Pesquisar no Blog

sábado, 17 de junho de 2023

8 dicas e técnicas que toda cacheada precisa saber para ter cachos perfeitos

Especialista Janny Mota elenca práticas úteis e eficazes para quem precisa de ajuda na finalização capilar

 

Só quem tem cabelos cacheados entende a real importância de estar com ele bem definido, com o volume ideal e finalizado da maneira correta. Mas esse nem sempre é um objetivo fácil de ser alcançado por algumas pessoas, fazendo com que elas pensem que não são capazes de ter o cabelo que sonhou. A cabeleireira Janny Mota diz que ter cachos perfeitos não é um bicho de sete cabeças, mas que alguns cuidados e técnicas podem ajudar quem ainda não tem a prática. 

“Tudo na vida é aprendizado e finalizar os cachos também é algo que podemos aprender. Claro que com algumas técnicas e produtos o processo fica mais fácil, mas ter atenção e delicadeza é fundamental”, analisa e complementa: “O cabelo cacheado é lindo e com a finalização correta fica ainda mais!”, diz a especialista. 

Veja dicas e técnicas para ter cachos definidos, segundo Janny Mota:

 

1- Hidratação sempre 

“O cabelo cacheado geralmente é mais seco porque a oleosidade natural do couro cabeludo nem sempre consegue chegar ao comprimento dos fios devido ao seu formato. Por esse motivo, o ideal é caprichar na hidratação e garantir uma definição ainda melhor”, diz Janny.

 

2- Pentear os cabelos? Só molhado 

“Jamais penteie o cabelo com ele seco. Isso quebra qualquer fio, mas no caso dos cacheados, o cuidado precisa ser ainda maior. O ideal é retirar o excesso de água e penteá-los ainda úmidos com pentes de dentes largos”, ensina.

 

3- Escolha os produtos certos 

“Os produtos específicos para estes tipos de cabelo são pensados de acordo com as necessidades deles. Por isso, jamais compre algo diferente do que seu cabelo precisa. Além de desperdício de dinheiro, ainda pode mais prejudicar do que ajudar. Além disso, busque usar a quantidade ideal, já que menos não vai chegar ao resultado desejado, mas mais vai deixar os fios pesados. Saiba dosar”, alerta a cabeleireira.

 

4- Corte periodicamente 

“Cortar as pontinhas regularmente vai tirar as pontas duplas e devolver a leveza aos fios. Um cabelo maltratado dificilmente ficará bem definido e com cachos bonitos”.

 

5- Técnica de finalização: fitagem 

"Muitas cacheadas conhecem essa técnica porque ela é ótima, prática e funcional. Para fazer, é simples: basta ir separando o cabelo em pequenas mechas, aplicar um creme de sua preferência e esticar, formando fitas. Depois, deixe secar naturalmente e terá lindos cachos”, ensina Janny.

 

6- Técnica de finalização: plopping 

“Com os cabelos lavados, tire o excesso de água com uma toalha ou camisa de algodão. Separe ele em mechas e aplique o creme, também de sua preferência. Estique a toalha ou a camisa em um lugar plano, coloque seu cabelo em cima, enrole as duas laterais do pano, amarre-as e forme uma touca. Espere o cabelo secar para retirar, ou utilize um secador ou difusor”, explica.

 

*7- Técnica de finalização: _dedoliss_* 

“O nome já diz muito, então, não é segredo que essa técnica consiste em enrolar o cabelo nos dedos. Com os fios úmidos, aplique um creme e separe-os em mechas (grandes ou pequenas, vai depender do volume que deseja). Vá torcendo-os ao redor do dedo, segure por alguns segundos e solte. Depois, deixe secar naturalmente”.

 

8- Dica extra: como manter os cachos definidos 

“Por fim, para manter os fios definidos por mais tempo, o ideal é estar com a hidratação em dia, dormir com touca de cetim e usar uma touca também no banho, para evitar que o vapor e a umidade desmanche os cachos”, finaliza.


Franjas são o estilo do inverno 2023

As franjas são uma grande tendência para o inverno 2023. Por sinal, Sandy e Bruna Marquezine são duas celebridades que adotaram o estilo. As franjas já entraram e saíram de moda várias vezes ao decorrer dos anos e décadas, mas agora elas, de novo, estarão em todos os lugares no inverno e há dois estilos especificamente que se destacam: a leve e o estilo Bardot. 

As franjas leves, também conhecidas como soft bangs, têm o papel de moldurar os rostos das mulheres, conferindo um ar sutil ao look.  Cortada na diagonal, a versão cortina é a mais popular entre o estilo, que também é chamada de franja lateral. Ela dá um ar despojado, moderno e natural ao mesmo tempo.

Elas são fáceis de manter e estilizar, entretanto elas requerem algumas visitas ao cabeleireiro já que precisam ser aparadas com uma certa frequência. 

Para os seus cuidados, independentemente do estilo adotado, usar um shampoo específico pode ser uma boa escolha. “É comum que a pessoa com franja fique passando bastante a mão na região e isso tende a deixar os fios oleosos. Por isso indico fazer uso de um shampoo a seco que consegue absorver a oleosidade e dar uma textura mais fresh e despojada”, recomenda o hairstylist Ulisses Petri. 

