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quinta-feira, 28 de julho de 2022

Do Dia dos Pais ao Natal, varejo deve focar no lucro com menos perdas

A prevenção de perdas é estratégia vital porque faz com que o varejista aumente seu lucro, sem que seja necessário multiplicar as vendas 

 

Os dados de desempenho de vendas do varejo nos primeiros seis meses de 2022 ainda não foram divulgados. Mas os lojistas estão ansiosos com os números, especialmente porque as vendas em junho último cresceram 5,9%, descontada a inflação, em comparação com igual mês de 2021, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Apesar do registro até significativo, um fato é certo: diminuir perdas é essencial para que as empresas lucrem mais no segundo semestre.

É este segundo semestre que guarda as melhores datas de vendas do varejo brasileiro. Agora em agosto ocorre o Dia dos Pais, em outubro acontece o Dia das Crianças, em novembro tem a Black Friday e dezembro, claro, o Natal. “São nesses períodos de grandes movimentações que infelizmente também aumentam os furtos em lojas e as fraudes nos PDVs, extravio de mercadorias, atrasos nas entregas e avarias no armazenamento e transporte de produtos. Portanto, diminuir perdas torna-se mandatório a partir de agora”, diz Hailton Santos, diretor Comercial da Gunnebo Cash Management (www.gunnebo.com.br), empresa que integra a Sesami Company e é referência em soluções efetivas e inovadoras para segurança, produtividade e gestão nos segmentos de varejo, bancos e transporte.

A prevenção de perdas é considerada uma estratégia vital, porque ela faz com que o varejista aumente seu lucro, sem que seja necessário multiplicar as vendas, algo cada vez mais difícil em tempos de recuperação econômica após pouco mais de dois anos de pandemia. Para diminuir as perdas e principalmente manter a lucratividade do negócio, o varejo, que trabalha com margens em torno de 2%, tem à disposição, segundo Santos, uma série de soluções que auxilia na proteção de produtos, garantem a segurança da loja, além de facilitar a gestão e o controle das equipes operacionais e de vendas.

Do PDV à gestão de numerário - Para o PDV Santos indica o uso do CFTV, que além de ser importante para reconhecimento de indivíduos em atividades ilegais, também serve para desencorajar ações antes delas acontecerem. Há ainda o Gatecash, ferramenta de monitoramento que possibilita ao varejista diminuir as fraudes (cancelamentos de cupons indevidos, descontos irregulares e aberturas excessivas de gaveta), além de minimizar os erros operacionais e até mesmo as falhas de inventário.

O XReader, sistema de leitura automática de código de barras e identificação de produto por imagem, pode ser utilizado em qualquer checkout com esteira. O sistema evita que algum item passe pelo leitor sem ser registrado, reduzindo as perdas por erro de leitura ou fraude do operador. “Com ele o cliente também efetua sua compra, especialmente aquela de grandes volumes, com uma redução de até 30% no tempo de atendimento”, diz Hailton Santos.

O Intelisafe, cofre inteligente para gestão de numerário, por sua vez, tem um software avançado, o Cash Control, que permite a sincronia de todos os processos, desde o depósito do dinheiro no cofre até o transporte ao banco. Gerenciado por um data center, ele tem um contador de notas que contabiliza as cédulas depositadas, evitando o erro humano, rejeita notas falsas e oferece diferentes velocidades de leitura e capacidade de depósito, conforme a necessidade do varejista.

De acordo com Santos, prevenir perdas deixou de ser algo que se ouvia falar que as grandes redes realizavam. “Com as margens cada vez mais apertadas por causa do aumento da concorrência e da disputa pela renda do consumidor, a prevenção pode significar uma questão de sobrevivência”, argumenta. Pelo terceiro ano consecutivo, o índice geral de perdas caiu no varejo, para 1,21%, totalizando pouco mais de R$ 24 bilhões, como aponta a 5ª Pesquisa Abrappe de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) em parceria com a KPMG em 12 segmentos.

  

SESAMI

https://www.sesami.io/  

 

GUNNEBO CASH MANAGEMENT

www.gunnebo.com.br


Brasileiros já podem conseguir green card para os EUA pelo metaverso

Foto: AG Immigration/Thomaz Assessoria


Escritório de advocacia AG Immigration inaugura ambiente no AltSpaceVR

 

A AG Immigration – escritório de advocacia imigratória para os Estados Unidos – inaugurou nesta semana sua sede no AltSpaceVR, metaverso da Microsoft. No ambiente virtual, os clientes da empresa poderão agendar consultas com advogados, consultar petições e participar de palestras e workshops gratuitos sobre como morar e trabalhar nos EUA.

 

“Quase todos os nossos casos já são realizados à distância. Agora, em vez de fazermos reuniões por videoconferência, poderemos oferecer uma experiência muito mais imersiva ao cliente, possibilitando uma abordagem mais afetiva e que gera mais confiança durante todo o processo imigratório”, explica Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, primeira empresa do tipo a marcar presença no metaverso.

 

Inicialmente, o escritório da AG no metaverso realizará consultas jurídicas aos clientes por meio de agendamento prévio. Em breve, porém, serão criados espaços públicos e abertos a todos os usuários do AltSpaceVR. “Teremos ambientes onde as pessoas poderão fazer testes para verificar as chances de obter um determinado visto ou simular uma entrevista com a imigração americana”, antecipa Rodrigo Costa.

