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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Casos graves de câncer de mama aumentam 26% no Brasil

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Levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a partir de dados do DataSUS, reforça que diagnósticos não realizados na pandemia têm levado a doença se manifestar antes do que esperava a comunidade médica


Estudo inédito realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) comprova aumento de cerca de 26% nos casos de câncer de mama nos estágios mais graves da doença. O artigo, publicado no International Journal Public Health (IJPH), a partir da análise de dados do DataSUS do Ministério da Saúde, demonstra que a redução do número de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos períodos mais críticos da pandemia contribuiu para que novas ocorrências da doença se manifestassem antes do esperado pela comunidade médica. A situação também expõe a necessidade de aprimoramento da saúde pública. “Da forma como o cenário se mostra, o que se espera do Ministério da Saúde são atitudes proativas, com a implementação de um novo modelo de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer”, afirma o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM.

O artigo “Covid-19 e o câncer de mama no Brasil”, recém-publicado  no IPJH, é o primeiro estudo no País a avaliar individualmente todas as regiões do território nacional, destacando as consequências da pandemia no diagnóstico e tratamento da doença.

Em conjunto com Aline Ferreira Bandeira Melo Rocha, Glalber Luiz Rocha Ferreira, Danielle Cristina Netto Rodrigues e Rosemar Macedo Sousa Rahal, Ruffo Freitas-Junior constatou no estudo que o número de mamografias realizadas por mulheres de 50 a 69 anos, faixa etária que constitui a população-alvo para a detecção precoce do câncer de mama, diminuiu significativamente nos períodos críticos da pandemia. Em 2020, foram feitos 1.613.119 exames no serviço público de saúde no Brasil, número 40% inferior às mamografias em 2019 (2.658.289). Em 2021, foram 2.189.734, 18% menor na comparação com 2019, indica o levantamento.

Antes da pandemia, os estadiamentos mais agressivos de câncer de mama representavam 40,8% dos casos. Entre 2020 e 2021, confirma o novo levantamento da SBM, os estágios III e IV são 51,5% dos diagnósticos, de acordo com dados analisados no DataSUS, Departamento de Informática do SUS que monitora o tratamento da doença no Brasil. “A situação, que era ruim, piorou ainda mais. Atualmente, há um avanço de aproximadamente 26% nos estágios III e IV, os mais graves”, afirma.

A análise do avanço de ocorrências nos estágios III e IV por regiões brasileiras revela que o Centro-Oeste desponta com 21,3%. O Nordeste aparece com 10,3%; o Norte, 16,6%. No Sudeste, o crescimento foi de 11,2% e 6,2% no Sul. “Em todas as regiões, exceto no Sul, o percentual de casos em estágios III e IV superou os estágios I e II durante a pandemia”, destaca.

Para o mastologista, os efeitos negativos da pandemia no diagnóstico e tratamento do câncer de mama ocorrem antes do esperado. “Quando constatamos o aumento nos estágios III e IV, consideramos consequências como mastectomias totais, gastos elevados com tratamentos por parte do governo e, o pior dos cenários, o crescimento do número de mortes”, pondera.

Na avaliação de Freitas-Junior, é preciso implementar um modelo de saúde pública totalmente renovado para o diagnóstico e tratamento de câncer no Brasil. O médico destaca que o SUS não dispõe, por exemplo, de uma ferramenta que avise as mulheres na faixa dos 50 a 69 anos sobre o momento de fazer os exames e, assim reduzir a falta de rastreamento mamográfico, meio para detectar uma doença que tem alto índice de cura quando diagnosticada precocemente.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente e a primeira causa de morte em mulheres de todas as regiões do Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê 73.610 novos casos da doença até o fim deste ano.

“As políticas públicas são muito falhas. Enquanto isso, os profissionais de Saúde convivem com a expectativa de aumento de casos que, infelizmente, acaba se comprovando ano após ano no Brasil há várias décadas”, finaliza Ruffo Freitas-Junior.

 

Beijo de língua pode transmitir até 1 milhão bactérias pela boca; entenda

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Saiba mais sobre o Dia do Beijo e o que fazer manter sua saúde bucal em dia e dar aquele beijo perfeito



Hoje, 13 de abril, é comemorado o Dia do Beijo em todo o mundo. A data foi criada em 1882, pelo artista italiano Enrique Porchelo para celebrar a arte do beijo em todas as suas formas e expressões. Desde então, tem sido celebrado anualmente em diversos países como uma forma de celebrar o amor, a paixão e o carinho entre as pessoas.

É um dia de descontração, de amar e de dar muitos beijos apaixonados. No entanto, é preciso cuidado. Isso porque, de acordo com os especialistas, a língua - essencial para um beijo perfeito - é considerada um dos órgãos mais sujos do corpo humano.