Outro estilo em alta, agora que as temperaturas caem, é a franja bardot, que na verdade já pode ser considerada um clássico pois parece que nunca sai de moda. Conhecida por ser mais curta no meio e com laterais mais longas, o estilo ganhou esse nome por ter ficado eternizado com a atriz francesa Brigitte Bardot, muito conhecida nos anos 50 e 60. 

O visual icônico e ‘retro’ vai dar um ar sofisticado e moderno ao rosto. Versátil, ela se adapta a diferentes comprimentos de cabelo: longo, médio e curto. Para estilizá-la, basta uma escova redonda e um secador. É preciso enrolar os fios para trás e modelar a franja por fora, o que vai provocar um caimento perfeito. E tanto lisos, como cacheados, podem adotar o estilo. Prática, ela não precisa de muita manutenção. 

Para o corte ficar bom, recomenda-se ir a um cabeleireiro. Não pense que cortar a franja é algo simples que pode ser feito em casa. Os hairstylists têm treinamento e conhecem todas as técnicas para realizar o corte e adaptá-lo ao rosto.  


Cigarro e pele: saiba os riscos dessa combinação para sua beleza


Saiba quais são os malefícios da nicotina para a pele
 

 

O cigarro traz inúmeros prejuízos para o corpo humano. Ele causa doenças respiratórias e cardiovasculares crônicas, incluindo asma, infarto do miocárdio e até mesmo câncer. Além disso, ele é muito prejudicial à pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o ato de fumar pode provocar o surgimento de rugas, envelhecimento precoce, manchas e até flacidez.  

Dra.Mara Freitas, fisioterapeuta dermatofuncional, especialista em gerenciamento saudável da pele (SKIN RESET ) explica que o cigarro é uma grande fonte de toxinas e outras substâncias, como a nicotina, que aumentam a produção das moléculas instáveis, que são conhecidas como radicais livres, que agridem a pele, acelerando seu envelhecimento e atrapalhando o funcionamento natural da pele. “Dessa forma, a pele que é o maior e mais exposto órgão do corpo humano, essas agressões ficam logo visíveis, especialmente no rosto, onde é mais fina e sensível”, diz a dermo especialista.  

A fisioterapueta dermatofuncional ainda destaca que alguns dos efeitos mais comuns do cigarro são perda do colágeno, surgimento de rugas e linhas de expressão próximas à boca, manchas que tornam o tom da pele irregular, levemente acinzentado e opaco e poros mais dilatados e com cravos mais aparentes. “Ele também deixa o cabelo opaco e sem vida, além de ser fator de risco para alguns tipos de câncer de pele por causar mutações no DNA celular”, completa.  


Malefícios do cigarro para a pele  

● Rugas e envelhecimento precoce; 

● Dificuldade para cicatrizar feridas; 

● Distúrbios orais; 

● Doenças nas unhas e cabelos; 

● Acne inversa; 

● Psoríase; 

● Lúpus; 

● Problemas vasculares; 

● Dermatite. 

As alterações causadas por ele são muitas vezes irreversíveis, mas parar com o hábito de fumar evita que novos danos sejam causados. Os fumantes devem usar produtos que tenham ativos antioxidantes e hidratantes, com o objetivo de proteger a pele desse agente agressor. “Também vale a pena investir em produtos com partículas iluminadoras, em cremes à base de ácidos retinóico, hialurônico, e também a vitamina C (ativos que podem ser encontrados na linha própria da Dra, MARA CEUTICALS SKIN RESET®). Aplicações de toxina botulínica, bioestimuladores de colágeno e preenchimentos para a atenuar as linhas de expressão. E se o propósito for reduzir manchas, os tratamentos químicos e lasers podem ser algumas das indicações”, finaliza Dra.Mara. 

 

Fonte: Dra.Mara Freitas- Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, pós graduada e especialista em Fisioterapia Dermatofuncional e Dermo Especialista homologada em protocolos de Bioestimuladores e Line Skin®, Duoblend , Hidrolifting. Criadora dos protocolos SKIN RESET ®.


ESPIRITUALISTA MOSTRA DUAS SIMPATIAS PODEROSAS PARA CRESCER O CABELO

A noite de lua crescente é o momento perfeito para praticar as simpatias e conquistar o cabelo dos sonhos


Há quem sofre com cabelo curto e vive procurando formas de ter as madeixas longas e saudáveis. Porém, nem todos têm essa sorte. Para essa situação, além dos tônicos capilares e tratamentos, as simpatias são fortes aliadas para fazer os fios crescerem.

A espiritualista Kélida Marques, comenta que ao longo de sua carreira ela desenvolveu e testou duas simpatias que deram muito certo para se obter um cabelo grande e saudável. “Eu sempre tive o cabelo fino, mas depois que comecei a praticar essas simpatias ele não parou mais de crescer, são práticas que eu uso e confio e que deram resultado tanto para mim quanto para as diversas pessoas que já passei essa mesma receita”.

Sendo assim, se você busca uma simpatia para crescer o cabelo, confira abaixo como fazer.

1 - Coração de bananeira

Materiais: Uma pequena mecha de cabelo (mais ou menos dois dedos), coração de uma bananeira, (também conhecido como a flor de bananeira). 

Como fazer: Na noite de lua crescente, pegue esse pedaço de cabelo e faça um furo no coração da bananeira e deposite o cabelo dentro. Deixe os fios dentro da planta até seu cabelo alcançar o tamanho desejado.

2 - Pote fechado e bicarbonato de sódio

Materiais: uma pequena mecha de cabelo (mais ou menos dois dedos), um copo com tampa e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio.