 

O escritório de advocacia, que tem sede em Washington, D.C., trabalha atualmente com clientes de quase 30 países, sendo o Brasil o seu maior mercado. Em 2021, a quantidade de brasileiros que se tornaram cidadãos dos EUA bateu recorde. Foram 12.281 pessoas recebendo a naturalização americana – o maior número da história e 47,5% superior a 2020 (8.323). Os dados são do Departamento de Segurança Interna do país.

 

Os números também revelam que o Brasil foi o oitavo país que mais recebeu green cards no ano passado. Foram 17.952 emissões do documento, que garante o direito de morar e trabalhar permanentemente nos EUA. Trata-se de um aumento de 7,2% sobre 2020 (16.746) e o segundo maior número da história.

 

O metaverso tem ganhado popularidade nos últimos meses, com um número crescente de empresas indo para o mundo virtual, replicando experiências e ambientes da realidade, sempre com foco na conexão social. De acordo com a Gartner, consultoria de inteligência de mercado, 25% das pessoas irão passar ao menos uma hora no metaverso, seja para compras, cursos, entretenimento ou interações sociais.

 

O metaverso da AG Immigration foi criado por uma empresa brasileira de desenvolvimento de jogos, aplicativos e conteúdo de mídia digital. O AltSpaceVR foi escolhido por ser hoje um dos poucos universos que permitem aos usuários interagir tanto por meio de óculos de realidade virtual (3D) quanto por meio do computador (2D). “Além disso, o AltSpaceVR oferece melhor processamento gráfico, o que permite uma imersão mais realista. É também mais frequentada pelo público adulto em comparação aos outros metaversos e contém mais recursos que nos permite manter o sigilo das informações”, explica Costa.

 

Consulta no Metaverso

 

A primeira consulta da AG Immigration no Metaverso – e a primeira realizada em todo o mundo – foi com a especialista em marketing digital Juliany Domingues. Ela é CEO de uma empresa de consultoria da área e planeja ir para os Estados Unidos nos próximos anos, para aproveitar as oportunidades do mercado de trabalho americano.

 

“Já ouvi falar em alguns vistos, como o EB-1 e o EB-2, mas foi muito importante ter conversado com a advogada da AG Immigration para entender qual tipo de green card é o mais indicado para mim. Fiquei feliz em saber que posso ser elegível para conseguir a residência permanente nos EUA”, afirmou.

 

 

Rodrigo Costa - possui vasta experiência profissional na área de negócios, tecnologia e marketing, tendo atuado com consultoria em diversas multinacionais no Brasil, ajudando-as a melhorar sua performance financeira. Atualmente, mora nos Estados Unidos é CEO da AG Immigration - um dos mais renomados escritórios de imigração americana. E também é especialista em mercado de trabalho americano.

 

Pedidos de empréstimos crescem mais de 30% nos últimos 12 meses

Dívidas lidera as razões para as solicitações de crédito, seguido por negócio próprio, aponta FinanZero;

 

Inflação lá em cima, diminuição do poder de compra e economia instável fazem com que as pessoas busquem alternativas para se reerguer financeiramente

Em um cenário ainda pandêmico e com fatores, como acesso à saúde, contas, desemprego, somados ao período de crise econômica ao qual o Brasil enfrenta, acabam por resultar em um endividamento da população. Assim, os brasileiros têm tentando ter mais dinheiro para dar conta dos gastos através dos empréstimos pessoais, que registraram um aumento significativo em sua demanda.   

É o que aponta o Índice de Empréstimo FinanZero (IFE) de junho, que analisou 12,263 milhões de cadastros em sua base de usuários e mostrou uma alta de 34% nos pedidos de crédito pessoal nos últimos 12 meses. 


Além disso, tem sido possível sentir no bolso a acentuação da inflação, assim como o ineficiente reajuste salarial, que não acompanhou as elevações dos valores. O último relatório do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação do país, registrou uma aceleração de 0,67% em junho, após ter registrado crescimento de 0,47% em maio. Já o acumulado dos últimos 12 meses, atingiu 11,89%, de acordo com a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), número que continua bem acima da meta do Banco Central para a inflação neste ano, de 3,5%. 

 

Esse contexto corrobora para a diminuição do poder de compra, os itens básicos de sobrevivência passaram a ter um custo acima do que é possível comportar pelo salário, portanto, manter as contas em dia e terminar o mês no azul se tornou ainda mais desafiador para uma boa parcela.

 

Pedidos de crédito: perfil médio dos solicitantes

 

Ainda de acordo com dados do IFE, o perfil médio de quem solicita crédito apresentou alterações. A renda salarial das pessoas que pediram empréstimos em junho de 2022, foi equivalente a 2,8 salários mínimos, enquanto que no mesmo período do ano passado essa média era de 3 salários. Não obstante, outros dados chamam atenção: há uma retração de 4% na porcentagem de homens que recorrem ao empréstimo, assim como ocorreu uma diminuição do valor requisitado, uma vez que a média saiu da casa de R$: 7.129,00, para R$: 6.653,00 no mês anterior.

 

Para Cadu Guidi, sócio-diretor de marketing da FinanZero, os pedidos de crédito estão ligados com a alta da inflação e aumentos em produtos e serviços que afetam diversas áreas da vida dos brasileiros. “O comprometimento da renda, em conjunto com o desemprego, má administração do dinheiro, solicitação de linhas de créditos com juros mais caros, como cheque especial e cartões de crédito, resultam no endividamento progressivo da população. Essas condições contribuem para a demanda de buscas por empréstimos nas fintechs”, comenta.