De acordo com um estudo publicado em 2014 no periódico médico “Journal of Clinical Microbiology”, a boca de uma pessoa pode conter até 1 bilhão de bactérias por mililitro de saliva. Na língua, elas ainda podem ser encontradas em cerca de 700 espécies diferentes.

Geralmente essas bactérias não são nocivas à saúde bucal. No entanto, é necessário estar atento aos pequenos cuidados para manter estes germes afastados.

O que causa bactérias nocivas na língua?

Alguns hábitos do dia a dia podem ocasionar a proliferação de bactérias nocivas neste órgão. Higiene bucal inadequada, com falta de escovação regular dos dentes e da língua, é um deles.

Além disso, o consumo de alimentos ricos em açúcar pode prejudicar a saúde da boca. Segundo o periódico “Journal of the American Dental Association”, açúcares como sacarose e glicose estão associados ao maior crescimento de bactérias orais em comparação com açúcares como frutose e xilitol.

Uma boca seca também é um ambiente favorável para o crescimento de micro-organismos prejudiciais, ocasionando problemas como cáries e mau hálito. Além de neutralizar o pH da boca, a saliva ajuda a eliminar restos de alimentos e evita a formação de placa bacteriana.

Vale ressaltar que diversos estudos científicos, como um artigo publicado na revista “Archives of Oral Biology” em 2017, relatam que o uso de antibióticos é uma causa comum de xerostomia — ou boca seca. Por isso, seu consumo de água merece atenção redobrada ao ingerir tais medicamentos.

Por fim, um sistema imunológico enfraquecido também resulta na proliferação de bactérias indesejadas em sua cavidade bucal. Isso porque, com a imunidade baixa, você possui menos células de defesa.


Quais são os sintomas de bactérias na boca?

Se você suspeita que esteja lidando com uma infecção bacteriana prejudicial em sua boca, aqui estão alguns sinais aos quais você deve se atentar. (Lembre-se de sempre consultar os profissionais do seu plano dental para obter um diagnóstico preciso!):

Mau hálito: Um sintoma clássico de que há algo errado com sua saúde bucal é a presença de mau hálito. Se sua respiração sempre parece ser malcheirosa, independentemente de quantas vezes você escove os dentes, você pode ter um problema de saúde. O mesmo vale para o gosto ruim persistente na boca;

Placa bacteriana: A sujeira persistente nos dentes é resultado do acúmulo de bactérias e pode endurecer e resultar em tártaro, um problema mais sério que requer acompanhamento especializado;

Aftas: Apesar de nem sempre estarem relacionados às bactérias, pequenos ferimentos nas cavidades bucais podem ser resultado delas, que irritam a mucosa oral;

Gengivite: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 90% das pessoas adultas lidam ou já lidaram com a inflamação nas gengivas em algum momento de suas vidas. Essa condição pode ocasionar vermelhidão, inchaço e sangramento bucal;

Dentes sensíveis: Algumas bactérias produzem ácidos que podem corroer o esmalte dos dentes e causar sensibilidade e cáries;

Glossite: Essa doença que afeta a língua pode ser causada por infecções bacterianas, virais, alergias ou outras razões, como alergias. Quem sofre com glossite pode apresentar fissuras, inchaço e inflamação no órgão e dificuldade na fala.


Tipos de bactérias bucais

Conforme mencionado anteriormente, nem todas as bactérias presentes na boca são prejudiciais à saúde. Dentre aquelas espécies inofensivas, destacam-se espécies como a Streptococcus salivarius, que ajuda a prevenir a formação de cáries.

No entanto, outras espécies podem ser grandes vilãs de sua saúde bucal, ocasionando todos os sintomas vistos acima e mais. Por exemplo:

Fusobacterium nucleatum: Essa espécie se alimenta de restos de comida e pode causar mau hálito;

Streptococcus mutans: Essas bactérias se alimentam de açúcares e produzem os ácidos que corroem o esmalte dos dentes. Também podem ser causadoras de glossite;

Porphyromonas gingivalis: Também se alimenta de restos de comida e favorece a inflamação das gengivas, podendo levar à perda dental.


Quando essas e outras bactérias se multiplicam de forma descontrolada, condições prejudiciais à saúde podem ser contraídas. É o caso de cáries — que podem levar à perda de dentes — e outras doenças que afetam para além da boca.

Doença periodontal (inflamação das gengivas), infecções dentárias e infecções das glândulas salivares são exemplos de tais condições. Quando não tratadas, suas bactérias podem penetrar a corrente sanguínea e afetar órgãos como coração e pulmões.

Como prevenir e tratar as bactérias bucais

Para manter a saúde de sua boca — e, consequentemente, de todo o organismo! —, é necessário se atentar à higiene bucal.