Como fazer: Coloque o pedaço do cabelo cortado, coloque dentro do recipiente com tampa, junte o bicarbonato de sódio e enterre debaixo de uma árvore que esteja saudável e bonita ou em um vaso de plantas que esteja saudável e frutífera.

A espiritualista ainda comenta que a babosa é uma grande aliada para os cabelos. “Outra dica valiosa que eu dou é: toda sexta-feira faça uma hidratação com a baba da babosa, esse é um remédio natural e poderoso que nunca tem erro” - completa.

 

Kélida Marques - Detentora de um dos principais canais do YouTube sobre Espiritualidade, conta com mais de 1,15M de seguidores em suas redes. Também é psicanalista, hipnóloga e terapeuta holística reikiana realiza atendimentos online, promove rituais de cura, benzimentos e vigília, de maneira constante e gratuita. Faz previsões, rituais, responde perguntas através do baralho cigano e fala com propriedade sobre conexões entre almas, cartas psicografadas, numerologia e terapias alternativas. Com toda essa bagagem espiritual (bruxa naturalista na linhagem de São Cipriano por tradição familiar) e profissional (formada em psicologia), a mística espiritualista atua unindo corpo, mente e espírito sempre com um pouco de magia. www.ciganakelida.com

Vitamina D: qual a quantidade ideal?

Osteoporose, fraqueza muscular, de unhas e cabelos podem acontecer com a falta do hormônio

Pedra nos rins e alterações no eletrocardiograma podem estar relacionados ao excesso da vitamina D

 

Poucos sabem, mas a vitamina D é um hormônio muito importante para a saúde óssea, para o crescimento, imunidade, musculatura, metabolismo e tem atuação em vários órgãos e sistemas, como o cardiovascular e o sistema nervoso central. A exposição ao sol é fonte importante para a produção desse hormônio, porém, em alguns casos, pode não ser suficiente e a suplementação está indicada.

 

A quantidade correta de medicamentos que ajudam na produção da vitamina D é individualizada e não existe uma dose padrão. Algumas diretrizes em Saúde indicam quantidades de 500 a 2 mil unidades de vitamina D por dia, dependendo de idade e do nível do hormônio apresentando no exame de sangue.

 

Diminuição da densidade mineral óssea, que pode resultar na osteoporose, fraqueza muscular, de unhas e cabelos, maior risco de queda em idosos são alguns dos sinais da falta de vitamina D. “Existem também suposições de que a falta da vitamina D pode interferir, inclusive, na sensibilidade à insulina e, consequentemente, diabetes. Transtornos de humor e depressão também são doenças que podem estar associadas e há diversos estudos em andamento sobre o assunto”, comenta a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

Se a falta desse hormônio pode causar tudo isso que acabamos de ler acima, o contrário, ou seja, o excesso também pode ser prejudicial, ocasionando depósito de cálcio em alguns tecidos, órgãos, aumento da chance pedra nos rins e até alterações no eletrocardiograma.

 

“ Os valores suficientes de vitamina D giram em torno de 20 a 30 nanogramas por ml, mas os níveis considerados adequados são acima de 30 nanogramas por ml. Pessoas com fator de risco para uma baixa densidade mineral óssea, como osteoporose, por exemplo, não podem ter a vitamina D abaixo de 30 nanogramas por ml”, explica Dra. Lorena. 

A endocrinologista comenta ainda que existem alguns estudos tentando correlacionar que os níveis maiores que 50 nanogramas por ml estariam associados a uma melhor performance muscular e melhor saúde óssea.

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Principal causa de morte prematura e incapacidade: alta nas internações por traumatismo cranioencefálico desafia hospitais

 

Considerado problema de saúde pública, traumatismo
cranioencefálico representa 131 mil casos
de internações por ano 
Créditos: Envato

Neurocirurgiões e equipe multiprofissional unem esforços para salvar vidas e minimizar sequelas em casos de lesões cerebrais graves


São mais de 131 mil internações por traumatismo cranioencefálico (TCE) a cada ano, sendo que os jovens entre 20 e 29 anos representam 21% dos casos. Esses números preocupantes foram divulgados em um artigo publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva, com base em dados do DataSUS. A alta incidência de TCE na população representa uma carga significativa para a saúde pública e é apontada pelo Ministério da Saúde como a principal causa de morte prematura e incapacidade no Brasil. Diante de lesões cerebrais graves, os neurocirurgiões unem esforços com uma equipe multiprofissional para salvar vidas e reduzir as sequelas dos pacientes.

Acidentes de trânsito, quedas e agressões estão entre as ocorrências mais comuns que chegam aos centros especializados em trauma, como o Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). Além de escoriações e ferimentos leves, essas situações podem resultar em lesões mais sérias, como traumatismo craniano ou cranioencefálico, que afetam o cérebro e podem causar sangramentos, formação de coágulos e edemas. "No atendimento de uma emergência é crucial estabelecer um tratamento eficaz o mais rápido possível para minimizar o sofrimento cerebral. Muitas vezes, a luta inicial é pela sobrevivência e depois avaliamos estratégias para a recuperação do paciente com o mínimo de sequelas possíveis", explica Leonardo Almeida Frizon, neurocirurgião do Hospital Universitário Cajuru, que atende exclusivamente pelo SUS.