 

Dívidas e negócio próprio são os principais motivos de pedidos de crédito

 

Com base nos dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no mês passado, o endividamento chegou a 77,3%. Na comparação com junho de 2021, houve crescimento de 7,6 pontos percentuais. Não à toa, a última edição do índice apontou que a finalidade dos pedidos de crédito permanece a mesma nos últimos 12 meses: quitação de dívidas (33%), a maior preocupação nos últimos anos. 

Em segundo lugar, apareceu a razão “negócio próprio", que chegou a 17% das solicitações registradas na plataforma da fintech. Esse número está relacionado ao expressivo crescimento de MEIs cadastrados no país, atrelado ao crescimento do empreendedorismo por necessidade, em que os trabalhadores, na tentativa de se reajustar, optam por empreender de maneira autônoma pela falta de oportunidades, visando obter uma renda para se manter.


Indústria 5.0: entenda seu impacto na sociedade

Saiba quais os principais benefícios da quinta revolução industrial e quais tecnologias estarão por trás disso

 

Melhorar a eficiência e a produtividade por meio das novas tecnologias foi um dos principais pilares da Indústria 4.0, mas, a próxima fase da revolução industrial já está cada vez mais próxima. A Indústria 5.0 vem com a ideia de um modelo de trabalho no qual pessoas operam em total sinergia com máquinas inteligentes. Neste cenário, robôs ajudam humanos a trabalhar melhor e mais rápido, valendo-se, para isso, de tecnologias digitais avançadas, como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e Big Data. “Os dados foram fundamentais para a transformação digital, porém, eles estarão no centro das mudanças propostas pela Indústria 5.0. Diante disso, os data centers terão um papel importante no desempenho operacional das tecnologias que estarão unidas à inteligência humana, sendo um pilar para a nova era industrial”, explica Eliel Andrade, Gerente de Produtos e Arquitetura de Soluções da ODATA, provedora brasileira de data centers.

De acordo com a pesquisa Industry 5.0: A Survey on Enabling Technologies and Potential Applications, o panorama da Indústria 5.0 vislumbra novas abordagens resilientes, sustentáveis e centradas no ser humano, em diversas aplicações emergentes. Como exemplo, as fábricas do futuro e a sociedade digital. O que mostra como essa visão alavanca a inteligência humana e a criatividade vinculadas a robôs colaborativos cognitivos inteligentes, eficientes e confiáveis. O objetivo é alcançar soluções de fabricação baseadas em zero desperdício, zero defeito e customização em massa. “Conforme as máquinas e dispositivos funcionais se tornam mais inteligentes e conectados, a Indústria 5.0 busca combinar tais tecnologias com inteligência humana em operações colaborativas. A quinta revolução industrial ainda está em desenvolvimento, mas, já está no dia a dia de países mais avançados, mesmo sendo uma novidade em outros, nos quais a Indústria 4.0 ainda é o objetivo”, conta Eliel.

O propósito da Indústria 5.0 é alavancar a criatividade única, o pensamento crítico e cognitivo de especialistas humanos para colaborar com máquinas poderosas, inteligentes e precisas. Por esse motivo, os visionários técnicos acreditam que a Indústria 5.0 trará de volta o toque humano à indústria manufatureira. Diferente da quarta revolução industrial onde a prioridade é a automação de processos, de modo que se reduza a intervenção humana no processo de fabricação. Essa nova era industrial usará análises preditivas e inteligência operacional para criar modelos que visam tomar decisões mais precisas e menos instáveis. Assim, ampliará significativamente a eficiência de fabricação e criará versatilidade entre humanos e máquinas, delegando a responsabilidade pela interação e atividades de monitoramento constante.

A ideia é desempenhar um papel significativo em uma variedade de aplicações, ao adotar tendências tecnológicas da nova geração como habilitadoras para seu funcionamento. Tecnologias como Big Data Analytics, por exemplo, auxiliará nos processos de customização em massa na Indústria 5.0, garantindo integração sem falhas com os recursos disponíveis. Com isso, dados analíticos em tempo real, compartilhados com sistemas inteligentes e com robustos data centers, auxiliarão os fabricantes na produção e no gerenciamento de grandes quantidades de dados.

“Neste cenário, a customização é um dos pilares da manufatura do futuro, sendo os dados fundamentais para as indústrias, que deverão se adequar a uma realidade na qual a manufatura será escalável e personalizada. Com isso, acontecerá um aumento massivo de dados que precisará ser processado de forma eficiente. Os data centers serão pontos centrais da estrutura e devem estar bem-preparados para uma grande procura. Além disso, a alta disponibilidade de energia, capacidade e flexibilidade são algumas das características necessárias para esse novo momento”, disse Eliel.

Mesmo com o impulso da transformação digital e a chegada do 5G, ainda há um longo caminho a se percorrer no Brasil, embora a tecnologia avance rapidamente, o mercado nacional ainda enfrenta alguns gargalos para avançar com a implementação desses recursos: nos faltam profissionais especializados, igualdade digital, e impulso a um ecossistema de inovação. Mesmo com tantos desafios, as tendências apontam para um futuro promissor em que finalmente passaremos a usar o melhor de nossos recursos: as habilidades humanas conectadas ao poder da inovação.