Mantenha uma rotina saudável de cuidados bucais, com escovação de duas a três vezes por dia e uso de enxaguante bucal sob recomendação de seu dentista.

A raspagem de língua também é uma grande aliada no combate às bactérias. A técnica evita o mau hálito, elimina a placa bacteriana e pode até mesmo melhorar seu paladar, já que livra a língua de bactérias.

Além disso, consultar-se com um profissional regularmente é indispensável para manter a sua saúde bucal em dia e aproveitar o Dia do Beijo da melhor forma: beijando!


Carolina Peres 


Segurança de alimentos: veja como evitar problemas na saúde

Os cuidados vão desde o plantio, fabricação, compra, armazenamento até o consumo

 

A segurança dos alimentos envolve diversos fatores que vão desde a sua produção, manipulação, armazenamento, embalagem, transporte até a venda. Todos esses quesitos devem seguir as boas práticas de fabricação e garantir os padrões de qualidade. Na hora de comprar, armazenar e consumir, eles precisam estar livres de perigos biológicos, químicos ou físicos, e não oferecer danos à saúde de quem os consumir.  

Para fugir aos perigos alimentares, deve-se considerar os fatores inerentes aos alimentos e as características do ambiente, ressalta a nutricionista Sibery dos Anjos. “A quantidade de água, natureza física, como cor, forma, textura, impurezas, além das características bioquímicas. É importante ficar atento a aparência do alimento e observar se a embalagem está em boas condições”, completa.  

A especialista acrescenta que o consumidor precisa também ter o hábito de ler o rótulo para atestar as informações. “Tanto sobre a validade do produto, como referente ao selo de algum órgão fiscalizador, a exemplo da Anvisa, que é responsável pela inspeção, fiscalização e controle de riscos”. 

Sibery reforça que toda a etapa do produto, do plantio à fabricação, até chegar às mãos do consumidor, deve ser feita de maneira a garantir a segurança. “De nada adianta a indústria se cercar de todos os cuidados do mundo na produção de um biscoito, por exemplo, se um supermercado o vende fora da validade ou, ainda, com a embalagem comprometida”, alerta. 

A indicação é que ao chegar em casa os cuidados continuem. É quando o consumidor deve conservar e higienizar corretamente para manter o alimento seguro e saudável, bem como evitar a proliferação de fungos e bactérias. “Manter a pia e a cozinha limpas, lavar e desinfetar bem as frutas, verduras e legumes antes de armazená-los e de serem consumidos. É necessário também guardar os alimentos na temperatura adequada para evitar a proliferação de microrganismos”. 

A nutricionista Sibery dos Anjos, que também é coordenadora do curso de Nutrição na UniFTC, em Juazeiro, lembra que um dos vilões da saúde causados pela ingestão de alimentos contaminados são as Doenças Veiculadas por Alimentos ( DVAs). “As DVAs devem ser combatidas sistematicamente, interrompendo as intoxicações alimentares, doenças infecciosas, alérgicas e nutricionais. Desta forma, é essencial buscar seguir as recomendações acerca da segurança dos alimentos para evitar problemas na saúde, bem como, garantir mais qualidade de vida”, conclui.


 

Gordura no fígado pode ser prevenida com mudança no estilo de vida

Condição de saúde atinge cerca de 30% da população mundial e, se não tratada, pode evoluir para quadros mais graves 

 

Talvez o termo esteatose hepática não soe tão familiar, mas se falarmos em gordura no fígado certamente você dirá que já ouviu falar, né? É uma enfermidade muito comum, mas nem todo mundo sabe do que se trata. Por isso, a médica gastroenterologista da Prevent Senior, Ariani Bernachi, esclarece tudo sobre o assunto.


O QUE É

A esteatose hepática é uma condição de saúde que ocorre quando há acúmulo de gordura no interior das células do fígado, órgão responsável por exercer mais de 500 funções fundamentais para o organismo. A presença de gordura no órgão é normal, mas quando atinge o índice de 5% ou mais, o quadro demanda avaliação médica.

O aumento da gordura no fígado pode resultar em inflamação e evoluir para doenças graves como cirrose hepática, hepatite gordurosa e câncer.

Entre as principais causas da esteatose hepática estão o consumo crônico de álcool, colesterol alto, aumento de triglicérides, hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e obesidade.


CUIDANDO DO FÍGADO

Para evitar o acúmulo de gordura no fígado, é necessário adotar alguns hábitos como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Há também outras dicas. Confira:

- Evite o consumo excessivo de sódio, gordura e açúcar;

- Substitua refrigerante e sucos artificiais por água ou sucos naturais;

- Invista em frutas e legumes;

- Evite alimentos industrializados e ultraprocessados;

- Consuma alimentos ricos em fibras;

- Pratique exercícios físicos diariamente;

- Tenha um sono equilibrado.