As lesões cerebrais se tornaram um problema de saúde pública. De acordo com os dados do DataSUS apresentados na pesquisa "Incidência hospitalar de traumatismo cranioencefálico no Brasil: uma análise dos últimos 10 anos", os gastos com tratamentos aumentaram de R$ 123,7 milhões em 2008 para R$ 278 milhões em 2019. Dessas despesas, mais de 80% são relacionadas a custos hospitalares, sem considerar gastos ambulatoriais, como reabilitação, medicamentos, tratamento domiciliar, cuidadores, transporte e dias não trabalhados pelos pacientes ou seus familiares.


Avanços da neurocirurgia

A abordagem cirúrgica pode ser necessária no protocolo de atendimento para traumatismos cranioencefálicos. De acordo com Frizon, a neurocirurgia tem o propósito de estabilizar o paciente, facilitar a recuperação e promover a reabilitação neurológica. "Geralmente, a cirurgia é indicada em situações de risco imediato à vida ou quando há danos significativos no cérebro que demandam intervenção direta. Isso visa reduzir o impacto do trauma e aumentar as chances de uma recuperação bem-sucedida, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente", salienta o neurocirurgião.

A neurocirurgia sempre esteve à frente na incorporação de novas tecnologias, devido à delicadeza com que o cérebro deve ser tratado. Conforme o estudo Traumatic brain injury: progress and challenges in prevention, clinical care and research, publicado na revista britânica The Lancet, o traumatismo cranioencefálico está sendo cada vez mais reconhecido como uma condição crônica com consequências de longo prazo, incluindo um maior risco de neurodegeneração tardia. O estudo também ressalta que avanços significativos no tratamento do traumatismo cranioencefálico estão sendo alcançados por meio da inclusão de variáveis clínicas, avanços na neuroimagem, monitoramento multimodal, avaliação de biomarcadores e integração de dados personalizados para um gerenciamento individualizado.


Caminho da reabilitação

A reabilitação de uma lesão cerebral ocorre em fases e ao longo de períodos extensos, com o apoio de uma equipe composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais. Trata-se de um processo colaborativo focado em metas, em que o paciente, seus familiares e os profissionais de saúde trabalham juntos para abordar os problemas mais urgentes que necessitam de intervenção. "Isso depende muito do grau de comprometimento e do tipo de cirurgia. Quando o objetivo é tratar a dor, o próprio procedimento cirúrgico contribui para a reabilitação. Porém, em casos de lesões graves no sistema nervoso, a resposta à reabilitação é mais lenta e pode levar de seis meses a dois anos e mesmo após esse tempo ainda há a possibilidade de intervenções que melhoram a qualidade de vida do paciente", contextualiza o neurocirurgião.

A vida continua após uma lesão cerebral, embora com algumas mudanças, mas também com novos significados e conquistas. O impacto do traumatismo cranioencefálico na rotina diária de um indivíduo depende de diversos fatores, como a localização da lesão, sua gravidade, a idade e as características individuais de cada paciente. No entanto, essas emergências têm um aspecto particular: a maioria delas é evitável. "É essencial agir com rapidez no atendimento e avançar nas intervenções para a reabilitação de pacientes, sem esquecer a importância da conscientização pela prevenção", finaliza Leonardo

 

Estimula o cérebro e protege o coração: veja os efeitos da vitamina B6

A ausência da vitamina no organismo pode comprometer o desempenho do sistema nervoso central


 

A vitamina B6, um micronutriente também conhecido como piridoxina, piridoxal ou piridoxamina, faz parte do complexo B, contendo características e benefícios comuns entre os nutrientes do grupo. Ela é responsável por quase 100 reações químicas do organismo, incluindo funções metabólicas, hormonais, imunológicas, hepáticas, entre outras atividades vitais.

 

Segundo estudo do Programa de Psicobiologia do Departamento de Psicologia e do Laboratório de Nutrição e Comportamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP; a ausência deste composto pode comprometer o funcionamento do organismo e o desempenho do sistema nervoso central.

 

“O corpo não consegue sintetizar sozinho as vitaminas do complexo B, sendo necessário o consumo de alimentos que contenham a vitamina ou por meio de suplementos”, afirma Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais).

 

De acordo com a especialista, a deficiência de vitamina B6 pode ocorrer em casos de ingestão excessiva de proteínas, prática intensa de exercícios físicos, gestação, pessoas que fazem diálise ou uso de medicamentos com efeito antagonista à piridoxina, como a isoniazida, penicilamina, hidralazina, cicloserina e as tiazolidonas. “Estas medicações formam complexos com a molécula da vitamina, inibindo sua função”.

 

Para entender melhor os mecanismos da vitamina B6, a farmacêutica listou os fatos mais importantes sobre o micronutriente:


 

Ajuda no metabolismo e evita anemia: A vitamina B6 auxilia na produção de hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio na corrente sanguínea (pelos glóbulos vermelhos). Um dos benefícios da vitamina está presente no metabolismo de energia dentro das células.

 

“Isso ocorre porque estas substâncias auxiliam na decomposição de células de carboidratos, lipídios e proteínas, convertendo-as em energia. Desta forma, as células são capazes de operar adequadamente, recebendo estímulos para sua reprodução. Além disso, a vitamina desempenha a função de controlar o nível de glicose no cérebro e absorver o ferro de maneira eficiente, prevenindo ou amenizando quadros de anemia”, diz Paula Molari.