 

 ODATA

http://odatacolocation.com

 

Brasileira relata momentos de terror ao tentar entrar nos Estados Unidos ilegalmente

Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, descreve o relato de uma brasileira que foi presa com sua família ao tentar atravessar a fronteira do México

 

As crises que afetaram o Brasil durante a pandemia encorajaram muitas pessoas a tentarem uma vida nova em outro país. Na maioria das vezes, a escolha é os Estados Unidos, principalmente pelas facilidades que o país oferece. No entanto, é necessário seguir as metodologias legais de imigração para que a construção deste sonho não se torne um pesadelo.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, revela que recebeu um relato de uma brasileira que estava diante de uma situação difícil durante a pandemia e decidiu buscar uma nova vida nos EUA ao lado de sua família. “Afastados de seus trabalhos durante a crise gerada pela Covid-19, um casal de Araraquara, interior de São Paulo, recebeu uma oferta de emprego nos Estados Unidos. A proposta partiu de um amigo do casal, que afirmou que eles deveriam entrar como turistas e permanecer trabalhando por lá enquanto vivem de forma ilegal no país”, relata.

As coisas ficaram ainda mais complexas quando esse amigo do casal apresentou uma pessoa que, supostamente, conhecia os caminhos para que eles atravessassem a fronteira através do México. “O preço combinado era de R$ 20 mil reais por pessoa, totalizando 80 mil para a família, que deveriam ser pagos à vista antes deles embarcarem para o México. Sem garantias financeiras no Brasil e com R$ 60 mil reais arrecadados ao longo dos anos guardados, o casal vendeu seus pertences e apostou todas as fichas na ida aos Estados Unidos através da fronteira mexicana. Mas as coisas, obviamente, não correram como o planejado”, pontua Toledo.

De acordo com o advogado, a família embarcou para o México e logo na chegada as primeiras surpresas começaram a aparecer. “Eles receberam uma mensagem dizendo que cada pessoa só poderia levar uma mochila pequena com três trocas de roupas, comida e água. Nada além disso. O ônibus era extremamente mal conservado, sujo e repleto de pessoas que estavam em busca de uma vida melhor, mesmo que da maneira errada. Eles haviam pago R$ 80 mil reais. Eram as economias da vida dessa família e já não tinha mais volta a partir daquele ponto”, lamenta.

Toledo relata que os brasileiros viveram momentos de tensão. “O ônibus parou em uma pensão para que eles tomassem banho e descansassem. Passaram um dia inteiro por lá e na manhã seguinte foram acordados às 5 da manhã aos gritos para que levantassem rápido porque o ônibus sairia em 20 minutos. Partiram ainda de madrugada, mas a quantidade de alimento foi diminuindo e o clima no ônibus ficando bem pesado. Ela afirmou que era uma mistura de ansiedade, medo, falta de confiança e desespero”, declara.

“O corpo e a cabeça doíam, as crianças não aguentavam mais e reclamavam o tempo todo. Já estava a ponto de ter uma crise de pânico, mas me segurava. Pensava apenas na possibilidade de conseguirmos um emprego e estabilizar nossas vidas. Mais uma noite em uma pensão com 12 pessoas no quarto. Mais uma noite sem fechar os olhos. Já era a terceira. Eu já não conseguia pensar direito”, diz a brasileira na carta enviada ao advogado.

Chegando ao destino final em terras mexicanas, a família conheceu os coiotes que, teoricamente, os levariam até os Estados Unidos. “A brasileira conta que eles dividiram os imigrantes em três grupos, cada um com um coiote. A instrução era de não parar por nada, pois quem parasse por qualquer motivo, ficaria para trás e estaria por conta própria. Além disso, os responsáveis pela travessia falaram que três pessoas de cada grupo ficariam encarregadas de levar uma mochila de equipamentos médicos e um kit de primeiros socorros, algo incomum para uma travessia ilegal”, relata Toledo.

"Estávamos cansados, estressados e sem absolutamente nada para comer. Teríamos que aguentar mais 24 horas sem comer e, em seguida, fazer a travessia. Ver nossos filhos naquela situação nos destruía por dentro. Dormi encostada em uma parede de madeira e, quando acordei de madrugada, vi um dos coiotes olhando para minha filha dormindo. Chamei meu marido e não dormimos mais. Era um terror”, diz um trecho da carta.

Com os grupos formados, começou a jornada de travessia da família e de outros imigrantes, majoritariamente latino americanos, rumo aos Estados Unidos. No entanto, a viagem teve início de forma desesperadora. “Os brasileiros estavam acompanhados de um casal de venezuelanos, quatro haitianos e o coiote. Os medicamentos citados anteriormente, que três pessoas deveriam levar, eram na verdade embalagens com dois quilos de cocaína cada. Esse era o preço que os traficantes cobravam para que os viajantes passassem por seu território”, revela o especialista em Direito Internacional.

“Ficamos paralisados e eu comecei a chorar estática. Não conseguia me mexer e o coiote disse que nos abandonaria ali mesmo e seguiria viagem. Dois haitianos e um venezuelano levaram os três pacotes. Eu só andava e chorava. Tentava manter uma certa distância deles para que não pensassem que estávamos fazendo algum tipo de tráfico, mas não podíamos nos distanciar muito porque nos perdíamos do coiote”, relata a brasileira.

Em dado momento, os caminhos do coiote e dos imigrantes iriam se separar. “Após uma longa caminhada, o responsável pela travessia disse que eles já estavam em território norte americano, apontou para uma estrada de terra e afirmou que ela os levaria a uma pequena cidade e, de lá, poderiam dar início a suas jornadas nos Estados Unidos”, revela Toledo.

A família estava perto de alcançar seu objetivo e dar início a uma vida nova nos EUA, afinal já contavam com empregos garantidos mesmo que vivessem ilegalmente no país. No entanto, a caminhada na estrada de terra durou menos de cinco minutos. “Policiais americanos chegaram de todos os lados, cercando o grupo de imigrantes. O marido da brasileira tentou conversar com os oficiais, mas foi empurrado e algemado”, conta Daniel.