A médica gastroenterologista da Prevent Senior Ariani Bernachi destaca a importância de o paciente saber que toda caloria excedente que ingerir será transformada em gordura. “Muitas vezes a pessoa diz ‘eu não como gordura, não sei porque tenho gordura no fígado’, sendo que açúcar, massa e álcool, por exemplo, podem ser transformados em gordura pelo órgão”, explica a especialista.


OS SINTOMAS

A doença pode ser silenciosa ou mesmo apresentar alguns sintomas como:

- Cansaço e fraqueza;

- Redução no apetite;

- Dor ou desconforto na parte superior direita do abdômen.

Em quadros mais avançados, quando o órgão atinge estágio de insuficiência hepática (cirrose), o paciente pode sofrer com acúmulo anormal de líquido no abdômen, hemorragia, icterícia (olhos e pele amarelados) e até confusão mental.


FATORES DE RISCO

A médica Ariani Bernachi esclarece que a esteatose hepática é mais comum após os 40 anos de idade e atinge tanto homens como mulheres. Ela também explica que a condição está muito relacionada ao sobrepeso e obesidade, diabetes, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides alterados) e hipertensão arterial.

Porém, a inexistência desses fatores de risco no paciente não impede que ele desenvolva a doença, pois a hereditariedade também pode contribuir para o aumento do nível de gordura no físico.


DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico é atestado por exames de imagem abdominal, que podem ser ultrassonografia ou tomografia.

O paciente também pode ser submetido a exames de sangue para medição do nível de enzimas hepáticas.

Não existe tratamento específico que tenha sido desenvolvido exclusivamente para gordura do fígado. Nos pacientes que necessitam de medicação, o médico pode utilizar tratamentos indicados para outras patologias, como diabetes e colesterol alto.

A mudança para um estilo de vida saudável continua sendo a melhor forma de prevenção e tratamento.


A PREVENT SENIOR

A operadora de saúde especialista em pessoas. A Prevent Senior atua há 26 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos Atendimentos Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados. A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Consultas gratuitas em Niterói no Dia de Combate ao Câncer

Evento terá exames e palestras para a população com médicos renomados 

 

No próximo dia 15 de abril, a unidade da Oncomed em São Francisco, Niterói, junto com a Pró-Onco Mulher, irão realizar consultas gratuitas nas especialidades de Mastologia, Ginecologia, Urologia e Geneticista das 9h às 14h. 

O evento que tem a missão social de trazer saúde e qualidade de vida para as pessoas terá uma mesa-redonda com debate multiprofissional sobre prevenção e enfrentamento do câncer e contará com a participação de renomados profissionais da área, como o médico oncologista Dr. Victor Marcondes, a psicóloga Dra. Christiane Couri, a nutricionista Patrícia Arraes, a enfermeira Karla Lírio e o professor de meditação Jorge Carrano. 

Segundo o Dr. Rodrigo Souto, que está à frente da iniciativa pelo terceiro ano consecutivo, a ação é importante para trazer à tona as formas de prevenção ao câncer e assuntos que assombram quem recebe um diagnóstico positivo para a doença.  

“O objetivo é chamar atenção da população sobre a necessidade de se fazer o diagnóstico precoce dos tumores, principalmente o de mama e colo de útero, na mulher e próstata no homem. Descobrindo o câncer na fase inicial, há uma maior chance de curar a doença e estimular uma vida mais saudável”, alerta o médico.  

O evento gratuito realizado pela Oncomed e Pró-Onco Mulher tem o apoio do Instituto Oncomed, do Hospital Icaraí, do Centro de Imagem Icaraí e do laboratório Fonte Medicina Diagnóstica. Os temas abordados serão: “a importância da família no combate ao câncer”; “a alimentação como auxiliar na prevenção ao câncer”; “a meditação como apoio no enfrentamento da doença” e “ações e cuidados de prevenção ao câncer”. 

As inscrições para a mesa-redonda e para as consultas podem ser feitas pelo telefone: (21) 97189-1142. O evento acontece na Unidade Oncomed Niterói, que fica na Rua Arariboia, nº 6, em São Francisco 

 

Apneia obstrutiva do sono e doenças cardiovasculares: Cardiologista explica a relação

Distúrbios do sono podem facilitar o surgimento de doenças cardiovasculares


O sono de qualidade é um dos principais fatores para ter uma boa saúde e qualidade de vida, influenciando em diversos aspectos como saúde mental, emagrecimento, imunidade e diversos outros, no entanto, um ponto pouco falado, mas muito importante são os efeitos da falta de um sono adequado na saúde cardiovascular.