 

Auxilia no equilíbrio da saúde mental: A vitamina B6 participa da síntese de hormônios/neurotransmissores como dopamina, serotonina, noradrenalina, melatonina e ácido gama-aminobutírico (mais conhecido como GABA, que bloqueia os impulsos entre as células nervosas do cérebro). “Todos eles regulam o bom humor, prazer, bem-estar e relaxamento, bem como inibem ansiedade, estresse, dor e até depressão”.

 

Uma pesquisa da Universidade de Reading, do Reino Unido, confirmou estes efeitos com 478 voluntários (homens e mulheres) com ansiedade e depressão, dividindo-os em três grupos. Um deles consumiu doses diárias de comprimidos de vitamina B6. O outro, suplementação de B12, enquanto o último recebeu placebo. Ao final do estudo, as pessoas que tomaram o comprimido da B6 perceberam melhorias nos quadros de ansiedade e depressão. Por sua vez, a B12 trouxe outras vantagens, como o aumento dos reflexos visuais após testes específicos.


 

Estimula as funções cerebrais/cognitivas: Hormônios como a serotonina e a norepinefrina são promovidos pela atuação da vitamina B6. Ela também interfere na formação da bainha de mielina, que reveste os nervos e participa da condução do impulso nervoso. “Por consequência, a B6 estimula a concentração, a memória, o humor e a atenção, sendo importante também na prevenção da depressão e ansiedade”, pontua a farmacêutica.

 

Além disso, diversas pesquisas sugerem que a vitamina B6 pode ter um efeito benéfico em crianças com transtornos de aprendizagem e comportamento, em especial, o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).


 

Diminui sintomas da tensão pré-menstrual (TPM): A pesquisa da Universidade de Reading, do Reino Unido, também associou a suplementação diária de magnésio e vitamina B6 no alívio dos sintomas relacionados à tensão pré-menstrual.

 

Com uma média de idade de 32 anos, 44 mulheres receberam diariamente, por um ciclo menstrual, quatro formas de tratamento: (1) 200 mg de magnésio, (2) 50 mg de vitamina B6, (3) 200 mg de magnésio + 50 mg vitamina B6 e (4) placebo. O estudo constatou uma redução significativa de vários sintomas da TPM entre o grupo que recebeu 200 mg/dia de magnésio + 50 mg/dia vitamina B6.

 

“Além de regular o fluxo sanguíneo, o nutriente atenua os sintomas da tensão pré-menstrual, como dores nas mamas, náuseas, cólicas, fadiga, dores de cabeça e até acne que ocorre antes do ciclo menstrual”, completa Paula Molari Abdo.


 

Previne doenças cardiovasculares: A vitamina B6 participa da regulação dos níveis de homocisteína, uma substância que, em excesso, pode danificar a parede dos vasos sanguíneos. Além disso, o nutriente ajuda a controlar o colesterol e a manter a pressão sanguínea em níveis ideais, evitando problemas como arteriosclerose e infarto.

 

“A falta da vitamina B6 pode estimular o acúmulo de placas nos vasos sanguíneos. Com o tempo, é possível haver um episódio de ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC). Nestes casos, a suplementação da vitamina B6 pode auxiliar no tratamento médico, seja no processo de reversão do quadro como no gerenciamento da pressão arterial e dos níveis de colesterol”.


 

Combate inflamações articulares: Baixos níveis de vitamina B6 foram associados aos sintomas de artrite reumatoide. Uma pesquisa publicada no European Journal of Clinical Nutrition observou os benefícios anti-inflamatórios da suplementação de vitamina B6 em pacientes com artrite.

 

No estudo, 35 adultos com artrite reumatoide receberam 5 miligramas por dia de ácido fólico, ou 5 miligramas de ácido fólico mais 100 miligramas de vitamina B6 por 12 semanas. A conclusão foi que a suplementação de vitamina B6 teve sucesso à resposta inflamatória em pacientes com artrite reumatoide.


 

Beneficia a gestação e amamentação: As mulheres grávidas e as que amamentam precisam de uma dose adicional de vitamina B6 para compensar as necessidades do bebê. A vitamina B6 auxilia no metabolismo da proteína consumida, que será usada na produção de leite materno.

 

“Para garantir a ingestão dos níveis ideais de vitamina B6 neste período, o ideal é buscar ajuda médica, que irá suplementar o nutriente conforme as necessidades da gestante”, aconselha Paula Molari.


 

Onde encontrar a vitamina B6: Fontes de origem animal (carne suína, carne bovina, aves, leite, fígado bovino, salmão, camarão, coração, atum, ovos, entre outros) e fontes de origem vegetal (abacate, banana, cereais integrais, feijão branco, soja, gérmen de trigo, ervilha, nozes, batata, aveia, pistache, espinafre, melancia, tomate, entre outros).

 

Segundo a farmacêutica, as quantidades deverão ser estabelecidas de acordo com as necessidades fisiológicas, levando em consideração sexo, idade, histórico de saúde, medicamentos de uso contínuo, entre outros fatores. Mas, geralmente, o ideal a ser consumido são 5mg diários, tanto para mulheres como para homens saudáveis.


 

Efeitos do consumo em excesso: Apesar da piridoxina possuir baixa toxicidade, doses de 200mg/dia podem provocar intoxicações neurológicas, como fraqueza, dormência e/ou dor nos nervos (normalmente nas mãos e nos pés), e distúrbios digestivos, como diarreia, náuseas e cólicas intestinais.