Para a brasileira, o momento foi de desespero. “Foram os momentos mais desesperadores da minha vida, porque eu sabia que eles iriam achar a cocaína nas mochilas das outras três pessoas e nos prender. Não tinha nada conosco, mas poderiam pensar que éramos traficantes e nossas vidas estariam simplesmente acabadas”, relata.

Com as drogas encontradas, todos foram algemados e levados até a agência de imigração. “Colheram todas as informações e levaram os brasileiros de volta à fronteira do México, alegando que se eles voltassem aos Estados Unidos seriam presos por crime federal. A família usou o resto do dinheiro que ainda tinha para pegar um transporte até a Cidade do México e, de lá, voltaram ao Brasil”, declara o advogado.

“Esse foi um pouco do inferno que passamos. Voltamos para o Brasil e hoje estamos em uma situação muito pior do que antes. Perdemos todo o nosso dinheiro, reservas e ainda causamos um trauma enorme em nossos filhos. Me arrependo amargamente do dia que tive essa infeliz ideia de tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos”, finaliza a brasileira em sua carta.

Para Toledo, esse relato é reflexo das constantes incertezas geradas pelas crises do Brasil, mas reforça a importância de um processo realizado de forma legal para uma entrada sem dores de cabeça nos EUA. “Eu imagino que o Brasil esteja enfrentando uma situação extremamente difícil, mas algumas escolhas podem impactar a vida das pessoas de uma forma gigantesca. Essa família, por exemplo, perdeu todos os seus bens, sofreram diversos traumas e terão que reconstruir suas vidas do zero. Se a intenção é morar nos Estados Unidos, converse com um advogado de imigração e solicite um visto da maneira correta, evitando problemas que podem ser irreversíveis no futuro”, finaliza. 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.

  

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Inteligência artificial imitando vozes: quais os perigos desta tecnologia?

 

A linha entre a realidade e a ficção está cada vez mais tênue. Caminhando a passos velozes, os avanços da inteligência artificial trazem consigo benefícios enormes para uma maior otimização, segurança de dados e, até mesmo, divertimento por meio de sistemas cada vez mais interativos. Mas, quando utilizadas para fins desvirtuosos, podem trazer perigos graves em um efeito cascata para toda a sociedade.

Em um recente anúncio feito pela Amazon, atualizações da Alexa permitiriam que este robô imite vozes de qualquer pessoa, por meio de algoritmos capazes de identificar as entonações e registros únicos de cada pessoa, após ouvir gravações curtas de áudio. Em um primeiro momento, se torna curioso e atrativo ter uma inteligência que consiga replicar vozes de entes queridos que já nos deixaram, amigos com quem temos afinidade ou, ainda, famosos e políticos que idolatramos. Mas, em uma análise mais profunda, existem perigos enormes em se apropriar de tais características em quaisquer sistemas acessíveis à população.

Toda tecnologia traz consigo os dois lados da moeda. Se tratando especificamente da inteligência artificial, cerca de US$ 93,5 bilhões foram investidos para fins privados em 2021 – estimulando uma imensa geração de emprego neste segmento e em áreas correlacionadas e, assim, o desenvolvimento de produtos e serviços robustos que tragam facilidades para o dia a dia da população. Dados e perspectivas inegavelmente positivos, mas, também, mascarados por riscos que muitos deixam de considerar.

Em uma era polarizada de constantes conflitos de opiniões divergentes, contar com uma ferramenta que simule vozes de qualquer pessoa, é a oportunidade perfeita para manipulações de interesses pessoais e profissionais. Como exemplo mais sutil, um adolescente pode utilizar este recurso para reproduzir a voz de seus pais ou responsáveis para adquirir algo de seu interesse. Ou, pensando em cenários mais graves, um defensor político nato pode criar falas e discursos polêmicos de candidatos contrários a seu partido para danificar sua imagem, gerar entraves e, ainda, a possibilidade de desentendimentos sérios.

A disseminação destas fake news, definitivamente, teriam um poder avassalador que, dificilmente, conseguiriam ser contidas. Afinal, em meio a um mar extenso de conectividade através de inúmeras redes sociais e canais de comunicação, se torna cada vez mais complexo distinguir as informações verídicas daquelas manipuladas.

São poucos os que hoje, buscam compreender a fonte de cada notícia lida, a confiabilidade de quem a escreveu e, muito menos, conferir aquele dado em mais de um canal como forma de assegurar sua veracidade. Opiniões incompletas, superficiais e equivocadas vêm se tornando cada vez mais presentes, deixando para trás um senso crítico fundamental para a distinção desses opostos e, como critério de exclusão das tentativas de distorções.

Qualquer sobrevalorização para informações compartilhadas em redes sociais, influenciadores ou conhecidos, ao invés de fontes verídicas e profissionais qualificados, apenas abrirá portas para cada vez mais conflitos e desentendimentos baseados em dados manipulados e divulgados para fins egocêntricos. Em ferramentas capazes de simular vozes de qualquer ser humano, estes cenários podem se tornar ainda mais frequentes – especialmente, em vista de eventos políticos extremamente importantes, como a chegada das eleições.