A privação de sono por períodos prolongados está relacionada ao aumento da pressão arterial e resistência à insulina, sintomas relacionados ao surgimento de doenças cardiovasculares.

De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, que realiza o exame de polissonografia - exame para a análise da apneia obstrutiva do sono - na Clínica Yano, em Indaiatuba-SP, a apneia do sono está intimamente relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares.

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio do sono onde ocorre a obstrução temporária parcial ou total das vias aéreas superiores. Isso faz com que menos oxigênio chegue às nossas células causando hipoxemia, e interrupções no sono, além de cansaço diurno. Quando não tratado de maneira correta, a apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de o paciente ter infarto e derrame cerebral” Pontua.

Então fique de olho, se você ronca alto, seu companheiro diz que você fica sem respirar durante à noite, tem sonolência excessiva durante o dia, tem dores de cabeça no período da manhã, está com problemas de memória e raciocínio e tem diminuição da libido, procure um bom médico especialista para investigar apneia obstrutiva do sono” Explica Dr. Roberto Yano.

 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.

 

Veja alternativas para tirar a sua empresa do endividamento

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A inadimplência da pessoa jurídica está em patamar recorde e os juros elevados só pioram a situação. Mas há formas de sair do vermelho, que vão desde a renegociação das dívidas até a busca por investidores

Com a inadimplência das empresas chegando a um nível jamais registrado, acende-se um sinal de alerta vermelho para quem tem o próprio negócio. A inflação e os juros elevados têm levado muitas empresas ao endividamento. Os agentes financeiros também têm estreitado a concessão de empréstimos e as condições de renegociação de dívidas estão cada vez mais desfavoráveis.

A falta de receita gerada pela queda na circulação de pessoas, que ficaram retidas em suas casas, traz hoje um cenário em que 6,5 milhões de empresas estão inadimplentes. Dados do Banco Central apontam que a taxa de inadimplência entre pessoas jurídicas - que representa, em geral, pagamentos com mais de 90 dias de atraso - retomou o patamar histórico de 2,4% registrado em maio de 2020.

Somado a isso, a taxa básica de juros, a Selic, pulou de 2% em março de 2021 - o menor patamar histórico – para os atuais 13,75%, após contínuas altas praticadas pelo BC.

Milton Luiz de Melo Santos, diretor presidente da ACCredito, avalia que os altos índices da inadimplência se deram por causa da maior concessão de crédito para o setor nos últimos anos. “As pessoas tiveram acesso aos auxílios emergenciais do Governo e as empresas pequenas e médias ganharam a linha de crédito do Pronampe. Com isso, tivemos mais pessoas contraindo dívidas relacionadas ao consumo de bens e serviços após a retomada das atividades e as empresas aproveitaram para ficar mais alavancadas para financiar projetos de expansão ou para atender à alta demanda”, explica.

Os segmentos menos prejudicados com toda essa avalanche de notícias econômicas ruins foram o de farmácia e alimentação, segundo Santos, por conta da necessidade essencial da pandemia. “Já o comércio de roupas, calçados, móveis, automóveis e autopeças são os que mais sentiram o baque e ainda não se recuperaram.”

Rafael Ciampone, economista da Boa Vista, ressalta que no crédito, a concessão de capital de giro cresceu muito na pandemia, devido à necessidade das empresas de se manterem, e agora está baixando. “No entanto, isso puxou a inadimplência para cima. Em maio de 2020, a taxa de inadimplência das empresas que era de 2,4%, caiu para 1,5% no ano seguinte e agora retorna aos 2,4%. O problema agora é que os bancos estão mais rigorosos na concessão de crédito, devido à abrupta escalada da Selic, além de praticarem juros altos. Geralmente, isso sempre inviabiliza ou dificulta a renegociação pelas empresas”, ressalta.


EXISTE LUZ NO FIM DO TÚNEL?

A pergunta mais frequente que se faz é: estou inadimplente com minha empresa e como faço para sair dessa situação? Basicamente, segundo os especialistas, fica difícil reverter essa situação se as taxas de juros e a inflação continuarem em alta.

Enquanto isso não acontece, o jeito é partir para as renegociações com os credores até que a inflação chegue ao menos a um patamar mais condizente com a meta do Banco Central. “O empresário tem que criar um plano de ação. Isso pode envolver reestruturação, planejamento e até cortes, de custos ou de pessoas. E então renegociar as dívidas com os credores”, diz Ciampone.

No entanto, quanto mais endividada está uma empresa, menor a chance de conseguir aprovação de novos créditos. Por isso, é importante reduzir o endividamento preservando o fluxo de caixa da empresa.

O especialista em investimentos e líder do Mercado de Capitais do Grupo Crowe Macro, Ricardo Rodil, dá algumas alternativas para as empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, que precisam de fluxo de caixa para fazer o negócio girar.