 

“Daí a importância de consumir suplementos apenas sob orientação médica.

Doses baixas ou próximas às recomendadas podem ser prescritas por nutricionistas e farmacêuticos. Já as doses mais elevadas só podem ser receitadas por médicos”, finaliza Paula Molari Abdo.

 

Importância da atividade física e do controle do peso para a saúde vascular

Cirurgião vascular explica por que o sobrepeso pode ser um grande vilão

 

Para falar sobre uma boa saúde vascular é preciso entender o que isso pode significar. De maneira prática e simples é ter possibilidade de viver mais e melhor. Afinal, um sistema vascular saudável garante um bom funcionamento do coração, das artérias e de todo o organismo. O que pode livrar muitas pessoas de entrarem para as assustadoras estatísticas brasileiras. Segundo o Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, somente no mês de julho de 2022 foram registradas quase 9 mil mortes por AVC - Acidente Vascular Cerebral no Brasil.

Para o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Márcio Steinbruch, a prática regular de exercício físico é comprovadamente um consenso da medicina quando o assunto é a prevenção e o tratamento de doenças vasculares.

“A medicina preventiva sempre é a melhor opção em doenças vasculares, sendo necessário ter consciência que fazer atividade física vai muito além de fortalecer os músculos. Quando o corpo se exercita, os pulmões, o coração e o cérebro são estimulados. Assim, ele é capaz de produzir substâncias essenciais para prevenir doenças graves, mantendo o equilíbrio do organismo e o controle do peso”.

Os principais benefícios da atividade física são: a redução da porcentagem de gordura corporal, a queda dos níveis de açúcar no sangue e a diminuição do colesterol ruim - LDL, sendo assim, é possível controlar a diabete e melhorar a coagulação sanguínea, minimizando as chances de formação de placas de gordura e possível entupimento de veias e artérias.

“O sobrepeso é uma das consequências do sedentarismo que mais prejudica a saúde do sistema vascular. O excesso de gordura abdominal, por exemplo, aumenta a pressão tanto na região do abdômen como nas veias dos membros inferiores, sendo uma das principais causas de insuficiência venosa crônica, ou seja, a incapacidade das veias de transportar o sangue de volta para o coração”, explicou.

E se o exercício físico favorece a saúde do sangue e dos órgãos, o sobrepeso e a obesidade fazem exatamente o oposto: aumentam a retenção de líquidos prejudicando a circulação sanguínea; promovem o aumento da gordura do interior das artérias; causam a elevação da pressão arterial, seja pelos níveis de insulina ou pela maior quantidade de sódio; além de favorecem o surgimento de varizes.

“A recomendação é para que todos os pacientes mantenham uma rotina regular de atividade física, sempre com a orientação de um profissional. Isso porque, mais do que prevenir, ela serve como um agente de controle para doenças de base e como um tratamento para recuperação e fortalecimento de pessoas que passaram por problemas vasculares”, finalizou.

A atividade física também promove a melhora da qualidade de vida, aumentando a sensação de prazer e a autoestima, reduzindo os quadros de depressão e de ansiedade, e melhorando o humor e a saúde mental. Por todas essas razões, não é preciso ter um histórico genético de doenças vasculares para abandonar o sedentarismo. Basta somente desejar viver mais e melhor.



Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e site: www.livredevarizes.com.br/.


Novo medicamento para leucemia mieloide crônica é aprovado pela Anvisa¹

Asciminibe agora aguarda avaliação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e em breve estará disponível no Brasil nas apresentações de 20 mg e 40 mg

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o registro de asciminibe da farmacêutica Novartis, conforme publicação no Diário Oficial da União em 22 de maio de 2023. O medicamento é indicado para o tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide crônica cromossomo Philadelphia positivo (LMC Ph+) em fase crônica, previamente tratados com dois ou mais inibidores da tirosina quinase (ITQ)[2].

Esta aprovação foi concedida com base no ASCEMBL – um estudo de fase III, aberto e randomizado de asciminibe, um inibidor da proteína BCR-ABL (STAMP), vs bosutinibe em LMC após mais de dois ITQs prévios[3].

A leucemia mieloide crônica é um tumor nas células formadoras de sangue, chamadas mieloides, que são encontradas na medula óssea e, geralmente, causam um aumento no número de glóbulos brancos, como neutrófilos ou granulócitos, que normalmente combatem a infecção[4].

As pessoas com LMC têm uma mutação genética ou alteração nas células da medula óssea, chamada de translocação t (9;22), ou seja, parte cromossomo 9 se rompe e se reconecta a uma seção do cromossomo 22, formando o cromossomo Philadélfia ou cromossomo Ph. O cromossomo Ph é composto por 2 genes chamados BCR e ABL que se unem em um único gene de fusão chamado BCRABL²

A LMC é uma doença de progressão lenta e quando não tratada pode avançar por três fases: crônica, acelerada e blástica ou aguda[5]. Ao longo do tempo, a quantidade de células leucêmicas em excesso leva a diminuição da produção de células saudáveis, podendo causar problemas à saúde como anemia, facilidade de formar hematomas, sangramento que leva mais tempo para cessar e maior probabilidade de infecções.