Ainda não temos perspectivas do lançamento do recurso da Amazon para o público, mas, pouco nos distancia desta realidade. Para que possamos desfrutar ao máximo das vantagens desta tecnologia, é essencial aprimorarmos um senso crítico mais refinado, analisando com maior cuidado toda informação recebida e evitando disseminá-la antes de sua confirmação. Afinal, a única arma que temos contra tais tentativas distorções é a nossa capacidade de reflexão acerca do que ouvimos.

 

 Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO 56002 na América Latina.

 

PALAS

www.gestaopalas.com.br

 

Novo decreto regulamenta a Lei Anticorrupção, entenda o impacto nas empresas

O decreto nº 11.129 de julho de 2022 traz alterações e reforça a necessidade de aplicar o compliance nas organizações

 

Na terça-feira (12/07), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o decreto nº11.129/22, que altera a regulamentação da Lei 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção. Este começa a valer a partir do dia 18 de julho e revoga a 1ª regulamentação da legislação, feita em um decreto de 2015.

As modificações visam aperfeiçoar o processo de investigação de pessoas jurídicas, assim como os critérios de fixação de multas. Além disso, o decreto estabelece o processo de due diligence – conhecido também como checagem de antecedentes ou background check – para três novas categorias:

  1. Despachantes, consultores, representantes comerciais e associados;
  2. PEPs e seus familiares, estreitos colaboradores e pessoas jurídicas de que participem;
  3. Realização e supervisão de patrocínios e doações.

Cláudio Marson, head de consultoria empresarial e auditoria no Grupo IAUDIT – empresa especializada em due diligence, compliance e auditoria, com mais de 20 anos no mercado –, esclarece  os principais pontos dessa atualização. 

“Em resumo, este novo decreto impacta na destinação e alocação de forma correta de recursos pela alta direção às ações de compliance, as comunicações periódicas sobre o programa de compliance, gestão adequada dos riscos, bem como a reavaliação e adequação do compliance e exigência na ampliação no campo das diligências”, comenta ele.

Dentro disso, o novo decreto busca endurecer a responsabilização de pessoas jurídicas, nos campos administrativo e civil, por atividades contra a administração pública nacional ou estrangeira. Marson também ressalta que o decreto nº 11.129/22 aponta para uma direção mais prática. Segundo ele, é cada vez mais importante que o programa de compliance seja aplicado, ao invés de estar mais presente somente no papel.

Além disso, o especialista também comenta sobre a relevância do canal de denúncias na nova regulamentação: “É importante ressaltar a permanência da importância do canal de denúncias como meio apropriado para comunicação de possíveis irregularidades dentro de empresas, conforme art. 57”, explica Marson.


Qual o impacto do decreto nº11.129/22 para as empresas?

Com alterações na Lei Anticorrupção, é importante para as empresas entender qual o impacto e se existem mudanças que precisam ser implementadas de imediato, no intuito de manterem-se dentro da lei.

A pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil realizada e publicada em 2021 pelo KPMG, mostrou que nos últimos três anos que precedem o estudo, 33% das empresas entrevistadas criaram um setor de compliance. 

“Para as empresas, esta é uma ótima oportunidade de aprimorar ainda mais o seu programa de compliance, visando mitigar riscos e fortalecendo as corporações com um crescimento sustentável e pautado em valores éticos”, comenta Marson.

As alterações impactam diretamente nas altas administrações, uma vez que estas visam regularizar o compliance não só no campo teórico, mas no campo prático, segundo o head de consultoria empresarial e auditoria do Grupo IAUDIT. 

Segundo os artigos nº 56 e 57 do novo decreto, a regulamentação pede que, de fato, o compliance seja colocado em prática e também deve ser continuamente revisado e atualizado. 

“As empresas, tendo ou não um programa de compliance estruturado, devem recorrer à especialistas para implantar ou adequar o seu programa ao novo decreto. Dentro disso, é sempre recomendada a busca por empresas com know how no assunto e que estejam atualizadas diante das novas exigências”, finaliza Marson.

 

 Grupo IAUDIT

https://www.iaudit.com.br/  

 

Dados ao centro: como a coleta de informações tem mudado os processos de gestão empresarial

A explosão de dados e de informações que direcionam não somente a área de TI, mas todas as que se correlacionam entre si para atingir o estado da arte no negócio de cada empresa ou setor econômico estão conduzindo o processo de iniciativas para elevar, de forma ágil e exponencial, as grandes e necessárias mudanças que são tão relevantes para o mercado. É notório o quanto esse processamento de dados tem sido impulsionado e ganho o reconhecimento devido para compor as transformações no core business das organizações.

Há um tempo a coleta uso de dados e informações deixou de ser algo aproveitado somente pelo setor de TI e atingiu todo sistema das organizações com iniciativas para elevar, de forma ágil e exponencial, as grandes e necessárias mudanças mercadológicas. É notório o quanto esse processamento de dados tem sido impulsionado e ganho o reconhecimento devido para compor as transformações no core business das organizações.

Primeiro, vimos o limiar da automatização, com os programadores e gerentes de negócios atuando sob pressão constante para cortar custos e, desta forma, promovendo interações para atingir as metas esperadas. Nesse cenário, também foi inserido o papel de liderança da TI, como forma de auxiliar a empresa e todos ao seu redor para tornar as experiências mais efetivas e eficazes, claro, com resultados claros e palpáveis. Nos últimos três anos, o crescimento do movimento em torno da chamada transformação digital, em curso há aproximadamente uns 10 anos, se amplificou   acelerando conceitos e aprendizados, que passaram a ditar os nossos dias.