“Não basta tentar pagar a dívida, é preciso ter dinheiro para continuar com o negócio. E esse dinheiro pode vir de terceiros, de bancos ou de fornecedores. É muito comum micro e pequenas empresas contarem com a ajuda de algum familiar para injetar dinheiro no pequeno negócio. Lojas de roupas e pequenos mercados, por exemplo, são casos em que não há necessidade de um valor tão alto para manter o negócio e a família pode contribuir com um empréstimo. Para dívidas maiores, outra opção é tentar incluir novos sócios para injetar capital na empresa. E essa pessoa não precisa ser sócio para sempre, pode sair em algum momento e também pode até ser um fundo de investimento”, destaca Rodil.

Dependendo do porte da empresa, há outro recurso chamado de securitização, que é um processo de proteção de uma dívida e que garante ao credor o pagamento antecipado. É usada por empresas como forma de captar recursos e por investidores na busca por melhor rentabilidade.

As securitizadoras são as empresas não financeiras que ficam responsáveis por adquirir os direitos creditórios e, assim, transformá-los em títulos. Sendo assim, a dívida é transferida, vendida, na forma de títulos, para vários investidores.


GRANDES EMPRESAS

Já para grandes empresas, acima de R$ 30 milhões de faturamento, Rodil cita soluções mais complexas, como abertura de IPOs e até a BEE4. O IPO (Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial) é o processo pelo qual uma empresa abre seu capital pela primeira vez, por meio de ações que são negociadas na Bolsa de Valores.

Já a BEE4, citada por Rodil, é uma oportunidade de adquirir ações de empresas com grande potencial de crescimento e retorno. No entanto, é um ambiente de negociação de ações de empresas com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões.

Em último caso, a recuperação extrajudicial é uma maneira de a empresa se reerguer financeiramente e evitar a sua falência. Nesse sentido, é um tipo de acordo realizado entre credor e devedor fora do ambiente judicial.

Já na recuperação judicial, não há concordância ou participação prévia de credores. Neste caso, segundo a advogada Laís Guimarães, especialista em advocacia empresarial, “o objetivo é buscar o erguimento da empresa mediante a aprovação de um plano de recuperação judicial”. 



Cibele Gandolpho
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/veja-alternativas-para-tirar-a-sua-empresa-do-endividamento

Senado aprova projeto de lei e Estados Unidos deixa de exigir comprovante de vacinação para imigrantes que chegam ao paí

De acordo com o advogado Daniel Toledo, o movimento é benéfico e pode ser estendido ao pedido de vistos com Green Card, que segue exigindo a comprovação


A pandemia da COVID-19 mudou diversos aspectos do dia a dia das pessoas em todo o mundo, inclusive quando falamos de viagens internacionais. Para entrar em muitos países, como os Estados Unidos, as autoridades sanitárias exigem que os viajantes apresentem comprovantes de vacinação contra a doença.

Embora seja um meio eficaz de proteger as pessoas perante o vírus, a exigência de comprovação da vacina pode ser um obstáculo significativo para aqueles que desejam viajar para os EUA. Afinal, muitos optaram por não se vacinar contra a doença.

No entanto, o governo americano aprovou um projeto de lei que veta a necessidade de apresentação de documentos que comprovem as vacinas para a COVID-19, facilitando a vida desses viajantes que ficaram, por mais de dois anos, sem a possibilidade de entrar nos Estados Unidos.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, essa atitude é benéfica e vai facilitar a vida daqueles que não puderam ou não quiseram se vacinar. “Muitos dos meus clientes são de religiões que não permitem vacinas, e isso afetava diretamente sua possibilidade de entrar nos EUA. Agora, esse procedimento será facilitado e eles não precisarão apresentar nenhum tipo de comprovante no embarque ou desembarque de viagens que tem o país norte-americano como destino”, relata.

O projeto de lei já foi aprovado pelo senado e as novas regras são válidas para viajantes de qualquer país, passando a vigorar a partir do dia 11 de maio de 2023. A exigência de apresentação de comprovante vacinal estava em vigor desde o início de 2020, quando a pandemia passou a ter maiores proporções ao redor de todo planeta.

Para Toledo, esse movimento pode significar, também, que a comprovação seja dispensada nos próximos meses para aqueles que solicitarem vistos que dão acesso a um Green Card nos EUA. “Ainda não foi confirmado e precisamos esperar um posicionamento oficial do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos - USCIS, mas esse tipo de movimentação, realmente, pode indicar que a exigência será deixada de lado em outros setores da imigração americana, como a solicitação de vistos para o país”, finaliza o especialista em Direito Internacional.