Asciminibe atua diferentemente de todas as outras terapias até então disponíveis. Ao invés de ligar-se ao sítio de trifosfato de adenosina (ATP), local onde os outros ITQs agem para inibir a ação da proteína BCR-ABL, que está associado à produção excessiva das células responsáveis pela leucemia, ele atua em seu sítio alostérico, isto é, o bolso de miristoil. Assim, através da ação do medicamento, a enzima assume sua forma inativa e, portanto, toda sinalização associada ao processo de patogênese da LMC que estava ativa é interrompida. Este é um mecanismo inovador, que pode representar uma nova opção para pacientes que são resistentes ou intolerantes a terapias prévias.

 

Novartis
https://www.novartis.com.br/



Referências:

[1] https://www.gov.br/anvisa/ptbr/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-eindicacoes/scemblix-rcloridrato-de-asciminibenovo-registro

[2] https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=scemblix

[3] VARELA, Ana Inés. Leucemia mieloide crónica: resiliencia para el manejo de la resistencia. In: Hematologia: Volumen 25-Educacional-XXV Congreso Argentino de Hematología. Sociedad Argentina de Hematologia, 2021. p. 313.

[4] Cancer.net. Leukemia - Chronic Myeloid - CML: Introduction. Disponível em: https://www.cancer.net/cancer-types/leukemia-chronic-myeloid-cml/introduction. Acesso em outubro de 2022.

[5] Cancer.net. Leukemia - Chronic Myeloid - CML: Phases. Disponível em: https://www.cancer.net/cancer-types/leukemia-chronic-myeloid-cml/phases. Acesso em outubro de 2022.




Áreas de muita natureza merecem atenção redobrada quando o assunto é febre maculosa

 

Doença pode ser tratada, mas é preciso buscar
 atendimento médico com rapidez ao perceber os sintomas

Doença infecciosa é transmitida pelo carrapato-estrela e pode ocasionar complicações severas

 

Nos últimos dias, o Estado de São Paulo apresentou casos e até mortes confirmadas por febre maculosa, já classificada como um surto pelas autoridades sanitárias. A doença infecciosa é causada por uma bactéria transmitida pelo carrapato da espécie amblyomma cajennense, conhecido popularmente como carrapato-estrela, e seus sintomas são semelhantes aos de outras infecções, como a dengue, o que pode dificultar o diagnóstico. Mesmo assim, atenção redobrada e alguns cuidados podem ajudar a prevenir a doença ou a identificá-la a tempo de iniciar o tratamento e evitar complicações.

Transmissão e sintomas

A transmissão da doença ocorre quando o carrapato-estrela infectado com a bactéria fica fixado na pele humana por, no mínimo, quatro horas. Esse carrapato é comum em áreas de muita natureza, em animais de grande porte (cavalos, bois etc.) e silvestres, como a capivara, não excluindo a possibilidade de encontrá-lo, também, em cães, aves domésticas e roedores.

Ao visitar áreas de natureza, redobre a atenção!

Depois de infectada, a pessoa pode levar de dois a 15 dias para manifestar sintomas. Os quadros infecciosos podem se apresentar de forma leve, moderada ou grave.

Os sinais iniciais da doença são parecidos com a de outras infecções, causando febre alta, dores musculares, abdominais e de cabeça, falta de apetite, náuseas, vômitos e diarreia. Em seguida, podem surgir  manchas avermelhadas pelo corpo do paciente, incluindo as palmas das mãos e a sola dos pés, que aumentam de tamanho e se tornam lesões salientes.

Percebido qualquer um desses sintomas, a recomendação é a busca por atendimento médico imediato, já que quadros graves são difíceis de serem revertidos, podendo levar à morte. 


Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da febre maculosa é possível por meio de análises laboratoriais, realizadas após coleta de sangue, ou biópsias das lesões da pele. 

O tratamento, por sua vez, é realizado por meio de antibióticos específicos e deve ser mantido até o terceiro dia de resolução da febre, orienta Clara Buscarini, médica chefe do Departamento de Infectologia da Prevent Senior. “É importante mencionar que o tratamento deve ser iniciado quando há suspeita de febre maculosa, antes mesmo do resultado laboratorial. A precocidade do início de tratamento é determinante na diminuição do risco de evoluir a óbito”, complementa a especialista.

Ainda de acordo com Clara, há casos em que a internação do paciente também pode ser necessária no período de tratamento.

Prevenção

A melhor forma de prevenção à febre maculosa é evitar o contato com o carrapato-estrela, especialmente as formas mais jovens, que são predominantes entre os meses de junho e novembro, pelo fato de serem mais difíceis de percebê-los.

Para isso, é importante evitar locais de mata e com alta incidência de carrapatos e, quando isso ocorrer, roupas e calçados adequados são as formas de proteção.

Cuidados simples podem ajudar a prevenir a infecção


Você precisa saber!

Para retirar um carrapato do seu corpo, você nunca deve esmagá-lo ou forçá-lo a sair com agulha ou palito de fósforo quente, ações que são popularmente divulgadas como eficazes. Essas atitudes aumentam as chances de transmissão da bactéria, que inclusive pode penetrar em pequenas lesões na pele.

O correto é retirá-los com cuidado, por meio de uma leve torção ou com o uso de uma pinça, e depois lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água.

 

Prevent Senior

 

Junho Laranja: especialista em microcirurgias reparadoras alerta sobre os riscos de queimaduras

Durante o mês de junho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lança a campanha junho laranja, que busca prevenir e alertar os riscos de queimaduras. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 150 mil internações anuais são causadas por incidentes que envolvem esse tipo de lesão, sendo que 70% se passam em ambientes domésticos e 30% vitimam crianças. 