A digitalização otimiza os recursos de tecnologia, além de maximizar a eficiência operacional e o retorno para as empresas. Nunca é demais ressaltar o quão importante é manter os olhos voltados para o uso dos dados, entender como são aplicados, como deve ser realizado e detalhado o acesso assertivo a eles. Sem contar, certamente, na confiabilidade e visão única das informações para o negócio, proteção e melhor aproveitamento desses dados/informações.

Cada vez mais, temas vocacionados a dados como Data Analytics, Inteligência Artificial, Integração de Aplicações e Hiperautomação, Visão Única de Cliente e/ou Produto, Governança e Privacidade de Dados, Data-Driven integram a cadeia que deve ser acompanhada por profissionais da linha de frente das corporações a fim de potencializar as estratégias de negócios de toda e qualquer instituição. Com funcionalidades intrínsecas, todos esses conceitos se conectam e povoam as bases de dados oferecendo os inúmeros benefícios à estrutura de tecnologia implantada.

Agora, essa aceleração se reflete em otimizar a experiência do cliente (CX) como jornada para intensificar sua utilização direta, amigável e objetiva e, com isso, poder fidelizar esses consumidores. As empresas estão se voltando para investimentos em tecnologias para potencializar esse serviço. Em pesquisa recente do MIT SMR Connections, intitulada "Transmitir experiências que conquistam negócios e constroem lealdade”, foram ouvidos 2.670 profissionais entrevistados globalmente, todos envolvidos ou familiarizados com as atividades de CX, e aproximadamente 50% afirmaram que suas empresas planejam ampliar os investimentos em tecnologia de experiência do cliente entre 11% e 50% nos próximos dois anos, e mais de 20% têm planos de incrementar os investimentos relacionados à experiência do cliente entre 50% e 100% no mesmo período. Somente 5% não projetam nenhum aumento nesse espaço de tempo.

O que podemos extrair desse movimento de transformação social é que o uso combinado de ferramentas tecnológicas e de dados se alinhem a uma estratégia com metas claras para que o processo evolutivo se perpetue e seja prioridade de lideranças e executivos C-Level para o atingimento de resultados concretos.



Esdras Cândido - vice-presidente de Produtos e Serviços da Orys, consultoria especializada em inteligência de dados.

 

Planejamento previdenciário pode fazer diferença em aposentadoria de MEI

Com contribuição complementar, categoria pode chegar ao teto do INSS em aposentadoria, afirma o advogado especialista Eliseu Silveira


A formalização de profissionais a Microempreendedor Individual (MEI), dá direito a benefícios trabalhistas e previdenciários, por meio de uma contribuição mensal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contribuição padrão do MEI, normalmente garante um salário-mínimo de benefício na aposentadoria. Com um planejamento previdenciário, é possível saber se é vantajoso pagar uma complementação para aumentar esse valor.

O advogado e secretário da Comissão de Políticas Públicas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB/GO), Eliseu Silveira, orienta que antes de fazer a complementação da contribuição, é fundamental saber se ela se aplica no seu caso.

“Em geral a complementação compensa para o MEI quando ele ainda não preencheu os requisitos da aposentadoria e quer se programar, pagando todo mês a complementação. Quem trabalhou de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) por muito tempo e depois se tornou MEI, costuma se encaixar neste cenário. O outro caso, é quando ele já preenche os requisitos da aposentadoria e quer pagar ‘para trás’.”

De acordo com o advogado, uma boa dica é se planejar para fazer um plano de previdência para que dessa forma auxilie na aposentadoria. “Quem fez um planejamento previdenciário pode chegar à conclusão de que pagar retroativamente a complementação pode ser vantajoso. Aí pode entrar atualizações monetárias, juros e multas”, explica.

Segundo Eliseu Silveira, os cálculos para se chegar a um valor correto da aposentadoria podem ser muito complicados, por conta das diversas regras da Previdência Social, por isso a importância de ter um profissional especializado para auxiliar. O advogado afirma que a data do início da contribuição determinará muita coisa.

O especialista explica é preciso levar em conta se a aposentadoria foi antes ou depois de 13 de novembro de 2019 (quando a Reforma da Previdência passou a vigorar), pois os cálculos precisam levar isso em consideração.  

Silveira cita outros fatores que influenciam nos cálculos, como a idade e o tempo de contribuição, o tipo de atividade exercida, e algumas regras, como regra de transição, regra do pedágio, regra dos pontos e regra da idade progressiva.

O MEI é uma modalidade que formaliza atividades profissionais e abrange mais de 400 categorias de trabalho. O microempreendedor individual é o empreendedor que tem um faturamento de até R$81 mil por ano. Ele ainda pode ter, no máximo, um funcionário que receba o piso da categoria ou um salário-mínimo.

O MEI precisa fazer uma contribuição ao INSS, pagando mensalmente o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI), que corresponde a 5% do salário-mínimo. Em 2022, o valor é de R$60,60. MEIs cujas atividades são ligadas ao comércio, indústria e transporte entre estados e municípios, pagam R$1 a mais referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os MEIs ligados a prestação de serviços em geral, pagam R$5 a mais, que se refere ao Imposto sobre Serviços (ISS). Essa contribuição dá ao MEI o direito a alguns benefícios, como: a aposentadoria por idade; aposentadoria por invalidez; auxílio-doença; licença-maternidade; auxílio-reclusão e pensão por morte.

De acordo com Silveira, para benefícios maiores que um salário-mínimo na aposentadoria, a alternativa do MEI é complementar a contribuição. “Esta complementação seria de 15% do salário-mínimo, totalizando sua contribuição em 20% (em 2022, R$ 242,40)”, informa.