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 176 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br


15 dicas para estudar corretamente (e se sair bem em qualquer prova)

Na preparação de muitos exames e concursos, estudar bastante não é o suficiente. É preciso fazê-lo do jeito certo


Independentemente do nível de educação em que um estudante se encontre, uma prova difícil será sempre uma prova difícil. E provas difíceis – sejam vestibulares, concursos públicos, provas do Enem ou exames da OAB – exigem dedicação por parte de quem terá de redigir as respostas dissertativas, escolher as opções corretas em questões de múltipla escolha – ou todas as alternativas acima (como diria a opção “e” de muitas dessas questões). Em provas e exames seletivos, geralmente com altos índices de concorrência, o esforço requerido é ainda maior. 

Por isso, não basta apenas estudar – e muito. É preciso estudar da maneira correta, conforme orienta o professor Paulo Jubilut, CEO e fundador da plataforma de educação Aprova Total, especializado na preparação de alunos para o Enem e vestibulares. “Você tem de se olhar como um atleta de elite. Você precisa se olhar como um atleta intelectual. O teu cérebro tem de estar bem para que você possa estudar e obter os melhores resultados. Se o teu cérebro não está legal, não tem como você obter uma boa nota no vestibular ou uma boa pontuação no Enem”, explica Jubilut. 

Segundo ele, o estudante precisa “se ver como um estudante profissional, mas acima de tudo um atleta intelectual”, porque vai precisar ter uma série de rotinas duras e desgastantes. “O atleta faz isso. Ele se prepara para ganhar a medalha de ouro, se prepara para ser o campeão”, diz Jubilut. “E você também precisa se olhar desta maneira. Você tem de estar disposto a pagar o preço. Um atleta dorme cedo, acorda cedo, treina muito.” 

O especialista, porém, ressalva que os estudantes precisam saber dosar as horas de estudo, para que o grau de aprendizado não seja prejudicado pelo cansaço mental. “Acho uma loucura quem faz oito ou 10 horas de estudo. Não dá. O cérebro não aguenta”, comenta Jubilut. “Você passa a ser uma pessoa que só estuda o dia todo, mas não consegue guardar quase nada. E acaba não tendo sucesso no vestibular.” 

A seguir, confira 15 dicas do professor para quem se prepara para uma prova difícil:  

  1. Faça um planejamento: tenha um cronograma de estudos e revise periodicamente para garantir que está cumprindo seus objetivos. Estabeleça metas diárias, semanais e mensais de acordo com as suas necessidades e dificuldades. 
  1. Organize seu tempo: é importante ter uma rotina bem estruturada de estudos, dedicando tempo suficiente a cada disciplina ou assunto e evitando distrações que possam afetar o seu rendimento.  
  1. Utilize diferentes recursos de aprendizagem: leia livros, assista aulas online, faça exercícios e resumos, participe de fóruns de discussão e tire suas dúvidas com professores ou colegas.  
  1. Descubra e construa seu próprio caminho: nosso cérebro tem maneiras diferentes de absorver informações –escutar, repetir em voz alta, ler. Mas uma forma inteligente de participar ativamente da construção do seu conhecimento é anotando o mais importante. 
  1. Discuta com os amigos ou colegas o que foi abordado nas aulas ou aquilo que estudou sozinho. Dessa forma, é possível identificar o que está dando certo na rotina de cada um. Isso vale para quem estuda sozinho em casa. Há cursinhos online que oferecem espaços, como fóruns, salas de estudo, comunidade tira-dúvidas, monitoria ao vivo, para a interação dos estudantes. Trocar conhecimentos e impressões ajuda a solidificar os aprendizados. 
  1. Cuide do sono: dormir é essencial para a construção de memória de longo prazo – é neste momento que o cérebro conecta as informações e fixa a matéria estudada!   
  1. Seja disciplinado: a disciplina é fundamental para o sucesso nos estudos. Evite procrastinar e mantenha-se firme em sua rotina de estudos, mesmo nos momentos em que não estiver com vontade.  
  1. Não compare seu início com o meio de ninguém: crie metas de desempenho para avaliar sua própria evolução semana a semana. Já ouviu falar em indicadores de performance (KPIs)? Veja algumas sugestões:
  • Número de videoaulas estudadas durante a semana 
  • Número de exercícios resolvidos 
  • Número de dias seguidos de estudo 
  • Número de simulados completos 
  • Número de redações feitas  
  1. Tenha certeza de que essa é a sua paixão: se você não estiver realmente apaixonado pela ideia de cursar determinada faculdade ou atuar em certa profissão, não vai existir força, motivação e disciplina para estudar. Portanto, pergunte a si mesmo(a): é essa a minha paixão? Não dá para focar apenas em retorno financeiro. Deixe de romantizar a profissão sonhada. Busque informações sobre ela.  
  1. Mantenha-se motivado: tenha em mente seus objetivos e os motivos pelos quais quer ingressar em uma faculdade. Isso pode ajudar a manter o foco e a persistência nos estudos.  
  1. Foque em exercícios: faça muitos exercícios e simulados para entender como as questões são formuladas e ganhar mais confiança no dia da prova.  
  1. Descanse o suficiente: é importante ter boas noites de sono e evitar estudar por longas horas seguidas sem descanso. Descansar ajuda a fixar melhor as informações.  
  1. Cuide da sua alimentação: ter uma alimentação saudável é fundamental para manter a energia e a concentração durante os estudos.  
  1. Identifique suas dificuldades: descubra quais são os seus pontos mais fracos e foque neles, dedicando mais tempo e esforço para superá-los.  
  1. Esteja confiante: acredite em si mesmo e tenha confiança no seu potencial. A confiança é fundamental para enfrentar o desafio com mais segurança e tranquilidade. Tenha cuidado com o pensamento “E se eu não passar": foque apenas em fazer o seu melhor, dia após dia.

