, membro da Academia Brasileira de Ciências da Administração e vice-presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior do Estado de São Paulo.


Surdos aprovam aplicativo que traduz informações do Poupatempo para Libras



 Mais de cem integrantes da comunidade surda já testaram o aplicativo que traduz textos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras)


O aplicativo que traduz de português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) as informações sobre serviços prestados pelo Poupatempo foi testado por 102 surdos nos primeiros 40 dias de testes em três postos. A pesquisa com esse universo mostrou que 77,5% usariam novamente e recomendariam a solução.
 
A solução foi desenvolvida pela startup Hand Talk e os testes estão sendo realizados nos postos do Poupatempo da Sé, de Santo Amaro e de São José dos Campos desde o dia  1 de setembro e vão até o final do ano. O app permite que o deficiente auditivo tenha acesso a um vídeo em Libras, a partir de um código de resposta rápida (QR Code). Ao acessar o vídeo, ele fica sabendo, na Língua de Sinais, o que precisa para obter seu documento.
 
Para a realização dos testes, o código de barras foi inserido no material informativo sobre o RG e a Carteira de Trabalho, que estão entre os serviços mais procurados no Poupatempo. 


Escola para Surdos
Entre os surdos que participaram dos testes estão alunos da Escola para Surdos ‘Instituto Santa Teresinha’. Acompanhados por professores e pela vice-diretora Andrea Bast, os estudantes visitaram o posto da Sé e foram recebidos por colaboradores treinados em Libras.  
 
Os postos disponibilizam tablets, com aplicativo para ler o código, para aqueles que não têm um smartphone. Este dispositivo é necessário para ler o QR Code e “conectar” o cidadão com o Hugo (avatar criado pela Hand Talk para a comunicação via sinais).
 

Programa Poupatempo
O Poupatempo é um programa do Governo do Estado, executado pela Diretoria de Serviços ao Cidadão da Prodesp – Tecnologia da Informação. Desde a inauguração do primeiro posto, em 1997, o Poupatempo já prestou mais de 512 milhões de atendimentos. Atualmente, conta com 72 postos fixos e uma unidade móvel, instalados em todas as regiões administrativas do Estado, que atendem mais de 175 mil cidadãos por dia. Em 2016, o Poupatempo foi eleito pelo segundo ano consecutivo o ‘melhor serviço público de São Paulo’ pelo Instituto Datafolha. Em pesquisa anual de satisfação, o Poupatempo obteve 97% de aprovação dos usuários. A Prodesp, que administra o Poupatempo desde a sua criação, foi eleita em 2016 a ‘melhor indústria digital do Brasil’, no ranking Melhores & Maiores da revista Exame.



 

Como vencer a crise e controlar as finanças neste fim de ano




Para ter dinheiro no bolso nesse fim de ano, mesmo com a crise, e se preparar para realizar os objetivos definidos para 2017, planejamento financeiro ainda é mais garantido do que simpatia. O educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira (Editora DSOP), preparou orientações aos brasileiros que querem passar longe da onda de endividamento. Domingos aborda temas variados como quitar dívidas, presentear, curtir as festas e férias sem comprometer os recursos para as despesas típicas do início do ano - IPVA, IPTU, matrícula e material escolar - e ainda poupar.

Para não extrapolar as despesas de fim de ano e garantir recursos para 2017

Evitar compras por impulso: os consumidores devem se fazer algumas perguntas antes de comprar - Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá? Tenho dinheiro para comprar à vista? Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas? O acúmulo de parcelas coloca em risco a realização dos sonhos que foram priorizados com a família?

Planejamento do fim de ano: liste os ganhos do período (renda e ganhos extras como 13°, bonificações e férias). Liste todas as despesas - fixas e variáveis. Avalie sua situação financeira. Há margem para novos gastos? Há pendências financeiras? Faça um esforço para identificar excessos, que geralmente representam 30% das despesas das famílias brasileiras. Avalie quanto poderá reservar para comprar presentes, artigos das festas de fim de ano, preferencialmente à vista. Evite a todo custo entrar no limite do cheque especial e pagar a parcela mínima do cartão de crédito. Reserve parte do décimo terceiro para as despesas do início do ano como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. Cuidado ao parcelar viagens. Pense: será que vale a pena passar dificuldades o ano todo por alguns dias de diversão? Será que uma viagem mais barata e dentro do orçamento não trará satisfação?


Planejamento financeiro de 2017: com a crise financeira que promete se prolongar, é fundamental evitar parcelamentos das compras de final do ano. Na empolgação do consumismo típico da época, esquece-se que os rendimentos extras, também típicos do período, não persistirão pelo ano seguinte. Porém, se o parcelamento for inevitável, faça uma planilha em que o valor já comprometido esteja previsto nos meses correspondentes. Sem esse controle, é certo o acúmulo de dívidas e o risco da inadimplência. É assim que se inicia o ciclo de endividamento que afasta a realização daquilo que realmente traz satisfação e agrega valor à vida das pessoas. Por isso, reúna-se com a família para definir os desejos de curto (um ano), médio (até cinco anos) e longo (mais de 10 anos) prazos ou aqueles que se pretende em realizar em 2017 e incorpore o valor mensal necessário para a realização dos mesmos no orçamento mensal do próximo ano. Subtraia o valor desses sonhos da receita. O saldo restante é o orçamento para as demais despesas mensais.


Para economizar e poupar sempre

Pesquisar preço e comprar à vista: Pode parecer difícil, mas, se planejando dá para comprar à vista o que se objetiva. Lembrando que prestações também são formas de endividamentos, já que comprometerá recursos futuros. Além disto, quem pesquisa o melhor preço paga menos e aumenta a chance de comprar à vista e obter desconto.


Pedir desconto: Um grande problema do brasileiro é a vergonha na hora de negociar, assim, deixe isso de lado, não há erro nenhum em buscar o melhor preço. Se um produto custa mil reais e pode ser parcelado em 10 vezes de 100 reais, certamente à vista custará de 10% a 20% menos.


Reter 10% dos rendimentos: para começar a construir a independência financeira, deve-se guardar 10% do que ganha. Com o tempo, pode-se partir para um plano de previdência privada para complementar o INSS.


Para ficar livre das dívidas

Qualquer que seja a dívida, o consumidor deve investigar o que está levando ele a gastar mais do que ganha, somando dívidas que não consegue pagar e que roubam recursos que deveriam ser destinados para a realização de sonhos. Fazer acordos para pagamentos de dívidas sem antes saber qual é a real capacidade de pagamento, sem cortar excessos, sem ajustar o orçamento ao verdadeiro padrão de vida é um grande risco, além de uma medida paliativa que apenas adia a solução da causa do problema.
 


Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), e da DSOP Educação Financeira, autor dos livros Terapia Financeira e Mesada não é só dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país, Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz.

DSOP Educação Financeira
(11) 3177-7800 www.dsop.com.br



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