O advogado ressalta que com a complementação, o MEI pode chegar à uma aposentadoria com o teto do INSS que, em 2022, chega a R$ 7.087,22. “A complementação por si só, não garante a aposentadoria no teto do INSS, mas já é um caminho”, completa.

Para ter mais segurança no planejamento previdenciário, é recomendado que se tenha um advogado especializado em Direito Previdenciário para auxiliar.

O advogado e secretário da Comissão de Políticas da OAB/GO, Eliseu Silveira, atua no sucesso do empreendedor e nas relações de terceiro setor.

 

Store in store: emissão de nota fiscal e estoque exigem cuidado

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Não existe regime tributário específico para os estabelecimentos comerciais que adotam o modelo

 

De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), não há um regime tributário específico para os estabelecimentos comerciais que adotam o modelo store in store. Vale lembrar que, pelas regras da legislação do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), é obrigatória a emissão da nota tanto na venda como na circulação da mercadoria.

Assim, a tributação ocorre de acordo com o modelo de parceria adotado. Se as empresas tiverem operações independentes, cada uma delas será responsável pela emissão das notas fiscais correspondentes às suas vendas.

Caso adotem um modelo semelhante à rotina das lojas multimarcas, em que o estabelecimento adquire as mercadorias ou as recebe em consignação e, posteriormente, as revende, a emissão da nota fiscal para o consumidor final é feita pelo estabelecimento que cede o espaço para a outra marca.

Para Elvira Carvalho, consultora tributária da King Contabilidade, o uso do sistema de consignação é de fato interessante e vantajoso para o varejo, pois oferece um fôlego no fluxo de caixa da loja, principalmente para as empresas do Simples Nacional.

Essa vantagem ocorre porque as empresas enquadradas nesse regime especial só pagarão o ICMS quando as mercadorias forem vendidas. Mas devem, no entanto, emitir a nota referente à consignação. No caso das empresas tributadas pelo RPA (Regime Periódico de Apuração) do ICMS, explica a consultora, a nota de consignação deve ser emitida com o destaque do ICMS.

No sistema remessa de consignação, as empresas só vão pagar tributos federais quando as mercadorias forem vendidas, ou seja, no faturamento.


ESTOQUE

Outro ponto importante que deve ser considerado nesse modelo de negócios diz respeito ao controle de estoque, que será mais complexo e trabalhoso com o uso do sistema de consignação.

“Para aumentar a segurança jurídica entre os empresários, a Secretaria da Fazenda de São Paulo deveria regulamentar o uso desse sistema, com procedimentos simplificados”, recomenda Elvira.

Segundo a consultora, o escritório já foi procurado por comerciantes interessados no modelo, mas desistiram de adotar por conta da burocracia e o receio da fiscalização.

Nos casos do uso do modelo em que a nota fiscal é emitida pelo estabelecimento que cede o espaço, Regis Trigo, tributarista do Hondatar, chama a atenção para o tipo de produto a ser comercializado. “As mercadorias colocadas à venda não podem fugir muito do objeto social da empresa”, alerta.  

 

Silvia Pimentel

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/store-in-store-emissao-de-nota-fiscal-e-estoque-exigem-cuidado

 

Comunic-arte

 Desde a hora de acordar até a hora de dormir a comunicação está presente na vida das pessoas

 

Segunda-feira, 6 da manhã. O relógio despertador toca avisando que é hora de levantar, se arrumar, se alimentar e ir para o trabalho. Mais uma semana cheia de atividades. Antes de sair de casa uma última olhada no telefone e a mensagem: “Cuidado! Alerta, risco de chuva forte a qualquer momento do dia”. Informado da notícia de última hora, uma atenção maior ao guarda-chuva e rumo ao ponto de ônibus. Depois de 10 minutos, o ônibus chega, com três ou quatro linhas parando no mesmo ponto uma atenção ao letreiro eletrônico para não ir para o lado errado da cidade. Finalmente o ônibus chega e rumo ao trabalho. No trabalho, um sorriso para os colegas e uma agenda cheia de atividades a fazer. Quando se chega em casa no final do dia, só se pensa em ir para a cama e descansar para começar tudo outra vez no dia seguinte.


Observou? Tudo é comunicação. Quando chega a hora de sair da cama o relógio comunica, ao pegar o telefone um comunicado sobre a chuva, no ponto de ônibus o letreiro informa a linha certa a embarcar, ao encontrar as pessoas novamente a comunicação está presente, entre as atividades o chefe comunicando o que deve ser feito, ao chegar em casa o corpo comunica que a cama é o melhor lugar. Nos comunicamos porque temos carências, porque precisamos de informações, porque esperamos que algo de importante aconteça, queremos ser bem sucedidos nas nossas ações pessoais entre muitos outros motivos.


Para Luciana Burko, especialista em Personal Branding, “comunicação não é sobre o que está sendo dito, muitas vezes o que não é dito pode falar mais alto do que realmente é falado.” Ela acredita que a empatia pode ir além das palavras e isso gera um tremendo impacto no dia a dia. Ela cita o fato de muitas vezes as pessoas não prestarem atenção umas nas outras. “Tem coisa mais incômoda do que conversar com alguém que você percebe claramente que está pensando em outra coisa? Ou que olha o celular enquanto está conversando? Ou sentir que a pessoa não está aberta para ouvir?”


O corpo fala, e muitas vezes não precisa dizer uma só palavra para que se transmita uma mensagem.

  

Luciana Burko Maciel - Estrategista em Marca Pessoal
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