As lesões causadas por queimaduras podem ter origem térmica, química ou elétrica, agredindo a pele profundamente. O cirurgião plástico e especialista em microcirurgias do Grupo São Lucas, Dr. Daniel Lazo, explica que as lesões podem destruir de forma parcial ou totalmente as camadas subcutâneas, músculos, tendões e ossos, prejudicando a mobilidade e função da área queimada.

"Em casos simples, podemos tratar as queimaduras com curativos simples ou usando materiais especiais que auxiliam e aceleram a cicatrização e ajudam na prevenção de infecção. Nos casos mais graves, precisamos realizar cirurgias de transferência de pele ou enxerto ", explica.

Em casos de acidentes, o Dr. explica que se deve primeiramente enxaguar o local com água corrente abundantemente. Queimaduras causadas por produtos químicos, é preciso limpar a região e tirar toda substância antes do enxague. Não é recomendado estourar bolhas ou fazer uso de qualquer receita caseira para tratar a lesão como aplicar creme dental, café ou clara de ovo.

"É muito importante conscientizarmos a população com orientações básicas como manter crianças longe da cozinha e de substâncias quentes, guardar em locais seguros produtos como álcool ou produtos inflamáveis, deixar os cabos de panelas virados para dentro do fogão.  Principalmente na época de festividades juninas, não acender fogueiras ou churrasqueiras com álcool ou gasolina e não lançar balões com fogo", orienta Dr. Daniel

Entre outras orientações estão, após o enxague da lesão, proteger a pele danificada com gaze, retirar anéis, pulseiras, relógios ou qualquer outro acessório em caso de queimadura nas mãos e nos braços. Em seguida de qualquer acidente, dirigir-se ao hospital mais próximo.

"Atitudes simples podem cooperar para que a lesão não se agrave e complique o quadro clínico do paciente, possibilitando uma recuperação mais rápida, tranquila e eficaz", conclui o especialista.

 

 Grupo São Lucas


Tromboembolismo Venoso - Conheça as formas e impactos da condição grave no sistema circulatório

Apesar de se manifestar com maior incidência em pessoas mais velhas, o TEV também pode acometer os mais jovens

 

O tromboembolismo venoso é caracterizado pela presença de um trombo ou um coágulo no sistema circulatório.  A condição se manifesta de duas formas: Trombose Venosa Profunda (TVP), que acomete uma veia profunda dos membros inferiores; e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), que é a terceira maior causa de morte cardiovascular, e hoje é considerada a principal causa evitável de morte intra-hospitalar. Ela ocorre quando o coágulo ou trombo se desloca pela corrente sanguínea e se aloja nas artérias do pulmão, o que dificulta a oxigenação do sangue, mas o que a torna mais grave é quando sobrecarrega o trabalho do coração, podendo levar ao infarto do miocárdio e ao óbito.

O desenvolvimento da doença está relacionado à falta de mobilidade, como ficar longos períodos sentados ou em pé, situações rotineiras em ambientes de trabalho, durante viagens demoradas e em pós-operatórios. Conforme explica o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, existem outros fatores de risco, que são TEV prévio, obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, tabagismo, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores, causas genéticas e doenças infecciosas como as infecções virais e bacterianas graves.

Apesar de se manifestar com maior incidência em pessoas mais velhas, o TEV também pode acometer os mais jovens devido a maus hábitos, como o do tabagismo – e isso vale para narguilé e cigarros eletrônicos - e o sedentarismo. As mulheres, tanto as mais jovens como as mais adultas, que usam anticoncepcionais ou fazem reposição hormonal, estão na gravidez ou no puerpério, possuem chances mais altas de desenvolver a condição do que os homens

Os sintomas mais comuns do tromboembolismo venoso são inicialmente dor, inchaço, calor, vermelhidão, edema e endurecimento do tecido do membro acometido. Em quadros com embolia pulmonar, os indícios são tosse, dor torácica, escarro com sangue, palpitações, desmaio e até parada cardiorrespiratória nos casos mais graves. É muito importante entender que pode existir TVP sem TEP, mas não TEP sem TVP, por isso, é fundamental que os casos suspeitos sejam imediatamente investigados, e se confirmados, imediatamente seja prescrito o uso de anticoagulantes.

Segundo o médico, sem o diagnóstico e tratamento corretos e imediatos, o TEV acarreta complicações graves, sendo a parada cardíaca e, consequentemente, o óbito o quadro mais crítico, que acontece em 19,6% dos casos de embolia pulmonar maciça.  Em uma fase tardia e crônica, a obstrução parcial das artérias do pulmão pode gerar a Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica, uma causa frequente de perda de qualidade de vida e que acomete de 2 a 4% dos pacientes sobreviventes.

O diagnóstico é feito com o auxílio de exames, sendo a ultrassonografia com Doppler vascular indicada nos casos de suspeita de trombose, e a tomografia computadorizada nos casos de hipótese de embolia pulmonar. “Além da anticoagulação, que deve ter acompanhamento médico, pois existe o risco de hemorragia, nos casos graves, quando existe risco de morte, existe indicação de dissolução imediata do trombo, que pode ser feita por infusão de medicamento endovenoso, ou por aspiração com técnicas de cateterismo, que vêm apresentando resultados clínicos promissores, com redução do risco de sangramento”, orienta Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 

Posts mais acessados