Dia da Luta pela Educação Inclusiva alerta para a importância do preparo da comunidade escolar

Celebrada no dia 14 de abril, data é um marco para o Instituto Ester Assumpção, que tem entre suas frentes de trabalho promover a inclusão no ambiente escolar


Mobilizar a sociedade em favor da inclusão escolar de pessoas historicamente excluídas do processo educacional. Esse é um dos focos do Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva, celebrado em 14 abril, que chega como um alerta para ajudar as pessoas com deficiência a se inserirem ainda mais no ambiente estudantil e consequentemente, no mercado de trabalho. No entanto, nem sempre os indivíduos com a condição conseguem ser incluídos como deveriam, já que a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), não é respeitada como deveria, conforme menciona Cíntia Santos, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção. A entidade, que realizou no último ano o Paideia - Programa de Assessoria e Intervenção voltado para o Desenvolvimento Educacional Inclusão e Acessibilidade, viabilizado pelo Criança Esperança, percebeu que ainda é preciso avançar muito.

Para Cíntia Santos, o Paideia serviu como um termômetro para ver que, mesmo com novas metodologias, a educação ainda passa por situações vividas em décadas passadas. Para ela, o Dia da Luta pela Educação Inclusiva é importante, mas ainda é possível fazer mais ações. “Estamos falando de falta de investimento e precariedade na adoção de modelos pedagógicos para a diversidade, além de analfabetismo e analfabetismo funcional. De acordo com dados da ONU em 2018, por exemplo, as pessoas com deficiência têm menor probabilidade de frequentar a escola e maior probabilidade de serem analfabetas do que as sem deficiências. Por isso, nas intervenções que fizemos através do Paideia, realizamos a avaliação de 105 crianças do primeiro ao nono ano do ensino fundamental cujos profissionais das escolas apontaram como tendo algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Este número foi uma amostragem para planejar mais ações inclusivas”, comenta.

Segundo a psicóloga, o Paideia foi de suma importância. “Com o programa, vimos que a inclusão escolar é possível. No entanto, é preciso o engajamento e o preparo de toda a comunidade escolar, que começa na casa, com os pais e responsáveis, até a sala de aula”, salienta.


Planejamento e atitude

O projeto do Instituto Ester Assumpção em parceria com o Criança Esperança, atuou diretamente em escolas públicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Na época, formamos um comitê gestor das ações inclusivas, composto por professores, gestores e representantes dos alunos com deficiência. Oferecemos atividades de intervenções psicopedagógicas para as crianças com deficiência e realizamos palestras sobre educação inclusiva. Além disso, tivemos oficinas para adaptação de materiais pedagógicos e cursos sobre educação inclusiva, em especial para educadores e gestores”, adiciona Cíntia Santos.


Potencial

Por todo esse trabalho, Cintia Santos vê que ainda é preciso conscientizar a sociedade acerca do potencial da pessoa com deficiência. “Temos muito despreparo para a assistência das necessidades educacionais desses alunos, tanto que em 2020, segundo o Censo Escolar, o Brasil tinha 1,3 milhão de crianças e jovens com deficiência na Educação Básica. Desses, 13,5% estavam em salas ou escolas exclusivas, e 86,5% estudavam nas mesmas turmas dos demais alunos. Porém, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), também elaborada pelo IBGE e divulgada em agosto de 2021, revelou o tamanho da lacuna educacional desse contingente da população brasileira e 67% não tinham instrução alguma ou só o ensino fundamental incompleto. Entre as pessoas sem deficiências, esse porcentual é de 30%. Realizar esse trabalho foi muito importante para mapear como está a situação e continuar em frente trabalhando pela inclusão”, conclui.


Instituto Ester Assumpção
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